EAD - O PROCESSO EVOLUTIVO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Mônica de Fátima Andrade – Acadêmica do Curso de Administração de Empresas – Faculdades UNISEB

 RESUMO

Este artigo científico tem como finalidade pesquisar, avaliar e demonstrar o perfil das instituições de ensino no Brasil. Como as novas tecnologias estão permitindo novos conceitos e meios de acessibilidade educacional. Como eles se interagem e traçar uma tendência social e de mercado para estas instituições.  

 

Palavras- chave: EAD, Meio de comunicação, Instituição de Ensino

 INTRODUÇÃO

Devido ás exigência do mercado de trabalho e á realidade atual, a formação superior ganhou grande destaque, principalmente quando se trata de ensino á distancia, pois este tornou acessível á muitos a conquista de maior empregabilidade e consolidação no mercado de trabalho.

Muitos voltaram ás salas de aula através das instituições que oferecem o ensino superior á distancia. Sendo o principal fator a necessidade, pois o mercado de trabalho atual está cada vez mais exigente, pois podemos observar que há espaço e vagas, mas faltam pessoas qualificadas e com formação superior.

Muitos não tiveram acesso á uma universidade, devido á diversos fatores com preço, disponibilidade de tempo e até falta de interesse, tendo com atrativo o ensino á distancia por ser mais flexível e acessível financeiramente.

Quando o profissional já está atuando no mercado de trabalho, existe uma barreira para sua promoção e ascensão profissional que é a falta de formação superior e ou especialização. Ou seja, ele já é um ótimo profissional e muitas vezes, ocupa cargos de gerencia ou gestão, mas estagna por falta de um curso superior.

O ensino á distância proporciona isso, pois com já foi dito, o acesso é mais facilitado e financeiramente viável, considerando que um profissional que está em atividade hoje, dispõe de pouquíssimo tempo.

Mas existe a problemática do aluno que está distante da sala de aula á muito tempo e tem que conciliar trabalho, vida pessoal e acadêmica, além das exigências de acesso aos materiais e participação presencial nas aulas.  Hoje o ensino á distância é a melhor alternativa para quem não teve acesso ás universidades, apesar de o aluno ter de ser mais ativo e se esforçar mais.

 

JUSTIFICATIVA

Pretende-se, neste projeto uma reflexão crítica em relação à educação à distância – EAD que poderá ser uma alternativa educacional promissora para o nosso país de dimensões continentais.

Trata-se a educação á distência de um fenômeno mundial alavancado pela valorização do ensino, pois muita gente está em busca de conhecimento, porque sentiu que ele garante mais oportunidades.

Essa evolução deu-se pelo processo natural com que o conhecimento e as informações vêm atravessando, com o tempo, a necessidade do mundo foi direcionada para formação específica, onde o ensino superior é primordial para o profissional conseguir uma carreira e sucesso profissional, então os cursos de pós-graduação obtiveram espaço e importância para se ter um bom cargo e na sequência os cursos de MBA, vieram para definir quer irá ser líder e ter seu nome reconhecido no mundo dos negócios.

 

  1. 1.       A EDUCAÇÃO

As pesquisas demonstram que as instituições de ensino terão um vasto campo de trabalho no mundo atual e futuro. Novos meios de comunicações possibilitaram a ampliação e a abrangência.

 

  1. 2.       A EDUCAÇÃO TRADICIONAL (PRESENCIAL)

Desde os primórdios da criação do sistema educacional como os conhecemos, as pessoas se desenvolviam em grupos, de forma que uns determinados grupos, de acordo com seus interesses, pessoais e coletivos, buscavam em um interesse comum, desenvolver o conhecimento dos mais variados assuntos.

Esse proceder social nos acompanha e acompanhará sempre, pois é um modelo eficaz e mais rápido de alcançar o conhecimento.

Com o aumento populacional, novos desafios se fizeram presentes na própria evolução do conhecimento humano, novos conceitos de matérias e conhecimento metafísico.

A base fundamental da filosofia se estendeu e abriram novas perspectivas na sociologia, psicologia e antropologia.

