E se algum "desavisado" achar que a investida da elite latino-americana poderia ser ampliada para toda a América Latina? Não seria a primeira vez que tal situação ocorreria e, não seria a primeira vez que os EUA apoiariam tal situação. Por mais ignorantes que sejamos sobre questões internacionais, acredito que ninguém tem dúvida de que os Estados Unidos da América do Norte, não exitarão em tentar manter sua hegemonia. Essa falácia de que por ser negro( o Presidente), a situação seria diferente, sinceramente é descabida. Negro, branco, mulher, gay, etc., etc., são apenas faces da mesma moeda quando agem em defesa do Capital. Assim, reproduzem a estutura vigente de dominação quando acreditam que seria a etenia ou gênero, que resolveria o problema existente na socidade capitalita. Repito, negro, gay, mulher, branco que não se posicione em relação a sua classe, a de trabalhadores, tenderão ser reprodutores do sistema capitalista, tendo em vista que socialmente, é preciso medir o grau de comprometimento dos índivíduos em relação a sua posição de classe.


E, se a ditaduta hondurenha fosse no Brasil? Veríamos uma elite tacanha, oficialmente adormecida(mas que não exitaria em acordar) tendo em vista que o governo Lula resolveu apaziguar as relações existentes de exploração e dominação. Não exitaria em acirrar suas garras, exigindo seus preceitos legais(criados por ela mesma) ou estabeblecer sua força belial e, mais do que nunca, fortalecendo seus interesses econômicos por via midiática. Essa elite tacanha, de feição escravocrática, no Brasil, não exitaria em denunciar os "exageros" da classe trabalhadora(ocupação, "invasão" ou mesmo exigência salarial condigna com a necessidade humana). O Governo Lula, com sua aparência social, seria colocando ao "abandono" a não ser que tendesse a continuar com sua política assistencialista. A elite brasileira não suportaria qualquer avanço social. Foi ela que dificultou (e dificulta) avanços na educação; estabeleceu medidas voltadas exclusivamente para o assistencialimo, a exemplo do bolsa família; e, assegurou, atraves do sistema de subserviência, relações de manutenção do processo de perpetuação das desigualdades sociais mantendo sob a égide do capital, o predomínio da exclusão social, levando aos "auxiliados"o entendimento de que deveriam acatar a ordem vigente.


a ELITE Hondurenha, não seria diferente da brasileira. Há aparente diferença, estaria no simples fato de que, no Brasil, não mais estaria tendo dificuldades em continuar seu processo de dominação, tendo em vista que o governo Lula procurou beneficiar o sistema financeiro e, por tabela, as demais formas de organização capitalista. Este governo, optou pela solução mais fácil: agradar ao capital. Sob interpretação equivocada de Marx, passou a acreditar que a "via eleitoral" poderia " abrandar" os ímpetos dos capitalistas. Conseguiu com isso, ampliar as desigualdades sociais e, ao mesmo tempo, dificultar ações voltadas para um processo de transformação. Ou seja, esse governo, apesar de suas aparentes tentativas de melhorias sociais, a exemplo do bolsa família ou assemelhados, voltados para aparente distribuição de renda, manteve a exclusão social, ao distribuir, de forma absurdamente desigual, recursos do governo federal entre o setor financeiro e a grande parte da população. Ao primeiro, tudo, incondicionalmente, ao segundo, migalhas para mante-los vivos. O capital precisa de trabalhadores em condições de trabalho e, ficar vivo é uma condição necessária.


Se até agora apontamos culpados, ou possíveis culpados, atentamos para o fato de que, numa sociedade de orientação capitalista, grande parte da população é, de certa forma, vítima do sistema. Ou seja, seria aquele grupo que Marx chamou de "pequena-burguesia" que, necessariamente, não entenderia a sua condição de classe( ou é conveniente não entender). Esta, como em honduras, avessa a qualquer possibilidade de mudança, temerosa do agravamento de sua condição social, tendeu a aceitar a ordem vigente, mesmo que contrária aos interesses sociais previstos em sua própria Constituição. Não se questiona, até então, como as Constituições são construidas. Parece que as leis são feitas ao acaso ou são obras divinas, a luz de seu próprio Deus, o dinheiro.


Se a mentira prevalece, a verdade, passa a ser uma questão dúbia. Pode até parecer difícil perceber como a elite poderia agir visando modificar a verdade, vejamos: bastaria, apenas inverter a realidade, utilizar os meios de comunicação deturpando os acontecimentos sociais. Como em um quadro, tudo estaria pronto para apresentar um modelo de sociedade que, dentre outras coisas, falsificasse a realidade. Assim Ditadura, passa a ser conhecida na grande mídia como "governo de facto"e, governo eleito pela população, passa a ser visto como Ditador. Fácil, não?Em um passe de mágica, a verdade passa a ser transmutada. Daí, para criminalizar os movimentos sociais, não estaria longe. Bastaria que Deputados e Senadores, conhecidos pela defesa do Capital, utilizem seus "poderes" visando a manutenção do "status quo" das elites dominantes e que a mídia coloque em destaque seus desatinos, inclusive, descaracterizando a função dos poderes, ridicularizando-os socialmente. É bem verdade que não é preciso muito esforço para isso, mas a questão estaria como um Estado ridiculariza suas próprias instituições. Quais os interesses? Tenta-se afastar a população do efetivo poder de decisão.

Se, atualmente, a Ditadura no Brasil parece distante; se o processo de repressão estatal aparetemente não é visível, essa situação apenas não é perceptível por aqueles agrupamentos sociais que, dentre outras coisas, não sentem os problemas sociais vigentes no país, ou seja, a chamada pequena-burguesia ou a própria burguesia. Aquela, geralmente, é responsável, mesmo que indiretamente, pela situação de miséria e de exploração existente no país. No fundo, esse grupo geralmente ignorante(e ignorado enquanto causador das mazelas sociais), tende a apoiar a elite dominante. Ignorância ou certeza, é a elite formadora de opinião, geralmente, tendenciosa aos interesses econômicos da elites econômicamente dominantes, que prevalece no conjunto das opiniões sociais. Para a população empobrecida, os direitos elementares da democracia foi para o espaço. Apenas não possuem ou jamais possuírão: educação, saúde, moradia, emprego, salário digno etc., etc., etc..


A ditadura à brasileira, estaria focada na omissão dos setores formadores de opiniões. Estes insistem que não estamos em uma fase de consolidação de interesses prioritários dos grupos hegemônicos das elites econômicas e políticas no Brasil. Entretanto, espero que, quando as elites perceberem a dimensão que blogs sociais atingem no seios da sociedade, não " resolvam regulamentar" suas ações, dificultando sua difivulgação no seio da sociedade brasileira. Acham que estou exagerando? Esperem e verão!Desejo que ninguem proiba o poder da palavra, pois sei que, na verdade, o poder de ser contrário a hegemonia estatal e privada, há muito foi proibido.