INTRODUÇÃO

 O final do século XX presenciou uma mudança nos valores, tanto dos homens em geral como das organizações referente ao uso racional dos recursos do planeta. Isso se deu, mais pela inclusão da discussão em nível mundial da problemática dos povos: pobreza em meio à abundância, desemprego, falta de confiança nas entidades governamentais e privadas, entre outros motivos, que pelo fato de entender que o desenvolvimento se dá de forma mais efetiva quando este é responsável em termos ambientais e sociais.

Esse entendimento da sociedade fez crescer em todo globo o conceito de Organização Eco-eficiente[1], organizações estas que são totalmente voltadas para o uso racional dos recursos, diminuindo assim os custos de produção e gerando mais valor para seus negócios. Essas instituições impulsionam a economia mundial, pois se tornam mais competitivas que seus concorrentes e contribuem, para que novo modelo de consumo se configure em cenários antes não propícios, tais como: consumidores norte-americanos e europeus.

Como essas organizações encontram oportunidade em consumo eco-eficiente e criam mais valor para o mercado consumidor, é o problema que se procura responder ao longo deste ensaio, derivando assim da pergunta a hipótese de que as organizações que produzem através do PmaisL (produção mais limpas) agregam mais valor e riquezas para os seus negócios que seus concorrentes. Busca ainda este ensaio a hipótese de identificar se há um modismo no consumo de produtos com selo ambiental.

Os objetivos que deram ensejo a este ensaio são partes do projeto que procurava compreender o conceito de eco-eficiência como as organizações podem implementá-la; quais os métodos de identificação de oportunidades em projetos ecos-eficientes são os mais utilizados pelas Organizações que os implementaram; quais os riscos que envolvem a implementação desses projetos.

A justificativa desse ensaio também parte do projeto que a deu origem e se confirma de fundamental importância para a concepção do termo eco-eficiência e a sua aplicabilidade por organizações empresariais de uma forma geral e globalizada. Sua fundamentação teórica se baseará nos autores que são principais leituras para este ensaio: Markus Lenhi, que fala sobre a eco-eficiência, Amália Godoy, que trata dos textos de Dennis Meadows e o Clube de Roma que deram origens as discussões sobre sustentabilidade, em um blog amplamente visitado; Philip Kloter que define as formas do marketing e suas abordagens pelas organizações.

A metodologia principal utilizada para este ensaio foi a pesquisa bibliográfica, com base em artigos e livros dos autores acima citados, fichamentos, leitura crítica e resenhas para montar o ensaio.

A leitura que percorrerá neste ensaio seguem nos capítulos: Desenvolvimento sustentável: histórico e conceituações, que trata do tema desenvolvimento sustentável, seu histórico e como se formou seu conceito. Eco-eficiência: o que é? Que procura definir o conceito de eco-eficiência. Eco-eficiência: criar mais com menos, tenta demonstrar como eco-eficiência reduz a utilização de matérias-primas e diminui o impacto ambiental. Eco-eficiência: mais valor para o consumidor, propõe que a eco-eficiência ao reconceber seus produtos geram mais valor para seus clientes e a sociedade em geral.

Finalizando em considerações finais, é enfatizado o valor da eco-eficiência, desmistificando o termo sustentabilidade, e propondo que o uso correto do termo deverá ser eco-eficiência, enquanto parte das diferenças sociais, que são objetos da sustentabilidade, não tenham sido minimizadas.