Educação Ambiental pela Arte

Luciane Ribeiro Aporta
Ms. em Educação ? Habilitação em Artes
[email protected]
Secretaria de Estado de Educação
Professora Formadora
Centro de Formação e Atualização do Professor ? CEFAPRO



SUMÁRIO

RESUMO...................................................................................................................................1
1-INTRODUÇÃO.....................................................................................................................2
2- EDUCAÇÃO.........................................................................................................................3
2.1- Meio Ambiente....................................................................................................................3
3- MATERIAL E METODOS.................................................................................................7
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................8
4.1- Professores..........................................................................................................................8
4.2- Ambiente em forma de desenhos........................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................12


RESUMO

Antes mesmo de saber escrever, o ser humano expressou e interpretou o mundo em que vivia pela linguagem da Arte. Toda linguagem é um modo singular do ser humano refletir e por meio dela, o ser humano forma e transforma a matéria oferecida pelo mundo da natureza e da cultura em algo significativo. A Arte é portanto antes de mais nada, uma experiência de sensibilidade. Assim, este trabalho caminha no sentido de buscar da arte (desenho) a criação e a produção por meio da Educação em nível de Ensino Fundamental na Rede Publica, perceberem o meio ambiente. Esta atividade foi realizada com base na produção de desenhos (livres) o grupo de alunos elaboraram um texto coletivo abordando as preocupações que os mesmos tem em relação ao meio ambiente. Observa-se na produção que os alunos se preocupam com a água (fonte de vida), poluição do ar/água, pescadores/pesca, ambiente limpo/sujo ( saúde), plantações/chuvas, queimadas, população nativa, reflorestamento, tecnologia, animais, limpeza, petroleiros, vegetação e os símbolos da natureza. Esta interação dos alunos em questão, demonstra um lapso quando expressão as questões ambientais e suas preocupações, não só as dimensões físicas e biológicas mas também as sociais e políticas, porém no momento sabem como participar para melhorar nossas ações em relação aos direitos e deveres exercendo sua cidadania, para tenhamos um planeta melhor.

Palavras chave: Arte ? Percepção ? Meio Ambiente.


