Edmund Husserl.

1859-1938.

 Foi o fundador da fenomenologia, nasceu na cidade de Prosznitz, Morávia atual Republica Tcheca, estudou em Leipzig, Berlim e Viena, foi profundamente influenciado pelo filósofo  Brentano.  

 Professor em diversas universidades, no princípio da formulação da sua Filosofia formulou um ataque contra o psicologismo e o naturalismo, até então predominante aos meios acadêmicos.

Sempre conservou a influência sofrida de Brentano, entretanto, mais tarde retomou o conceito aristotélico de intencionalidade compreendido como direção da consciência aplicada ao entendimento do objeto.

O real objeto fenomenológico, sempre será entendido pela consciência em direção permanente ao fato em análise.  A consciência para ele será eternamente um conceito chave para o desenvolvimento da sua epistemologia.

O objeto é o fenômeno, que será apreendido tão somente pela consciência, nenhuma realidade tem valor epistemológico fora da sua relação com o mesmo, de acordo com o processo de síntese imposto a lógica da razão.

Seu livro fundamental Ideias par uma fenomenologia pura e uma Filosofia fenomenológica escrita em 1913, propõe de forma sistemática uma investigação da consciência e sua relação com os objetos em observação, o ato do conhecimento é um esforço permanente da consciência com objetivo de entender o fenômeno, apenas o sujeito poderá compreendê-lo.

Para Husserl os objetos ou o mundo fenomenológico se entendem exatamente com a perspectiva correlata ao mundo propriamente com a consciência, não existe realidade fora  da razão, portanto, o saber é o mecanismo do entendimento cartesiano.

Desse modo não existe  percepção possível entre aquilo que se percebe e a própria percepção, a consciência não é distante da razão lógica, o objeto é o resultado desse esforço permanente, o que é o saber a não ser a projeção da intencionalidade da consciência ao entendimento do objeto.

Desse modo é também um idealista, a consciência inclui naturalmente a natureza do objeto como fato objetivo, o que se denomina de percepção sensorial no entendimento de todo  objeto fenomenal.

Por outro lado, sua Filosofia é também em parte em alguns aspectos influenciada por Kant, sobretudo sua lógica do idealismo transcendental,  podemos dizer que a sua metodologia é uma tentativa de descrição  fenomenológica da subjetividade.

Os modos de operar a consciência, natural que posteriormente influenciou  outros filósofos de tendências existencialistas, entre eles os mais importantes Heidegger e Scheler que foram seus discípulos na Alemanha.

Na França influenciou particularmente com sua teoria fenomenológica Merleau Ponty, como também a corrente existencialista desencadeada por Sartre.

Favoreceu no desenvolvimento da Filosofia fenomenológica, na formulação da nova lógica formal, no uso permanente dos princípios lógicos da  Filosofia cartesiana.

  Na solução da crise das Ciências no mundo europeu, na criação da nova epistemologia que procurava superar toda epistemologia de caráter essencialmente dialético e marxista.

Edjar Dias de Vasconcelos.