Novas formas e conceitos educacionais se fizeram necessárias. Entraram no cenário, avaliações de desempenho de aprendizagem, buscando a excelência educacional e o aprendizado qualificativo de seus alunos.

A prova disso são as universidades espalhadas pelo mundo, com outros métodos avaliativos, não utilizando essencialmente o critério de notas das provas.

 

  1. 3.       A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

Com a integração de educação, imagem, internet, informática, rede de comunicações termos uma educação continuada. Não haverá mais um horário pré-determinado para estudar. Os meios poderão ser outros, pois até um filme poderá interagir com público.

O futuro das instituições de ensino atravessará a fronteira da imaginação da evolução pedagógica mais avançada, pois pela força da evolução do pensamento, estrategicamente alcançará níveis tão elevados que não haverá um só momento em que não iremos aprender algo.

A diversidade de possibilidades será ainda maior de acordo com a faixa etária de cada indivíduo.

Poderão ser inseridos em jogos virtuais, filmes, programas de TVs interativas, transporte público.

Em foco, será apresentada a nossa própria instituição de ensino Centro Universitário UNISEB Interativo COC.

 3.1 A REGULAMENTAÇÃO (Legislação Brasileira)

De acordo com o site da Universidade UNISEB Interativo COC, acessado em http://www.cocsbc.com.br/telesala.asp - 30/03/2011, descreve que:

A Lei 9.394/96 permitiu avanços, admitindo que existisse, em todos os níveis, a EAD. O artigo mais expressivo é o de nº 80, que assim estabelece:

"O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”.

Parágrafo 1º- A educação à distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.

Parágrafo 2º - A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diplomas relativos a cursos de educação a distância.

Parágrafo 3º - As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.

Parágrafo 4º - A educação a distância gozará de tratamento diferenciado que incluirá:

I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

II - concessão de canais com finalidade exclusivamente educativas;

III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.”

Objetivando regulamentar o Artigo supracitado, o Executivo Federal baixou, em 10 de fevereiro de 1998, o Decreto nº 2.494, vindo, pouco mais tarde (em 27 de abril do mesmo ano), a ser modificado pelo Decreto nº 2.561.

Referidos Decretos serviram de apoio para os primeiros credenciamentos de cursos superiores de graduação a distância, entretanto não contemplavam os programas de mestrado e doutorado.

Os dois decretos acima referidos foram revogados por um novo Decreto - o de nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, mais tarde modificado pelo Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007, objetos do presente estudo, e que será comentado a seguir.

Será necessário um outro Decreto para regulamentar o Parágrafo 4º do Artigo 80 da LDB (o que aborda o tratamento diferenciado da EAD nos meios de comunicação). Apesar de ser dito no Decreto nº 5.622 que o mesmo regulamenta o Artigo 80, na verdade ele só detalha pontos dos Parágrafos 1º, 2º e 3º da LDB. É totalmente omisso quanto ao último, cuja competência operacional estará a cargo do Ministério das Comunicações e não do MEC.

Haverá necessidade de mobilização para que o mesmo elabore um outro texto e o envie à Presidência da República para ser transformado em disposição normativa; a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior) teria um prazo de 180 dias para editar normas complementares para permitir a implementação dos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrados e doutorados). Fortes pressões pró e contra a EAD foram exercidas por diversos segmentos interessados na defesa de seus interesses, tendo culminado por modificação do Decreto de 2005 retirando o prazo já que tinham decorridos praticamente dois anos da omissão do órgão;

c) o MEC e os Sistemas de Ensino (órgãos de educação dos Estados e do Distrito Federal) deveriam, em 180 dias da edição do primeiro Decreto, padronizar as normas e procedimentos para credenciamento e reconhecimento de cursos e programas, o que não aconteceu;

d) os Conselhos Estaduais de Educação farão revisão de suas normas e estabelecerão regras para o funcionamento dos programas, especialmente na educação básica;

e) todas as instituições credenciadas tiveram 360 dias para se adequarem aos termos do Decreto.