1- INTRODUÇÃO

Ao retomarmos os fatos históricos, constatamos a ocorrência de drásticas transformações ambientais, as quais contribuíram para o desaparecimento dos dinossauros. Contudo, tais mudanças tornaram-se insignificantes frente às que hoje ocorrem. A evolução da espécie humana tem propiciado à mesma a apropriação de muitos benefícios, porém paralelo a eles surgem os problemas causados pela modernidade e entre eles, destacam-se a questão ambiental. Nos últimos 100 anos, o equacionamento dos problemas relacionados ao lixo têm-se evidenciado, tornando-se objeto de preocupação para maioria dos continentes. As tentativas de solucionar este problema passaram a objetivar o atendimento de questões de higiene e saúde pública, de conforto e estética, de otimização de áreas para disposição e tratamento, visando a redução de custos (Aporta,1996). A concentração da população nas cidades grandes, traz consigo o aumento a produção de lixo, e isto caracteriza-se com um problema para a sociedade, uma vez que a mesma não dispõe de áreas adequadas para o depósito de detritos.À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza para satisfação de suas necessidades e desejos crescentes, surgem os efeitos danosos ao ambiente. A exploração dos recursos naturais passou a ser feita de forma intensa,utilizando recursos não renováveis, como o petróleo; recursos estes ameaçados de escassez. De onde se retirava uma árvore, hoje se retiram milhões, onde moravam algumas famílias consumindo pouca água e produzindo pouco detritos, agora moram inúmeras, extinguindo imensos mananciais e gerando toneladas de lixo. Estas diferenças são determinantes para a degradação do ambiente. Nesse aspecto é que recorremos à Educação Ambiental para desencadear um processo permanente, com objetivo de sensibilizar o ser humano quanto à necessidade de conservar o meio ambiente, uma vez que este é passageiro por este planeta e é reconhecido como parte integrante de um mundo mais justo, saudável e agradável, com mais chances de sobrevivência. As manifestações a cerca destas preocupações desencadeiam um processo da realidade que afeta o relacionamento do ser humano com o meio onde está inserido, articulado e integrado. O ser humano está se adaptando às mudanças súbitas resultantes dos avanços adquiridos nesta dita evolução que englobam não só as dimensões físicas e biológicas, mas também as sociais e políticas, proporcionando aos mesmos o conhecimento da necessidade de melhorar nossas ações em relação aos direitos e deveres, exercendo a cidadania, para que tenhamos um planeta melhor. Sua relação com a natureza deu-se de forma relativamente harmônica durante muitos séculos sendo que o ser humano sempre explorou a natureza sem que fosse necessário preocupar-se com o desenvolvimento da mesma. Contudo, sua influência no ecossistema está quebrando elaborados equilíbrios naturais que vêm saqueando e agredindo o meio, poluindo e exterminando os seres vivos e os recursos naturais. Os avanços tecnológicos permitiram ao ser humano perceber, através da realização de grandes eventos a importância e a relevância da qualidade de vida associada a degradação do planeta.
De acordo com Sato (1994) as ações predadoras do ser humano têm desencadeado desequilíbrios ao planeta, tornando difícil a sobrevivência com qualidade de vida, causando prejuízos físicos, biológicos, sociais, econômicos e políticos aos indivíduos.
A mesma fonte entende que concebendo a Educação como elemento fundamental para a expansão da sensibilização das questões ambientais, torna-se imprescindível que o professor desenvolva, junto aos alunos, atitudes que visem a busca do seu bem-estar, respeitando o meio. Esta Educação deve ter um enforque interdisciplinar, permeando todos as disciplinas do currículo escolar. A práxis da EA não tem a pretensão de resolver todos os problemas ambientais mas deve levar em consideração que através da Educação proliferamos conhecimentos e o presente trabalho abordará a percepção dos alunos em relação às questões ambientais.
Para entendermos como a Educação pode contribuir para sensibilização da questão ambiental faz-se necessário inicialmente entendermos o papel da Escola na sociedade, ente outros autores que ressaltam esse assunto, destacam-se:
Neste contexto, Barbosa (1987) afirma que o ser humano, por ter conseguido dominar a natureza, transformando-a e adaptando-a às suas necessidades, assume liderança no processo denominado conhecimento, que vem a ser compreensão inteligível da realidade, que o mesmo adquire através da sua confrontação com a mesma realidade. Este conhecimento que está em constante transformação, não se encontra acabado, tendo em vista que é construído no decorrer da história da humanidade. Neste sentido, ele existe desde o momento em que a matéria inativa se transformou em matéria orgânica, prosseguindo até as formas mais altas da escala animal e no seu mais alto momento, que apresenta-se no surgimento de idéias na consciência humana.
Luckesi (1991) reforça que o papel da escola na sociedade é o de servir como instrumento de transformação do ser humano e, conseqüentemente, da sociedade. Para tanto, é preciso que todos os envolvidos nessa escola tornem-se conscientes de que podem ser agentes transformadores de um determinado momento histórico. A escola então deve trabalhar para a formação de uma visão crítica do mundo, visão essa que deve ser produto de um conjunto de saberes transmitidos pela mesma, tendo em vista a diversidade e a abrangência de suas abordagens: científicas, sociais, natural e estética.
Luckesi ainda afirma que as transformações pelas quais humanidade vem passando implicam em mudanças de hábitos, atitudes, valores, combinado com a educação escolar e para reflexão deste contexto precisaríamos pensar: Quem somos nós? Se pararmos para buscar essa resposta vamos nos desorganizar completamente, pois há muito entre o que somos e o que pretendemos ser ou já somos. A falta de sensibilidade, elementos e estrutura do ser humano para explorar detalhadamente esta postura colocou-nos neste cenário. Nosso compromisso é a participação, juntamente com os alunos/escola e envolvidos nesta relação de sintonia e interatividade, buscando a permissão para que os alunos se expressem e deixam externar seu ponto de vista, a sua percepção frente às questões que estão expostas diante de nossos olhares.
A Educação Ambiental pela Arte é apenas uma outra forma de educar, que pode contribuir para a aquisição/transformação de conhecimentos, valores, atitudes e comportamentos condizentes ao desenvolvimento, utilizando a expressão artística como prática pedagógica e como instrumento de intervenção social, sendo um processo educativo que alguns profissionais incorporam nos demais espaços escolares, estando presentes em todos os momentos e espaços educativos.

