DA SILVA, Muller Charlene

PINTO, Juliana Ferreira dos Santos Bomfim Pinto

RESUMO

Este trabalho se propõe a pesquisar sobre as dificuldades de aprendizagem. Objetiva-se a reflexão sobre estas dificuldades na leitura e na escrita nas séries iniciais do município de sorriso. Apresentam-se algumas definições de aprendizagem relacionando-se as mesmas causas do fracasso escolar. Também se considerou a analise da aquisição da leitura e da escrita e as contribuições da psicopedagogia nas questões referentes a problemas de aprendizagem. Como resultados obtidos, destaca-se a importância da intervenção psicopedagógico nas dificuldades de aprendizagem bem como a necessidade de estudos mais aprofundados sobre o tema. Verifica-se a importância do professor como mediador para ajudar os alunos a terem uma formação eficaz e sadia através do preparo do docente que interagindo juntamente com o psicopedagogo e a família, possam identificar as barreiras no processo ensino-aprendizagem e assim traçarem um plano eficaz. Através dessa reflexão é possível discutir soluções e oferecer propostas que possam ajudar o trabalho docente com a ajuda da família e do psicopedagogo, que é o profissional preparado para identificar e orientar nas soluções de ajuda ao aluno que precisa enfrentar suas dificuldades.

Palavras-chaves: Dificuldades de aprendizagem. Leitura e escrita. Psicopedagogia. Fracasso escolar.

INTRODUÇÃO

O interesse em aprofundar os conhecimentos teóricos e práticos sobre o tema Dificuldade de Aprendizagem: uma análise das causas e implicações no processo pedagógico de alunos em processo de alfabetização nas séries iniciais de sorriso. Com o presente trabalho tem o propósito de refletir sobre os aspectos relacionados às dificuldades nas séries iniciais nas escolas municipais de Sorriso, com o objetivo de analisar a trajetória da história da Educação, centrando atenção na criança quanto ao seu desenvolvimento social, será apresentado, num breve histórico, que facilitará ao leitor um melhor entendimento do tema. Foram destacados aspectos importantes quanto à dificuldade de aprendizagem nas séries iniciais das escolas municipais do município de Sorriso. Pensar sobre os problemas de aprendizagens é buscar subsídios para entender e ajudar o aluno que se encontra desajustado tendo como ponto de partida a analise dos alunos e professores, os quais são sujeitos ativos do processo ensino-aprendizagem. O fracasso escolar não pode ser medido apenas por porcentagem de reprovados por série. Deve-se analisar profundamente o contexto do aluno, seu desenvolvimento, enquanto ser humano e cidadão. Ver a aprendizagem como a capacidade de reproduzir conteúdos é abstrato diante da necessidade de formar cidadãos capazes de se adaptar as diversidades ou adaptar a realidade às suas necessidades. Atribuir à responsabilidade do fracasso escolar não somente ao aluno, mas a todo o sistema que ele é envolvido, investigando o que levou a esse aluno a chegar a esse fracasso. Há que se pensar também em toda a questão pedagógica. Se pensarmos que somos seres humanos e como tal nos construiu diferentes pensamentos, então, se faz necessário práticas pedagógicas que valorizem e aproveitem toda a história de vida, de conhecimentos construídos durante toda a sua trajetória escolar. Para muitos aprendizagem é aquisição de informação ou de habilidades, para outros, aprendizagem é mudança, relativamente permanente, de comportamento devido à experiência. Frequentemente, distingue-se entre aprendizagens cognitivas afetivas e psicomotoras. Na abordagem construtivista, a aprendizagem é concebida como um processo de acomodação e assimilação em que os alunos modificam as suas estruturas cognitivas internas nas suas experiências pessoais. Nesta teoria os alunos são encarados como participantes, aprendendo de uma forma que depende do seu estado cognitivo concreto. Os conhecimentos prévios, interesses, expectativas, e ritmos de aprendizagem são levados em conta nesta aprendizagem. Ela é entendida essencialmente como processo de revisão, modificação e reorganização dos esquemas de conhecimento inicial dos alunos e a construção de outros novos, e o ensino como um processo de ajuda prestado a esta atividade construtiva do aluno. 

A aprendizagem é um fruto da historia de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida, afirma Bossa. (2000).

É o que ainda nos mostra Fernández (2001) a importância da família, que por sua vez, também é responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais são os primeiros a ensinar e os mesmos determinam algumas modalidades de aprendizagem dos filhos.

Esta consideração também nos remete a relação professor- aluno para essa mesma autora, “quando aprendemos”, aprendemos com alguém, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de “Ensinar.

 

Almeida (1993), também considera que a aprendizagem ocorre no vinculo com outra pessoa, a que ensina, “aprender, pois é aprender com alguém”. É no campo das relações que se estabelecem entre professor e o aluno que se criam às condições para o aprendizado, seja, quais forem os objetos de conhecimentos trabalhados.

