DISORTOGRAFIA: A MELHORIA ATRAVÉS DA ATIVIDADE CONJUNTA ENTRE PROFISSIONAIS.

Publicado em 09 de fevereiro de 2014 por Eliete Lopes Matricardi

DISORTOGRAFIA: A MELHORIA ATRAVÉS DA ATIVIDADE CONJUNTA ENTRE PROFISSIONAIS.

Resumo:Este presente Artigo trata de uma reflexão sobre a temática da disortográfia e a importância do trabalho em conjunto dos profissionais educacionais, pacientes   e familiares no diagnóstico,tratamento e superação desta distúrbio. Descrevendo a importância do apoio psicopedagogico para se superar tal dificuldade expressa e identificada geralmente nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Palavras chaves:Disortografia, dificuldade,discente e docente

Abstract: The present article is a reflection on the theme of dysorthographia and the importance of working together educational professionals, patients and families in the diagnosis, treatment and overcoming this disorder. Describing the importance of educational psychology to overcome such difficulty expressed and generally identified in the early grades of elementary school.

INTRODUÇÃO:

Nos dias atuais podemos destacar que há inúmeros casos de transtornos de aprendizagem que compreendem uma incapacidade específica, como disgráfia, dislexia ou discálculia, em sujeitos que manifestam desempenho abaixo do esperado para seu nível de escolaridade e potencial intelectual. Assim, o presente trabalho apresenta de forma mais expressiva a Disortográfia ou Transtorno específico da escrita, que se refere apenas à ortografia, gramática e caligrafia, na ausência de outras dificuldades.  

Segundo Pereira (2009:9) podemos definir a disortografia como uma perturbação que afeta as aptidões da escrita e que se traduz por dificuldades persistentes e recorrentes na capacidade da criança produzir textos

 

Disortografia e a trocas de letras na escrita

Ao observarmos um grupo de alunos do segundo ano ensino fundamental é fácil percebermos que alguns em sua escrita trocam as letras com p\b, t\d, f\v,s\z,j\g entre outras, isto ocorre devido ao som semelhante destes vocábulos, muitos estudiosos afirmam que se a criança apresenta trocas na fala ela levará isso para a escrita, por isso é importante que o docente esteja atento, pois cabe a ele oferecer ao aluno a oportunidade de superar este tipo de problema, dinamizando seu trabalho através de atividades e jogos que o auxiliem a corrigir este erro inicial.

Segundo Belleboni(2013) “esse tipo de troca pode acontecer porque a criança no momento da escrita não consegue perceber qual letra representa o som que esta ouvindo”, com base nas afirmações anteriores pode-se destacar que se este problema persistir no decorrer do segundo ano do Ensino Fundamental deve-se encaminhar o aluno a acompanhamento fonológico, pois os problemas referentes a fala e a pronúncia de certas letras devem ser sanados até os cinco anos, idade inicial para que o aluno ingresse ao ensino escolar.

Este distúrbio de confusão de letras visualmente e foneticamente semelhante é conhecido por disortográfia “a incapacidade  de aprender a usar os processos gráficos para representar na escrita a linguagem oral”(Bellebone,2013), esta dificuldade vem a ser causada por diversos motivos entre eles podemos destacar: uma aprendizagem ou alfabetização incorreta, um déficit de memória auditiva e visual, déficit ou imaturidade intelectual ou dificuldades espaço temporal. Encontra-se entre os principais erros de escrita presentes em alunos disortográficos a confusão entre letras auditivamente semelhantes, como p\b, t\d, f\v,s\z,j\g.

Pode ser citada como sintomas de disortográfica a falta de vontade de escrever, a escrita de textos reduzidos, a troca de letras que são semelhante s graficamente e foneticamente , isto porque a criança escreve da mesma forma que ela fala, sendo a grafia na maioria das vezes a transição exata de sua fala.

