Doença celíaca: fisiopatologia, tratamento nutricional e vida social

Celiac disease: pathophysiology, nutritional treatment and social life

Doença celíaca: patologia, tratamento e vida social

Renata Gabriela dos Santos1, Xisto Sena Passos2, Cláudia Daud Cantelli Bordin3

1Aluna do Curso de Nutrição da Universidade Paulista, Campus Goiânia Flamboyant, 2Professor Doutor em Medicina Tropical, professor titular do Curso de Nutrição da Universidade Paulista, Campus Goiânia Flamboyant, 3Professora Mestre em Nutrição e saúde pela Universidade Federal de Goiás, professora adjunta do Curso de Nutrição da Universidade Paulista, Campus Goiânia Flamboyant.

Área temática: Nutrição Clínica

Declaração de conflitos de interesse: Declaramos que não existem conflitos interesse entre os autores deste artigo, quanto à publicação.

Resumo

A Doença Celíaca é uma patologia desencadeada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada naturalmente em alimentos como trigo, centeio, cevada, aveia e malte. É desencadeada em indivíduos pré dispostos geneticamente e é caracterizada pelas inflamações da mucosa do intestino delgado e se não tratada leva à atrofia total ou parcial das vilosidades intestinais, como a má absorção de nutrientes e diversas outras manifestações clínicas. Diversos estudos mostram que a doença celíaca tem prevalência de 1% em todo o mundo, atingindo indivíduos em todas as faixas etárias. O diagnóstico da doença celíaca é de grande complexidade pois existe uma grande variabilidade clínica desta doença, além de ser cogitado em pacientes que possuem parentesco de primeiro ou segundo grau com celíacos, em pacientes com diarreia crônica e distensões abdominais frequentes. A cada ano cresce o número de indivíduos com a patologia, pois agora o diagnóstico que era feito apenas por manifestações típicas é feito através de biopsia do intestino delgado. Por ser uma doença caracterizada pela intolerância ao glúten o tratamento realizado é basicamente a isenção da proteína de sua dieta e é de suma importância o cumprimento deste tratamento dietoterápico com a finalidade de assegurar o desenvolvimento nutricional e diminuir a pré disposição para outras patologias. A partir dos dados obtidos este trabalho possui o objetivo de descrever a fisiopatologia, o tratamento nutricional e a vida social dos portadores da doença celíaca.

Descritores: doença celíaca, estado nutricional, criança

Abstract

Celiac disease (CD) is a disorder triggered by intolerance to gluten, a protein found naturally in foods such as wheat, rye, barley, oats and malt. It is initiated in subjects genetically disposed pre- and is characterized by inflammation of the mucosa of the small intestine, and if left untreated leads to partial or total atrophy of intestinal villi, such as malabsorption of nutrients and several other clínical manifestations. Several studies show that DC has a prevalence of 1% worldwide, affecting individuals in all age groups. The diagnosis of CD is very complex because there is a great clínical variability of this disease, besides being contemplated in patients who have kinship of first or second degree with celiac disease in patients with chronic diarrhea and frequent abdominal distension. Each year increasing number of individuals with the disease, the diagnosis for now it was only done by typical manifestations is done by biopsy of the small intestine. Is a disease characterized by intolerance to gluten treatment used is basically the exemption of the protein from your diet, and it is extremely important to comply with this dietary treatment for the purpose of ensuring the nutritional development and decreasing the pre- disposition to other pathologies. From the data obtained from this study has the objective to describe the pathophysiology, nutritional therapy and social life of people in DC.

Descriptors: celiacdisease, nutritional status, child

Introdução

A Doença Celíaca (DC) é uma patologia mediada por linfócitos T, introduzida pelo glúten acometendo indivíduos com predisposição genética(1). O glúten é uma proteína que está presente naturalmente em alimentos como trigo, centeio e cevada, aveia e malte. A DC é um mal que acomete 1% de toda a população mundial(2). As manifestações dessa doença não causam disfunções apenas no trato gastrointestinal, mas também na pele, ossos, fígado e outros sistemas como o reprodutivo, nervoso e endócrino(3). Fatores imunológicos e ambientais, também interferem nessas manifestações clínicas  podendo atingir indivíduos em qualquer faixa etária(4).

Ao ser diagnosticado com DC o paciente deve iniciar o tratamento, excluir totalmente o glúten da dieta, tanto os pacientes sintomáticos e assintomáticos com a finalidade de melhorar a qualidade de vida, podendo então diminuir os riscos futuros de mortalidade e morbidade(1).

Esta doença modifica todo o cotidiano dos celíacos já que a dieta é de extrema restrição, porém é de grande importância que o celíaco cumpra o tratamento dietoterápico para que ele possa manter o desenvolvimento normal da estatura, fertilidade, densidade mineral óssea e também reduzir a deficiência de macro e micronutrientes, e também como a predisposição a doenças malignas principalmente no trato gastrointestinal(5).