2- EDUCAÇÃO

2.1- MEIO AMBIENTE

A oportunidade é única e singular de poder tecer comentários sobre a Educação e Meio Ambiente. A humanidade demorou muito tempo para atingir este nível de comunicação com rapidez e facilidade.
Sem ter a pretensão de resolver os problemas e questões ambientais através da Educação, mas considerando que esta é um elemento fundamental para disseminar conhecimentos, transformando-os em informações e subsidio para formação, promovendo assim a interação dos alunos com o ambiente, abordando a preocupação de permear todo o currículo escolar, permitindo que os mesmos estejam inseridos no contexto desta pesquisa, inicialmente procuramos entender como a Educação pode contribuir neste processo de relação entre o ser humano e o ambiente, popularizando os conhecimentos e informações, sensibilizando a comunidade (sociedade) para respeitar o mesmo.
A escola é um espaço para produção e apreciação do saber, que é um bem universal, onde a prática pedagógica deve proporcionar aos alunos oportunidades de criar e recriar o mundo, superando a compreensão da realidade em que vive, desenvolvendo aptidões pessoais, que permitam mostrar que o ser humano não sobrevive sozinho e suas atitudes de cidadão no contexto da sua comunidade comprometendo esta sobrevivência.
Para Dalbosco (1994), "educação é a capacidade que o homem possui de aprender e repassar às gerações seguintes os conhecimentos (re) produzidos e ato de aprender, segundo o autor não deve ser entendido como simples assimilação nem o ato de repassar como mera transmissão, mas que tanto no aprender como no repassar está ou deve estar presente a capacidade criativa".
Sobre este prisma entendemos que o processo de educar é o resultado de mudanças de atitudes e comportamentos diante das questões abordadas nesta pesquisa. Acreditamos no processo de sensibilização, cremos que este é lento e gradual, não acontecendo repentinamente, muito menos se as partes interessadas não aceitarem a proposta.
"...Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda..."
(Freire-1981).
Então com criatividade, paciência e muita observação dentro desse processo de educar ressaltamos as questões ambientais para serem abordadas no âmbito educacional, uma vez que tratamos este assunto de forma interdisciplinar.
Conforme Gadotti (1998) afirma que, a escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas preocupar-se também com a formação global, conhecer e intervir no real. Para isso, é preciso saber trabalhar com as diferenças (étnicas, sexuais, culturais, nacional), isto é, é preciso reconhecê-las, não camuflá-las e aceitar que para conhecer a mim é preciso conhecer o outro. Este autor registra que, a escola precisa formar o cidadão para participar de uma sociedade planetária. Para o autor, esta escola deve ser o ser o local, o ponto de partida, mas tem que ser internacional e intelectual como ponto de chegada, isto é, deve valorizar a cultura local, cultura primeira do aluno, mas não ficar nela, redimensioná-la na relação com outras culturas. A cultura influencia cada indivíduo sofre influencia do meio onde o sujeito esta inserido, sua vivencia diferencia do que esta arquivado no seu imaginário. Responder culturalmente ao estímulo de acordo com a realidade de cada sujeito, este é o entendimento de cultura dos sujeitos desta pesquisa.
Toda forma de registro esta ligado ao processo de cultura, por isso não podemos falar de processo cultural adiantado ou não. A expressão da cultura se dá por meio de percepção, por exemplo os cinco sentidos.
Desta forma, evidenciamos que a escola de maneira firme e consciente, deve abordar os problemas ambientais existentes, para que possam ser discutidos, avaliados e criticados dentro da escola, contando com a participação de todos (professores, alunos, comunidade, funcionários, direção) e que esta discussão vá ao encontro das reivindicações da rua, do bairro, da cidade e demais representações. Assim, ela estará trabalhando a realidade e inserindo o aluno no contexto social em que vive, permitindo a construção da história em seu tempo.
Em uma visão interdisciplinar estas questões devem ser abordadas e discutidas em grupos de trabalho interdisciplinares, permitindo uma visão crítica, teórica e prática (professor ? aluno ? comunidade).
A participação do aluno deve ser integral e, o professor precisa assumir a postura de orientador, mediador das oportunidades e decisões que surgiram, atitudes de defesa, preservação e um possível desenvolvimento sustentável ao meio. Para tanto, o educador/professor deve: gostar da profissão, acreditar no que faz, estar aberto para a troca de conhecimento, aprendizado e aperfeiçoamento contínuo, trabalhar de forma interdisciplinar, ser inovador, otimista e objetivo. Não é este uma ação fácil, ao contrário uma tarefa árdua, uma vez que o mesmo ainda deve estar sempre em busca de valorização profissional e demonstrar estar inteirado sobre os avanços ou não desta conquista. Desta forma, é necessário, segundo Freire (1996), cultivar a esperança, a fidelidade à natureza humana, a consciência crítica e a humildade.
