A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO AMBIENTE ESCOLAR

Autoras: Maria Vera Lúcia dos Santos Baleeiro

Evanir de Souza Honorato

Resumo

Este artigo trata de uma reflexão sobre a inclusão e as dificuldades encontradas no ambiente escolar, qual é o papel da escola para atender no processo de educação inclusiva. Existemalgumas instituições de ensino que não possuem estrutura física apropriada para atender as demandas de crianças com necessidades especiais. O mesmo traz a reflexão do pensar na educação inclusiva como uma realidade atual e pensar em novas perspectivas educacionais, O desenvolvimento do artigo foi atravésde pesquisas bibliográficas.

Introdução

Nas ultimas décadas do século XXI, tem se refletido muito sobre a inclusão de crianças com necessidades especiais, portanto para o atendimento de crianças com deficiência no âmbito escolar demanda a organização de vários propostas de trabalho em busca de estratégia que possa atendera especificidade de cada criança e pelas diversas barreiras existentes no contexto escolar. Pois para alguns professores a educação para essas crianças tornou-se difícil ou até mesmo impossível por se tratar de forma incerta gerando dúvidas, insegurançae medo de enfrentarsituações inesperadas.Pode se dizer que de maneira geral, os temas de inclusão seja social oueducacional, esta sendo refletido cada dia mais nos debates públicos e privados.

No Brasil, essa discussão vem tomandouma dimensão que vai além da inserção dos alunos com deficiência, pois eles não são os únicos excluídos do processo educacional.

 Segundo Vygotsky Yana entende que a participação inclusiva dos alunos facilita o aprendizado para todo este entendimento estábaseado no conceito da zona de conhecimento proximal, ou seja, zona de conhecimento a ser conquistado por meio da mediação do outro seja este professor ou colegas.

 

1- Dificuldade encontrada no ambiente escolar para a inclusão

Ao se pensar em inclusão é importante refletir sobre o que é incluir de fato já que se trata de um assunto polêmico, do ponto de vista para a prática educacional.  A educação inclusiva tem como prioridade a valorização das diversidades, respeitandoaquele que é diferente e não inferior.

Tanto se fala em educação inclusiva, no entanto tudo fica somente no papel, pois algumas instituições escolares têm passado momentos de inquietações, as mesmas não possuem recursos que auxiliam a mobilidade dos alunos, como cadeiras de rodas e corrimões, além de materiais pedagógicos adequados as especialidades de cada aluno.

No entanto a possibilidade da inclusão escolar de crianças ainda traz incertezas de como acontecerão, os pais e até os educadores ainda sentem-se despreparados e sem formação para recebê-los, sentindo-se inseguros.

Segundo Lopes a educação escolar está profundamente comprometida com um projeto coletivo de mudanças sociais, independentemente das diversidades culturais dos grupos étnicos que compõe a sociedade, para que isso ocorra é importante que se trabalhe com arealidade num diálogo permanente, numa situação de aprendizagem contextualizada, usando procedimentoadequado em que o aluno descubra que é membro atuante na sociedade.

Tanto se fala em educação inclusiva, os governos têm criados leis de inclusão que se realmente fossemcolocados em prática teríamos o modelo perfeito de educação inclusiva.A atual realidade das escolas é de salas superlotadas, ambiente pouco adequado, aliada ao despreparo e também ao preconceito da comunidade escolar por vezes faz com que o aluno com necessidades especiais seja ainda mais excluído ou até esquecido num canto da sala.

No entanto, o momento educacional que nossas escolas públicas estão vivendo não possibilita oferecer ao aluno a dedicação e exclusividade que ele necessita em alguns momentos.

2- Educar para as diversidades

Conviver com a indiferença, adiscriminação o preconceito, a injustiça é quase que comum nas escolas públicas, o que causa indignação, pois a escola é lugar que se devem ensinaras crianças desde cedo, a tercarinho e respeito pelo outro, é durante seus anos de formação que as crianças adquirem o entendimento das diferenças o respeito para com os outros em ambientes educacionais que convivem com as diversidades humana.

     Segundo a Constituição Federal deve retratar a sociedade como ela é, reconhecendo que cada um tem necessidades particulares, mesmo que a escola seja o lugar do coletivo é fundamental que haja reflexão sobre a escola que queremos, onde a educação seja pensada a partir da especificidade de cada um visando ao desenvolvimento de todos, uma escola onde os professores seja mediadores de todasas diversidades que vem da vida dos alunos, estimulandopara formação de novas ideias a elevação de sentimentos, o respeito aos valores e as diferenças sociais e escolaresassumir, compreender e respeitar  essas diversidades para a transformação de uma sociedade pontuada  pela exclusão.

