Tema: Dificuldade na aceitação da abordagem sobre drogas no ambiente escolar.

 

Relatar sobre  vivencia escolar que aborde esta temática, é um instrumento estratégico de certa forma que contempla ampla leitura. Vivencia-se na escola diversas fragilidades, entre elas a  violência e o uso abusivo de drogas.

 Deparamo-nos rotineiramente com inúmeras situações, baixo rendimento, sonolência, mudança de humor com os colegas da turma e de outras turmas, desinteresse, apatia, recusa à merenda escolar, dificuldades de aprendizagem, descompromisso das famílias com o acompanhamento da educação dos adolescentes entre tantas outras.

 No que diz respeito a drogas especificamente, há pertinência para que seja contemplada no Projeto Político Pedagógico, pois é um tema  abrolhado nas ultimas décadas em velocidade que supera a sua exiguidade, é uma temática complexa, perversa e presente. No entanto percebemos  ações escolares que trazem reflexões constantes, mas os resultados não são abarcados assim como o consumo.

Embora o tema “drogas” seja pouco explorando pelos livros didáticos, é importante ressaltar que um estudo sobre os temas que os adolescentes consideraram de maior interesse e de relevância como   objeto de estudo escolar, revelou que a Droga está entre os temas mais frequentes mencionados pelos alunos. Em aproximadamente 60% dos casos, a preocupação maior dos alunos de Ensino Fundamental é com as drogas (SCHWAMBACH; DEL PINO; SCHWAMBACH, 2012). Este interesse aflorado pode ser atribuído à discussão feita na mídia sobre o tema, mas também às vivências dos  estudantes em relação a famílias, vizinhos e colegas. Por um outro lado como resultado de levantamento de hipóteses, por meio de conversas em encontros pedagógicos, observa-se que no ambiente escolar deparamo-nos com uma situação espantosa, a dificuldade que educadores enfrentam em tratar esta temática os conteúdos de maneira direta ou indireta, haja visto que alguns gestores e a grande maioria das famílias e ou responsáveis apresentam resistência,  não tem um interpretação coerente sobre as abordagem e utilizam de críticas não construtivas para com os docentes, tornando desta forma a exploração do assunto restrita somente à área de ensino que seja contemplado especificamente o que trata como metodologia, habilidade e competências a nível de referencial curricular , tornando inexequível alguns projetos interdisciplinares difíceis de sua aplicação em decorrência da resposta a ser consolidada.

Entendemos que a escola tem um papel respeitável na prevenção ao uso de drogas não somente por ser um local onde os jovens passam grande parte do seu tempo, mas também por ser o período escolar um momento de desenvolvimento, o que favorece a absorção de novos conhecimentos por meio de atividades de prevenção e trabalhos sobre saúde desenvolvidos pela escola. Considerando esta real especificidade a sua total interioridade, onde se acumulam os conflitos não resolvidos e onde as razões das pulsões oscilam entre uma agressividade e uma violência voltadas para o outro e depois redirigidas contra si mesmo e eclodindo na escola, faz-se necessário que haja cursos específicos aos docentes que venha somar-se ao planejamento educacional, dando a amplitude de traçar novas ações frente ás dificuldades reais de não aceitação das abordagens educacionais, pois, sabemos que ao falarmos de juventudes a prevenção contra o uso de drogas, bem como as suas consequências em decorrência de ser usuário é comprovadamente um dos métodos mais eficazes para reduzir e evitar o uso e abuso de drogas.

O uso indevido de drogas tem envolvido um grande número de  adolescentes em idade escolar e isso amplia o compromisso em estimular, nos  estudantes, a capacidade de argumentar, relacionar e fazer opções conscientes  frente aos problemas acarretados pelo uso indevido de drogas. Por meio de respostas dadas por   alunos, direta ou indiretamente, é possível verificar que o desenvolvimento dos conteúdos escolares vinculados a situações reais podem contribuir para prevenção do uso abusivo de drogas. Além disso, pode estimular a participação destes alunos na construção de seu próprio conhecimento, articulando teoria e prática, despertando para a pesquisa cientifica e estabelecendo vínculos entre teoria e prática como forma de significar o  conhecimento escolar.        
Trabalhar de maneira preventiva, nada mais é do que preparar o estudante para não se deixar envolver com as drogas, é educá-lo para que possa conceber uma vida saudável e digna, condicioná-lo  a reconhecer os riscos  e evitar o convívio com tais substancias que podem desenvolver a dependência física ou psíquica.     

A dificuldade em tratar sobre o assunto abrolha em nós educadores reflexões com diferentes modos de buscar a convivência harmoniosa entre escola e família, para o bem estar de nossos estudantes, desta forma há necessidade de uma olhar minucioso sobre estes segmentos por parte da coordenação pedagógica e gestores, tornando possível a realização por exemplo de  oficinas que  reflitam sobre os diferentes modos de exercer o papel de pai e mãe; as mudanças que os pais passam com o advento da adolescência dos filhos e o estabelecimento de regras e limites; as possibilidades de entendimento e aprimoramento nas habilidades de negociação. O momento para oficinas podem contar com  exposição e teatralização de quatro eixos de discussão: autoritarismo, distanciamento, superproteção e permissividade.

O uso e o consumo excessivo de drogas são problemas sérios, veiculados na sociedade sob diferentes formas e interpretações. Em função de sua elevada frequência, esse uso e consumo transformaram-se em problema mundial de saúde pública, onde pais devem ser parceiros no ambiente escolar, para que tenhamos sucesso na jornada acadêmica.