A dinâmica de grupo é a quarta parte do processo e é uma das mais fortes ferramentas de seleção de pessoal da atualidade, para as grandes empresas e para as pequenas. Ela pretende identificar o elemento dinâmico, como o relacionamento com as pessoas, com os clientes e com os colegas de trabalho, e verifica se o candidato tem um bom desembaraço.

Na dinâmica de grupo não se mede ou avalia os conhecimentos técnicos inerente ao cargo, e sim, na maioria dos casos, a capacidade que cada um tem de expressar sua idéia, a liderança e a capacidade de se relacionar em grupo, uma vez que a empresa é um agrupamento de pessoas com determinado objetivo a ser alcançado. E por isso é preciso que cada um esteja sincronizado com o todo, evitando conflitos e perda desnecessária de tempo.

Considerando que o homem é um ser social, ele precisa saber viver em grupo, saber receber e dar ordens e respeitar o grupo a que pertence.

A dinâmica de grupo é importante quando se vai contratar um número grande de funcionários para o mesmo setor, pois eles irão se revelar nas ativi­dades, surgindo o conhecimento, a apresentação e o respeito mútuos. Através dela podemos entender as atitudes de cada um no processo e ver seus suces­sos ou fracassos. Claro que não é 100% da seleção, mas ajuda em torno de 80% de todo o processo seletivo.

Com a técnica da dinâmica de grupo dá para ver de cara quem é extrovertido, introvertido ou acanhado. Quem é líder nato, brincalhão, sério demais, quem coopera, dá idéias novas, ajuda, entre outras qualidades e defeitos, como os impacientes, nervosos, anti-sociais, os que geram apatia, conflitos e até discussões.

É importante que a dinâmica de grupo seja realizada por um período superior a 4 horas, para que haja maior interação dos membros do grupo, pois quanto maior a interação, maior será o desenvolvimento e a espontaneidade de cada um no grupo. E quanto mais espontâneo for o candidato, mais solto fica, abaixando a guarda, o escudo de proteção, e revelando seus dons, qualidades e defeitos.

Quando estamos nervosos ou com medo é porque alguma coisa fora do comum está acontecendo, que pode ser:

 • Não estamos preparados, não acreditamos em nós mesmos.

• Não possuímos determinadas qualidades para o cargo, somos irres­pon­sáveis, vivemos pressões externas das mais variadas, como dos pais, irmãos, amigos e da própria sociedade. Como no dia-a-dia do tra­ba­lho, que será, com o passar do tempo, um meio normal para o can­didato, onde ele já estará adaptado, e suas qualidades e defeitos surgirão.

 Estas qualidades e defeitos dependendo da política da empresa pode ser favorável ou desfavorável. Um exemplo típico disto é uma empresa que não negocia com os funcionários, impondo salários, horários e não tem uma escala de promoção, nunca poderá contratar um funcionário que tem no sangue características de liderança, que sabe brigar por seus direitos, pois logo que entrar irá “fazer a cabeça de todos” para lutar por melhores salários, horas “extras” entre outros. Por outro lado, uma empresa não ira contratar um candidato que seja acanhado, introvertido, que não consegue colocar suas idéias ou ordens para ocupar um cargo de líder, de gerência, de direção, pois não conseguirá envolver todo o grupo para realização das tarefas em harmonia. Ou, se conseguir, será através de muitos conflitos, perda de tempo e descontamento.

Por esta razão a Dinâmica de Grupo é hoje uma pratica que abrange quase que a totalidade das empresas no recrutamento de pessoal.

Elísio Lopes Batista, é autor do livro O Sucesso da Empregabilidade, foi diretor do Centro Educacional Promove em Manaus por 10 anos, hoje é conselheiro para aqueles que querem melhor o seu Marketing Profissional.

Dirige a imobiliária Elísio Imóveis  e dá palestra sobre o tema da Empregabilidade.

Livro O Sucesso da Empregabilidade

 ISBN 978-85-89909-46-4