Echinacea: Potencial Farmacológico e Divergência nos Resultados de Pesquisas. ¹

Ademir Luke²

Francianne Baroni Zandonadi3 

RESUMO: A Echinácea é uma planta perene das pradarias norte americanas que vem sendo usada pela população por acreditar trazer alívio para os distúrbios de saúde causados pelo resfriado comum.. As principais espécies utilizadas são a Echinacea purpurea, Echinacea angustifolia e Echinacea pallida, que atuam como imunoestimulantes, com baixa toxidade e com efeitos adversos mínimos.  Em meio aos avanços tecnológicos atuais, vários estudos feitos para obtenção de resposta terapêutica vêm comprovando sua eficácia. Porém, outros estudos mostram ausência de resposta clínica satisfatória ou mesmo ausência dos princípios ativos atuantes. Em abordagem fundamentada em revisão de literaturas atualizadas e artigos científicos, este trabalho objetivou destacar as alterações dos metabólitos secundários e sua possível contribuição para a ocorrência das divergências nos resultados dos estudos sobre a echinácea. Os metabólitos secundários são resultado de uma interação e adaptação da planta para com o meio em que vive, e vários fatores como variações sazonais, fatores ambientais, modificação de habitat, fatores nutricionais, colheita e armazenagem poderiam gerar alterações de concentração, adição ou até mesmo anulação dos componentes, e conseqüentemente em seus princípios ativos atuantes, podendo causar a divergência de resultados apontados nas pesquisas sobre a Echinacea

 

PALAVRAS-CHAVE: 1. Farmacologia. 2. Fitoterápicos, compostos secundários. 3. Echinacea. 4. Plantas medicinais.

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1 Trabalho de conclusão do curso apresentado á IES, para o desenvolvimento da  pós-graduação- Unipós- da Universidade de Cuiabá, para obtenção do Titulo de Especialista em Análises Clínicas. Sinop, 2012.

2 Licenciado em Ciências Biológicas pela UNIC- Universidade de Cuiabá. Biólogo. Pós-graduando em  Análises Clínicas. E-mail: [email protected].

3 Profa. Francianne Baroni Zandonadi. Orientadora do Trabalho de Conclusão do Curso de pós-graduação em Análises Clínicas, Coord. Biomedicina / Coord. Pós graduação em Análises  clínicas - Unic Sinop Aeroporto. E-mail: [email protected]

 

 

INTRODUÇÃO

 

O uso de plantas com objetivo de tratar enfermidades vem de tempos remotos. No inicio do século passado com o desenvolvimento industrial e tecnológico, essa prática foi sendo substituída pelo uso de medicamentos sintéticos, produzido em grande escala e que traziam maior resposta terapêutica em menor tempo (BOTSARIS, 2006).

Frente ao crescente numero de patologias na atualidade fez-se necessário a busca de novos agentes com potencial farmacológico, tendo então ressurgido o interesse científico sobre os componentes das plantas medicinais de uso popular, mesmo porque, nas ultimas décadas, com a utilização de novos meios de pesquisa, foram adquiridos novos conhecimentos científico sobre esses produtos, e conseqüentemente maior controle sobre suas reações e efeitos adversos, assim como seus reais efeitos terapêuticos (SIMÕES et al., 2002; FERRO, 2006).

A equinácea tem sido alvo de pesquisa por ser amplamente utilizado pela população como agente preventivo e de tratamento para as complicações causadas pelo resfriado comum, (LORENZI, 2002), com resultados positivos em alguns estudos e neutros em outros.

 

 

1. FITOTERAPIA

 

1.1 CONCEITOS ATUAIS

As plantas medicinais são definidas como aquelas capazes de produzir o princípio ativo que é constituído de uma única sustância existente na planta, ou de um conjunto de substâncias que atuam sinergicamente, e que produzam efeito terapêutico que possam alterar o funcionamento de órgãos e sistemas, restaurando o equilíbrio orgânico nos casos de enfermidades. Essas substâncias podem ser empregadas tanto dentro da própria planta na forma de preparações caseiras como chá, tinturas e pós, ou na forma de composto puro isolado da planta e transformado em cápsulas, comprimidos e pomadas pela indústria farmacêutica (FERRO, 2006).

