Discurso inaugural para a Matéria Eletiva de Pré-Iniciação Científica, ministrada pelo Professor Clayton Alexandre Zocarato auxiliado pela Professora Edna Rosa Ribeiro apresentada no dia 04 de agosto de 2014 na Escola Estadual de Ensino Integral Shirley Camargo Von Zuben, de Novo Horizonte – SP. A ciência, dádiva de escravos sem fim daqueles que não se conformam pelo comum. Que buscam na loucura da existência humana, um sentido de verdade para as maléficas condições de julgamento do homem pelo próprio homem, em um caminho a melindrar um jugo de esperança para os famintos e carentes. Que na racionalidade de sua irracionalidade, deseja que homens sejam homens verdadede , não espectros do que algum dia teve a áurea espiritual de ser chamado de imagem e semelhança de Deus. Fazemos filosofias que não entendemos, experiências sem sentido real de importância de amparo para o próximo, e julgamos como verdades eternas, em simulacros de rusgas entre o certo e o errado, buscando nas dementes situações de um ensino caótico algum estereótipo de verdade, que venha a fazer de nossas angústias um pequeno salto para compreensão de nós mesmos. Sorte daquele que um dia, usou a ciência somente como uma forma a promover o bem entre seus semelhantes, e assim realizou estudos aos quais só o simples fato de tentar algo de diferente, já poderia ser comparado à maior gloria de sua jornada pelo bosque da humanidade compreensiva em que vive, comparado a um general no campo de batalha comemorando um combate bem realizado. De batalhas é feita a vida, ou a vida já é uma longa e penosa batalha? A quem cabe responder isso? Entre a ignorância estridente em coadunar lampejos de conhecimentos ovacionados a destruição, o aprendizado oferecido pelo velho sábio que é a vida, que por tão mórbida que venha a existência a ser constituída em determinados momentos, o sol sempre estará para anunciar uma nova aurora de sonhos realçados à ternura e fraternidade entre diferentes povos. Não cabe ao saber, fazer a cada indivíduo a amar incondicionalmente, pois ensinamos a amar o que gostamos e julgamos belo, delimitando novas monstruosidades de preconceitos que caminham para assombrar a mente humana, vítima de algozes devaneios em elixir uma sabedoria que promulgue a liberdade de opinião como sendo uma brincadeira infantil em inventar lugares que somente existam no ser particular de cada criança, voltando a oferecer inocência, para um aprendizado de normas e técnicas, que façam o saber científico sair de sua face monstruosa doravante aos seus cruéis estrados de valorização de uma classe humana sobre a outra. Não importa quem pergunte análise, quem fale, quem pense quem leia quem argumente, quem indague, e sim quem tenha a audácia de levar a verdade no amparo dos mais necessitados e assim retire as mazelas cometidas por mentes insanas, defronte seus delírios a julgarem-se como senhores do tempo, fazendo do divino sufrágio do conhecimento armas para dominação e exclusão de seus semelhantes. Monstros existiram sempre, aprenda a dominar o que existe dentro de você, aliás, todo o médico tem um pouco de monstruosidade, igual a toda Cinderela tem o seu príncipe, assim como todo professor tem o seu estudante, assim como todo o filósofo tem seu pensamento. Nem todo o filósofo é louco, e nem todo monstro é monstruoso, e nem todo o cientista é louco, e nem todo professor não tem algo que não possa ser ensinado e melhorado. Para pensar precisa ser um pouco louco e transformasse em um monstro para o conhecimento, e você gostaria de transformar em um monstro da pesquisa científica? A ciência espera por você, todo o filosofo tem um pouco de pesquisador, e todo o pesquisador tem um pouco de filosofo, esperamos convidarmos nossos estudantes para um pequeno passeio pelo universo sem fronteiras do saber. A eletiva de iniciação científica vos espera!