DISCORRENDO MAIS SOBRE AS DROGAS

Como pai que sou, desejo que meus filhos me escutem como alguém que quer orientá-los. Nenhum pai quer ver seu filho em caminhos errados. E neste querer desejo instruir o caminho em que meu filhodeva andar.

Devemos neste sentido, ver Deus como Pai e não somente como Deus. Muitos só o querem ver como Deus. Como Pai, é necessário ouvir, e ouvir Deus como Pai, é para aquele que se deixa ser Filho de Deus. Negar-se a si mesmo não é fácil.

Deus como Pai, diz a todo indivíduo:- FILHO MEU, DÁ-ME O TEU CORAÇÃO.

Fiz uma pergunta a um ex-drogado, hoje conhecedor da Palavra de Deus:

-Droga é espiritual ou obra da carne?

Disse-me ele:

-Primeiro é espiritual, pois tudo quanto vai contra a criatura de Deus, é por força espiritual, logo a droga épor ação espiritual contrária a Deus e sua soberania.

-Segundo, torna-se carnal, pois, pela influência da carne que milita contra o espírito, é prazeroso. Não há como negar que a droga causa prazer. Passageiro sim, mas causa, depois do seu efeito passageiro, causa um profundo vazio, quando o usuário constata que aquele momento foi de ilusão. Procurando mais e mais o preenchimento do grande vazio da sua alma. Encontrando algo que supre momentaneamente sua euforia e desejo, que nem mesmo ele sabe entender ou explicar.

Perguntei: Por que isto ocorre?

- Respondeu-me ele: Falta a ação do Espírito Santo na vida do homem. Só Deus preenche esta necessidade humana, mas o homem não se dá conta desta necessidade, pois o espírito do engano cega o entendimento humano e o homem sem Deus, é como um tempo sem volta, não é dono de si mesmo.

Perguntei: Como resolver isto?

- Reponde-me ele: Colocando Jesus Cristo em seu ser. A medida que este homem for conhecendo a Jesus, ele vai se preenchendo da ação do Espírito Santo e automaticamente sua necessidades vão sendo preenchidas.

2ª Coríntios 4.3Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.

O flagelo do século tem chegado às nossas portas com tamanha  força que as nações se posicionam ao combate como se participasse de uma guerra. Guerra que acontece pelos becos, pelos escuros das ruas e praças de nossas cidades. Guerra contra o descaso, o abandono, da sobrevivência de alguns,  e da fortuna fácil de outros, e para isto ocorra faz do semelhante escravo, um morto vivo no meio da sociedade.

A droga como meio momentâneo de fuga tem aprisionado sonhos e feito famílias mercê da sua própria sorte.

Governos gastam milhões de dólares em toda a terra, procurando com suas forças a erradicação deste mal. Se Deus não tiver no meio deste assunto, o homem fatalmente retorna ao seu uso. Raramente há as exceções e dependendo do caráter e o meio em quea pessoa está, acontece dela se libertar da sua ilusão.

Droga não é somente a maconha, à cocaína, o craque, o haxixe, o LSD, o ecstasy e tantos outros alucinógenos de efeito retardado e de vício imediato. Em alguns países algumas drogas são tidas como permissivas e em outras já há a diferença, lá, é crime social o consumo de bebidas em público. No Brasil, o álcool, agora, passou a ser  encarado como danoso, mas ainda assim, é vendido livremente em supermercados elojas de "CONVENIÊNCIAS". Que dizer do cigarro? Um vício que numa ponta da produção tem subsídio do governo, quando financia por órgãos oficiais uma lavoura rentável de folhas de fumo, onde a terra deixa de ter o seu papel principal que é a produção de alimento para a vida, enquanto a fazem produzir para a morte.

O que fazer quando somos atingidos na intenção de traficantes e comerciários?

A Palavra de Deus fala que devemos não nos conformar com as coisas deste século, mas transformarmo-nos da mente para que possamos experimentar qual seja a boa e agradável vontade do Senhor.

Sabemos que não há pessoa que não tenha conhecimento de alguém envolvido com drogas e seus nefastos danos. Se não temos um parente, temos um vizinho, um amigo, um filho de um amigo, enfim, é o mal presente em forma de "artifício ilusório". Algo que adentra em nossas casas, em nossas escolas, em nosso trabalho, em nossas diversões, e sem consideração, até nas nossas igrejas, causando aborrecimentos  às famílias e seus membros. O tráfico é implacável à vida da pessoa envolvida com ele.

Em junho de 1998 o Brasil  criou uma secretaria, atrelada à Presidência da República , e a casa militar, assinando na ocasião um compromisso de que em dez anos, erradicaria em seu território o mal representado pelas drogas. Não acabou, e aumentou consideravelmente daquele ano para cá, o consumo, o tráfico e o aparecimento de outras  substâncias em seu território.

Hoje, qualquer cidade tem seus usuários e o comércio de produtos nefasto à vida, o que era até então "privilégio" dos grandes centros, como Rio , São Paulo, Porto Alegre, Bahia, passou a invadir toda nação.