Porém, por sua complexidade, a maioria das plantas pode ter algum efeito farmacológico ainda desconhecido pela ciência e devem ser utilizados de forma racional para permitir a cura das doenças e manutenção da saúde. Se mal utilizados podem deixar seqüelas, provocar abortos e intoxicações (VEIGA, 2005).

2. ECHINACEA

O gênero Echinacea (familia Asteraceae) engloba nove espécies, de plantas perenes da América do Norte, originárias do Leste e das planícies centrais e crescem nas margens das estradas, pradarias, campos e floresta aberta. Dentre elas, a Echinacea angustifólia, a Echinacea purpurea e a Echinacea pallida, se destacam com potencial para fins medicinais (SCHULZ et al, 2002).

 Echinacea angustifolia was widely used by the North American Plains Indians for its general medicinal qualities. [ 19 ] Echinacea was one of the basic antimicrobial herbs of eclectic medicine from the mid 19th century through the early 20th century, and its use was documented for snakebite, anthrax, and for relief of pA Echinacea foi amplamente utilizada pelos índios do meio oeste americano por suas qualidades medicinais.  Os índios a usavam para tratar picadas de várias espécies de insetos venenosos, para o tratamento de picadas de cobra, dores de dente, dor de garganta, problemas respiratórios e feridas. The settlers quickly adopted the therapeutic use of the plant, and since that time it has become one of the top selling herbs in the United States. Os colonos logo adotaram o uso terapêutico da planta, e desde então se tornou uma das ervas mais vendidas nos Estados Unidos, sendo a erva “sensação” do momento. Since the early 1900's hundreds of scientific articles have been written, and most of the research during the past 15 years has focused on the immunostimulant properties of the plant. Foi um dos antimicrobianos, estimulantes do sistema imunológico e linfático à base de ervas rotineiros mais utilizados da metade do século XIX e início do século XX, até a década de trinta, quando começou a era dos antibióticos (BOWN, 1995; PEDERSEN, 2000, apud LORENZI, 2002). The Plains Indians used various species to treat poisonous insect and snake bites, toothaches, sore throat, wounds, as well as mumps, smallpox, and meaIn the 1930s echinacea became popular in both Europe and America as a herbal medicine.

Desde o início de 1900, quando foi introduzida na Europa, vários artigos científicos foram escritos sobre a Echinácea e na maioria das pesquisas durante os últimos anos, tem se concentrado sobre as propriedades imunoestimulantes da planta (SCHULZ et al., 2002). Com o passar do tempo se tornou uma das plantas medicinais mais utilizadas no mundo contra o resfriado comum, chamando a atenção da comunidade científica e inúmeras pesquisas foram realizadas para tentar provar sua legitimidade ou a desclassificar como fármaco ativo.

2.1. [ edit ] Active substanSUBSTÂNCIAS ATIVAS DA EQUINÁCEA:

                A base constitutiva da equinácea é complexa, pois é constituída de uma grande variedade de substâncias com potência e efeitos variáveis.  Alguns produtos químicos podem trabalhar em estimular ou modular o sistema imunológico de diferentes formas, e outras com ação antimicrobiana. Apresentam compostos químicos chamados fenóis em todas suas espécies e também são comuns em outras plantas (GRUENWALD, 2000). 

Estudos de preparações de Echinácea puras ou combinadas estimularam a atividade fagocítica e estimularam a produção de interleucina 1, fator de necrose tumoral e interferon (BAUER E WAGNER, 1990; BAUER, 1997, apud SCHULZ, 2002). Entre os princípios ativos da Echinacea estão os compostos fenólicos ácidos chicórico caftárico, e outros fenóis como o equinacosídeo, polissacarídeos e glicoproteínas.