Neste sentido, muitos eventos aconteceram, evidenciando as questões ambientais, buscando alternativas para resolvê-las, bem como sensibilizando os seres humanos em relação as suas atitudes acerca do meio ambiente. A educação sempre esteve, presente nessas discussões, tendo muitos representantes que passaram a fazer parte na elaboração de propostas educacionais, como educador e cidadão em busca de melhores atitudes que resultem em qualidade de vida e preservação do planeta Terra.
Segundo Sato (1997) "A Educação Ambiental deve ser desenvolvida com os objetivos de auxiliar os alunos a constituírem uma consciência global das questões relativas ao mundo para que possam assumir posições afinada com os valores referentes à vida".
Ainda a mesma autora (1995) declara que: "o ambiente não pode ser considerado como um objeto de cada disciplina, isolada de outros fatores. "Ele deve ser trazido a tona, como uma dimensão que sustenta todas as atividades e impulsiona os aspectos físicos, biológicos, sociais e culturais dos seres humanos".
Reigota (1995) confirma que, o desafio da Educação Ambiental é sair da ingenuidade e do conservadorismo (biológico e político) a que se viu confinado e propor alternativas sociais, considerando a complexidade das relações humanas e ambientais.
Mussis (1999) nos faz um questionamento: O que é Educação Ambiental? Diz ainda que qualquer tentativa de se definir, em poucas palavras, um pensamento complexo como a Educação Ambiental, acaba tornando-se pobre".
Grün (1996), diz que "Uma Educação que não seja ambiental, não pode ser considerada Educação de jeito nenhum" e nossa preocupação em desenvolver esta pesquisa é cuidar do meio, através do trabalho de percepção, arte, educação ambiental e muita sensibilidade, esperando conseguir aflorar emoções, intenções e despertar estímulos para os leitores desta pesquisa.
Segundo Dias (1994), a Educação Ambiental deve abranger áreas da Educação e buscar alternativas de soluções para os problemas ambientais que afetam o bem-estar individual ou coletivo.
"Um programa de Educação Ambiental para ser efetivo deve promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Acreditamos que somente fomentando a participação comunitária, de forma articulada e consciente, um programa de Educação Ambiental atingiria seus objetivos. Para tanto, ele deve prover os conhecimentos necessários à compreensão de seu ambiente, de modo a suscitar uma consciência social que possa gerar atitudes capazes de afetar comportamento".
(Dias, 1994)
"Todo ser é inteligente, uma vez que nasce para sobreviver, autopreservar-se e preservar a espécie."
Machado, (1992)
Segundo Freire (1987), "O verdadeiro papel do educador é colocar-se junto ao aluno, problematizando o mundo real e imaginário, contribuindo para que possa compreendê-lo e reinventá-lo, crescendo e aprendendo junto com o aluno, assumindo o papel de investigador, pesquisador, orientador e coordenador do processo de ensino aprendizagem o aluno como um ser que pensa diferente, respeitando a sua individualidade".
Os educadores não precisam esperar que seja solicitada uma pesquisa para saber o que abordar, sua prática educativa deveria passar por esta atenção sem saber a relação do que pode transmitir "conteúdos e informações", deveria ensinar o que é interessante aos alunos, diante de nossos olhares não leva em consideração a sensibilidade fantasiosa que a os alunos ainda possuem, pois as estas não estão presas a contas, pagamentos, horários, reuniões e outros compromissos, loucuras que nós ainda precisamos para viver. O mundo anda frio, nos adultos, não temos fantasias, criatividade, sensibilidade para prestar atenção em coisas "bobas", para nosso conceito e grande importância para nossos alunos.
Diante dessas considerações percebemos que há muito sobre percepção, relacionamento de ser humano para se pensar e incluir em outras discussões. Não podemos mais ficar limitados a compreender e ficar calado. Precisamos de espaço para colocar nossas experiências, divulgar nossos trabalhos, expor as produções de nossos alunos.
Para iniciarmos necessitamos nos desprendermos do medo de perdemos a nossa função ou cargo professor, não há como se conceber o processo ensino e aprendizagem sem as duas personagens chaves professor/aluno. Os meios, as formas, as produções, a construção de tudo que está relacionado à Educação nos ensina que para haver o desenvolvimento no processo educativo é preciso que haja a figura do professor-pesquisador. Os sentimentos, emoções, sensibilidade, prazer, desprazer, relacionamento somente entre seres humanos.
