A dor crônica atinge milhões de pessoas no Brasil. Um estudo publicado na revista Pain mostra que a dor na parte da lombar representa 28% de todas as dores que levam os pacientes a procurarem os médicos. "Esse tipo de dor está se tornando um enorme fardo sobre a população. Essa pesquisa é um bom exemplo das medidas que estamos tomando para investigar esse assunto e reduzir a carga de dor crônica no futuro”, diz Linda Porter, conselheira do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, que financiou o estudo.

Porém, não é qualquer tipo de dor que é considerada crônica. Esse tipo de dor é definido como o que persiste ou recorre por mais de três meses ou a dor associada a alguma lesão tecidual que se espera continuar ou evoluir. Alguns autores definem a dor crônica como aquela com duração de seis meses ou mais. A dor crônica não afeta só a parte física do paciente, mas também pode debilitar a parte emocional, como o aumento da irritabilidade, depressão, preocupação com o corpo e afastamento dos interesses externos. Além disso, esse tipo de problema pode acabar fazendo com que a pessoa apresente incapacidade profissional.

Embora muitos tratamentos possam ser feitos somente a base de medicamentos, outros requerem encaminhamento a clínicas especializadas em dor. O Dr. Afonso Jorge França é ortopedista da clínica CORA, no Rio de Janeiro, e atende em sua clínica pacientes com dores crônicas. Além de tratamentos variados, ele utiliza técnicas eficazes que possuem resultados positivos sem recorrer a tratamentos mais extremos. Existem também centros especializados em tratar pacientes com dores crônicas. O Centro Multidisciplinar da Dor (CMD) tem como objetivo encontrar uma saída para as pessoas que sofrem com dores agudas e recorrentes. O CDM é o primeiro e maior centro multidisciplinar de dor do Rio de Janeiro.