A Síndrome de Sjögren (SS) é uma doença sistêmica inflamatória crônica, de provável etiologia auto-imune, mundialmente distribuída. As glândulas lacrimais e salivares são os principais órgãos afetados pela infiltração linfo-plasmocitária, originando disfunções que desencadeiam quadro clássico de xeroftalmia e xerostomia. Outras glândulas exócrinas também podem ser acometidas como o pâncreas, glândulas sudoríparas, glândulas mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e urogenital. A necessidade da saúde oral para a saúde sistêmica e para a qualidade de vida em pacientes com Síndrome de Sjögren tem adquirido importância crescente na assistência de enfermagem. Ainda que muitos estudos tenham abordado a qualidade de vida geral nesse quadro patológico, existe ainda pouca informação sobre o impacto da saúde oral sobre a saúde sistêmica, e as relações entre a saúde oral orientada pela equipe de enfermagem, a saúde geral e as medidas de intervenção de enfermagem. Frente aos impactos que a disfunção salivar pode causar em pacientes com Síndrome de Sjögren e o papel essencial da enfermagem na saúde oral e incentivo do autocuidado, este estudo objetiva propor diretrizes técnico-científicas que minimizem o dano potencial da disfunção salivar e que proporcionem a qualidade de vida oral e geral em pacientes com a Síndrome de Sjögren. O procedimento metodológico adotado para a realização desse estudo foi a pesquisa bibliográfica em acervo da Biblioteca João Paulo II da FASER e da Biblioteca Central da UFPB, além de sites de área de pesquisa em ciência, periódicos e publicações científicas, no período de 5 a 29 de setembro de 2008. Conclui-se que é essencial que a enfermagem esteja presente na promoção da qualidade de vida do paciente portador de Síndrome de Sjögren, ajudando a esse paciente na busca pelo seu autocuidado e manutenção do bem-estar.

 

Palavras-chave: Síndrome de Sjögren, saúde oral, autocuidado, assistência de enfermagem