A partir de uma aula de Arte, pode-se desenvolver parte de um trabalho de pesquisa, pois a Arte, o fazer artístico, faz com que os sentimentos aflorem e pode-se utilizar este momento de sensibilidade para sensibilizar outros.
Nesta pesquisa, investigamos a percepção para reconhecer e saber como os alunos identificam as questões ambientais no meio em que vivem. Marotti (1997) diz que a etimologia da palavra percepção vem de "perceber", do latim ? apoderar-se de, adquirir conhecimentos por meio dos sentido, formas idéias aprender através da inteligência, distinguir, notas, ver ouvir e entender".
Segundo Marotti (1997), "A percepção social está relacionada com os efeitos dos fatores sociais e culturais sobre a estruturação cognitiva do homem no seu ambiente físico e social; depende do estímulo presente e das capacidades dos órgãos do sentidos e varia também com a história passada e da atitude presente dos indivíduos, atuando através de valores, necessidades, lembranças, humor, circunstâncias sociais e expectativas".
De acordo com nossa percepção, cada ser humano elabora o seu mundo, através da cultura, costumes, fantasias, normas, valores e política. Assim foi possível entender o significado das atividades realizadas com os alunos.
Para compreender as inter-relações do ser humano com o meio ambiente, abordamos a percepção ambiental como tema central desta pesquisa. Segundo Vygostky (1984), o indivíduo aprende com a interação, quanto mais interagir melhor para conhecer. Assim, a percepção ambiental é uma atividade mental de interação do ser humano com o meio ambiente, permitindo conhecer particularidades de cada relação sociedade/aluno-meio ambiente, sendo que este processo permite identificar como os alunos percebem e compreendem a sua influência, comportamento, hábitos e atitudes em relação às questões ambientais. A cada imagem ou idéia sobre o mundo é composta pela imaginação e memória de cada ser humano.
De acordo com Reigota (1996) meio ambiente é "um lugar onde se dão relações dinâmicas e em constante interação entre os aspectos naturais e sociais, acarretando processos culturais, tecnológicos, históricos e políticos de transformação da natureza e da sociedade".
O autor ainda reforça que a Educação ambiental pode estar presente em todas as disciplinas ou conteúdos que abordam as relações entre a humanidade e o meio físico e social.
Diante desta citação compreendemos que este processo de percepção está relacionado aos efeitos dos fatores sociais e culturais frente à estrutura cognitiva do ser humano no ambiente físico e social.
Para Grün (1996), a necessidade de adicionar o termo "ambiental" ao termo "educação" surge do cotidiano das salas de aula, onde a prática pedagógica é realizada como se não existisse um ambiente, os conteúdos são transmitidos alheios à realidade circundante.
Nosso desempenho enquanto educador deve gerar em torno da reflexão, da busca de informações e desenvolvimento da prática de leitura, da aquisição conhecimentos e informações, por vários meios, para podermos então propor uma prática que seja viável para a participação do compromisso que nos foi confiado.
Embasados em Tuan (1980) podemos dizer que o ser humano, munido por sua sensibilidade percebe o mundo com todos os seus sentidos. A visão tridimensional seleciona os estímulos ambientais fornecendo-os ao cérebro, o tato por sua vez, nos convence da existência de determinados elementos; a audição amplia nossa experiência do espaço e o olfato, que nos propicia odores, pode trazer lembranças vividas com forte carga emocional, demonstrada também através das imagens. O ambiente pode conter elementos extremamente opostos, tornando-se índice visível de polaridade, mesmo assim o ser humano pode evidenciar afeto e amor pelo lugar.
Estudos indicam que se fez para mudar essa prática, pois a escola não está em sintonia com a interatividade, devendo a mesma repensar sua prática pedagógica a partir da organização da comunicação.
"...o verdadeiro papel do educador é colocar-se junto ao aluno, problematizando o mundo real e imaginário, contribuindo para que possa compreende-lo e reinventa-lo, crescendo e aprendendo junto como o aluno, assumindo o papel de investigador, pesquisador, orientador e coordenador do processo de ensino aprendizagem o aluno como um ser que pensa diferente, respeitando a sua individualidade..."
(Freire, 1987).
Os alunos tem importante papel de fomentar a percepção necessária a integração/interagir do ser humano no meio ambiente; isto é a relação harmoniosa do ser humano/ambiente. No processo de melhoria do planeta.