Portanto a escola deve oferecer aos alunos com dificuldade de aprendizagem uma educação apropriada, incluindo bons sistemas escolares, bons profissionais que se dediquem ao diagnóstico cuidadoso e ao atendimento de qualidade.

 

 Desenvolvimento

Considerando-se as diversas causas que podem interferir no processo ensino-aprendizagem, investigar o ambiente no qual a criança vive e a metodologia abordada nas escolas é importante antes de traçar metas, uma vez que a criança pode não apresentar o distúrbio de aprendizagem, mas apenas não se adaptar ou não conseguir aprender com determinada metodologia utilizada pelo professor, como também a carência de estímulos dentro de casa. Por outro lado, muitas crianças podem não apresentar nenhum fator externo a ela e mesmo assim não conseguir desenvolver plenamente suas habilidades pedagógicas. É o caso das crianças com distúrbio de aprendizagem, cujas limitações intrínsecas se manifestam através de déficits linguísticos, alteração no processamento auditivo e outros vários fatores que podem prejudicar significativamente o aprendizado da leitura e da escrita.

Para Strick e Smith (2001), as dificuldades de aprendizagem referem-se não a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do desempenho acadêmico. As dificuldades são definidas como problemas que interferem no domínio de habilidades escolares básicas, e elas só podem ser formalmente identificadas até que uma criança comece a ter problemas na escola. As crianças com dificuldades de aprendizagem são crianças suficientemente inteligentes, mas enfrentam muitos obstáculos na escola. São curiosos e querem aprender, mas sua inquietação e incapacidade de prestar atenção tornam difícil explicar qualquer coisa a eles. Essas crianças têm boas intenções, no que se refere a deveres e tarefas de casa, mas no meio do trabalho esquecem as instruções ou os objetivos.

A dificuldade de aprendizagem não se dá á um único problema, mas desencadeiam vários outros fatores que interferem na habilidade e desenvolvimento motor da criança também podendo se dizer na maturidade. Podemos acrescentar ao nosso conhecimento a importância da psicomotricidade, pois é nas atividades e pequenos gestos que a criança desenvolve a motricidade visando o domínio do corpo. A motricidade é fundamental e indispensável ao desenvolvimento da criança, no processo da psicomotricidade são trabalhados o desenvolvimento corporal, lateridade, estruturação espacial, orientação temporal, e pré-escrita todos são essenciais na aprendizagem.

A criança que apresenta algum problema em qualquer um desses itens citados poderá ter problemas na aprendizagem da leitura e da escrita. A psicomotricidade visa à expressão corporal motora através da utilização psíquica e mental da criança. A escola ainda nos tempos de hoje ignora a psicomotricidade nas series iniciais, e os professores preocupados com o não aprendizado dos alunos na leitura e na escrita acabam rotulando os mesmos como incapazes e com distúrbios de aprendizagem.

Sendo que muitas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas na sua própria escola. Onde entra o papel da psicomotricidade ajudando a desenvolver as capacidades básicas, aumentando o seu potencial motor.

            Isso não quer dizer que não sejam crianças inteligentes elas apenas encontram mais dificuldades e demoram um pouco mais para realizar as tarefas contando assim com mais dedicação do professor. Essas crianças geralmente são inquietas e não conseguem concentrar-se na explicação do professor, pois desvia sua atenção para qualquer lugar. Essas crianças até tem interesse em realizar suas tarefas e trabalhos, mas devido o desvio de atenção acabam se esquecendo do que lhe foi pedido e ensinado dificultando assim o seu aprendizado.

            Todo o esforço que é feito para ensinar essas crianças é de grande valia, pois com o passar do tempo ela irá conseguir realizar as tarefas sozinha sem o auxilio de um adulto onde se sentira capaz de desenvolver algo sozinha e ficara feliz. Por isso a interação de um adulto ou profissional da área para com a criança será proveitoso para sua interação com o meio em que vive e na própria sociedade.

            Podemos dizer que a dificuldade de aprendizagem pode surgir de varias maneiras uma delas é o lado emocional onde irá atrapalhar no seu desempenho escolar e o professor deve estar atento a essas mudanças de comportamento dentre elas o cansaço à preguiça geralmente pode apresentar também sonolência tristeza ou até mesmo se agitar demais, tudo isso ira interferir no seu aprendizado.

            Um dos problemas e dificuldades vivenciadas nas escolas e a dislexia, que é a dificuldade encontrada pelo aluno mediante a leitura o aluno acaba trocando letras, invertendo silabas, sua leitura quase sempre é lenta devagar ele acaba pulando linhas entre outros problemas decorrentes desse. Outro fator de dificuldade é a dislalia onde a criança troca palavras e as pronuncia de forma errada trocando assim as letras. A dislalia consiste na omissão substituição ou deformação dos fonemas, podemos dizer que as crianças que mamam mamadeiras, peito, chupeta, ou o dedo por um tempo prolongado pode apresentar um diagnostico de dislalia.