As alquilamidas da Echinacea são componentes químicos de importância terapêutica acentuada. Segundo Gertsch et al, (2004), as alquilamidas são potentes agentes imunomoduladores da equinácea, pois tem a característica de vincular alquilamidas ao ser humano através dos receptores de canabinóides CB2 que inibem o fator de necrose tumoral TNF-α por induzir a síntese do fator de necrose tumoral no mRNA primário dos monócitos e macrófagos humanos, com a expressão da proteína na fase inicial. Um estudo dos principais constituintes do extrato mostraram que o alquilamidas Dodeca-2E, 4E, 8z, isobutylamides ácido 10E/Z-tetraenoic (02/01), trienoic (3) e ácido dienóicos (4) derivados são responsáveis ​​por esse efeito.

O extrato aquoso de Echinacea purpurea é ativador potente de citotoxicidade Natural Killer, aumenta a freqüência de conjugados alvo e ativa a programação para lise das células Natural Killer. Porém o mecanismo subjacente de indução de imunomodulação da Echinacea permanece em grande parte desconhecido (GAN, 2003).  O extrato seco da raiz da Echinacea purpurea, por sua vez, é capaz de promover aumento no numero de precursores hematopoiéticos para granulócitos e macrófagos da medula óssea em camundongos infectados com Listeria monocytogenes, amentando probabilidade de sobrevida dos animais infectados em 30%, 50% e 16%, quando submetidos ao pré-tratamento com 300, 750 e 1000 mg/kg de Echinácea purpurea respectivamente (CAVALHÉRI, 2004).

Os ésteres do ácido caféico possuem atividade antibacteriana e antiviral, e em especial o equinacosídeo, presente nas diversas espécies de Echinacea. Alguns glicosídeos de ácido caféico apresentam seletiva inibição da 5-lipoxigenase e cicloxigenase, enzima relacionada com a inflamação e que está relacionada com a biogênese dos leucotrienos e que estão envolvidos na imunoregulação (KYMURA et al. 1987).

O suco de Echinacea purpurea contém polissacarídeos solúveis em água e alcamidas que apresentam ação imunoestimulante, aumentando as defesas inespecíficas do organismo e ativando a formação de leucócitos. A raiz da Echinacea pallida contém equinolona, equinacosídeo e equinaceína que demonstrou apresentar propriedades antiparasitárias e antiinflamatórias que reforça a atividade antiinfecciosa.  Os fitoesteróis participam da ação antiinflamatória e a isobutilamida se comporta como um inibidor específico da enzima lipooxigenase, a qual participa dos processos inflamatórios (ALONSO, 1998; SCHULZ, 2002).  

Um estudo feito in vivo com ratos, utilizou os princípios ativos da equinácea em diferentes concentrações de alcamidas, polissacarídeos e ácido caféico. Foi observado aumento da atividade de fagocitose de macrófagos alveolares, com concentrações crescentes, sugerindo efeito imunomodulador potencialmente ativos não específicos destes componentes (GOEL, 2002).

2.2  BASE CONSTITUTIVA DA EQUINÁCEA:

 

Segundo Grunewald (2000), a composição química da Echinacea varia considerávelmente entre as espécies e partes da planta utilizadas.

Constituintes da Echinacea segundo PDR- For Herbal Medicines:

 

E. purpurea: Erva

E. pallida:       Erva

E.angustifolia:

Partes superiores

Raíz

Partes superiores

Raíz

Partes superiores

Raíz

Polissacarideos

Solúvel em água, imunoestimulantes 4-O-methylglucuronylarabinoxylans, ácidos arabinorhamno-galactanas

Polissacarídeos imunoestimulantes e glicoproteínas imunoestimulantes solúveis em água. (0,01 mg /%):

 incluindo 3-trideca-l-en, 5,7,9,11-pentain, trideca-1, 1 l-dien-3, 5,7,9,-tetraine, trideca-8 ,10,12-Trien-2,4,6-triine