3- MATERIAL E METODOS

O método adotado foi o qualitativo, buscando trabalhar com os alunos a prática do cotidiano e retomar os resultados nas bases para sua reelaboração. Outra característica da pesquisa foi a preocupação com o processo e não simplesmente com o resultado e o produto, conforme sugestões de Chizzot (1991).
A partir de observações, trabalhos de grupo, discussões, pensando em participação e cidadania construímos ou elaboramos propostas de trabalho para trazer em pauta os problemas e riquezas que o meio ambiente exibe.A pesquisa qualitativa, de acordo com os pressupostos de Chizzot (1991), deve considerar o ser das coisas e objetos que o homem pretende conhecer, ocultar-se e manifestar-se sob múltiplas formas. Aquilo que se manifesta, que aparece em dado momento não é, certamente, a totalidade do objeto, da realidade investigada Para o desenvolvimento desta pesquisa abordamos a característica qualitativa, buscando o cotidiano para retomar os resultados nas bases, buscando o significado da causa e do efeito; os efeitos que as atividades de artes provocam nos sujeitos pesquisados quando estes são questionados sobre EA no meio.Procuramos com esta metodologia evidenciar rapidamente as diversas inteirações a que estão submetidos os objetos de estudo, neste caso os alunos do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental Profª Renilda Silva de Moraes - Rondonópolis/Mato Grosso, é possível também explorar variáveis em estudo e trazer à tona um grande leque de possibilidade sobre o tema abordado, tais procedimentos: ajudar a enriquecer e revitalizar o eventual olhar enviesado do professor. Foram traçadas linhas gerais dessa corrente pedagógica (crítico-social dos conteúdos), pois a mesma forma a base teórica ? metodológica que norteia este trabalho, por acreditar numa posição a favor da educação das camadas populares da sociedade.
Ainda os procedimentos desta pesquisa, caracterizada pelo estudo de caso, que foi desenvolvido em uma Unidade Escolar, de maneira que permitiu o seu amplo e detalhado conhecimento, apontamos vantagens desta pesquisa conforme explica Gil (1991), o estímulo as novas descobertas em virtude da flexibilidade, simplicidade dos procedimentos para as análises que são bastante simples e possibilita comentários sobre os dados coletados. As técnicas utilizadas foram: os questionários semi-estruturados que é aquele que permite que o pesquisador observe as descrições pessoais, as expressões dos sujeitos (pesquisado/entrevistado), flexibilizando a análise, para que o pesquisador possa utilizar a coleta dos dados, no caso específico as produções dos sujeitos que foram registradas que permitiu a realização desta. Podemos dizer que O Estudo de Caso é uma proposição, para um grupo de um determinado problema real ou fictício em via de colocar um diagnóstico, de propor as soluções e deduzir as regras ou os princípios aplicáveis para os casos similares.
Abordamos a produção de mapas mentais que os alunos externaram sua percepção e registraram, através dos desenhos, sua construção do seu ponto de vista diante das questões ambientais.
Baseado na metodologia de Matotti (1997), através de 02 referenciais de linguagem simbólica: visual (desenho/mapas mentais) e oral: (descrição dos desenhos/mapas mentais elaborados e criados pelos sujeitos, detalhando durante a explicação do ponto de vista destes em relação a representação feita durante o desenvolvimento do texto coletivo. Visando melhor interpretação dos mapas mentais apresentados, os sujeitos tratam-se da externação da percepção de cada sujeito desta pesquisa, registrado em figuras nas amostras selecionadas as representações das questões ambientais ocorridas, que são do conhecimento dos alunos, através dos desenhos apresentados por esses durante as atividades desenvolvidas.
O autor explica ainda que o desenho representa simbolicamente a sua realidade ou criatividade/fantasia. Desenhar é copiar tão bem como o real, fazer o modelo certinho, esses são feitos a partir das observações do conceitos/oral e descutivas, semelhantes ao que esta pronto, não tem criatividade imaginação para transformar ou modificar. O desenho é apenas a configuração daquilo que você vê. O desenho é uma cópia fiel do meio, que não é o propósito desta pesquisa, portanto procuramos nos mapas mentais os registros aqui representados pelos desenhos.
Nesta vertente é preciso diferenciar: desenho (imaginação e criatividade) identificar figuras e não entender o seu significado, falta a percepção, então temos somente o desenho, mapa mental (necessidades humanas), esta relacionado ao cognitivo, tem base nos símbolos, nas representações que se torna mentalmente presente e se materializa através dos desenhos, que representa a percepção dos sujeitos (alunos) como é que esses estão reagindo a realidade que vive, quando fazemos por exemplo uma pergunta a eles, se pudéssemos registrar o seu mapa mental, são as informações guardadas que são externadas através dos desenhos. Os desenhos são os instrumentos utilizados para os registros. Sempre haverá símbolos para expressar o conhecimento, quando não houver referenciais teóricos.

4- RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1- PROFESSORES

Todas as atividades foram submetidas a análise, para que pudéssemos compreender a percepção ambiental dos alunos em questão. Evidenciamos um recorte do Projeto de Pesquisa para que os professores da Unidade Escolar em estudo deixassem registrada da sua atuação e o conhecimento sobre o assunto abordado.
O questionário a ser respondido pelos docentes foi entregue aos mesmos durante o processo de lotação de aulas da escola. Na oportunidade 42 professores se faziam presentes, contudo, a escola conta com 43 professores efetivos no ano de 2001. Dos 30 questionários distribuídos aos professores presentes, sendo que 03 professores recusaram-se a responder o mesmo. Destes, 01 professor argumentou não estar inteirado das questões ambientais do país.
Do universo de 27 questionários, tivemos o retorno de 16 professores que responderam o questionário expressando um percentual de 59% de respostas, sendo que 02 desses são Coordenadores Pedagógico e os demais (14) estão atuando na docência (sala de aula) responderam e devolveram o instrumento, 11 desses profissionais não responderam nem devolveram.

4.2. AMBIENTE EM FORMA DE DESENHOS
Após as entrevistas com aos professores e, na seqüência, realizou-se as atividades com os alunos. Esta foi a forma que encontramos para fazer um possível paralelo de como os professores dos alunos desta pesquisa pensam, agem e percebem o meio ambiente quando o assunto é Educação Ambiental. Em se tratando dos alunos, o trabalho em sala de aula teve importância fundamental no desenvolvimento desta pesquisa. Inicialmente procuramos realizar o trabalho com os professores como ponto de partida, considerando que a sala de aula seria um estimulador para que os alunos pudessem apresentar seus primeiros resultados, pois entendemos que este ambiente permite que as discussões orais, o desenho, o texto as apresentações possam evoluir, enriquecendo o conhecimento dos alunos e possibilitando o desenvolvimento dos próprios recursos de comunicação.
Considerando que as Escolas não estão sintonizadas em um Programa de Educação Ambiental pouco fazem para mudar esta realidade; o espaço físico escolhido para esta prática não importa, pois a interação no meio se dá através da observações, percepções; assim estabelecemos um contato entre ser humano e meio a ser estudado, pesquisado, permitindo uma aproximação a cerca da sensibilidade, para que passamos a adotar uma postura que se faz necessária para explorar essa trilha da Educação Ambiental a ser pesquisada ou estudada.
A participação dos alunos nos momentos pontuais das atividades culturais de arte foi marcada pela liberdade de expressão dos mesmos. Cores e tons diferentes foram utilizadas para registrar estas atividades, claro que conforme o gosto de cada aluno, deixando estes à vontade para externarem o que sentem em relação às questões ambientais, foco principal desta atividade, uma vez que estávamos em busca de saber como esses percebem o meio.
Segundo Silva (2002), a Educação deixaria de ser um processo de troca de ações que cria conhecimentos e não apenas o reproduz, exercendo a participação cidadã.
Podemos verificar melhor o resultado das ações do ser humano apreciando as produções dos mapas (desenhos) e conferindo o texto que os alunos produziram na descrição da atividade anterior.
Estudamos os desenhos dos alunos (mapas mentais) relacionando-os com o texto que os mesmos produziram a partir desta atividade, observando a imaginação, criatividade e o relacionamento dos alunos com o meio ambiente, como também os dados levantados através do questionário semi-estruturado que serão comentados e apreciados.
Considerando a exposição de valores, costumes, a imagem pessoal de cada aluno apresentamos a produção dos mesmos: Procuramos mostrar o que apareceu e não o que eles deixaram de externar nas produções; tendo em vista este pensamento é que temos que romper fronteiras e dar oportunidade aos sujeitos (alunos) para identificar qual é o seu potencial de expressão.
A análise dos mapas mentais (desenhos) produzidos pelos alunos permitiu a observação dos pontos relevantes evidenciados nas atividades desenvolvidas. A atividade acima foi realizada em sala de aula, na oportunidade estavam presentes 27 (vinte e sete) alunos, suas preocupações deixadas nos desenhos foram:
06 alunos deixaram amostra que o ser humano faz parte do meio, a presença deste nos desenhos é clara e participativa;
07 alunos preocuparam-se em registrar em suas atividades o espaço físico denominado moradia, relacionando assim o meio e o habitat natural onde moram;
21 alunos evidenciaram os recursos naturais que dispomos aqui caracterizados pelas árvores;
11 alunos revelaram a preocupação com a água, mostrando em suas atividades que este recurso serve para os animais, o ser humano e o meio se beneficia também;
11 alunos demonstraram também sua preocupação com a fauna e a sua extinção, estas imagens marcam presença nos desenhos;
04 alunos deixaram bastante evidente sua atenção para com o lixo, sério problema em relação às questões ambientais, se não o primeiro;
01 aluno mostrou a participação dos avanços tecnológicos e a utilização destes pelo ser humano, atingindo o meio;
01 aluno registrou as ações que o ser humano em relação à extinção das espécies (matança de animais ? caçada);
26 alunos evidenciaram o Sol em seus desenhos, relacionando-se este astro maior com o meio, isto se deve principalmente pela região onde estamos, que apresenta-se bastante quente e as duas estações que fica evidentes é a seca ( Sol ) e as chuvas;
01 aluno apenas preocupou-se com as chuvas, deixando registrado um dia de chuva para amenizar o clima e contemplar a natureza;
01 aluno lembrou-se das queimadas, que destrói toda e qualquer paisagem que os alunos queiram mostrar em seus mapas (desenhos).
Os sujeitos envolvidos nesse estudo expressaram suas concepções percebidas acerca do no meio, deixaram transparecer o conhecimento que dispunham sobre os pontos relevantes tratados na Educação sobre meio ambiente para o ambiente. Assim, detectamos que os mesmos são possuidores de poucas informações no que tange ao objeto de estudo desta pesquisa, como também foi nos possível verificar que a participação dos educadores nesse processo é lento, sem muitas preocupações com o ensino-aprendizagem. Contudo, nossos atores são cientes de suas presenças no ambiente e, preocupam-se com seu bairro, município e com as causas que atingem o planeta de forma devastadora, optando pela participação, demonstrando que têm vontade de fazer algo para ajudar na melhoria d qualidade de vida, mas não lhes são dadas oportunidades nem tão pouco condições para tanto. Isto porque, onde estão inseridos, no caso o cenário da pesquisa, pouco se busca, pouco se ensina, a preocupação maior é destinada ao cumprimento de conteúdos, calendário sendo que, a formação fica descoberta. Aqui, notória se faz a falta de conhecimento por parte dos educadores, estes possuem as mesmas informações que os alunos, as quais são extraídas de TV, jornais, revistas e outros meios de comunicação, no entanto, não basta informações sem conhecimento de fato.
