Essa pesquisa fundamenta-se no pensamento científico filosófico que valorizou a razão como mola precursora para as explicações do mundo, ou seja, seus sentidos e significados no campo das ciências e das artes.Assim surgi a ciência na vida do homem, para explicar de maneira científica os fenômenos universais que eram apresentados em sua volta. O trabalho científico de grandes pensadores fez com que cada vez mais o método científico se aperfeiçoasse. Guilherme de Occam foi um dos que revolucionou o conhecimentocientífico quando defendia que somente a través das experiências erapossível conhecer a causa das coisas.

Dessa forma, valorizar o ensino não formal como procedimento didático vinculado à arte em sala de aula implícita ao pensamento de Occam, pois somente nos é apresentado entidades palpáveis e concretas através de meios lingüísticos para expressar uma idéia.

A maneira pela qual a informação é tratada como produto descartável pela sociedade, se faz necessário grandes mudanças no universo estudantil. Existe ai grandes possibilidades para produção do conhecimento científico e ao mesmo tempo a transformação de valores em escala social. Quanto mais próximo do conhecimento científico o educando estiver, mais chances haverá desse conhecimento sobreviver por mais tempo e não apenas até o dia da avaliação como se tem em vista. É necessário que o educando perceba a informação científica como um meio para sua formação como cidadão crítico, e o teatro, como ferramenta pedagógica, pode ser uma ponte para essa percepção, se tornando uma porta de abertura para a difusão do conhecimento científico entre os alunos em sala de aula e como conseqüência para o público em geral.

Dentro de uma visão educacional, o teatro tem a capacidade de trabalhar a linguagem, a expressão, a socialização, a emoção e o raciocino. Através dessa atividade lúdica, o educador pode unir o ato de aprender ao ato de diverti-se, já que a sala de aula, quer queira, quer não, é rotulada como um ambiente chato para se aprender, e muitas vezes, por esse motivo, a participação, o compromisso dos alunos com as atividades em sala, não é notória, o que é altamente compreensivo, já que espaço da escola é marcado pela formalidade, pela regularidade como tem sido desde os tempos de outrora. Ainda que se tenha evoluído em matéria de conhecimento e tecnologia, a forma de ensinar parece não ter mudado muito e por mais evolução que se tenha para esses dois aspectos, não haverá transformação do conhecimento por parte do aluno, pois ele não vivenciará essa mudança. É preciso entender que, a evolução não só acontece para tecnologia e conhecimento. O aluno também passa por transformações evolutivas e como conseqüência à essa evolução, as exigências são grandes no que diz respeito aos questionamentos, a forma de pensar e agir. Não se pode conceber mais a idéia de que o mesmo método de ensino adotado há 50 anos, por exemplo, pode surgir o mesmo efeito em um aprendiz na faseem que vivemos, pois, ao contrário da clientela dessa época, o aluno de hoje não se deixa ser considerado mais como "tabula rasa". Não cabe essa significância devido ao estágio evolutivo pelo qual ele passa. Por outro lado, por mais que essa nova clientela carregue dentro de si o " gene" crítico, ele só será aprimorado, desenvolvido, uma vez que o personagem-chave dessa transformação haja como mediador, facilitador, para o alcance do conhecimento. Estar nessa condição implica esse professor se desprover da "educação formal" que lhe foi apresentada quando aluno, ou seja, uma educação cujo raciocínio não era valorizado porque não se acreditava nessa época que o aluno seria capaz de construir uma linha de raciocínio a partir de uma observação, uma educação onde não era posta como primeiro plano a investigação, a experiência, uma educação que não permitia em hipótese alguma umaaproximação afetiva entrealuno-professor, professor-aluno e aluno-aluno. Tratava-se então de uma educação opressora, ortodoxa, controladora, formalizada, ficando bem empregada como uma educação formal, como um único modelo de ensino a ser aceitável.