 

 Polissacarídeos solúveis em água imunoestimulante (arabinorhamnogalactans)

   

Oleos voláteis

(abaixo de 0,08-0,32%): componentes, incluindo germacreno álcool, borneol, bornylacetate, pentadeca-8-en-2-on, germacreno D, cariofileno, epóxido cariofileno

 (0,2%): componentes, incluindo cariofileno,humules, cariofileno epóxio, dodeca-2 ,4-dien-l-il-isovalerato, germacreno D, ácido palmítico, ácido linolênico

volátil (0,1%) - incluindo 1,8-pentadecadien;

 (0,2-2%): componentes principais incluem-pentadeca 8z-en-2-on, pentadeca-1, 8z-dien, 1-pentadecan;

Óleos voláteis (abaixo de 0,1%): componentes típicos consistem em epishyobunol, beta-farneseno, alfa e beta-pinenes, mirceno, carvomenthene, cariofileno;                               

 (abaixo de 1%): componentes incluem Dodeca-2, 4 -
dien-1-ylisovalerate, bem como ácido palmítico, ácido linolênico

     
     

Flavonóides

derivados do ácido ferúlico incluindo o ácido chicórico, ácido chicórico éster metílico, 2-0 - cafeoil-3-O-feruloil-tartárico, 2,3-O-diferuloil ácido tartárico 2-O-cafeoil, ácido tartárico

 Derivados do ácido Caféico e ferúlico(0,6-2,1%): incluindo ácido chicorico, éster metílico de ácido chicorico, 2-0 – cafeoil ácido tartárico

Rutina. Óleos Derivados do ácido caféico: ácido Chicorico, ácido clorogênico, ácido isoclorogenico, verbascosideo

 Óleo Derivados do ácido caféico: echinacosideo

 Derivados do ácido Caféico: ácido chicórico, ácido clorogênico,ácido isoclorogenico, verbascosideo, echinacosideo;

 Derivados do ácido caféico (0,3-1,3%): echinacosideo, cinarina

       
       

Alcamidas

incluindo undeca-2E, 4Z-dien-8-ácido e ,10-din

 Dodeca-2E, 4E-8z, isobutylamide ácido 10E/Z- tetraeno

 (0,01-0,04%), incluindo undeca-2E, 4Z-dien-8, 10 -diinacetyl e Dodeca-2E, 4E-8z 10E/Z-tetracetyliso-butylamide

incluindo Dodeca-2E, 4E-8z, 10E- tetracetylisobutylamide

 incluindo os isômeros Dodeca-2E, 4E-8z, 10E/Z-tetraenic ácido isobutylamide-

incluindo Dodeca-2E, 4E-8z, 10E- tetracetylisobutylamide

(0,01%), incluindo Dodeca-2E, 4E-8z, isobutylamide 10E/Z- tetracetyl

       

Polienos:

trideca-l, ll-dien-3, 5,7,9,-tetraine, trideca-1-en-

     

incluindo 3-trideca-l-en-,5,7,9,11 pentaine,                                                                Pontica epóxido

 incluindo 3-trideca-l-en-,5,7,9,11 pentaine,                                                                Pontica epóxido

(apenas traços em raizes desidratadas)

3,5,7,9,11-pentaine, trideca-8 ,10,12-Trien-2 ,4,6-triine, Pontica epóxido

   

                                                                                                           Fonte: PDR –For Herbal Medicines p.261-62.

Segundo Cardoso (2009), para fórmula magistral usando rizomas e raízes secas, deve ter teor mínimo de 0,5% de fenóis totais (calculado em base anidra por cromatografia de alta resolução); 0,2 a 2% de óleos essenciais e 0,4 a 1,7% de equinacosídeo ( hidrodestilação por cromatografia líquida de alta resolução).  O teor de equinacosídeo, calculado sobre a droga seca por HLPC, na Echinacea angustifolia deve conter o mínimo de 0,5% e na Echinacea pallida 0,2 %.

