Hoje eu parei em frente à tv e fiquei pensando... como é que as coisas desandaram dessa maneira? O significado de AMOR está cada dia mais deturpado, sendo abordado de acordo com as conveniências, com os interesses da audiência. Trair, ir prá cama com qualquer um está se tornando uma coisa tão natural que não há mais nenhum pudor por parte dos autores em demonstrar isso.

É verdade que muitos casos que vemos todos os dias na televisão, acontecem ao nosso redor, muitas vezes dentro de nossa própria casa. Mas parece que isso está se tornando normal demais para meu gosto. Em contrapartida, ainda há histórias de amor que nos fazem voltar um pouco no tempo.

Mas as pessoas que eu conheço, ou que passaram pela minha vida, de alguma forma, me mostraram que os valores vem mudando de acordo com a vontade de cada um. Pessoas que até bem pouco tempo defendiam com bravura a fidelidade, o amor verdadeiro, a sinceridade, parecem meio perdidas nesse bombardeio de informações que se tornou o mundo globalizado. As distâncias diminuíram, e com elas, as pessoas que realmente querem algo sério.

E isso tem feito com que aquelas que ainda acreditam no amor verdadeiro, fiquem cada dia mais exigentes a ponto de não arriscar nada, de não se entregar, muitas vezes mentindo para si mesmas. Nossas escolhas é que dizem o que vai ser da nossa vida, mas acho que hoje tem faltado uma coisa muito simples: olhar quem muitas vezes está tão perto, tão disponível prá gente, que nem damos conta, e perdemos momentos que poderiam ser lindos por fecharmos os olhos para essas pessoas. Afinal, que não seja amor, mas pode ser amizade.

O que mais tenho visto é pessoas indiferentes às outras pessoas, indiferentes àquelas que demonstram um pouco de carinho, respeito, e muitas vezes, amor por nós. Talvez esteja na hora da gente mudar a forma de agir, se não nos agrada, se não é o que queremos, é hora de falar, de dizer que não, porque não há nada mais dolorido do que sentir que somos ignorados por quem desperta o olhar do nosso coração. Pense nisso... antes que alguém caia num abismo sem fim...

[André Carim]