Sabe-se que tal problema para o nível de educação ao qual nos encontramos não é novo, pois a sociedade de hoje ainda sofre grande influência devido a cultura de ensino no período da Idade Média, onde as atividades eram desenvolvidas em um espaço físico limitado, fechado, isolado do resto do mundo e desvinculado das exigências da vida cotidiana. E assim tem sido valorizada até hoje, de forma que a formalização deixa de lado a experiência extra-escolar do aluno, que é uma das questões desafiadoras do ensino brasileiro, pois essa prática de ensino é tradição nas escolas brasileiras e sendo assim, tem-se em vista uma resistência maior às mudanças. O radicalismo formal impede o desenvolvimento de uma cultura pedagógica que valoriza o conhecimento que o aluno pode construir fora da sala de aula. Tal experiência, que tanto pode servir para o educador como para o educando pode representar um canal importante para abrir espaço de uma nova dimensão dialógica do processo ensino-aprendizagem.

O ensino formal sempre vai existir, pois ele já está organizado nas escolas através de uma estrutura onde o aluno será examinado de alguma forma para obter um certificado. Porém, seria interessante se o ensino formal e o não formal se integrassem, de forma que um transformasse o outro, de forma que o ensino não-formal fosse um complemento à educação formal como forma de ampliar e melhorar o conhecimento científico do estudante.Seu complemento estaria desmistificando a idéia de que só se aprende através da mera repetição de conhecimentos que fora consagrados institucionalmente, ou ainda a projeção que é colocada para o aluno sobre aaquisição doconhecimento como condição paraconseguir um diploma, ou um bom emprego, logo sendoobrigado a terqueestudar e não ter o prazerde estudar.Na grande maioria das vezes aluno o será obrigado a ter um interesse para poder se qualificar para uma nova graduação, emprego, diploma ou coisa parecida. Sendo assim, seu principal objetivo não é também, descobrir o novo, se informar. Ele acaba se "informando" por pura conseqüência ao seu principal e único interesse que é a qualificação. Porém, mediante ao método de ensino pelo qual ele passou, essa informação só será armazenada em sua memória até o momento em que for preciso, pois logo será descartada já que teve apenas como valor se informar para "passar" de uma "cadeira" para outra, para ganhar diploma. Esse conhecimento que ele adquiriu enquanto estudava não foi transformado, não foi assimilado, não teve sentido em seu cotidiano, logo, sem motivo para ficar registrado para sempre em sua memória.Isso talvez se dê ao fato de o professor acreditar somente na sua metodologia de ensino, de se entregar aos procedimentos autoritários. À esse professor, falta-lhebom senso para entender o quão é negativo seguir a formalidade que lhe foi imposta e resistir às mudanças.

"...Esta é a tarefa da ciência que, sem o bom senso do cientista, pode se desviar e se perder. Não tenho dúvida do insucesso do cientista a quem falte a capacidade de adivinhar, o sentido da desconfiança, a abertura à dúvida, a inquietação de quem na se acha demasiado certo das certezas. Tenho pena e , às vezes, medo, do cientista demasiado seguro da segurança, senhor da verdade e que não suspeita sequer da historicidade do próprio saber."(FREIRE, 2000, pg. 63 )

A grande vantagem do ensino não-formal é que há uma grande probabilidade de o aluno aprender por prazer sem que haja o interesse de aprender para galgar um certificado ou uma boa nota.Como foi dito, do ponto de vista didático, o ensino não-formal pode ser um métodoque ajudará a sociedade a adquirirum melhor entendimento dasciências, mas, valorizar oensino não-formal a partir desta visão, não quer dizer que o formaldeva ser execrado por definitivo do universo escolar. O formal deve ser projetado numa crítica de formalização do ensino através do conhecimento dos conteúdos tendo como meta transformar o ensino de ciências. Transformar o formal.