Seguir corretamente a terapia nutricional é de suma importância, pois quando mal tratada, o celíaco fica mais susceptível a uma instabilidade permanente de insegurança tanto alimentar quanto nutricional, levando-os a um prejuízo na vida social, na saúde e em sua qualidade de vida(5). Uma alimentação inadequada traz além de prejuízos e desconfortos, grande predisposição para outras patologias crônicas(6).

Considerando a relevância do tema, o objetivo do presente estudo foi avaliar a doença celíaca, demonstrando suas principais características, o tratamento indicado, e a vida social dos celíacos.

Revisão da literatura

Esta pesquisa trata-se de um estudo de revisão narrativa de literatura, com abordagem qualitativa. O material para o estudo foi coletado em artigos publicados sobre a doença celíaca, o tratamento e vida social no período de 2001 a 2014. A busca bibliográfica foi desenvolvida nos sites da SciELO e BIREME, a procura realizada foi em fevereiro de 2014.

Definição da doença e Manifestações Clínicas

A DC é uma patologia auto imune, e tem como principal característica a inflamação da mucosa do intestino delgado, desencadeada pela intolerância a uma proteína natural o glúten que é existente nos alimentos como trigo, centeio, cevada, aveia e malte(7). O glúten é uma proteína insolúvel em água, aderente, é relativamente resistente às enzimas digestivas, resultando em derivados peptídicos que podem levar à resposta imunogênica em pacientes com DC, e ele também fica responsável por estruturar as massas alimentícias, sua composição é feita por frações de gliadina e glutenina(1,8). As manifestações clínicas da DC podem variar desde pacientes assintomáticos até as formas mais graves de síndrome má absortiva, o que pode As manifestações clínicas ocorrem com diversos sintomas como a diarreia crônica, distensão abdominal. Além de em diversos casos está relacionada a baixo peso, baixa estatura, infertilidade, densidade mineral óssea, anemia ferropriva, osteoporose, câncer intestinal, além de deficiência em macro e micro nutrientes envolve múltiplos sistemas, o que pode aumentar o risco de algumas neoplasias(3,9).

Sintomas e formas da Doença Celíaca

De acordo com Pratesi e Gandolfi(10) a doença celíaca mal tratada pode se manifestar através de outras doenças com uma anemia resistente ao tratamento, dermatite herpetiforme, menarca tardia e menopausa precoce, infertilidade, abortos repetitivos, sintomatologia neurológica progressiva, depressão, e principalmente ataxia e epilepsia associadas a calcificações cerebrais, é bastante ampla a possibilidade de sintomas o que leva a dificultar ainda mais o diagnóstico precoce da DC, e os sintomas clássicos como diarreia crônica, vômitos, anorexia, distensão abdominal.

De acordo com Silva e Furlanetto(3) a DC é apresentada em 5 diferentes formas: Forma Clássica, Forma Atípica, Silenciosa, Forma Latente e a Forma Refratária. A Forma Clássica tem seu início na primeira infância a partir da introdução de novos alimentos na dieta da criança, e os sintomas são basicamente vômitos, diarreia, diminuição no apetite, déficit de crescimento e nervosismo(4). A Forma Atípica aparece de forma mais tardia, tem como característica ausência de sintomas ou poucos sintomas gastrointestinais, presença de sintomas atípicos como anemia por deficiência de ferro, osteoporose ou osteopenia, déficit de crescimento e infertilidade, e esta é a apresentação mais comum da doença. A Forma Silenciosa apresenta diagóstico ocasional, histológico ou sorológico, em indivíduos assintomáticos. A Forma Latente que se apresenta em duas diferentes formas, a primeira em pacientes com diagóstico prévio de DC, que responderam à dieta isenta de glúten, apresentando histologia normal ou apenas aumento de linfócitos intraepiteliais, e a segunda forma indivíduos com a mucosa intestinal normal, sob dieta com glúten que subsequentemente desenvolverão DC, e por último a Forma Refratária quando os pacientes diagnosticados com DC que não respondem à dieta isenta de glúten, é a forma que tem o maior risco para linfomas(8).

Diagnóstico da Doença Celíaca

O diagnóstico rápido da DC é de extrema importância, pois assim evita que a doença traga sérios agravos para a saúde do paciente, porém esse diagóstico nem sempre é fácil pois a complexidade da doença é bastante ampla devido a variabilidade das manifestações clínicas, pacientes com sintomas clássicos da doença e com parentesco de primeiro grau com celíacos devem passar por exames do intestino delgado para serem diagnosticados como DC. Em um estudo recente publicado no início do ano foi apontada a ultrassonografia abdominal como método de esclarecimento de diagnóstico da DC, em casos suspeitos que apresentam sintomas abdominais. Esse estudo observou uma maior espessura e diâmetro das alças intestinais, e um conteúdo maior de liquido e maior peristaltismo intestinal no grupo de celíacos em relação aos indivíduos assintomáticos(11).

