DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA LEITURA E NA ESCRITA NAS SÉRIES INCIAIS

 

Cíntia Marques Andreatti Parreira

Profª. Drª. Olímpia Maluf Souza (Orientadora)

Profª. Ms. Maria da Penha Fornanciari Antunes (Corientadora)

 

 

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo indicar as dificuldades apresentadas por alunos durante a aprendizagem da leitura e escrita no início da alfabetização; vista num panorama da leitura e escrita. Inicialmente, trata-se de contextualizar a leitura e escrita historicamente e a segunda parte descreve as dificuldades de aprendizagem encontradas nas séries iniciais da escola-campo, enquanto que a terceira parte dedica-se a análise dos dados coletados. Esta pesquisa se baseia em referenciais bibliográficos que buscam, portanto, identificar e explicar as diferentes dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita e as soluções possíveis para tais dificuldades. Através dessa pesquisa pudemos discutir alguns fatores que podem causar dificuldades na aprendizagem, dentre eles: a falta de interesse dos alunos, falta de motivação profissional e qualificação e falta de participação familiar na educação de seus filhos.

 

PALAVRAS CHAVES: Aprendizagem; Leitura; Escrita; Problemas de Aprendizagem.

 

INTRODUÇÃO

O presente estudo analisa o processo de aquisição da leitura e da escrita, enfatizando as principais dificuldades que os professores e alunos enfrentam nesse momento de aprendizagem. 

Assim, o nosso principal objetivo neste trabalho foi o de verificar as causas das dificuldades na leitura e na escrita, durante o processo de alfabetização, sobretudo nas séries iniciais.

Para a realização desta pesquisa pude contar com a colaboração de professores e coordenadores da Escola Estadual Pedro Galhardo Garcia, da cidade de Mirassol D’Oeste, em Mato Grosso. A pesquisa está dividida em três capítulos, sendo que o primeiro trata de apresentar a história da escrita e da leitura, demonstrando o seu trajeto histórico-ideológico.

No segundo capítulo, apresentamos as dificuldades encontradas por professores e alunos das séries iniciais da escola-campo. O terceiro capítulo aborda as medidas que estão sendo tomadas pela instituição educacional do município de Mirassol D’Oeste.

Assim, o propósito desse estudo foi o de identificar, abordar e questionar algumas dificuldades de leitura e de escrita encontrados por professores e alunos de séries iniciais, buscando contribuir com a reflexão sobre a formação de alunos cidadãos, inteligentes e disciplinados, bem como, com o preparo de professores para enfrentar os desafios mais comuns de uma sala de aula, com relação ao tema abordado.

 

CAPÍTULO I

1 A HISTÓRIA DA ESCRITA

A história da escrita, considerando todo o seu conjunto e não seguindo uma linha cronológica especificada, pode ser dividida em três fases: a pictórica, a ideográfica e a alfabética. Tal evolução conduziu, gradualmente, para o fonetismo, sistema onde as palavras passaram a ser decompostas em unidades sonoras. Decompondo o som das palavras, o homem percebeu que elas reduziam-se a unidades mais ou menos independentes, porém, totalmente, diferenciáveis. A partir daí, organizaram a escrita em dois tipos: a silábica, fundamentada em grupos de som, e a alfabética.

A escrita alfabética foi difundida com a criação do alfabeto fenício, constituído por vinte e dois signos que permitiam escrever qualquer palavra. Adotado pelos gregos, esse alfabeto foi aperfeiçoado e ampliado passando a ser composto por vinte e quatro letras, divididas em vogais e consoantes[1]. Sendo assim, acredita-se que cabe ao professor respeitar a evolução da escrita e entender que aprender a escrita, por uma criança do 3º ano (2ª fase do 1º ciclo) do Ensino Fundamental, por exemplo, não é algo que acontecerá de um dia para o outro e que sobrecarregá-la de informações e desconsiderar o aprendizado que ela já tem do dia-a-dia não contribuirá para seu aprendizado escolar.

1.1 Breve História da Leitura

A história da leitura consiste na história das possibilidades de ler. A atividade da escola somada à escrita e a expansão dos meios de impressão, que facilitavam sua socialização, permite a existência de uma sociedade leitora. Nesta perspectiva, a leitura pode ser caracterizada como sendo um método avançado para busca do conhecimento aprofundado. Sendo assim, o pouco hábito e incentivo da leitura, pela importância e influência dela na aprendizagem, tem causado algumas dificuldades.

                Sendo assim, conhecer a trajetória da escrita, ao longo dos anos, é fator decisivo para se compreender as falhas e buscar possíveis soluções para a deficiência encontrada na literatura pelos docentes.

CAPÍTULO II

2     DEFICIÊNCIAS NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA E O TRABALHO PEDAGÓGICO

A educação, assim como tudo que nos circunda, sofre transformações e necessita estar sempre se reestruturando, procurando inovações e soluções. O mundo em que vivemos está cada vez mais competitivo e, consequentemente, a sociedade mais exigente, sendo assim, o professor assume o papel de preparar o educando para ser um cidadão critico e autêntico, qualidades essas necessárias para enfrentar o mercado de trabalho.

