Docência da língua inglesa nos primeiros anos do ensino fundamental: novos desafios, novas metodologias


Roseli Montibeller da silva
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    Introdução

Quando se fala em aprender inglês vem logo a imagem de um bicho de sete cabeças, que a dificuldade de falar português já é grande, imagina falar inglês.
É claro que esta concepção dos alunos tem fundamento, pois tudo o que é novo dá medo, entretanto para as crianças isso não é assim, pois elas são receptivas a tudo de novo que se apresentam a elas. Para isso o professor que ministra essa disciplina deve ter a sensibilidade de levar o aluno a assimilar a língua de forma lúdica, concreta e motivadora, incentivar o aluno a se interessar pela matéria e trazer isso para o seu cotidiano para que perceba que a língua inglesa faz parte da sua vida assim como a língua portuguesa. Se o aluno participar e se interessar será porque o professor está conseguindo integrar aluno – língua – realidade – , e terá mais êxodo no processo de ensino – aprendizagem do aluno. Segundo Jorge ( 2003: 178 ) Repensar a abordagem de ensinar é um processo que, em uma perspectiva de educação emancipadora, pode levar a mudanças na abordagem de ensino do professor em formação inicial, avaliar experiências anteriores, buscar justificar certas ações, interpretar problemas, são ações constituintes da prática reflexiva.) .A importância da reflexão  critica da pratica docente  na língua inglesa , forma professores comprometidos em transformar o monstro da língua em prazer e inovações de atitudes e pensamentos. Conclui- se, pois que a tomada de uma postura critica pelo professor representa uma postura bastante eficiente e eficaz para a docência da língua inglesa no ensino fundamental. É claro que essa postura só se dará se o professor for qualificado para a função e seja pesquisador, transformador se quiser alcançar êxito no seu intento da ação docente.

Planejamento

O planejamento quanto aos conteúdos é preciso ser analisados de acordo com a significância da aprendizagem, mas com um propósito fundamental de aplicação  da língua inglesa , pois ensinar e aprender, são atitudes que requer posicionamento e só poderá ocorrer a partir do estabelecimento da proposta curricular  e da construção do planejamento pedagógico.
Dadas a influencia da cultura inglesa no país, trazer essa realidade para o planejamento também é um caso a se pensar e se considerar para a construção desta proposta, observando sempre a faixa etária e os anos em questão. Assim  o planejamento curricular seria referencia suficiente e aberta aos professores e técnicos educacionais avaliarem,  analisarem ,  refletirem  e tomarem as decisões , resultando em ampliação ou redução de certos conteúdos e metodologias em função da necessidade de aprendizagem do aluno. Para que tudo ocorra os primeiros passos que o professor de língua inglesa deve tomar é formular e verificar se o planejamento esta adequado aos anos que se quer ministrar. É bom lembrar que os conteúdos podem ser adequados juntamente com os professores de sala para ficarem mais significativos para o aluno. Exemplo: Se o professor do 1º ano  for ministrar no 1º bimestre as formas geométricas, o professor de língua inglesa também o fará, adequando o planejamento e as aulas para que o alunos veja ao mesmo tempo a versão portuguesa e inglesa.
Planejamento das aulas
    A escola geralmente não está preparada com materiais didáticos para as aulas de língua inglesa, sendo assim é bom o professor que planeja suas aulas com antecedência levar em consideração seus alunos e suas deficiências para construir seu material de apoio de acordo com seus conteúdos.
Exemplos: se for trabalhar:
•    Números- confeccionar jogos da memória com os nomes e os números desejados;
•    Cores – jogos que associem as cores com os nomes, balões, formas geométricas, etc...;
•    Partes do corpo – quebra cabeças com os nomes e os desenhos, atividades de encaixar, pintar, montar;
•    Roupas – bonecos de papes para vestir diversas roupas colocar o nome nas peças para poderem associar o nome às peças;

Assim de acordo com a criatividade e necessidade montar seu acervo de inglês. Muitos estudiosos da educação acreditam que aprender brincando é muito bom, somente se tiver significado e relevância educacional, pois a aprendizagem deve se desenvolver com o ensino e não o ensino com a aprendizagem. A decisão de definir os objetivos educacionais para desenvolver a capacidade do aluno é a proposta da disciplina, pode de apresentar numa variedade de comportamentos e visões da língua. O professor pesquisador é condutor da diversidade de metodologias que podem ser empregadas, e tem a sua frente a possibilidade de atender a todos aos seus alunos.

•    O outro passo procurar materiais concretos para que o aluno consiga associar a palavra ao objeto, e que esse objeto seja da vivencia do aluno. Exemplo: se for trabalhar cor traga balões coloridos e escreva os nomes das cores em inglês, e faça uma brincadeira com eles sempre fazendo- os repetir o nome da cor;
•    Procurar músicas que os alunos já conhecem e traduzi – lá para o inglês, assim terão mais interesse em canta – lá, a criança sentem-se mais seguras quando conhecem o que estão cantando. Exemplo: se forem trabalhar os números, a (música dos indiozinhos em inglês) é bem pertinente para eles, à dominação do conteúdo será mais rápida e eficiente estando na ludicidade;
 
•     Trabalhar pinturas e desenhos associando aos nomes em inglês, as crianças gostam muito de desenhar e pintar, trabalham com mais empenho,  interesse e criatividade deixando que a língua inglesa faça parte do seu cotidiano;