A maioria dos consumidores e médicos não estão cientes que os produtos de Echinacea, diferem sensivelmente em sua composição, principalmente devidos à variabilidade nos componentes da planta, métodos de extração e a adição de outros componentes (LINDE, 2008),.

No Brasil a Echinacea é comercializada como preventivo e coadjuvante na terapia de resfriados e infecções do trato respiratório e urinário. Segundo o bulário eletrônico da ANVISA, a E. purpúrea  tem como principal característica Farmacológica, a atuação como imunomodulador através da ativação da fagocitose, estímulo dos fibroblastos e aumento da mobilidade dos leucócitos,  também a inibição da atividade da hialuronidase, estimulação da córtex adrenal, estimulação da produção de properdina, proteína sérica que tem a propriedade de neutralizar bactérias e vírus, e estimulação da produção de interferon. 

Sua atividade imunomoduladora em forma de extrato aquoso e alcoólico parece depender de um efeito conjunto de vários componentes, como alcamidas, polissacarídeos e derivados do ácido caféico, e ácido chicórico.

A Comissão Européia na monografia de 1996 preconiza que preparações semi-sólidas contendo pelo menos 15% do suco espremido das partes aérea de Echinacea purpúrea, são aplicadas localmente para o tratamento de feridas superficiais e de difícil cicatrização e internamente como estimulante imunológico, com a duração de uso limitada em no máximo oito semanas (SCHULZ, 2002). A monografia de 2007 reafirma essas indicações (EMEA, 2007).

Para comprovar os efeitos sobre as vias aéreas, um estudo foi feito na Alemanha com 180 pacientes voluntários com sintomas respiratórios tais como: congestão nasal, rinite, resfriado e estado gripal. Estes foram divididos em três grupos: o primeiro grupo foi tratado com 900 mg diários de extrato seco de Equinácea, o segundo grupo com 450 mg e o terceiro com placebo. O primeiro grupo foi o único que após quatro dias teve uma melhora significativa nos sintomas (BERMAN, 2003).

Uma pesquisa, realizada no Hospital da Criança da Universidade de Toronto, Canadá, investigaram um total de 206 mulheres grávidas não expostas a agentes teratogênicos, como idade maternal, álcool e uso de cigarros, e que faziam uso de equinácea inadvertidamente nos primeiros meses de gestação, para sintomas de resfriado, e comparado a outro grupo controle. O resultado apontou que o uso gestacional da equinácea principalmente durante a organogênese, não está associado com o aumento do risco de má formação (GALLO, 2000 apud SILVEIRA, 2008).  

Em 2003, uma pesquisa foi feita com estudo controlado com placebo em 707 crianças entre 2 e 11 anos de idade, no período de 2000 á 2002, no qual 337 foram tratados com Echinacea e 370 com placebo. Como resultado, o estudo afirmou que os extratos de echinacea não tinham efeitos clinicamente significativos sobre as taxas de infecção ou a intensidade dos sintomas do resfriado comum, pois não houve diferenças significativas entre os dois grupos (TAYLOR, 2003).

Uma meta-análise avaliando o efeito da Echinacea em 2007, sobre a incidência e a duração do resfriado comum, avaliou 14 estudos originais publicados, concluiu que a Echinacea diminuiu as chances de desenvolver o resfriado comum em 58%, encurtar a duração de um resfriado por uma média de 1,4 dias, e reduzir as infecções virais responsáveis pelos resfriados em 65%. O resultado foi publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases (SHAH et. al., 2007).

