Direitos e deveres
Publicado em 24 de junho de 2009 por Romano Dazzi
DIREITOS E DEVERES
De Romano Dazzi
Cai um muro, um córrego extravasa, tomba uma arvore, no meio de uma rua aparece um buraco que engole três carros.
É descaso do poder público. Será ?
Somos uma sociedade, na qual cada um TEM QUE FAZER o possível para o bem comum.
Se começa um incêndio, todos devem correr para ajudar a apagá-lo.
Se um córrego está mal canalizado, temos que tentar ajeitá-lo.
Se ninguém fizer nada, o Estado vem, se encarrega de tudo, faz mal feito, e caro, e demorado e no fim cobra dez vezes o que a obra custou.
Ainda não adivinhamos porque o estado, nos Países atrasados, é cada vez maior, mais voraz, mais incompetente ?
É porque somos nós, que não mexemos uma palha e ficamos gritando por ajuda o tempo todo.
O estado está grande e forte e nos tira o que temos e tudo o que podemos produzir, porque somos ineptos e incapazes.
Os pais de família devem fazer suas próprias escolas, com suas próprias mãos, com os poucos meios de que dispõem; as mães devem dedicar um pouco de tempo à limpeza, à conservação.
Uma pincelada aqui um prego ali, fazem com que as pessoas percebam que elas são as donas, de verdade, desse patrimônio.
E este trabalho humilde mas produtivo fará com que os seus filhos sintam orgulho dos pais, carinho pela escola, respeito pelas paredes, pelas vidraças e pelas carteiras, que custaram suor de verdade..
Para que esta consciência da obrigação para com o grupo social em que se encontram se espalhe, se multiplique e passe a ser imitado por todo o lado.
Esta é a única arma que temos contra os destruidores, os vândalos e os violentos, que nos odeiam e nos amaldiçoam, mas que no fim nos invejam e gostariam de participar.
Na constituição se fala muito de direitos e quase nada dos deveres.
Vamos mudar isso.
Em primeiro lugar, para ter o direito de conviver em sociedade, qualquer um de nós deve tornar-se um animal socializado.
Deve se dar bem com os outros, deve aprender a respeitar os direitos , a propriedade, a paz, a cultura de cada um .
Depois, deve aprender a trabalhar, a gostar de trabalhar, para ser útil aos outros e ter o direito de compartilhar o grupo social. .
Deve ser limpo e limpar o seu canto, deve aprender o quanto puder, deve descansar só quando tiver cumprido o seu dever.
O dia em que todos trabalharmos, com gosto e com orgulho, não precisaremos mais do estado.
Este enorme rato, que hoje corrói nossas vidas e que entra em todos os pormenores de nossos pensamentos e de nossas ações, se reduzirá a um mero fiscal, sem motivos para ganhar salário.
O estado menor, mas com todos trabalhando e colocando o “ser” acima do “ter”, deve ser a nossa grande ambição, o nosso objetivo principal..