Dificuldades

Encontramos dificuldades todos os dias e aos montes. Umas menores e fáceis de serem ultrapassadas, outras, que necessitam um pouco mais de nossa atenção. Mas existem algumas que parecem ser intransponíveis, duradouras, e que nos causa enorme e amargo sofrimento.

Dias que parecem intermináveis, esgotam nossa paciência e longaminidade.

Não importa qual a origem deste sofrimento, seja ele oriundo da saúde, questões financeiras, ou até mesmo amorosa. Sempre, mas sempre tomará nosso sossego.

Uns aumentam o apetite, outros o perdem, alguns deixam de conseguir dormir, ou seja, existem sintomas variados, que são nada mais que a resposta de nossos corpos à amargura.

É incrível como cada um reage frente suas próprias tormentas, mas acredito que um sintoma é comum a todos nós, a tristeza e abatimento, que concomitantemente, faz com que percamos toda nossa autoestima, tornando-nos desconfiados e desacreditados.

Uma coisa me chama a atenção. Muitos de nossos problemas temos a plena certeza de que serão ultrapassados, contudo, obviamente, não sabemos o momento, porém a certeza temos. Mas mesmo assim insistimos em nos desesperar, chorar e clamar que os dias ruins possam ser abreviados.

Tais situações são nitidamente semelhantes a que Moisés passou ao ter de retirar o povo israelita da escravidão a qual eram submetidos no Egito.

Naquela ocasião, os israelitas, assim como Moisés, tinham plena convicção de que deixar o sofrimento da escravatura egípcia era o melhor caminho a ser adotado.

Porém quando perceberam que o Faraó e sua tropa de elite do exército estavam lhes seguindo, começaram a duvidar de que sairiam ilesos da antiga realidade.

Não conseguiam perceber que quer estava no controle da situação era o Senhor Deus. E assim fizeram que Moisés rogasse a Deus por misericórdia.

Contudo, Deus, numa das mais brilhantes e marcantes respostas, respondeu assim o pedido de Moisés: “Por que você está me pedindo ajuda? Diga ao povo que marche.” (EX 14:15).

Nesta oportunidade, Deus parece ser satírico e debochado, menosprezando o medo da morte que o povo estava sentindo.

Toda via, notamos que imediatamente, determina que o povo mantenha a marcha a diante, avocando toda a responsabilidade de resolver os possíveis entraves vindouros.

Ou seja, o Senhor Deus, chamou para si a responsabilidade de cuidar de seu povo, privando-lhes de qualquer problema.

Percebe-se que Deus em momento algum diz que não sofreriam com alguns entraves, mas lhes dá a garantia de que sairiam vencedores.

Desta forma, podemos ver que costumeiramente somos similares ao povo israelita, que sabe que tem um Deus no controle, mas não consegue enxergar que o mesmo tem o poder de resolver da melhor forma.

Confie, acredite, marche, Deus está sempre no controle.