Considerando que a Escola não está em sintonia com a interatividade, repensamos a prática pedagógica a partir da organização da comunicação do mediador para revisão da atual situação que encontra-se o processo formativo do ser humano.
O levantamento de dados e informações obtidas revelam que o processo ensino-aprendizagem não está abordando os assuntos relacionados ao meio. Não nos cabe discutir quais os procedimentos que a escola deverá encaminhar para implementação das aulas no sentido de contemplar o assunto e, oferecer aos educandos possibilidade de discutir os apontamentos feitos por eles neste estudo, bem como refletir os hábitos, valores e costumes dos seres humanos, que são resultados dos problemas abordados, considerando-se que a escola é um espaço importante para essa discussão. No entanto entendemos ser de fundamental importância oferecer espaços de discussão e reflexão, pois os alunos são multiplicadores de conhecimento, pois o estendem à família à comunidade, à sociedade.
Para o educador fazer interpretação do desenho dos alunos para a classe, esses devem ser utilizados como recursos de linguagem no papel da comunicação, relacionando o assunto abordado e o meio de transmitir o fato percebido.
Acreditamos que o resultado desta atividade permite-nos conhecer a particularidade da relação sociedade/aluno-meio ambiente, onde cada imagem ou idéia sobre mundo é composta pela imaginação e memória de cada ser humano.
De fato é preciso saber quem são, onde moram, de onde vem, como são suas famílias, se trabalham, do que gostam, entre outros fatores.
É preciso considerar também as dificuldades que enfrentam, o que esperam, suas crianças, esperanças, valores morais/culturais, além de perceber os modos de conhecimento se articulam-se com os antigos, como elaboram hipóteses, selecionam e organizam conhecimentos e informações. Para isto é necessário eliminar atividades mecânicas sem significados, possibilitar uma participação mais ativa em atividades que exijam sua presença, que expressam o que eles têm para externalizar (sentimentos ? emoções ? percepção ? criatividade).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Detectou-se que a falta de conhecimento dos professores que dificultou a prática da realização de um trabalho que poderia subsidiar ações e concepções dos educadores para com os educandos. Constatamos que é possível reverter a situação ora posta, tendo em vista a busca da formação continuada para que os educadores possam desenvolver um trabalho de qualidade.
Objetivando contribuir com a Educação Ambiental através do ensino-aprendizagem, visando a melhoria da qualidade de vida, o propósito da pesquisa circula os educadores e educandos, a fim de que os mesmos comprometam-se com ações/alternadas para os problemas abordados neste estudo, os quais podem comprometer o futuro da humanidade.
A Educação Ambiental é um processo que busca promover os princípios e valores que estão direcionados para o caminho de mudanças, buscando a integração e a participação dos seres humanos. Inúmeras ações podem ser sugeridas dentro desse processo de conhecimento e participação no intuito de; promover mudanças de valores/hábitos, tomadas de decisões, divulgação e sensibilização; reduzir o consumo exagerado, abrir diálogo em diferentes formas de comunicação.
O currículo escolar deve estar interligado como as questões ambientais para que possa favorecer a construção de uma relação dinâmica entre o ser humano e o meio. Neste sentido, devem os educadores comprometerem-se com a construção deste currículo, portando-se como agentes sociais e transformadores da relação até então estabelecida entre ser humano e natureza, ultrapassando os muros escolares em busca da construção/reconstrução de novos significados e valores e conhecimentos.
Nós, educadores, cidadão possuidores de solidariedade e, sensibilidade temos a obrigação e o dever de conduzir uma educação de valores, o espaço real do tempo para rever as questões do meio ambiente, que são bastante amplas, como a violência nas escolas e as relações interpessoais que afetam a convivência. Devemos considerar o processo de formação permanente, que dá responsabilidade, apropriação dos direitos ao salário, acesso à cultura, gêneros de necessidades básicas que conduz a uma sociedade mais justa.
A vivência é fonte do crescimento, o alicerce da construção de nossa identidade, que amplia a possibilidade de expressar e esta expressão pode ser revelada através do desenho, que é uma linguagem, uma forma de comunicação. O ato de desenhar impulsiona outras manifestações, que servem como instrumentos de intensa comunicação.
Acredita-se que o desenho representa os interesses pessoais/comunitários, expressando as formas de produção, acompanhada a rapidez do pensamento, responde as urgências expressivas. As expressões artísticas fomentam o desenvolvimento pessoal e melhora a relação do aluno com a escola e com o seu meio. Isto implica dizer que as escolas devem repensar as práticas pedagógicas/educativas utilizadas pelos educadores, que trabalham isoladamente.
O desenvolvimento deste estudo permitiu-nos a compreensão mais clara das preocupações dos seres humanos em relação ao ambiente. Percebemos ainda que os impactos ambientais apontados pelos alunos estão presentes em todos os lugares onde os seres humanos estão, os sujeitos desta pesquisa apresentou nas atividades desenvolvidas a compreensão dos impactos causados no meio ambiente, via meios de comunicação, porém esses não sabem os meios de participar do processo de minimizar os problemas abordados. Este fato permite nos reafirmar que as escolas devem repensar as práticas pedagógicas/educativas utilizadas para conduzir a produção de conhecimentos e saberes, procurando refletir e proporcionar momentos de reflexão sobre a capacidade de crescimento e idéias que estão operando em função da degradação do planeta, pois nossa cultura garantirá ou destruirá o registro da nossa passagem neste Planeta.
Pautados nesta concepção cabe a nós educadores, criar condições para estimar o interesse dos alunos em transformar a situação de degradação do meio em que vivemos. Então, o meio ambiente imediato pode ser usado como recurso pedagógico, como fonte de pesquisa, permitindo que educando e educadores possam fazer uma análise crítica do mesmo e, juntos, busquem pensar e agir neste e sobre este meio.

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