Vale registrar também que não foram revogadas disposições em contrário, o que deverá criar alguns conflitos. A tradição legislativa diz sempre, num dos últimos artigos, que ficam revogadas as normas conflitantes. No caso em tela, só foram expressamente extintos os efeitos dos dois decretos de 1998.

Permanece válida e com eficácia a Portaria nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004, que permite o uso de EAD em disciplinas ou conteúdos que correspondam a 20% da carga horária dos cursos de graduação, devidamente reconhecido, no ensino superior federal e privado.

 

 

  1. 4.       ANÁLISE DO ESTUDO

Aliado as novas necessidades educacionais, encontramos também o desafio da viabilidade deste novo modelo de negócio.

Como a finalidade de uma empresa é de se manter no mercado e lucrar, no âmbito privado, foi necessário o estudo deste novo modelo de ensino (EAD) e avaliar a competitividade.

Chiavenato (2008) afirma que os novos modelos de negócio, principalmente na área educacional e de comércio, estão utilizando amplamente o conceito de encurtar as distâncias. Dentro deste conceito houve uma quebra de Paradigma.

Também há um grande preconceito para os alunos da área educacional à distância (EAD).

Ainda segundo Chiavenato (2008), são quatro as ondas de mudança organizacional, que se deram de acordo com as mudanças de forma reativa e proativa:

 

Principais etapas das organizações humanas (Fig. 1.5, pág 27, Chiavenato 2008)

 

Os novos tempos exigem novas coisas. Novas coisas exigem novos conhecimentos. E novos conhecimentos exigem pessoas capazes de aprender. A aprendizagem está na base de todas as mudanças. Grandes ou pequenas (Chiavenato, 2008).

Porter (1985) identifica de forma clara a competitividade:

A estrutura mais conhecida para analisar a competitividade é o modelo de forças competitivas. Ele é usado para desenvolver estratégias para as empresas aumentarem sua margem competitiva.

Ele também demonstra como a TI pode melhorar a competitividade das corporações.

 

Dentre muitas outras maneiras, os sistemas baseados na Web estão mudando a natureza da concorrência e até mesmo a estrutura do setor. Alguns concorrentes estão se aproximando mais e desejando mais compartilhar informações.

Vantagens competitivas

As organizações continuamente tentam desenvolver estratégias voltadas para a estabilidade de uma posição lucrativa e sustentável contra as cinco forças de Porter.

Estratégias:

  • ·           Liderança de custo
  • ·           Diferenciação
  • ·           Nicho
  • ·           Crescimento

Maneiras para a TI introduzir inovação tecnológica

 

  • ·           Novos modelos de negócios
  • ·           Novos mercados, alcance global
  • ·           Novos produtos
  • ·           Produtos estendidos
  • ·           Produtos diferenciados
  • ·           Supersistemas
  • ·           Sistemas interorganizacionais
  • ·           Vendas auxiliadas por computador
  • ·           Estratégia de inovação
  • ·           Estratégia de aliança
  • ·           Estratégia de eficácia operacional
  • ·           Estratégia de orientação ao cliente
  • ·           Estratégia de tempo
  • ·           Estratégia de barreiras a entrada
  • ·           Estratégia de fidelização de clientes ou fornecedores
  • ·           Estratégia de aumento de custo de troca

      

 

  1. 5.       PERFIL

Toda alteração ou tendência mercadológica se deve na sua essência das necessidades humanas. Por vezes essas tendências são “puxadas” e outras vezes “empurradas”, como se é observado na matéria de Marketing.

Com a evolução da área de Marketing, as avaliações e prospecções de tendências, se tornaram fundamentais para qualquer empresa para a tomada de decisão.

O auxilio para a construção deste novo negócio foi fundamental.

Em matéria publicada pelo SENAC na Revista Problemas Brasileiros, sintetiza e explicita os números impressionantes deste novo modelo (EAD):

Os cursos de EAD utilizam um arsenal de mídias, isoladas ou combinadas, como material impresso distribuído pelo correio, transmissão de rádio ou TV, fitas de áudio ou vídeos, redes computadores, sistemas de teleconferência ou vídeo conferencia e telefone.