Segundo Piazza et al.,(8) grande parte dos celíacos têm um grau de parentesco bem próximo a outro celíaco, estudos evidenciaram que há uma pré-disposição genética, em diversas famílias com porcentagem de 8 a 18% em parentesco de primeiro grau e de até 80% em gêmeos monozigóticos, sugerindo desta maneira a existência de uma herança autossômica dominante na DC. Segundo Piazza et al.,(8) para um diagnóstico preciso é essencial o exame histológico do indivíduo, porém a determinação sorológica do anticorpo IgA antiendomísio é o teste laboratorial de maior importância pois ela apresenta uma sensibilidade e uma especificidade em torno de 97%, além da biopsia duodenal que ainda é a forma de melhor diagnóstico da DC.

Tratamento Nutricional

Araújo et al.(2)mostram que o tratamento da DC é feito basicamente através da retirada total dos alimentos que possuem glúten da dieta, estes alimentos estarão restritos por toda a vida, e o tratamento deve ser feito por todos os celíacos, tanto os que apresentam sintomas quanto os que são assintomáticos, essa dieta evita complicações futuras e ainda possibilita aos celíacos uma melhor qualidade de vida. Piazza et al.,(8) revela que cuidados permanentes devem ser essenciais pois pequenas quantidades de glúten poderão estar presentes e escondidas em diferentes produtos alimentares, funcionando como contaminantes permanentes.

Os alimentos que contém glúten devem ser substituídos por diversos outros alimentos como o milho, arroz, mandioca, frutas, leguminosas, hortaliças, ovos, carnes vermelhas e brancas, além das gorduras(4). Essa dieta é com certeza difícil de ser aderida, devido a diversos fatores como cultura, status, sabor e textura, porém a adesão à dieta isenta de glúten é de extrema importância para que o paciente possa garantir o bom desenvolvimento, manter a estatura adequada, manter os níveis adequados de micro e macro nutrientes e reduzir os riscos de qualquer doença futura decorrente da DC(1).

Vida Social

Fica evidente a dificuldade de adaptação dos celíacos a uma dieta tão restritiva, pois os alimentos que deverão sair de sua dieta agora são alimentos comuns no cotidiano da maioria dos indivíduos na sociedade, vários estudos mostram que os celíacos relatam que a dieta é monótona e os alimentos permitidos são encontrados com difícil acesso e alto custo, prejudicando desta maneira a qualidade de vida dos celíacos(2).

Segundo Araújo et al.,(2) os alimentos restritos de glúten ainda não são encontrados em todos os supermercados, muitas vezes são encontrados em locais exclusivos, por isso os custos destes alimentos são muitas vezes bem mais elevados que os alimentos que não são restritos, e os celíacos estão sempre à procura de alimentos que também os ofereçam sabor, boa textura, e que seja fácil a manipulação, pesquisa mostra que esta exclusividade dos alimentos influencia negativamente na vida social dos celíacos, pois eles não podem se alimentar em lugares públicos pois nem sempre encontram alimentos sem glúten.

De acordo com Nadal et al.,(5) após diagnosticada a doença os celíacos enfrentam grandes problemas, dificuldade de adaptação da dieta, dificuldade de encontrar os alimentos, e a vida social se modifica de forma estrema, uma pesquisa realizada em 2013 revelou que diversos celíacos deixam de sair de casa, de viajar, de manter um convívio natural com amigos e familiares, devido à dificuldade de se alimentarem, pois inúmeras vezes eles ficam constrangidos por não poderem ingerir os mesmos alimentos que os outros indivíduos, e ainda afirma que comer é mais que um ato fisiológico, é uma forma de socialização, uma necessidade emocional do indivíduo, sendo o alimento o elo entre indivíduo-amigos-familiares que por sua vez repercute na vida social.