OEducador no contexto de uma educação inclusiva precisa ser preparado paralidar com as diferenças com as singularidades e com as diversidades de todas as crianças não com um modelo de pensamento comum a todas elas. Cabe a ele observar atenciosamente as necessidades de todos. Essa observação deve ser feita a partir do diálogo com o aluno, só assim é possívelconhecer o outro para perceber a melhor maneira intervir.

Sendo assim é importante ajustar junto com o aluno os processosde aprendizagem de modo a lhe proporcionar significadosdo ponto de vista educacional, afetivo e sociocultural.

3- A formação de professores

A inclusão não se depara em atender alunos com necessidades especiais junto aos demais, nem a negação dos serviços especializados. A inclusão não implica uma reorganização do sistema educacional, o que acarreta uma mudança de informação dos educadores e uma revisão antiga de concepções de educação.

Pensar na educação numa lógica é pensar em novas perspectivas educacionais visando a inclusão no seu método educativo, que deve ser entendidocomo um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbio  de aprendizagem tem o direito a escolarização.

A situação de inclusão e uma luta iniciada a pouco mais de 10 anos no Brasil, entretanto já tinha discursões antes desse período. O principio da normatização iniciada na Europa propôsa inclusão de crianças com deficiência na rede regular de ensino. Este principio está estabelecido na presente Lei  De  Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, que dedica um capitulo inteiro sobre a Politica Nacional de Educação Nacional (MEC, 1994). Consta-se que tanto as pessoas com deficiência tem direito a participação da vida social. Entretantono ambiente escolar a permanênciacom  sucesso de crianças com esse tipo de necessidades é ainda um dos maiores desafios a ser encontrado pois além de elevar o nível de produtividade escolar terá amplo impacto sobre o acesso de ensino aprendizagem com qualidade.

A hipótese subjacentea este documento é que, embora insuficiente para garantir por si só, uma aprendizagem escolar de melhor qualidade para inclusão, a formação de professor é uma condição para este ensino. Para tanto é necessário promover transformações radicais tanto nas formas quanto nos conteúdos das práticas que se tornaram tradicionais, professores e alunosestão submetidos ao mesmo modelo de ensino e, portanto de certo modo, a maioria dos problemas identificados na educação inclusiva, e das respectivas criticas se aplicam também a formação de professores.

O desafio para o professor é como ensinar essa pessoa que exige uma formula diferenciada do aluno sem dificuldades. O diagnóstico, portanto, serveapenas para limitar a vida do aluno na escola, também é observado esse fato no ensino regular quando o professor não consegue reinterpretar as dificuldades e as necessidades do aluno no contexto escolar.

Entretanto para que a inclusão de fato aconteça é preciso que os professores estejam preparados para lidar com esse tipo de situação. O art.59 § III, diz que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com necessidades especiais professorescom especialização adequada em nível médio ou sugeridos para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns,(Brasil, 1996, p44). Porém, não é isso que é verificado na realidade a educação inclusiva no Brasil ainda esta no seu estado embrionário sabe que o apoio e o investimento dos governos são necessários, no entanto esperamos que o continue o aprimoramento de projetos nesse sentido na formação continuada de professores, com o tempo sane ou pelo menos minimiza os pontos decadentes do atendimento aos portadores de necessidades especiais.

É a partir do saber fazer do professor, dos conhecimentos que possui experiências, crenças e metodologias de trabalho que a ideia de educação permanente pode ser pensadae ampliada, baseando-se no seu aprimoramento através da reflexão, compartilhando ideias, informações, sentimentos, responsabilidades, decisões e ações.

Nesta perspectiva o trabalho do professor consiste no acompanhamento dos alunos no desenvolvimento de suas potencialidades plenas, e para isso são necessárias novas abordagens educacionais na sua prática pedagógica e na parceria entre a escola família e profissionais de apoio para garantir a aprendizagem de todos os alunos. Para educar é preciso amar, lutar e acreditar muito mais.

Referências

Brasil. Declaração de Salamanca e de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.

Caderno de educação a especial: a alfabetização de crianças com deficiência: uma proposta inclusiva/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria deApoio á Gestão Educacional Brasília: MEC,SEB,2012.

Sartoretto, Mara Lúcia Escola Inclusiva: linguagem e mediação. Papirus editora, 2004.

Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1.996. Diário oficial {da} Republica Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez.1996.p.27833. Disponível em http://www.planalto.gov.br/cc iv i l-03 LEIS/19394.ht