Em 2008 foi publicado outro estudo onde foram revistos 16 estudos clínicos controlados investigando a eficácia de várias preparações de Echinacea para prevenção e tratamento de resfriados comuns.  Tendo em consideração que os produtos sobre a Echinacea diferem sensivelmente em composição, principalmente devido à variabilidade nos componentes da planta, métodos de extração e a adição de outros componentes. Os autores alertam que aprincipio acharam que não seria viável a meta análise por que os estudos usavam diferentes preparações da echinacea nos ensaios, e a comparabilidade fitoquimica seria incerta. A maioria dos estudos investigou se a ingestão de preparações de Echinacea após o início dos sintomas de resfriado encurta a duração ou diminui a gravidade dos sintomas, em comparação com placebo.   Dois estudos investigaram se ao tomar preparações da Echinacea de  8 a 12 semanas previne resfriados, mas não encontraram nenhum efeito claro. Parece que algumas preparações à base de erva da Echinacea purpurea podem ser eficazes para esta finalidade, em adultos, mas não encontrou evidências claras de que outras preparações são eficazes ou que beneficiam crianças (LINDE et al., 2008).

2.3 METABOLITOS SECUNDÁRIOS E Fatores que podem contribuir para diferenciações de resultados em pesquisas sobre A ECHINACEA

 

Os metabólitos secundários são responsáveis pelos princípios ativos de interesse terapêutico e biológico, e são influenciados por fatores ambientais e fisiológicos, sendo um dos principais obstáculos ao seu processamento nas indústrias de fitomedicamentos (ZARONI et al., 2004), pois  representam uma interface química entre as plantas e o meio circundante, pelo qual, sua síntese é freqüentemente afetada por condições ambientais (KUTCHAM, 2001).   Ainda, segundo Leite (2009), a produção de drogas vegetais deve estar atenta para origem das mudas e sementes, regime de chuvas, luminosidade e desenvolvimento da planta, pois, o metabolismo vegetal que define a composição química de uma planta é influenciado por aspectos ontogenéticos e ambientais e não unicamente determinado por uma Matriz Genética.

Estudos atestaram que os metabólitos secundários de uma espécie de plantas selvagem, em seu ambiente natural, se mantiveram em concentrações constantes mostrando que o metabolismo secundário não se alterou por fatores abióticos (SAKAMOTO et al, 2005).  Mas em condições de estresse ambiental, de calor excessivo, falta de nutrientes ou poluentes ambientais as plantas apresentam formações morfodinânicas, bioquímicas e fisiológicas (WAHID et al, 2007), podendo apresentar novos metabólitos para sua adaptação e ou defesa, ou deixar de produzir seus compostos normais ( BRUCE  et al., 2007).  Compostos orgânicos podem gerar radicais devido á quebra homolítica de reações químicas, se armazenadas em presença de luz (SOLOMONS, 2001).  Os raios UV estabelecem um efeito positivo entre a radiação solar e produção de compostos fenólicos tais como flavonóides, taninos e antocianinas, por serem responsáveis de absorver e dissipar a energia solar que danificam os tecidos internos dos vegetais (GRACE, 2000).  Após estresse causado por geada, foi observado um aumento de 60% nos níveis de artemisina, mas houve diminuição do seu precursor biossintético, o ácido diidroartemisínico, da Artemísia annua, usada para tratamento da malaria em cepas falciparum resistente (WALLAART, 2000). 

A Echinacea contém metabolitos secundários que podem sofrer alterações, pois segundo Zidorn (2001), as variações sazonais influenciam a concentração de praticamente todas as classes de metabólitos secundários tais como glicosídeos, óleos essenciais, ácidos fenólicos, alcalóides, saponinas, entre outros.  Para Martins et al. (1995), a nutrição em plantas medicinais é o fator que precisa de maior atenção, pois o excesso ou a carência de nutrientes pode estar diretamente relacionado á variabilidade na produção de substâncias ativas.  Deficiências de potássio, enxofre, fósforo e nitrogênio, resultam em maiores concentrações dos derivados do ácido chiquímico, (GOBBO-NETO, 2007). 

