A expressão discurso de ódio tem como significado o discurso que promove e incita a discriminação ou violência contra uma só pessoa ou um grupo de pessoas em virtude de sua raça, nacionalidade, religião, gênero, orientação sexual, condição física ou qualquer outra características de um determinado grupo. Este discurso é usado para perseguir, insultar e justificar a privação de direitos humanos, e quando levado de um modo mais extremo, pode dar razão à homicídios e genocídios.

Diante de diversas experiências mundiais em relação ao discurso de ódio, remetem-se principalmente ao Holocausto na Alemanha Nazista, onde iniciou-se de um modo mais efetivo a preocupação com as consequências nocivas de tais discursos e a necessidade de se criarem legislações que impedissem sua disseminação.

O crescimento dos crimes de ódio atualmente é um fenômeno global. A qual se sustenta em preconceitos e valores fundamentalistas, há a necessidade de apontar o aumento dessa violência em diversos lugares, justamente no momento em que se explodem os meios de comunicações que, em tese, deveria garantir maior acesso à informação.

Podemos com a observação do espectro brasileiro atual, onde se vê uma polarização principalmente em relação aos ditos “homens de bem” e os que não o são, perceber um forte discurso de ódio e de preconceito, não poderemos, porém, deixar de questionar o papel dos meios de comunicação de massa nesses fatos, ou mesmo da ação de alguns representantes nos Parlamentos e da própria ação militar na disseminação deste preconceito.

A finalidade deste discurso incitado pela grande mídia é encaminhar a população a referenciar seus protegidos em contraponto atingir todos que não se curvam a seus interesses. Sendo que o simples fato de se manifestar opinião contrária à dos ofensores ou dos grandes meios de comunicação também resulta ameaças, perseguições e agressões. A internet, que deveria ser o meio da disseminação das informações transformadoras, tem sido outro meio de propagação de violência moral, étnica, sexual e simbólica.

Dessa forma, o objetivo desse discurso de ódio é a sociedade aceitar e reproduzir os valores conservadores introduzidos no subconsciente todos os dias pelo rádio, televisão ou internet. Sendo o objetivo dos que defendem os Direitos Humanos, não deixar que tudo se transforme num discurso raso e primitivo, que afirma e introjeta a ideia de que os direitos humanos são coisas dos que se ocupam em defender os marginais. E o mais grave de todos os argumentos “Direitos Humanos para Humanos Direitos” os quais tentam nos fazer esquecer que, sob tal concepção os negros escravos eram considerados pelos escravistas como sem alma, eram algo, coisa; da mesma forma como as mulheres em muitos lugares, ainda são, algo, coisa.

CAMPOS, Alice. Discurso de ódio, violência e mídia. Disponível em:< http://www.brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/4432/nome/Discurso_de_odio__violencia_e_midia> Acesso em: 20 de agosto de 2015.

MEDEIROS, Sérgio. A banalização do discurso do ódio e o papel da mídia. Disponível em: <http://jornalggn.com.br/fora-pauta/a-banalizacao-do-discurso-do-odio-e-o-papel-da-midia> Acesso em: 20 de agosto de 2015.

MIRANDA, Sandro Ari Andrade de. As máquinas de vender intolerância e preconceito. Disponível em: <http://abarbosafilho.blogspot.com.br/2015/07/discurso-de-odio-e-midia-mundial.html> Acesso em: 20 de agosto de 2015.