Discussão

A DC é uma patologia autoimune e o diagnóstico tardio pode trazer diversos prejuízos para o portador, devido à demora ao tratamento nutricional adequado. Pesquisa feita por Araújo et al.,(2)revelou que a prevalência é de 0,3 a 1,0 % em toda a população, além de descrever que ainda nos dias atuais existem muitos casos que ainda não foram de fato diagnosticados pela medicina devido a variabilidade das manifestações clínicas que esta doença possui. A adesão à dieta restrita ao glúten é de fato o principal tratamento a ser realizado, é uma dieta de difícil adesão pois é bastante restritiva e deve ser mantida por toda a vida, os pacientes devem ter muita determinação e força de vontade para seguir corretamente a dieta, e desta forma melhorar a sua qualidade de vida. Araújo et al.,(2) mostram que uma pesquisa realizada com os membros da Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA) dentre os 94,1% dos participantes da pesquisa, 69,4% aderiram a dieta isenta ao glúten, enquanto o restante (24,7%) ainda mantêm grande dificuldade em seguir corretamente à dieta. E um outro estudo realizado no Canadá com 2.681celíacos adultos revelou que 44% dos entrevistados relataram grande dificuldade na escolha dos componentes de sua dieta, 85% apresentavam dificuldade em determinar se os alimentos são eram livres de glúten, e 83% relataram dificuldade em encontrar alimentos isentos de glúten nos supermercados. E nos Estados Unidos outra pesquisa realizada com 253 adultos revelou que 86% dos entrevistados revelaram que a adesão à dieta isenta de glúten exercia impacto negativo sobre o ato alimentar-se fora de casa e 84% no ato de viajar, fica evidente que as dificuldades com a DC são basicamente as mesmas, aderir à dieta, dificuldade em encontrar alimentos e mudança na vida social(8).

A idade dos pacientes interfere bruscamente na adesão à dieta, durante a juventude é o período em que é maior a dificuldade em seguir corretamente ao tratamento nutricional, uma pesquisa realizada por Sdepanian et al.,(6) na ACELBRA indica maior frequência de pacientes obedientes à dieta entre aqueles com idade inferior a 21 anos (72,8% 265/364) do que os com idade igual ou superior a 21 anos, (64,2 102/159). E os que desobedecem à dieta verificou que a proporção dos que ingerem glúten frequentemente também é maior entre os pacientes com idade igual ou maiores que 21 anos (17,7% 22/124) e menor entre os pacientes com idade inferior a 21 anos (9,9% 29/294), mostrando que quanto mais jovem a adaptação à dieta é maior, mostrando que quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maior será a chance de melhorar a qualidade de vida.

Conclusão

Constata-se que é uma doença autoimune, que acomete indivíduos predispostos geneticamente, sua principal característica é atrofia parcialmente ou totalmente as vilosidades intestinais destes indivíduos quando introduzido o glúten na dieta. O tratamento da doença é dietoterápico, excluindo o glúten por toda vida. Uma equipe multiprofissional é indispensável para ajudar no controle da doença, melhorando seu habito alimentar e desta maneira procurando uma elevada qualidade de vida para os portadores de DC.

Referências

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2.        Araújo HMC, Araújo WMC, Botelho RBA, Zandonadi RP. Doença celíaca , hábitos e práticas alimentares e qualidade de vida Celiac disease , eating habits and. Rev Nutr. 2010;23(3):467–74.

3.        Silva TS da G e, Furlanetto TW. Artigo Revisão diagnóstico de doença celíaca em adultos. Rev Assoc Médica Bras. 2010;56(1):122–6.

4.        Rauen MS, Camilli J, Back V, Moreira AM. Doença celíaca : sua relação com a saúde bucal Celiac disease ’ s relationship with the oral health. Rev Nutr. 2005;18(2):271–6.

5.        Nadal J, Bezerra I, Costa D. ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES O princípio do direito humano à alimentação adequada e a doença celíaca : avanços e desafios The principle of human right to adequate food and celiac disease : advancements and challenges. Demetra. 2013;8(3):411–24.

6.        Sdepanian VL, Moraes MB de, Neto UF. Doença celíaca: avaliação d obediencia à dieta isenta de glúten e do conhecimento da doença pelos pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA). Arq Gastroenterol. 2001;38(4):232–9.

7.        Castro-Antunes MM, Magalhães R, Nobre JMM, Silva BP, Silva G a. P. Celiac disease in first-degree relatives of patients. J Pediatr (Rio J) [Internet]. 2010 Aug 11 [cited 2014 Apr 18];86(4):331–6. Available from: http://jped.com.br/conteudo/Ing_resumo.asp?varArtigo=2109&cod=&idSecao=1

8.        Piazza MJ, Urbanetz AA, Carvalho NS de, Peixoto APL. Doença Celíaca e Infertilidade. Femina. 2011;39(11):521–5.

9.        Sdepanian VL, Moraes MB de, Neto UF. Doença celíaca : características clínicas e métodos utilizados no diagnóstico de pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil. J Pediatr (Rio J). 2001;77(2):131–8.

10.     Pratesi R, Gandolfi L. Doença celíaca : a afecção com múltiplas faces Celiac disease : a disease with many faces. J Pediatr (Rio J). 2005;81(5):357–8.

11.     Silva EJ da C e, Silva GAP da. Contribuição da ultrassonografia abdominal para o diagnóstico da doença celíaca em crianças e adolescentes. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2014;14(1):47–52.