“O sucesso não é medido pela posição que se alcança na Vida;

é medido pelos obstáculos que se supera.” 

Booker T. Washington

Apesar de o termo resiliência ainda ser  pouco  utilizado  entre  educadores e  psicopedagogos, ainda que sem o saber,  ao assumirem o papel de  incentivadores das potencialidades dos alunos, estimulando e fortalecendo essa relação de acolhimento, confiança e superação diante das dificuldades e desafios do cotidiano escolar , exercem uma postura resiliente

A resiliência pode ser entendida como um sistema de adaptação que permite a vivência de adversidades, numa atitude de disposição para a mudança e portanto para a aprendizagem. A resiliência é um processo que acontece através da interação da pessoa no seu contexto.

Do ponto de vista da Psicologia e da Sociologia, segundo Tavares (2001) a resiliência é uma capacidade de as pessoas, individualmente ou em grupo, resistirem a situações adversas sem perderem o seu equilíbrio inicial, isto é, a capacidade de se acomodarem e reequilibrarem-se constantemente. Logo, a resiliência implica a superação das adversidades de maneira que o individuo desenvolve um estado de constante aprendizagem, adaptação e uma abertura a novos princípios de conduta

Assim, a resiliência está se tornando um novo caminhar na educação e  na escola, sendo “entendida, assimilada e operacionalizada como elemento de formação de personalidades resilientes” (BARBOSA, 2005, p.317).

A utilização do lúdico pelo professor melhora a aprendizagem, a interação entre os alunos otimizando os relacionamentos, elevando a auto-estima da criança, o que contribui significativamente para a resiliência, pois permite atravessar com sucesso as dificuldades na aprendizagem. Portanto, o lúdico representa ações que estimulam a formação de cidadãos reflexivos, autênticos, criativos, solidários e resilientes para lidar com as dificuldades na vida escolar e os desafios da sociedade fora da escola.

A resiliência, em consequência de seus ótimos resultados no campo psicológico, vem adentrando o universo educativo como uma coordenada importante para redimensionar o ensino, sendo “uma temática que interessa a todos e não deve pertencer a um discurso ideológico” (BARBOSA, 2005). Fundamenta-se como propagação da resistência, superação e flexibilidade individual ou coletiva mediante às situações difíceis que fazem parte da vida humana e do cotidiano escolar.

 Essa inserção da resiliência na escola visa à construção de uma pedagogia de valorização das potencialidades, experiências vividas e resistências individuais e coletivas frente aos desafios do cotidiano escolar, funcionando numa relação de solidariedade, confiança e entre - ajuda, pois a resiliência pode ser desenvolvida em instituições, construindo uma sociedade onde os indivíduos sejam inteligentes, capazes, reflexivos, autênticos enfim, uma sociedade mais resiliente, pois “trata-se de organizações vivas, dialéticas e dinâmicas cujo funcionamento tende a imitar o do próprio cérebro que é altamente democrático e resiliente” (TAVARES, 2001, p.60).

Neste sentido, a escola deve incentivar e estimular professores e alunos a serem mais resilientes, uma vez que as adversidades que estes enfrentam fora da escola se refletem nas relações interpessoais e no processo de ensino-aprendizagem