Alunos de inclusão


Se houver algum aluno incluso na sala o professor deverá ter um bom jogo de cintura para trabalhar com essa adversidade, pois os professores de língua inglesa trabalham com todos os alunos do 1º ao 5º ano, é bom que tenha sensibilidade para observar qual a melhor forma de alcançar esse aluno, pedir ajuda aos professore das salas multifuncionais é uma boa medida para o auxilio da compreensão desse aluno e preparar uma aula que o alcance também. Se o aluno da sala de aula tiver um professor auxiliar é bom entregar o conteúdo que irá trabalhar uns 2 dias antes da aula para que ele possa se preparar e auxilia- lo durante sua aula. Veja algumas dicas de como trabalhar:

Se o aluno for:

•    Deficiente físico: a aula de atender as suas necessidades físicas, se motoras ou de aprendizado;

•    Deficiente visual: o professor deve coloca- lo na mesa da frente, próximo a ele, falar mais alto, claro e devagar, para o aluno poder entende- lo, chame o sempre perguntando se entendeu e pedindo que ele repita a palavra em inglês e português, interagindo sempre com ele; algumas atividades podem ser em alto relevo para que ele possa tocar e perceber as formas;

•    Deficiente auditivo:  o professor deve coloca- lo na mesa da frente, próximo a ele, falar sempre olhando para ele primeiro e bem devagar  para que ele possa ler seus lábios ou entender seus gestos, mostrando sempre uma figura ou objetos que demonstre a palavra dita;


•    Aluno imperativo: trazer para ele coisas que prendam sua atenção e gere desafios, pois os alunos imperativos geralmente são muito inteligentes e fazem rapidamente suas atividades, ficando com muito tempo livres para correr e falar; é interessante que o professo traga sempre uma atividade a mais para ministrar a esses alunos.

Avaliação


Avaliar a disciplina de língua inglesa assim como as outras  disciplinas TAM suas peculiaridades. Pode-se perguntar o que devemos avaliar no aluno se a disciplina não reprova? , o que devemos levar em consideração dentro do conteúdo da língua que seja relevante para que meu aluno aprenda?, Estas e outras questões passam na mente ,pois dentro de um conceito tradicional de avaliação, o aluno aprende ou não, eu o reprovo ou não,e se não reprovo frustro-me por ter fracassado, mas na realidade não houve fracasso nem do professor ,nem do aluno,pois de alguma forma o aluno assimilou parcialmente que lhe fio ensinado . O que eu quero que meu aluno saiba? Que é tão importante, e que se ele não dominar totalmente o assunto eu o reprovo?.
Se olharmos para uma avaliação tradicional observamos que o principio era de formular e observar se os objetivos propostos pelos professores foram alcançados se cumpridos dentro do que propõe o currículo, com essa visão a avaliação era vista como controladora do conhecimento que o aluno teria que saber para ser aprovado. Será que ainda estamos nesse patamar de avaliação que se iniciou em 1934? , será que uma nota quantitativa reflete o que eu enquanto educadora deveria ter observado no meu aluno? , claro que não, a avaliação deve ser feita para que o professor norteie o seu trabalho e possa refletir sua ação diante de seu aluno, Para isso o professor deve estudar e se preparar, e começar essa mudança pelo seu pensamento e costumes, mudanças são difíceis, mais necessárias, a escola não acompanha as mudanças do mundo, mas se o professor não acompanhar também   começa-se a se perder diante das novidades e transformações que surgem, e se angustia com os resultados.
Então o que se deve observar no aluno que me leve a fazer um diagnóstico preciso de seu desenvolvimento na disciplina de língua  inglesa nas séries iniciais?, Deve-se começar com uma avaliação diagnóstica para nortear seus trabalhos e elaborar as suas aulas.
Exemplo: pode-se iniciar as aulas perguntando o que já sabem de inglês?, Quais os nomes que já conhecem?, etc... , se tiver dificuldades de lembrar  o que avaliar, faça fichas e anote tudo o que quer observar no aluno, e o nome dos que tem mais dificuldade,busque metodologias que diminuam esse problema.lembre-se sempre dos pontos a serem observados nas fichas avaliativas como: percepção visual, auditiva, etc... , ao longo do processo continue a avaliação sempre observando o trabalho das criança, e apontando onde sua aula falhou para reformula-la, mostre ao aluno onde ele acertou e elogie seu trabalho, e se errou mostre o erro e elogie seu trabalho também,assegure-se que o aluno consiga atingir os objetivos propostos na sua aula.
Exemplo: ande sempre pela sala, converse com as crianças, entre em seu mundo sempre motivando- as com elogios, agradecimentos, sorrisos pois as crianças se abrem mais quando percebem a afetividade do professor . Escolha determinadas aulas para avaliar sem que o aluno saiba e se souber sem pressão para que ele resolva melhor suas atividades, observando sempre e anotando em suas fichas se precisarem.
Fazendo isso no decorrer do bimestre você terá, avaliado o aluno, obtém o conceito que deseja  ou nota dependendo do ano,terá avaliado sua aula, aprimorado no decorrer do ano sua prática docente de forma prazerosa, e significativa para o professor e principalmente para o aluno,completando em todas as fases a construção do conhecimento.
Sendo assim mesmo que a disciplina não reprove, não há mais essa necessidade porque você desenvolveu habilidades em seu aluno que não contemple mais essa medida avaliativa ou reprovativa.









    Bibliográfia

•    P.C.N. – Parâmetros Curriculares  Nacionais;
•    Jorge ( 2003) esta citação não está com referencias pois foi retirada de uma leitura não oficial.