A questão relacionada a Disciplina e a Indisciplina na sala de aula tem sido um assunto preocupante para gestores, professores, em fim, para toda a educação brasileira nos últimos anos.  Pensar em indisciplina ou em disciplina nos remete a pensar em comportamento ou em ações comportamentais que caracterizam um ato disciplinar ou indisciplinar.  De acordo com a visão Piagetiana, para que ambas ocorram, é necessário que exista a interação do indivíduo com o ambiente para que possa ser construída e evoluída de dentro do próprio sujeito, necessitando assim da influencia de outros seres agentes. Vale lembrar que o entendimento deste conceito está ligado com as fases do desenvolvimento moral da criança (desenvolvimento de anomia, heteronomia e autonomia). Como retrata PIAGET (1999,p.3), “para que as realidades morais se constituam é necessário uma disciplina normativa, e para que essa disciplina se constitua é necessário que os indivíduos estabeleçam relações uns com os outros”.

            Deve-se entender que mais do que investigar os motivos da indisciplina, deve-se averiguar as relações afetivas, emocionais e psicológicas, para que daí estabeleça  limites que possam ser assegurados a partir da intervenção de todos que rodeiam esse aluno e que possam ser entendidos pelos mesmos, porque disciplina não se impõe, se conquista, e não com autoritarismo, mas com autoridade.

A possibilidade do professor fazer com que os alunos formem o seu caráter através do treino mental, faz com que o mediador exponha o conjunto de leis, normas e padrões de comportamentos que visam ser deferidos, formando assim um conjunto de valores atribuídos para quem se adequa ou escapa aos padrões estabelecidos.
Essa reflexão, nos leva a possuir saberes pertinentes a este respeito, entendendo ainda que o processo de aprendizagem se caracteriza como eficiente quando a indisciplina está fora do caminho do conhecimento cultural e cognitivo do aluno, sendo a disciplina uma condição necessária para a produção da aprendizagem