Segundo o professor Litto “é possível alterar espaço e tempo na educação online, favorecendo a conveniência do aluno”.

Números

Em 2008 atingiu 2.648.031. De 2000 a 2008 a modalidade registrou crescimento impressionante 45.000 %.

Instituições (quem oferecem os cursos)

ü  58% governo

ü  22% Setor de serviço

ü  8% Indústria

ü  4% comércio

 

Alunos

ü  54% são mulheres

  • Ø  Faixa etária:
  • Ø  35 a 39 (30%)
  • Ø  25 a 29 (26%)
  • Ø  30 a 34 (21%)

Socioeconômico

ü  Até 3 salários mínimos (29%)

ü  3 a 5 e de 5 a 10 (18%)

CensoEAD.br

 

 

  1. 6.       TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO       

 

Este novo modelo de negócio, só foi possível com a inovação tecnológica. Da mesma forma que ocorreram as outras “ondas de mudança organizacional” (Chiavenato, 2008), como a mais recente revolução industrial, estamos totalmente dependente desta tecnologia.

 

 

6.1 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

 

6.1.1.               E-learning

Os sistemas baseados na Web habilitam muitas aplicações relacionadas a descoberta, comunicação e colaboração.

E-learning versus aprendizado a distância

E-learning refere-se ao aprendizado com suporte da Web. Ele pode ser feito dentro de sala de aula, como um suporte para o ensino convencional, como quando os alunos trabalham na Web em casa ou na sala de aula. Também podem ser feitos em salas de aula virtuais, onde todo o curso é dado on-line e as turmas não se encontram face a face.

Aprendizado à distancia

Refere-se a situações de aprendizado em que os professores e alunos não se encontram face a face. Ele pode ser feito de diferentes maneiras.

 

6.1.2.               Data Warehousing

 

Um data warehouse é um repositório de dados históricos orientados a assunto, que são organizados para serem acessíveis em uma forma prontamente aceitável para atividades de processamento analítico. As características de uma data warehouse incluem:

  • ·           Organização. Os dados são organizados por assunto
  • ·           Consistência. Os dados nos diferentes bancos de dados operacionais podem ser codificados de forma diferente
  • ·           Variante de tempo. Os dados são mantidos por muitos anos, de modo que possam ser usados para tendências, previsão e comparações com o tempo.

 

 

  1. 7.       MEIOS DE COMUNICAÇÃO        

 

Esse novo mercado é totalmente dependente de tecnologia. Sem os avanços na área de comunicação, o modelo de acesso à educação a distancia seria impossível.

A diversidade dos meios de comunicação aliada à evolução desta mesma tecnologia tornou o sistema confiável.

A palavra chave se tornou “conexão”. A interligação de pessoas, governo, organizações, universidades, grupos com interesses afins, ou de apenas a acesso a pesquisa.

Uma aliada de forte peso a este movimento foi à invenção da internet, onde ao mesmo tempo todos são “donos” e a invenção não é de ninguém.

Deixando aqui de lado a parte dos crimes cibernéticos (estabelecidos em lei em todas as áreas), a internet hoje é fonte de conhecimento, educação, cultura e lazer.

 

 

7.1.                  VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO

 

A tecnologia hoje disponível tem como aplicabilidade imediata a conexão. Estão sendo utilizadas redes de comunicação de dados e voz, nos mais diversos meios físicos.

7.1.1. Satélite

Vários centros de ensino a distância utiliza de meios de comunicação como os Satélites. Apesar de ser um acesso caro, pode se tornar viável de acordo com o número de alunos e a rentabilidade que este meio pode trazer de retorno. Segue abaixo um exemplo de nossa própria universidade UNISEB – COC, acesso ao site http://www.cocsbc.com.br/telesala.asp no dia 30/03/2011:

As unidades do COC são interligadas via satélite através das Tele Salas®. Determinadas atividades, complementares e especiais, são disponibilizadas nesta Tele Salas® fazendo parte do dia a dia do COC. É a tecnologia da globalização via satélite, como uma realidade cotidiana no COC. Na tele sala, por exemplo, os alunos assistem a Palestras sobre orientação profissional (carreiras e profissões) e cursos especiais tais como os Cursos básicos de: Filosofia e Sociologia, História da Arte, Física, Atualidades e outros.

