Na atualidade virou rotina nos depararmos com noticiários sobre mortes, roubos, estupros, sequestros e muitas outras formas de violência, que na sua grande maioria têm origem na dependência química causada pelo uso indiscriminado de drogas.

Cada vez mais, jovens tem ingressado prematuramente no universo obscuro da dependência química e, por conseguinte, adentrado à marginalidade com o intuito de alimentar e manter o seu vício.

As drogas lícitas como o cigarro e álcool são as mais comuns entre os jovens nos dias atuais, atrelada a necessidade de se sentir aceito em um grupo social peculiar, no intuito de parecer cada vez mais descolado. Desta maneira, podemos afirmar que a curiosidade natural dos adolescentes é um dos fatores de maior influência na experimentação de álcool e outras drogas, assim como a opinião dos amigos, a rotulação.

A curiosidade os conduzem a busca de experimentar novas sensações e prazeres. O adolescente vive o presente, buscando por realizações imediatas, o efeito das drogas vai de encontro a isto, proporcionando prazer imediato.

O modismo é outro aspecto importante relacionado ao uso de substâncias entre adolescentes, pois reflete a tendência do momento, e os adolescentes são particularmente vulneráveis a estas influências. Não podemos deixar de mencionar que em muitos casos essa influência se origina dentro do próprio seio familiar.

As drogas lícitas ou ilícitas não trazem qualquer benefício aos jovens, portanto, faz-se necessário que a sociedade em geral, incluindo familiares e amigos se unam com o objetivo de conscientizar esses jovens das consequências que as drogas trazem para suas vidas. Os prejuízos no âmbito da saúde física e mental são irreparáveis e muitas vezes incontroláveis.

Os adolescentes são um grupo populacional muito vulnerável ao vício e necessitam de uma atenção especial.

Desta maneira, o conhecimento dos fatores pessoais, interpessoais, familiares e ambientais associados ao consumo das drogas lícitas e ilícitas por adolescentes deve ser considerado na implementação de programas escolares e políticas públicas de prevenção, visando comportamentos que minimizem a exposição ao risco associado e redução do impacto negativo na vida adulta.

Cabe ao governo implementar o desenvolvimento de projetos que forneçam subsídios necessários para a redução dos riscos os quais os adolescentes são expostos cotidianamente, quer sejam em âmbito social ou mesmo familiar.

Somente com todos trabalhando conjuntamente, sociedade e família, poderemos prevenir o uso precoce e indiscriminado das drogas, visto que estas podem ser entendidas e tratadas como uma espécie de câncer maligno que ceifa vidas precocemente.

* Simone Andrade Ribeiro dos Santos Rodrigues é Pedagoga, docente da Rede Municipal de Ensino de Rondonópolis – MT.