A igreja, neste contexto todo, busca fazer o seu papel de ensinar contra, apregoando valores, princípios de uma forma diferente à razão das pessoas,  incutindo na mente dos seus ouvintes, algo, que o governo não consegue, afastando os seus jovens das práticas  com a criminalidade. Entretanto, muito pouca coisa se tem  procurado saber para poder orientar no meio evangélico.

É até agora, tido como sem razão e até sem sentido falar às pessoas crentes, que  o problema de drogas não alcança as famílias que da fé participam. Ledo engano, ou porque não dizer displicência.

Segundo relatórios da ONU, estima-se que há no Brasil hoje, 870.000 drogados contumazes, sem contar os usuários  ocasionais. É muita gente se perdendo pelas ilusões passageiras.

Necessário é, que envolvamos nossa juventude com algo sadio e produtivo, como as atividades esportivas, ações comunitárias, além da meditação às praticas religiosas, pois 

o  jovem busca e precisa saber viver a vida não como  um cabeça "oca", mas como alguém que participa e vive numa sociedade. Não há como fugir disso, ou simplesmente seremos taxados de pessoas alheias ao mundo. E não somos assim, vivemos no mundo , mas não podemos nos igualar ao mundo. É diferente e há a diferença.

Podemos citar 3 frentes de atuação da igreja:

1)- A igreja deve estar envolvida como instrumento de orientação social e política, tanto individual como coletiva, fazendo com que o indivíduo que dela participe, entenda o processo, tanto da  vida cristã como de ser um cidadão que é um orientador em potencial, eis que sendo chefe de família deverá orientar sua família, ou que sendo jovem, constituirá  família.

2)- A Igreja deve investir seus recursos de conhecimento para que os seus jovens venham desenvolver atitudes de transformação, passandoprimeiro em aceitação como  indivíduo que precisa de ajuda, para poder inclusive, sobreviver no meio em que atua.

3)- A Igreja de colaborar com a ação social do Estado, propiciando  que as famílias envolvidas, cortem seus vínculos com este terrorismo, proclamando a dignidade e os direitos dos indivíduos como cidadãos que almejam mudanças de hábitos e costumes.

Eis que toda mudança, tem que  passar por alterações de costumes para adquirir novos hábitos.

Somos todos implicados em novas ações e todas passam pelo tão famoso IDE, ao transmitir novas posturas humanas, estamos educando a pessoa  a dar uma resposta contra o pecado. Aquele que se aproxima de Deus, deve desenvolver seu papel de agente transformador da humanidade LUZ DO MUNDO E SAL DA TERRA. O homem que desprezar a autoridade da Palavra de Deus é preza fácil de toda sorte de engano causador da desordem pública social.

Podemos pensar que o evangelho está avançando com dificuldades. Mas realmente, o que temos feito em sermos agentes de transformações sociais? Ou só queremos transformar a Igreja, como se fossemos nós que a transformássemos? O que cabe a nós como agentes que deve propagar a Luz a toda criatura?

Cumpre a nós, pais e líderes, educadores, agentes de transformação, aceitarmos nossa responsabilidade sobre todo ser vivente sobre este planeta. Como povo de Deus, devemos  erguer uma geração que tenha princípios na Palavra de Deus, objetivando mostrar o Reino de Deus como a Justa Justiça da esperança das nações.

Falar em mudança implica saber onde está a causa  do efeito e considerar que possa estar naquele que aponta o erro em vez do acusado. É difícil constatar isto? É.

Alguns  jovens pensam que é feio, é fora de moda, ser diferente da turma, "ficar careta"dado ao meio em que  vivem e desenvolvem suas amizades.

Vergonhoso, é ver estas pessoas, escondidas pelas ruas escuras e cemitérios se drogando, sem que façamos nada contra sua auto-flagelação. Sim, drogar-se é como AUTO PUNIR-SE, mesmo que não tenham esta consciência, ou quem sabe, amanhecer bêbado em algum lugar sem saber o que se lhe passou na noite anterior.  Devemos procurar orientar  que se o indivíduo não consegue ficar sem tomar um copo de bebida por dia, esta pessoa está precisando de ajuda, pois aquele negócio de deixar aos poucos não funciona sem que haja mudança de pensamento em que se tenha que mudar hábitos.

Há pouco material de fácil acesso  ao assunto "drogas". Poucas pessoas se interessam em saber mais sobre este problema. Geralmente o problema é do drogado e não se leva em conta a família deste. Dentro das igrejas, o assunto quase que ou nada é  abordado. E as drogas tem  alcançado às suas portas. 

Falar em drogas é deveras complicado, pois fere em muito as convicções religiosas. Mas por ser de influência demoníaca torna-se necessário explanar sobre este tema nos nossos púlpitos, pois ainda estamos aqui e enquanto estivermos devemos crescer neste conhecimento, sabendo nos precaver contra as astúcias do inimigo, principalmente com o povo de Deus.

Valdir Carvalho – Cascavel - Pr  12.11.2008