7.1.2. Fibra Óptica

A fibra óptica é outro meio de comunicação. Esse sistema é mais confiável que o satélite, por sua interligação ser física. Utiliza um sistema de pulso de luz e menor interferência a ações de intempéries.

Sua segurança também é maior.

WEB

WWW (World Wide Web), sigla que significa rede de alcance mundial. Apesar de não ser um meio físico de comunicação, é com certeza o meio virtual mais utilizado hoje para conexão e transmissão de dados.

Através desta conexão, hoje já é possíveis vários tipos de interatividade virtual, como palestras, aulas, reuniões, podendo ser aplicadas em todas as áreas que se necessite, em nosso caso a educação.

A localização física, já pode ser substituída, pela conexão virtual, de dados, voz, imagens e sons.

O tipo de conexão é assíncrono (conexão quase instantânea), possibilitando a velocidade necessária para um bom andamento de um diálogo ou uma aula.

 

7.2.                  CONFIABILIDADE

 

Segundo Porter, Michael Eugene (1990) descreve sobre a confiabilidade do sistema:

Com essa quantidade e variedade de aplicações, a segurança da intranet tem importância crítica. As empresas podem impedir uma inovação inconveniente a suas intranets, de varias maneiras. A segurança de chaves públicas é usada para proteger a intranet contra a entrada de intrusos, e possui duas partes: autoridades de criptografia e certificação. A criptografia mistura os dados enviados, tornando-os indecifráveis aos outros. Os certificados digitais são como cartões de identificação eletrônica, que permitem que a empresa verifique se a pessoa que está tentando acessar a intranet é um usuário válido.

Outro método importante em que as empresas podem proteger suas intranets é por meio de firewall, que são dispositivos localizados entre a rede interna de uma empresa e as redes externas.

 

  1. 8.       MODELO DE NEGÓCIO

 

8.1.                  NECESSIDADE 

Existem 3 elementos no processo de definição de uma estratégia em um ambiente competitivo, e cada um deles focaliza um aspecto vital diferente; posicionamento/escopo, competências organizacionais e estrutura/administração, segundo McGee (1994).

  • ·         Posicionamento e escopo
  • ·         Governança (Estrutura/Administração)
  • ·         Competência Específica da Organização

Dentro desta ótica, podemos estabelecer que o processo de alteração fosse reativo e proativo.

 

8.2.                  VIABILIDADE  

A área da indústria se desenvolveu muito nas últimas décadas. Conceitos de qualidade total e ISO viraram realidade em nosso país.

Com essas mudanças, a área de telecomunicações andou a passos largos, possibilitando e estabilizando os processos de dados e voz, nos mais diversos meios de comunicação existentes.

 

  1. 9.       FUTURO     

9.1.                  PROJEÇÃO DE NEGÓCIO  

  • ·         Estratégia

Não há como falar de estratégia, sem contar com a contribuição de Porter.

Em suas publicações, descreve todas as metas e objetivos para obter a melhor estratégia, nas diversas áreas mercadológicas.

Segue abaixo as descrições de estratégia e seu desenvolvimento, segundo Porter (2004):

 

A roda da estratégia competitiva

 

O desenvolvimento de uma estratégia competitiva é, em essência, o desenvolvimento de uma fórmula ampla para o modo como uma empresa competirá, quais deveriam ser suas metas e quais as politicas necessárias para levarem-se a cabo essas metas.

  • ·         Integração Vertical

A integração vertical é a combinação de processos de produção, distribuição, vendas e/ou outros processos econômicos tecnologicamente distintos dentro das fronteiras de uma mesma empresa (Porter, 2004).