Teatro educacional

O teatro na educação tem como papel trazer para sala de aula as técnicas do teatro e aplicá-las na comunicação do conhecimento. Tanto faz o aluno estar como espectador ou figurante, o teatro se torna forte instrumento pedagógico, pois como método pode ser bastante eficaz para entender um determinado tema, além defazê-lo refletir sobre uma questão moral através do impacto emocional que lhe é causado. Dessa forma, pode-se analisar os aspectos práticos, de sua utilização pelo orientador educacional.

A utilização do teatro pode e deve se constituir num instrumento de transformação da sociedade, independente de onde esta atividade teatral esteja sendo realizada.

Aprender é uma atividade útil e necessária, porém somente a diversão é absolutamente agradável. Se fosse possível então unir o ato de aprender ao ato de divertir, a sala de aula seria um local mais propenso para uma aprendizagemmais prazerosa.

Não cabe ao teatro pedagógico formar ator ou atrizes em sala de aula, pois para isso existem as escolas de teatro e oficinas. O que o educador deve buscar com tal método é a transformação do aprendizado dentro do educando inserindo-o no universo dramático levando-o a compreender o teatro como algo que provoque questionamentos e elimine dúvidas.

Uma vez que a atividade teatral está inserida no universo escolar e esta entusiasma a todos há de se perceber que tal instrumento passará a ser mais usado e questionado. Não é necessário que se busque a perfeição que o teatro amador ou profissional exercem, mas é importante ter a consciência de que o produto final que ambos, professor e aluno devem ter como objetivo é o que vai ser mostrado e não como vai ser mostrado.

Tendo como elemento norteador o cotidiano, pode se discutir através do teatro qualquer coisa. Pois, não é intenção apenas facilitar o aprendizado das disciplinas, mas abrir discussão acerca das questões mais inquietantes do ser humano. Assim o teatro contribui para a transformação de um novo mundo. Se as escolas públicas incorporassem a proposta do teatro como prática pedagógica para educação científica, contribuiria para o aperfeiçoamento dos professores no que diz respeito a metodologia de ensino. Os alunos se sentiriam importante se os colocassem como ferramentas importantes para a construção do conhecimento a partir dos processos didáticos. Assim, eles se sentiriam mais estimulados e participariam com mais freqüência às aulas de ciências. Alunos e professores estariam mais próximos no que diz respeito à construção do conhecimento científico

O papel do teatro na divulgação científica

As relações entre a ciência e as artes podem apresentar uma à outra conteúdos, metodologia e linguagem que atendam ao mesmo ponto comum para a construção de um processo pedagógico mais amplo.

Partindo do princípio que a linguagem teatral além de fazer coletivo é uma poderosa aliada para o processo de ensino e aprendizagem principalmente para alunos da rede pública do ensino fundamental e médio de forma que torne possível o desenvolvimento pessoal não apenas para o ensino não-formal, mas também ampliando para a construção do senso crítico e da cidadania. A utilização teatral também pode desfazer a mistificação do pré-conceito que os alunos têm em relação aos conteúdos abordados em sala. Assim, os conceitos científicos podem ser apresentados de forma simples, agradável e lúdica, promovendo debates em sala de aula.

É através das pesquisas científicas que se tem informação sobre as novas descobertas do mundo. Essas informações são transmitidas geralmente via mídia, bem como televisão, rádio e internet. Porém, algumas vezes, passa por despercebida pela maioria do público, ou pela falta de interesse emassistir notícias de cunho científico, ou mesmo pela falta de recurso ao acesso as informaçõesvia internet. Sem falar que nem sempre se vê alguns veículos de informação como forma de educar o público para criar o hábito pelo conhecimento científico. Apenas são transmitidas informações e algumas vezes até deturpadas. Porém, a internet tem sido uma grande aliada para a divulgação de trabalhos de cunho científicos que podem se apresentados através do meio artístico. A prova disto são as reportagens, artigos que são divulgados na internet cujo tema é o próprio teatro como via para divulgar a ciência.

