Estamos numa fase de transição na educação à distância. Muitas organizações estão limitando-se a transpor para as virtuais adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line. Começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais. A educação a distância mudará radicalmente de concepção, de individualista para mais grupal, de utilização predominantemente isolada para utilização participativa, em grupos. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas. Da comunicação off-line evoluímos para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).

 

Educação a distância não é só um "fast-food" aonde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Educação a distância é ajudar os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a participação em grupos -presenciais e virtuais - onde avançamos rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados. Iremos combinando daqui em diante cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente. Uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, vendo-nos e ouvindo-nos. Períodos de pesquisa mais individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos com a orientação virtual de um tutor e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.

A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB. Enquanto assiste ao programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente as informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.

 Essa nova sociedade é caraterizada, então, por uma nova:

• estrutura social dominante, a sociedade “em rede”;

• uma nova economia, a economia informacional global;

• uma nova cultura, a cultura da virtualidade real;

Todavia, a característica da sociedade “em rede” não é o papel crucial do conhecimento e da informação. Conhecimento e informação, na verdade, foram centrais para todas as sociedades. De acordo com [1],

 

O que é novo hoje é o conjunto de tecnologias da informação com as quais lidamos, centradas ao redor das tecnologias da informação/comunicação baseadas na microeletrônica e a engenharia genética – tecnologias para agir sobre a informação e não apenas a informação para agir sobre a tecnologia, como no passado. Elas estão transformando o próprio tecido social, permitindo a formação de novas formas de organização e interação social através das redes de informação eletrônicas

 

As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banca de transmissão como acontece na TV a cabo torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.

 

Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line e aulas presenciais com interação à distância.

 

Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (lucro, multiplicação)

 

O ensino será um mix de tecnologias com momentos presenciais, outros de ensino on-line, adaptação ao ritmo pessoal, mais interação grupal, avaliação mais personalizada (com níveis diferenciados de visão pedagógica)

 

Outras organizações oferecerão tecnologias de ponta com visão pedagógica avançada (cursos de elite, subsidiados).

 

O processo mais lento do que se espera. Iremos mudando aos poucos, tanto no presencial como na educação à distância. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão prontos para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade.

 

Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e

a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.

Essa nova forma de ensino possibilita o aluno aprender a qualquer hora do dia trazendo benefícios, pois o aluno sente que precisa de mais dedicação buscando pesquisas sobre assuntos inerentes as aulas ministradas. Isso garante um maior aproveitamento do aluno, porque pesquisando o aluno aprende sobre matérias ministradas superficialmente, se aprofundando mais no assunto tratado.

Tem outro fator a favor do aluno, o preço de um curso ead é mais barato que o presencial, aumentando a possibilidade daqueles que não possuem poder aquisitivo para cursa uma faculdade. Antes era muito difícil fazer um curso superior, graças à tecnologia isso é coisa do passado, garantindo a dignidade de milhões de pessoas que se sentiam menores por não terem condições de cursar uma faculdade.