Projeto Pedagógico interdisciplinar, transdisciplinar e multirreferencial.

O que é um projeto.

Pedagógico.

Genuinamente científico.

Com propostas coerentes.

Na perspectiva.

Da interdisciplinaridade.

Considerando os fatores.

Transdisciplinares.

Levando em consideração.

A multirreferencialidade.

No mecanismo do desenvolvimento.

Das sínteses.

Em primeiro lugar é necessário.

A definição epistemológica.

De cada uma das epistemologias.

Desenvolvido  essa tarefa.

Fundamental.

O fundamento da  definição.

Quando a ciência é da interpretação.

Sendo também a referida.

Da compreensão.

Na definição clássica do grande mestre.

Wilhelm Dilthey.

Vamos iniciar pelos aspectos mais simples.

Explicita Dilthey com seu fundamento.

Essencialmente filosófico.

Existem dois tipos de ciências.

Na construção de um método.

Sendo que a primeira explicitação.

Refere à ciência do espírito.

A segunda a ciência da natureza.

A explicação específica.

O que é a ciência do espírito.

Quando um fenômeno em estudo.

O sujeito e o objeto.

São produtos do mesmo fenômeno.

Cultural.

Com efeito, quando o sujeito.

Deseja entender.

Determinado objeto em análise.

Tanto a mente do sujeito que analisa.

Como o objeto analisado.

São resultados de um mesmo mecanismo.

De produção cultural.

Exemplificando.

O estudo da Revolução Francesa.

É o resultado do mesmo mecanismo.

Cultural.

Em que possibilita o sujeito interpretar.

As variáveis de determinadas mentalidades.

Como resultou a Revolução.

Com efeito, sujeito e o objeto.

São produtos de uma mesma realidade.

Sinteticamente cultural.

Nesse caso específico.

Diz o mestre Dilthey.

O fundamento da Pedagogia.

É  essencialmente.

Podemos dizer interdisciplinar.

Como se aplica na prática.

O método pedagógico.

Passo a passo.

Dentro das sincronizações.

Indeléveis.

Da metodologia epistemológica.

A primeira observação.

Elaborar um projeto pedagógico.

Observando o tempo histórico.

Porque a interdisciplinaridade.

É completamente diferente.

Da Pedagogia transdisciplinar.

A primeira se aplica.

A ciência do espírito.

A outra mais especificamente.

A ciência da natureza.

Sendo que na ciência da natureza.

Existem ainda campos de especificidades.

Como por exemplo, a Matemática.

Serve a natureza da convencionalidade.

Por ser uma ciência.

Que não é especificamente.

Da natureza.

Mas uma ciência como instrumento.

Das demais ciências da natureza.

A Matemática é um instrumento.

Da Física da Química e da Engenharia.

Como a Língua Portuguesa.

É um instrumento.

De todas as ciências.

Do mesmo modo

A Filosofia o fundamento.

De demais ciências.

Inclusive da natureza.

Em todos os seus aspectos.

O que é específico do fundamento.

De cada um deles.

Mas existe uma diferença.

Fundamental e perfunctória

Pedagogicamente observável.

As ciências do espírito.

As mediações do entendimento.

A sua asserção.

Axiológica.

Resultam de campos comuns.

Devido à mesma natureza.

Da produção histórica.

Tanto do objeto.

Como do sujeito.

Portanto, a cultura medeia-se.

As proposições interpretativas.

O que é diferente nas ciências.

Da natureza.

Devido à essência da sua asseidade.

A cultura não é o elemento.

Entre o sujeito e o objeto.

Entende se o objeto objetivado.

Na sua natureza empírica.

Exemplo um exame de DNA.

Em qualquer parte do mundo.

Todo cientista entenderá.

O mesmíssimo resultado.

Aqui está a grande diferença.

Irrivalizável.

Em todo método pedagógico.

Como muito bem.

Exige a teoria da complexidade.

Em Edgar Morin.

E como explicitou Dilthey.

Como defendem as teorias construtivistas.

Mal entendidas e elaboradas.

A partir da tradução inglesa.

Equivocadamente.

Por certos pedagogos.

A interpretação em ambas as variáveis.

O primeiro método é interpretativo.

Inexaurível.

Por ser subjetivo.

E por necessitar de outras.

Variáveis ideológicas.

Novamente o mesmo exemplo.

A Revolução Francesa.

O mesmo movimento cultural.

Que possibilitou a Revolução.

O  mecanismo   da cultura.

Do sujeito.

Que procurará entender.

Por que  se efetivou a Revolução.

Então explica Dilthey.

Se a Revolução é explicada.

Por um paradigma marxista.

Será um determinado resultado. 

Sendo um paradigma liberal.

 Será  necessariamente outro.

Inelidível.

Em comparação.

Desse modo consecutivamente.

Se for por um social democrata.

Uma terceira explicitação de resultados.

Isso significa que a ciência do espírito.