  • §  Benefícios e custos estratégicos da integração vertical

A integração vertical tem custos e benefícios genéricos importantes que precisam ser considerados em qualquer decisão, mas cuja relevância depende da indústria. Aplicam-se tanto à integração para trás como à integração para frente, com as devidas mudanças em perspectivas.

  • §  Aprofundamento na tecnologia

Um segundo benefício potencial da integração vertical é o aprofundamento na tecnologia.

  • §  Expansão da Capacidade

A expansão de capacidade é uma das decisões estratégicas mais significativas enfrentadas pelas empresas, quer seja medida em termos do montante de capital envolvido ou em termos da complexidade do problema de tomada de decisão. Dois tipos de expectativas são cruciais: aquelas sobre a demanda futura e as sobre o comportamento da concorrência.

Apesar de este descritivo estar associado diretamente à produção de um produto físico, em nada de decompõe para uma produção de prestação de serviço, em nosso caso, uma produção de aulas em nosso tema Educacional.

 

9.2.                  TENDÊNCIAS   

A mesma linha de raciocínio segue por Porter apontando quais são os sinais de mercado:

  • ·           Sinais de Mercado

Um sinal de mercado é qualquer ação de um concorrente que forneça uma indicação direta ou indireta de suas intenções, motivos, metas ou situação interna.

Já na revista Problemas Brasileiros - Jan/Fev/2011, aponta os problemas e soluções encontradas em diversos países, inclusive com personalidades de nossa história recente:

  • ·           A distância não é o problema

Ensino longe das salas de aula vence barreiras e preconceitos.

Nos 27 anos em que ficou preso na África do sul, Nelson Mandela teve muito em que pensar. Sua visão política e sua defesa das liberdades civis já são bastante conhecidas nos quatro cantos do plante, e lhe renderam o premio Nobel. A biografia de Mandela, crivada de prêmios e, ironicamente, diplomas honorários, tornou-o também o mais célebre aluno do sistema de educação a distância (EAD) do planeta.

Por muito tempo, foi nesse campo que a EAD figurou no imaginário coletivo: o da fantasia. O desconhecimento sobre a prática a tornou alvo de todo o tipo de preconceito e ceticismo. Entretanto, nos últimos anos, essa modalidade de ensino vem conquistando espaço e mostra que pode revolucionar até as formas tradicionais de aprendizagem. Investimentos em melhor formação dos tutores e gestores de conteúdo e apoio público por meio de regulamentação garantem o aumento da participação da EAD no sistema educacional brasileiro e mundial.

Para quem ainda mantém preconceitos, os números desse formato, que vem moldando cada dia mais o que será o futuro da escola e da transmissão de conhecimento, são eloqüentes. A Universidade Aberta do Paquistão tem 1,8 milhão de alunos. Na Índia, a Universidade Indira Gandhi atinge ainda mais público: 3,2 milhões.

Segundo o professor Fredric Michael Litto, da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), não é à toa que se verifica tamanha procura por EAD. “A aula presencial continua muito tradicional. Preciso admitir que uma palestra de 45 minutos, bem feita, é um voo intelectual.

 

CONCLUSÃO  

 

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.” (Sun Tzu).

 

Além do crescente mercado consumidor, um país só pode crescer através do conhecimento e dedicação. Com o aumento populacional de forma desorganizada e centralizada em grandes capitais, e a falência do transporte público principalmente em nosso país, estava montado um cenário favorável para o aparecimento deste modelo de educação à distância.

Parece que o governo demorou a perceber, ou melhor, aceitar a necessidade dos cursos no modelo de EAD. Como o brasileiro é um povo basicamente comercial, grandes empreendedores resolveram investir neste modelo educacional. Apesar dos esforços para a liberação deste tipo de ensino, serem datados de 2006, somente no governo do presidente da republica Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), conseguir o inicio da liberação desta modalidade.

Além do aspecto social, o governo tinha interesse em acelerar o conhecimento e educação de seu povo.