Peças como Einstein e a montagem brasileira de Copenhagen, foram percussoras nessa forma de divulgação científica de modo que obteve bons resultados perante o público .

Outro artigo divulgado através de um site sobre ciências cita algumas peças montadas com intuito científico, como exemploa peça Bioquímica em Cena da qual segue um trecho abaixo:

"... Fígado — Bem,.com exceção da hemácia. Mas essa gasta tão pouca energia ...que eu nem faço muita questão...Mas tu...além de não armazenar a glicose ainda usas demais!...Imagine!...60% da glicose do corpo és tu que queimas! Mesmo quando ele ( o músculo) está em repouso.

Cérebro —As tarefas nobres que tenho de realizar gastam muita energia mesmo, meu caro. É isso aí! C'est la vie.

Músculo — Como já dizia Einstein, tudo é re l a t i vo. Aliás, eu preferiria dizer que tudo é muuuuito relativo! Por exemplo, essa história de gasto de energia... Esses tais 60% de glicose que o fígado mencionou aí... Fichinha, meu nego. Qualquer exerciciozinhoquenosso corpo fizer, quer dizer, que eu fizer, consome essa glicose aí bem ligeirinho!

Cérebro — É, esse tipo de atividade "não intelectual" deve gastar mesmo muita energia... a minha glicose!...

Músculo — É... realmente adoro uma coisinha doce logo no começo do meu trabalho de contração. Depois,... bem,... depois de algum tempo, um acidozinho-graxo me cai muito bem. Até porque esse daí não precisa da insulina para poder entrar em mim. Já chega e vai entrando sem pedir licença. E é muito bem-vindo porque tem muito mais energia do que a glicose. E para um tecido importantíssimo como eu... " (MONTENEGRO, B.; FREITAS, A.; MAGALHÃES,P.; SANTOS,A.; VALE,Marcus )

O site Ciência Hoje, cujo conteúdo é de cunho científico tem apresentado várias reportagens interessantes no que se refere aos conteúdos da ciência. Temas relacionados a matemática, física, química e biologia em especial , o meio ambiente ,se tornaram grandes espetáculos teatrais. O museu de física da universidade de Coimbra e a companhia de teatro uniram-se para produzirpeças , sendo que aprimeiradelas foi o espetáculoEureka ! Uma Viagem ao Mundo da Física, cujo sucesso foi inevitável. Outro espetáculo muito interessante também divulgado pelo site foi à peça "Filhos da Terra", para as crianças no Brasil, cujo conteúdo aborda temas relacionados ao meio ambiente, bem como água, lixo, solo, ar e qualidade de vida. O site também divulga a organização de um seminário que foi realizado em Lisboa, reunindo pessoas da ciência e do teatro com a intenção de discutir propostas que podem ser de grande importância no campo da divulgação da ciência e no campo da criação artística.Este trabalho nasceu da união da Embrapa Meio Ambiente (EMA), unidade de Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O CCET, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia divulgou através de seu site um trabalho de parceria com o grupo de teatro Arte e Ciência no Palco.O trabalho conjunto tem contribuído para elevar o nível de cultura da população brasileira acerca do universo científico. O grupo encontrou-se em temporada em Outubro de 2006 no teatro Ruth Escobar em São Paulo com a apresentação de três espetáculos: Einstein, A Dança do Universo e Oxigênio, com convite para alunos, professores e funcionários da PUC-Marquês.

O site espaço ciência também divulga seu trabalho que é realizado com uma equipe de estudantes universitários que procura no teatro um caminho para experimentar novas estratégias que possibilite relação de comunicação entre indivíduos e grupos, de forma que o público possa refletir sobre os conceitos e fatos da ciência. O produto final é a criação de shows de peças de curta duração que envolve experimentos de forma que promova a participação ativa do público.