É completamente ideológica.

Subjetiva e essencialmente cultural.

O seu método não poderá ser indutivo.

Muito menos empírico.

Apenas silogístico e dedutivo.

Relativo ao seu tempo histórico.

Os sujeitos são todos subjetivos.

A História não é a compreensão.

Mas a interpretação.

Do mesmo modo todas as ciências.

Do espírito.

Diz Shopenhauer em sua analogia.

O mundo é a representação.

Os fatos são representados.

E não objetivamente analisados.

Paradigmaticamente.

Isso significa que a leitura dos fatos.

Não são objetivamente compreendidos.

O que se compreende.

Na perspectiva dos seus paradigmas.

Diz Dilthey.

É a ciência da natureza.

Que no plano prático pedagógico.

Entende se apenas.

Com a metodologia transdisciplinar.

Que é completamente diferente.

Da interdisciplinaridade.

Até a esse momento.

Ainda não referimos.

A multirreferencialidade.

Seus aspectos fundamentais.

Entre as diferenças das duas ciências.

Isso efetivará no momento certo.

Pois são necessários.

Outras explicações.

Explicita em suas teses.

O filósofo alemão Feuerbach.

O mundo não é apenas representação.

A inversão da representação como verdade.

Então o mundo é a ideologia da mentira.

Como se fosse à verdade.

Ingênita.

E quando a ideologia é invertida.

Criada sem nenhuma lógica.

Voltará à mentira em forma da verdade.

A produção cultural do fenômeno.

É o mais absoluto engodo.

O que significa que o método.

 Interpretativo.

Pode ser tão somente uma ilusão.

Porque de fato a verdade é excludente.

A natureza da mentira.

Ou uma coisa é verdadeira.

 Ou  mentirosa.

Exemplo, as interpretações.

Entre duas visões uma marxista.

 Outra  liberal.

Ambas diferentes.

A respeito da Revolução.

Refiro a Revolução Francesa.

Ambos pela natureza da ciência.

Não poderão ser verdadeiras.

Então, como entender as interpretações.

O grande físico e filósofo Bachelard.

Criou uma epistemologia.

Interessante.

Cuja natureza desse método.

É inteiramente aplicável a um projeto.

Pedagógico interdisciplinar.

Transdisciplinar e multirreferencial.

Na perspectiva da teoria da complexidade.

Elaborada por Edgar Morin.

Todo conhecimento pedagógico.

Ou não pedagógico.

Seja qual for o conhecimento.

No aspecto da identificação.

Cultura e sujeito.

Indução e empirismo.

Lógica pragmática.

Ou neopositivismo.

Na interpretação dos fenômenos em análise.

O resultado.

É essencialmente aproximativo.

E quanto menos aproximativo for.

Mais será da ciência do espírito.

O que significa nessa visão.

Metodológica.

Que nas ciências da natureza.

Não existe a teoria da representação.

Do mesmo modo a interpretação.

Entretanto, muito mais diminuída.

Em referência a aproximação.

Por ser mais exata.

Após todas as diferenças.

O que temos que entender.

O que é a multirreferencialidade.

No seu aspecto comum e simples.

É tudo que for explicado.

Na perspectiva da complexidade.

Sobretudo, a respeito da ciência do espírito.

Apenas como um ou outro.

Elemento referencial.

Não atende o fundamento.

Da teoria da interpretação.

A teoria da complexidade.

Exigem múltiplas referências.

Porque nenhum fato é tão simples.

Como podemos imaginar.

A Revolução Francesa.

É o resultado de múltiplos fatores.

Portanto, no desenvolvimento.

Da análise.

Seja qual for à epistemologia da referida.

A ausência inexpugnável.

A explicação final.

Tem que ser necessariamente o resultado.

Da multirreferencialidade.

Da compreensão do fato.

Compreender um fenômeno

Apenas por uma ótica.

Ou por poucas óticas.

Significa absolutamente negar os fatos.

Não entender suas referências.

Com efeito, recusa a interpretação.

Dos mesmos.

Portanto, toda interpretação.

Tem que ser interdisciplinar.

 Multirreferencial.

Inexoravelmente.

Com todos esses esclarecimentos.

Explicarei agora.

O que é um projeto pedagógico.

Interdisciplinar, Transdisciplinar.

E multirreferencial.

Na perspectiva.

Da teoria da complexidade.

Do grande filósofo e pedagogo.

Edgar Morin.

A interdisciplinaridade se faz.

De modo simples pedagogicamente.

Refiro a sua estratégia pedagógica.

Todas as disciplinas.

São sincronizadas.

Dentro do mesmo tempo histórico.

Exemplo.

Vamos usar o tempo histórico.

Da passagem do Antigo Regime.

Ao Novo Regime Político.

Ou seja, a passagem do feudalismo.

Ao capitalismo.

Então, para montar um projeto pedagógico.

É fundamental.