Para tanto, o desafio inicial, e não menos importante, para os professores é ensinar a ler e a escrever. A eles cabe apresentar a leitura e a escrita como algo primordial na vida das pessoas, uma vez que ambas exigem o máximo de dedicação, reflexão, conhecimento interior e exterior, participação, interesse pessoal e familiar, senso de interpretação, que são matérias-prima para o processo de construção de um cidadão.

Quanto à leitura, podemos dizer que o ato de ler é mais que uma decodificação de símbolos, do que meras habilidades mecânicas. É a leitura do mundo que nos permite relacionar uns com outros, e fazendo esta troca de valores e idéias podemos assumir e construir uma postura crítica e própria.

Em relação à escrita, podemos dizer que seu valor não é menos importante. Através da escrita podemos registrar as variações da língua e da humanidade ao longo dos anos. O ato de escrever nos permite eternizar nossa passagem pela vida, nosso modo ser, de agir e de pensar.

Sendo assim, analisando a importância da leitura e da escrita no cotidiano de todos nós, sobretudo durante a vida escolar, e sabendo das dificuldades dos alunos em relação a esses dois processos de aprendizagem, decidimos investigar as causas das dificuldades na leitura e na escrita, por alunos de séries iniciais.

Durante a pesquisa, foram levantados vários tipos de dificuldades que são encontradas em uma sala de aula, principalmente nas séries iniciais. Tais problemas vêm se tornando um agravante crescente na educação brasileira, resultando, acima de tudo, no fracasso e na evasão escolar. De acordo com algumas teorias, o fracasso da educação pode estar associado a alguns fatores como: desmotivação de alunos e professores, métodos de ensino inadequados ou ineficientes, problemas familiares e individuais, entre outros.

Constatamos que a desmotivação de alunos e de professores e a falta de participação familiar na vida escolar dos alunos são as principais causas da evasão escolar e, consequentemente, interfere de forma decisiva no aprendizado da leitura e da escrita.

            Podemos inferir que a maioria dos problemas da educação escolar, que persistem até o terceiro ano, é proveniente de dificuldades com a leitura e escrita. Tais “anomalias” têm atrapalhado o desenvolvimento dos alunos impossibilitando-os de serem críticos com suas atividades escolares, e, uma vez que não possuem segurança e estímulo para se expressar e tomar decisões, dificilmente se tornarão cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres. Por essa razão trouxemos a baila essa questão que enfatiza a importância da leitura e da escrita enquanto processo que permite a reflexão do sujeito, com relação a si mesmo, ao seu lugar no mundo, bem como, o seu papel na sociedade.

CAPÍTULO III

3 HÁ SOLUÇÕES PARA AS DEFICIÊNCIAS NA LEITURA E NA ESCRITA?

A coleta dos dados da pesquisa de campo foi realizada através de observações em sala de aula, discussões com professores e coordenadores de alunos da 3º ano (2ª fase do 1º ciclo), da Escola Estadual Pedro Gualhardo Garcia. A coleta dos dados da pesquisa de campo foi realizada através de observações em sala de aula, discussões com professores e coordenadores de alunos da 3º ano (2ª fase do 1º ciclo), da Escola Estadual Pedro Gualhardo Garcia. Mesmo convivendo em uma era da tecnologia avançada, faz-se necessário uma preparação de qualidade no que diz respeito à leitura e escrita, pois são esses os aspectos que garantem a formação de indivíduos aptos para viver em uma sociedade moderna e, sobretudo, exigente. Sendo assim, é preciso que formemos cidadãos críticos e preparados para enfrentar o mundo, tomando posição entre aqueles que detêm o poder econômico e os que obedecem cegamente, por não terem buscado e se dedicado ao curso preparatório como deveria.

            Desta forma, devo enfatizar que a qualificação profissional do professor para a formação desses cidadãos é fundamental, assim como trabalhar de maneira transparente e com garra desde as séries iniciais até o nível mais elevado.

Sendo assim, uma escola bem estruturada e com profissionais felizes, satisfeitos e qualificados tende a se tornar o eixo de uma educação de qualidade, objetivo este que nós como educadores buscamos insistentemente.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Site www.miniweb.com.br/literatura, capturado em 20 de agosto de 2008.

Site www.wikipédia.org/históriadaleitura, capturado em 25 de agosto de 2008

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. 8ª ed., São Paulo: Scipione, 1995.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Leitura e escrita na vida e na escola. Leitura: Teoria e Prática. Porto Alegre: Scipione, 1986.

FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler. Em três Artigos que se complementam. São Pulo. Cortez, 1996.

MACEDO, Nilza Isaac. A aprendizagem da leitura e da escrita. Revista Científica, 2006.

SOARES, M. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO. Abril, 2004.

SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2004.



[1] Conforme o site www.miniweb.com.br/literatura, capturado em 20 de agosto de 2008.