Criado pelo Espaço Ciência, o projeto Mundo Mangue de caráter social que tem como proposta trabalhar com a educação ambiental utilizando os recursos do teatro. O público alvos são adolescentes, alunos de escola pública, moradores de comunidade de baixa renda. É através da arte para falar de ciências que o grupo formado pelo Projeto Mundo Mangue desenvolve material educativo para interessar as populações acerca das questões ambientais, principalmente do ecossistema manguezal.

Muitos outros temas da área de ciências são abordados através das encenações com muito humor. Falando das estrelas é um espetáculo onde três personagens da cultura popular nordestina discutem sobre astronomia, bem como as possibilidades de vida em outro planeta, instrumentos de observação celeste, relação entre a distância da terra e o espaço, energia estrelar:

Outra abordagem interessante é sobre a transposição do Rio São Francisco com a peça águas do Velho Chico, que fala das conseqüências para o meio ambiente, para o homem do campo e para o desenvolvimento econômico, procurando gerar no público reflexão e posicionamento sobre o tema:

. Odeio Insetos é outro espetáculo aborda sobre como conviver com os insetos de maneira pacífica.Todos esses espetáculos são realizados no Espaço Ciência em Olinda-PE.

Ensino de ciências no Brasil

O ensino de ciências compromete a um exercício muito importante ao raciocínio, pois desperta no indivíduo o espírito da curiosidade, os questionamentos e o interesse de forma que promove o aumento do conhecimento científico. Por isso é tão importante introduzir a ciência no ensino fundamental e médio, assim pode haver a formação de indivíduos capacitados, motivados pela ciência desde cedo, pois o país precisa de cientistas.O Brasil sofre uma baixa produção científica, com isso desqualifica o ensino, pois como conseqüência para essa baixa produção, os professores também são afetados, não havendo motivação nem interesse por parte dos mesmos. É muito importante aproximar professores da área de ciências do ensino fundamental e médio da produção científica das universidades, pois isso permite que o professor tenha capacitação. O perfil do professor que não têm acesso às universidades é extremamente limitado, sua forma de ensinar é deficiente e ele apenas tenta ensinar ciências. Com isso quem sofre as maiores conseqüências é o público estudantil das escolas públicas, já que o ensino público continua não oferecendo educação de qualidade e o que se vê é que a ciência fica restrita ao ensino privado e uma pequena elite. Se continuar assim, se tem em vista uma grande desigualdade de forma que o conhecimento científico só será gerado pelo setor mais privilegiado.

Governos e prefeituras nada fazem pelo ensino de ciência na educação, principalmente pelo ensino fundamental e quando se vê algo ser feito, é geralmente para o ensino médio porque alguns professores se propõem a preparar os alunos para o vestibular.

A melhor maneira de popularizar a ciência é introduzi-la no currículo, mas com uma outra visão por parte dos professores. Estes devem querer se capacitar de forma que eles possam trabalhar com os alunos aspectos científicos. Por que não introduzir a metodologia cientifica como complemento para o aperfeiçoamento do aprendizado?Com certeza a resposta seria: Porque a grande maioria dos professores de ciências tem muito medo da própria ciência porque não foram formados. O conteúdo torna-se limitado somente ao que esse professor aprendeu. A capacitação é o caminho para se mostrar que ensinar ciências não é "bicho de sete cabeças", é muito mais simples que se pensa. Apenas é preciso transmitir conhecimentos que fazem parte de nossa vida e que gera interesse no aluno uma vez que ele passa por experimentações. As reações não passam por despercebidas pelo professor, pois o aluno se entusiasma querendo praticar.Isso é o que realmente importa no processo educacional, poder estar numa aula prazerosa, mas está longe da realidade do ensino público, pois infelizmente esse trabalho deexperiênciasó existe nas escolas privadas.