A sincronização das disciplinas.

E todas sendo o fundamento de todas.

Interacionando os fundamentos.

Numa perfeita dialética.

As naturezas dos mesmos.

E Filosofia servindo ao fundamento.

De cada uma das disciplinas.

No tempo em referência.

Trabalha-se a História.

Como a passagem de um momento.

De um modelo em superação.

Antigo Regime.

Ou seja, a superação da sociedade feudal.

Para o nascimento da modernidade.

Esse é o tempo histórico.

A Filosofia desse tempo.

Como a referência do fundamento.

Corresponde com esse período.

A Filosofia Iluminista.

Do mesmo modo.

O movimento literário.

Que terá que corresponder.

Com o tempo histórico.

O seja o movimento barroco.

A arte iluminista.

A geografia do período histórico.

Desse modo consecutivamente.

A todos os períodos sucessivos.

O interacionamento das disciplinas.

Ajudando pedagogicamente aos alunos.

Ao seu entendimento.

Não metafísico das análises.

A percepção que tudo é histórico.

E que se prende a tempos determinados.

Isso é interdisciplinaridade.

E não como se entende nas escolas.

Públicas.

Cada um dos professores.

Fala um aspecto da sua disciplina.

Ou todos os professores.

Tentando falar, por exemplo, da água.

Esse método é a negação de um projeto.

Interdisciplinar.

Não conhecemos em nenhuma escola.

No Estado de são Paulo.

Que tenha realmente um método pedagógico.

Na linha proposta pela nossa análise.

O que é a transdisciplinaridade.

O método que atende.

As disciplinas da ciência natural.

Ou da natureza.

Elas são parcialmente interdisciplinares.

Nelas mesmas.

Mas não na totalidade da metodologia.

Porque são ciências objetivas.

Não se prende na subjetividade dos fatos.

O resultado não é interpretativo.

Não se interpreta uma equação de Matemática.

Ou um exame de DNA.

Portando o método é da compreensão.

Compreende ou não será efetivada a ciência.

Do mesmo modo não se aplica a dedução.

Silogística.

Entretanto, o método é indutivo e empírico.

Não precisa obedecer a cronologia histórica.

Absoluta.

Apenas parcialmente.

Mas pode interacionar na objetividade.

Do campo empírico.

O que for da natureza referencial de ambas.

E transdisciplina-se  em certos aspectos.

Com aspectos particulares de certas ciências.

Formuladas pela interdisciplinaridade.

Na Filosofia o movimento é a eterna mudança.

Em Química a natureza do seu fundamento.

É a mudança de estado.

Em  qualquer fenômeno.

Do mesmo modo em Física.

Na teoria da Evolução das Espécies.

Interdisciplina-se nos devidos aspectos.

Na teoria do movimento em Filosofia.

Historiciza-se porque todas as alterações.

Das mudanças acontecem num perspectiva.

Essencialmente histórica.

Na Geografia porque as mudanças se dão.

Em determinadas regiões do planeta.

Desse modo consecutivamente.

Mas jamais as duas variáveis.

São interdisciplinares em si.

Cada uma delas com a sua natureza.

Uma interpretativa a outra compreensiva.

Uma identificação  entre sujeito e objeto.

O mesmo fenômeno cultural.

A outra absolutamente objetiva.

Sendo dessa forma.

Elabora se um projeto pedagógico.

Considerando todos os fatores.

Expostos aqui.

Sem veleidades.

Entendidos e planejados.

Resta a coordenação pedagógica.

Acompanhar passo a passo.

O trabalho desenvolvido.

Pelos professores.

Não apenas em seus planejamentos.

Às vezes idiossincráticos.

Mas nas observações.

Se forem ou não observados.

As determinações do projeto pedagógico.

O que é do campo.

Especifico de cada área.

Só posteriormente.

Deve  ser escolhida.

A metodologia do trabalho.

Aplica-se se o construtivismo.

Ou qualquer outro método.

Com por exemplo.

O desenvolvimento das várias correntes.

Da chamada escola novista.

Na defesa de uma ou outra teoria.

Entretanto, jamais poderão ser negados.

A multirreferencialidade.

A teoria da complexidade.

A interpretação da ciência do espírito.

E aplicação do método empírico.

Sem inevidência.

A ciência da natureza.

E que é da subjetividade do método.

Da representação e interpretação.

Na ciência do espírito.

E a objetividade no campo.

Da ciência natural.

Consecutivamente as duas naturezas.

Da teoria da complexidade.

Em Edgar Morin.

Claudete de Paula.

Elaine Bifulco.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Observação: A elaboração resultou de diversas conversas entre o professor Edjar e a Diretora Claudete de Paula, posteriormente essas conversas foram retomadas entre o professor Edjar e coordenadora Elaine, da Escola Estadual João Borges. Objetivo do trabalho, levar a Escola em referência a uma linha de um Projeto Pedagógico verdadeiramente científico.