E a vida a nossa vida? A vida, quer dizer a nossa vida não imita nada, principalmente a vida. Como um espelho invertido, de cabeça para baixo, uma desconstrução da realidade real. Tudo ai acontece sob uma densa neblina, ninguém enxerga absolutamente nada, cegos guiando cegos a beira de um precipício. A verdadeira vida e um milagre continuo, uma unidade inquebrantável, mutua garantia  de liberdade,  tudo existe dentro de tudo e portanto não há espaço para mais nada.

A nossa vida?  Como tudo aqui e ao contrario e inverso. E só inverter a coisa toda que vai ter.

Aqui você nada, nada e nada e se não morre na areia morre na agua.

Então para responder a pergunta sobre qual o significado da minha vida, tenho que empreender uma viagem interna.  Mas para existir a pergunta primeiramente tem que haver a necessidade. Sem essa deficiência tudo continua na mesma. A vida passa tribulada, ou não, ou melhor, nos parece que passa, mas o que esta passando realmente? Crescemos, viramos adultos, envelhecemos e finalmente morremos.  Este e um resumo básico de nossa existência.  Muitos  diriam e dai? Estou satisfeitíssimo por isso! Será mesmo? Outros estão tão ocupados com que estão fazendo que esses questionamentos lhes parecem  coisa de gente que não tem nada para fazer.  Mas ao mesmo tempo vivemos num mundo que se desenvolveu exponencialmente em todas as direções.  Para tudo há uma resposta, ou ate milhares delas, mas isso, contudo não nos levou ainda ao ponto de equilíbrio.  Pelo contrario mais do que nunca hoje o mundo esta mais fragmentado do que nunca.  Temos tecnologia de vida e de morte, ao mesmo tempo em que construímos uma bomba atômica que supostamente nos protegeria, esse ato nos encurrala em um canto. O remédio e também o veneno.  Não uma coerência global a respeito de nada. Fazemos as coisas sem  uma meta definida,  em pequenos círculos  tomamos decisões  somente em respeito a uma pequena parte  e isso se aplica só para aquele determinado momento.   De alguma forma não conseguimos concentrar forca de vontade para mudar de vez a rota de toda humanidade. Não conseguimos unir todos os elos, e assim o movimento e a circulação de todas as coisas são aleatórias sem propósito algum. Mas o que não queremos perceber de verdade que essa coisas são meros reflexos  nossos internos. Parece que esse e o cerne da questão.  A capacidade de perceber a situação em que se encontra.  A capacidade de perceber que isso parte de si mesma, a capacidade de querer mudar. São na verdade os primeiros vestígios que a intolerância a esse sistema começa fazer-se sentida.  Não podemos precisar quando nem onde isso despertou, mas aconteceu e parece que não vai parar. Esse ponto que nasceu do nada e apenas um ponto, mas de alguma forma ele abarca todos os meus sentidos, mexe de forma sutil e independente comigo, não tenho poder nenhum sobre ele não consigo influencia-lo em nada.  E como se estivesse suspenso, entre a terra e o nada. Quando estamos nessa situação o que fazemos e que tentamos afastar de tudo quanto e maneira a influencia desde pequeno e minúsculo ponto, esse ponto de interrogação que paira sobre tudo. Entre as mínimas frestas os seus raios alcançam agora.  Para variar vou lutar contra essa influencia ate porque ela tras mais problemas, eu que estava tentando me acostumar com minha vida do jeito que ela e, agora tenho que estar entre a cruz e a espada.