Muito embora não seja difícil fazer acontecer um ensino de qualidade,falta é a vontade do governo, pois o sistema não faz porque ainda não percebe a importância da ciência para causar impacto à qualidade educacional. Quantos países evoluídos deram um salto na educação por um dia achar que as escolasnão sãosó importantes , sãoprioritárias. Esse pensamento faz uma grande diferença. Países como Argentina, Uruguai, Chile e Costa Rica e Cuba, perceberam isso e têm os melhores indicadores educacionais da região.Mas aqui no Brasil a educação é só importante, apenas se cria situações aparentemente significativas, mas não causam impacto na melhoria do sistema educacional, como laboratórios de informática, laboratórios bem equipados para aulas práticas de ciência, criação de convênios com museus para provocar o interesse pelo conhecimento científico. É preciso que o governo invista grande porque os professores precisam de estratégias auto-sustentáveis e eficientes, pois pensar dessa forma é enxergar um sistema educacional elevado. É sempre melhor acreditar no investimento para a capacitação de professores porque não na há nada no sistema educacional mais importante para elevar a qualidade de ensino que o professor. Todo o resto tem importância, mas o professor tem prioridade.

Diante de tantos países em evolução, o Brasil ainda não percebe que pensar de tal maneira é um empecilho fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Se continuar assim, na prática, talvez nem haja mais produção científica para promover o acesso ao conhecimento científico.

Conclusão

Em suma, partindo do princípio didático, usar a linguagem da arte relacionando-a aos temas de ciência, pode-se obter resultados que consinta a transformação dos conteúdos abordados, ou seja, de fácil compreensão se tornando mais acessível a qualquer tipo de público. Para as pessoas que desconhecem o assunto, um estímulo à curiosidade, uma abertura para um novo mundo, para o especialista, um convite à ação de humanizar. Tanto o profissional como o leigo, estarão propensos a experimentar o novo, seja provocando risos, estimulando a curiosidade, abrindo um novo espaço para um fim

comum. O grande segredo é a emoção. A utilização do diálogo entre a linguagem lúdica, artística pode contribuir bastante para a difusão do conhecimento científico.

É preponderante ressaltar antes de tudo que a inclusão do ensino de ciências no currículo escolar contribui bastante para promover no aluno o interesse pelo conhecimento científico, pois mesmo a ciência sendo transmitida através de uma linguagem difícil, muitas vezes codificada, o aluno ainda tem interesse em querer entendê-la. Porém, se com um tempo ele percebe que, por mais que o professor explique, ele não consegue compreender, logo se sentirá desmotivado e incapaz de traduzir essa linguagem desconhecida.

O que o educador deve apresentar para o educando é uma ciência atraente e provocante, por mais leigo que seja o ser humano para esses aspectos, ele sentirá curiosidade em conhecê-la. Basta apenas que essa curiosidade seja instigada e a ciência seja apresentada da maneira como ela é, natural e simples. A ciência pode ser vivenciada porque ela está presente em nosso cotidiano, faz parte de nós, porque também somos ciências, fazemos ciências, por que então torná-la indecifrável se está tão próxima do ser humano?

É papel de todos que são especialistas na área, cientista, biólogos, professores de biologia, apresentar ao público o conhecimento científico da maneira mais simples e principalmente prazerosa. Em especial, os educadores, pois eles estão muito mais próximos do público. Uma vez que você se permite a atuar na área educacional, seu comprometimento com a formação do indivíduo é por toda vida. Portanto, cabe ao profissional fazer uma auto-análise, se possível, todos os dias para saber se seu papel está sendo bem exercido.Exercer bem o papel diz respeito em buscar a capacitação, ser mediador do conhecimento, ser pesquisador e está aberto a novas tendências de ensino.

Bibliografia :

Freire, P. Pedagogia da autonomia – Saberes necessários à prática educativa. Editora Paz e Terra, São Paulo, 15a edição. 2000.

BIZZO, N. Ciência Fácil ou Difícil. São Paulo: Ática. 1998

http://www.espacociencia.pe.gov.br/projetos/teatrocientifico. Acesso em: Setembro de 2006

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