Na busca por auxiliar e ajudar os sujeitos com disortográfia são indicados a seguir atividades que suavizam esta dificuldade, são jogos presentes na internet que visam melhorar e auxiliar aos pacientes com tais sintomas.

http://www.nossoclubinho.com.br/jogos-educativos-ditado/

http://www.nossoclubinho.com.br/jogo-infantil-corrida-v-e-f/

http://www.nossoclubinho.com.br/jogo-da-forca-ortografia-b-p/

http://www.smartkids.com.br/jogos-educativos/ditado.html

 http://www.escolagames.com.br/jogos/pescaLetras/

http://www.escolagames.com.br/jogos/formaPalavras/

Esses jogos indicados funcionam como estímulos na busca por solucionar este tipo de dificuldade podendo ser classificado como jogos de regras pois nele está presente o prazer do exercícios “o lúdico do simbolismo, a alegria do domínio de categorias espaciais e temporais, os limites que as regras determinam...”Lopes(2013), tendo como objetivo principal trabalhar aspectos ortográficos voltado para a aprendizagem da gramática forma significativa.

Lopes(2013) defende a necessidade da inclusão de jogos, na escola, isto porque estudos apontam que eles auxiliam na aproximação entre aluno e professor, proporcionando assim a possibilidade do planejamento de atividades adequadas para um melhor processo de aprendizagem, isto porque o uso de jogos em atividades no ambiente escolar garante  um aprender prazeroso tão fundamental para aquele que ensina quanto para aquele que aprende.

Portanto ao inserirmos o jogo como método de ensino e diagnóstico psicopedagógico estamos utilizando uma estratégias que levam o paciente\aprendiz a pensar sobre o seu  e construir estratégias para pensamento e construir  para resolver seus problemas isto porque segundo Lopes (2013) “o jogar e o aprender caminham paralelamente”.

Ao utilizarmos jogos on-line estamos unindo a realidade tecnológica atual,  a que o aluno esta inserido, ao objetivo principal da comunidade escolar que é criar condições  que a estimulem o aluno a participar de sua construção de conhecimento garantindo assim sua aprendizagem  de forma dinâmica e prazerosa segundo Lopes(2013)com o uso do computador  “estimulando  o raciocínio lógico, através da mediação e de uma situação apresentada levamos  a criança  a atingir o objetivo proposto em uma atividade ou jogo”Lopes(2013), levando o aluno a analisar as estratégias a se seguir , o que ser feito para se alcançar a  solução , estimulando o discente a se organizar, planejar antes de responder e iniciar a ação presente no jogo, a criança é levada a observar a situação e decidir quando deve ler, interpretar e descobrir a resposta para então prosseguir no jogo.

Portanto, cabe aos profissionais envolvidos cm os alunos que apresentam tal dificuldade a escolha da intervenção mais adequada não se esquecendo de levar em  consideração a mais variadas teorias da aprendizagem, adotando e promovendo atividades que utilizem objetivo determinado, incentivando, estimulando e ajudando o discente na superação de suas dificuldades.

Portanto para se superar tal dificuldade é necessário um trabalho em conjunto onde professor, fonoaudiólogo e psicopedagogo trabalhem em busca de um bem comum que é a detecção da razão do problema e o planejamento das atividades que levarão o paciente a superação de suas dificuldades, visando principalmente estimulá-lo a leitura e a escrita de uma forma dinâmica e divertida utilizando-se de ferramentas variadas como jogos, dinâmicas e encenações, pois é principalmente através da leitura que o individuo experimenta novas palavras.

Bibliografia:

PEREIRA,  Rafael.  Dislexia  e  disortografia  -  Programa  de  intervenção.Montigo: Humanity Friends Book, 2009

FERRAZ. Leandra Vaz Fernandes C. Dificuldade de Aprendizagem: a psicomotricidade em foco.Site:http://www.ebah.com.br/content/ABAAABWsoAJ/dificuldade-aprendizagem-a-psicomotricidade-foco.

BELLEBONI .Aline B. Simoni . CASA OU CAZA? VAVALO OU CAVALO Publicado em 15/10/2006.Site: Publicado em 15/10/2006. http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=538

BELLEBONI .Aline B. Simoni . Trocas_de_letras_na_escrita . Publicado em 19/11/2013 .Site : http://www.fonoaudiolu.com.br/trocas_de_letras_na_escrita.htm

LOPES.Sandra Armôa. “MODELO PARA ORIENTAÇÂO DO TRABALHO DO PSIOPEDAGOGO”.In:Apostila Curso de Psicopedagogia Unigranet.Dourados,MS:CEAD,2013.

COELHO.Ana Silvia  Borges Figueiral. “A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGCA NA PARCERIA COM OS PROFESSORES” In:Apostila Curso de Psicopedagogia Unigranet.Dourados,MS:CEAD,2013.Pá’ginas:17 à 31.