Uma nova modalidade de negócio estava nascendo. O avanço tecnológico estava proporcionando outros horizontes. O conhecimento já não estava preso dentro de uma sala de aula. O conhecimento pela sua própria força traspassava as paredes das escolas, faculdades e universidade.

A tão falada Globalização começou a acontecer de forma concreta. O EAD trouxe grandes possibilidades. Redução de custo com pessoal, utilização de tecnologia de ponta, imparcialidade na educação, avaliação educacional do professor. O perfil destes alunos também é diferenciado. A forma pedagógica adotada requer um perfil dos alunos de pró-atividade.

Grandes universidades no mundo e no Brasil, já adotaram a possibilidade de ter educação à distância. Poder estudar em outro país, sem ter deslocamento, por vezes intercontinental, faz deste modelo uma revolução na área educacional, como aconteceu com a revolução industrial, não há retorno.

Com esse novo modelo de negócio, o custo ficou em um patamar possível para todas as classes sociais. Para que fique registrado, na data deste trabalho, um curso na modalidade EAD custa em média 37% do valor nominal do salário mínimo vigente em nosso país.

Evidentemente, a construção, evolução e o desenvolvimento de um país só são possíveis através da educação, não só básica mediana e superior, mas fundamentalmente continuada.

A integração que se proporcionou com esse novo modelo abriu novos e variáveis formatos, podendo ser concomitantes com os modelos já existentes, sem com isso anular ou diminuir a importância dos cursos presenciais.

Além disso, são variáveis as formas de conexão com essa nova rede “neural” do conhecimento. Satélites, fibra óptica, conexões sem fio (wireless, infravermelho).

A informática foi quem norteou o desenrolar desta nova tendência. O que no inicio foi utilizado com a finalidade de fazer cálculos matemáticos, desenvolveu-se, e hoje é figura indispensável em qualquer área da vida moderna, aonde de forma excepcional conduz eficazmente o conhecimento em formato eletrônico.

Conforme expõe de forma exemplar, Niskier, Arnaldo (1999), “O desafio é reorientar ou reconfigurar as escolas que já existem praticando a educação à distancia, além de oferecer um cenário favorável aos eu se irão interessar pela adesão à modalidade.”

O tempo na educação, em seus mais variados aspectos foi alterado. A velocidade no acesso as informações, bem como as descobertas cientificas agora estão a um clique no meio virtual.

O sucesso deste novo desafio será do planejamento e coordenação desta gama de informações de forma adequada, com caráter responsável e sustentável, aliado a velocidade, nunca se esquecendo de que somos humanos e que seremos responsáveis com nossos limites, pois a finalidade do conhecimento é o bem estar de viver.

Neste conceito filosófico, não há fronteiras para novas vias e modelos de acesso ao conhecimento e educação.

  

 REFERÊNCIAS

 CHIAVENATO, Idalberto,Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas. Barueri: Editora Manole Ltda. 5ª Edição, 2008.

 CHIAVENATO, Idalberto; Sapiro, Arao. Estratégia Empresarial: Fundamentos e Aplicações. Rio de Janeiro: Elsevier; Campus, 2004.

 MCGEE, James V. Gerenciamento Estratégico da Informação. Rio de Janeiro: Campus, 1994.

 NISKIER, Arnaldo.Educação à Distância: A tecnologia da esperança.São Paulo: Edições Loyola, 1999.

 OLIVIEIRA, André Ricardo; Macenas, Domingos Sávio; Galli, Attadia; Carneiro, Murilo. Planejamento empresarial.Ribeirão Preto: COC, 2010.

 PORTER, Michael Eugene. Estratégia: Vantagem competitiva & estratégia competitiva: os conceitos centrais. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

 PORTER, Michael E.Estratégia Competitiva.Rio de Janeiro: Campus, 2004.

 RESENDE, Denis Alcides.Tecnologia da Informação e Planejamento Estratégico.Rio de Janeiro: Brasport, 2008.

SZAJMAN, Abram. Ensino a distância.Revista Problemas Brasileiros.São Paulo:SESC-SP,p. 2-5, Jan/Fev, 2011.