Fatores mecânicos de lesão da planta causados por pastagem de herbívoros, granizo, vento, chuva, podem influenciar a expressão dos metabólitos secundários (VÁZQUEZ et al., 2004).   Segundo Ferro, 2006, as diferenciações nos resultados das pesquisas em fitoterápicos parece estarem mais relacionadas ao fato de não serem suficientemente levados em consideração alguns detalhes importantes no seu processamento que faz com que a maioria destas substâncias seja perdida.  Para se transformar uma planta medicinal em droga vegetal é necessário levar em consideração: o cultivo (otimização das condições), a colheita (determinação da fase e da época ideal), a seleção (padronização, desinfecção e eliminação de microrganismos), estabilização e secagem (destruição de Enzimas/fixação dos componentes) e divisão (moagem da droga).

Estes fatores poderiam ser um importante marcador de pesquisa, já que também são componentes da Echinacea, e crescem naturalmente em solos pobres como campos e beira de estradas, e que poderiam ter seus constituintes alterados quando transferidos para os campos de produção industrial e processamento. Na Europa, onde a legislação sobre fitoterápicos estão cada vez mais exigentes nos testes que comprovem sua qualidade, eficácia e segurança, (SILANO et al, 2004), os resultados das pesquisas não são tão divergentes.  Porém pesquisas devem ser feitas para avaliar sua real relação com os resultados.

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As plantas medicinais tem sido ao longo da historia uma importante fonte farmacológica de tratamento para os mais variados distúrbios patológicos que assolam a humanidade.  Como sua ligação com culturas que a usavam com rituais foi criticada, desacreditada e abandonada pela comunidade científica por décadas.  Apesar disso, eram notórios seus efeitos benéficos, utilizados principalmente pela comunidade mais carente que não dispunha de recursos para os modernos tratamentos farmacêuticos.

 Na atualidade, com meios tecnológicos e de pesquisa avançados, pode-se identificar e comprovar os princípios ativos, toxidade e invalidade de vários fitoterápicos.  Para que se tenha real aproveitamento das pesquisas devemos levar em consideração as condições que vão desde o preparo do solo até o isolamento de suas moléculas, já que este conjunto de fatores pode alterar as substâncias ativas dos vegetais. Como acontecem com qualquer preparação de plantas medicinais, as doses individuais podem variar significativamente em composição química ativa, In addition to poor process control which may affect inter- and intra-batch homogeneity, species, plant part, extraction method, and contamination or adulteration with other products all lead to variability between products. [ 24 ][ 25 ] além do controle de processo de pobres que podem afetar inter e intra-homogeneidade do lote, espécie, parte da planta, método de extração e contaminação ou adulteração com outros produtos, pois levam à variabilidade entre os produtos, lembrando que os mecanismos secundários das plantas são o meio de adaptação e proteção ao meio em que vivem. Essa parece ser a principal causa das diferenciações de resultados de pesquisa em plantas medicinais.  Os Resultados tão diferenciados nas pesquisas sobre a Echinacea deixam fortes indícios de que os princípios ativos não estão presentes ou atuantes em vários estudos. Na Alemanha os resultados das pesquisas sobre a Echinacea purpúrea Moench, apresentam mínimas diversificações no resultado das pesquisas por ser levado a rigoroso controle da qualidade, desde a produção até seu extrato final.

Nos últimos anos, a exemplo da Echinacea, inúmeros estudos estão sendo realizados para compreendermos seus mecanismos de ação e utilizá-los como fármacos ou pelo menos como apoio complementar para os problemas de saúde. Mesmo que divergências sejam encontradas nas pesquisas, que afinal de contas é para este fim que as utilizamos, devemos levar em consideração vários fatores que a podem desclassificar como portadora de seus constituintes terapêuticos. Mesmo que demore em entendermos melhor sua composição, seus mecanismos de ação e os princípios ativos, estudos devem ser feitos para comprovar sua eficácia terapêutica e toxidade, a fim de ajudar a preservar a saúde da população que as utiliza.

 

 

REFERÊNCIAS

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