            Até os quatro anos de idade os erros na pronuncia é considerado normal, mas se continuar a persistir o problema deve-se procurar um profissional da área um fonoaudiólogo que ira ajudar a solucionar o problema apresentado pela criança. Dando sequencia outro fator de dificuldade é a disgrafia onde é também chamada de letra feia onde a criança esquece a maneira certa e correta de escrever e ao tentar lembrar acaba escrevendo lentamente tornando a letra ilegível atrapalhando assim ate o seu próprio entendimento da escrita e leitura.

            Existem dois tipos de disgrafia a motora onde a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldade para escrever as letras e números. E a disgrafia perceptiva, ela não consegue relacionar o sistema simbólico e as grafias que representam os sons as palavras e as frases. Ela possui características da dislexia sendo que esta está associada à escrita.

            O professor pode ajuda-lo orientando a estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto números famílias silábica etc. O professor não deve exigir que a criança reescrevesse as palavras que ela errou, pois não vai adiantar e sim comprometer seu desenvolvimento. Podemos orientar também que o professor não deve reprimir a criança e sim auxilia-la positivamente tudo isso ira contribuir para um melhor aprendizado. 

            A disortografia se caracteriza por erro na escrita essa dificuldade pode ser relacionada com a aprendizagem incorreta da leitura e da escrita. Uma maneira de ajudar o aluno é o fazer escrever no caderno todos os seus erros ortográficos e ao lado escrever a maneira correta da palavra. Isso tudo ira contribuir para sua memorização das palavras, frases e textos ditados ortográficos etc.

            TDAH é um transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, que é aquela criança hiperativa inquieta não consegue se concentrar no conteúdo que o professor quer transmitir esse é um problema de ordem neurológica onde afeta o aprendizado das crianças devido sua agitação e falta de concentração, pois qualquer movimento rouba sua atenção, essas crianças geralmente são nervosas um dos sintomas apresentado.

            Devido a todas essas hipóteses diagnósticas o professor deve ter mais cuidado, atenção e paciência com esse determinado aluno tornando assim suas aulas mais atrativas onde despertará atenção, interesse e curiosidade do seu aluno, o professor não deve desfazer desse aluno, mas pelo contrario ajuda-lo a descobrir seu potencial e suas habilidades.

            E nesse desenrolar que a psicopedagogia intervém no aprendizado das crianças que apresentam déficit de aprendizado tanto na leitura quanto na escrita. O diagnóstico de descobrir o problema no inicio é que o professor poderá evitar os problemas maiores ajudar e intervir na dificuldade apresentada pelo aluno, todo esse esforço é merecedor e gratificante quando se vê resultado por menor que sejam aos olhos de muitos é gratificante ao professor e ao aluno.

            A psicopedagogia pode intervir e ajudar uma criança que apresenta dificuldade na fala e na sua fase de alfabetização para que não seja um adulto frustrado mediante as situações corriqueiras e exigentes que o meio social nos impõe. A leitura e a escrita contribuem para novos conhecimentos e experiências trocadas o que vai mais além pelo lado emocional. A criança que já na sua alfabetização apresenta déficit de aprendizagem na leitura e na escrita com certeza não terá confiança em si próprio se julgará incapaz de realizar devidas tarefas se auto prejudicando até no meio social onde convive por não conseguir se expressar de maneira correta.

            Onde ela acaba se evadindo do meio escolar por se achar incapaz e indiferente aos demais alunos ditos normais. O professor deve trabalhar de forma preventiva de identificar se o seu aluno apresenta qualquer sintoma que se encaixa no déficit de aprendizado e o educador deve integrar esse aluno com os demais para ele não se sentir excluído e desmotivado onde ocorre a evasão escolar levando a repetência e desistência do aluno, pois o mesmo se sente inferior aos demais por ser mais lento e encontrar dificuldade para se concentrar e entender determinados conteúdos. A dificuldade de aprendizagem em si pode afetar recordações e acontecimentos passados e vivenciados pela criança como também a sua parte comunicativa, ele não consegue se expressar com devida naturalidade, ela está comprometida onde esse aluno necessitará de uma atenção redobrada do seu professor.

 A ATUAÇÃO DO PROFESSOR PARA A MELHORIA DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS COM DA.

    Sendo o professor mediador entre o conhecimento e o educando, sua tarefa não se restringe somente à abordagem dos conteúdos curriculares; ele deve tentar assegurar aos alunos a aquisição do saber, atuando de modo a perceber como se dá o aprendizado de seus educandos percebendo eventuais dificuldades encontradas por eles no processo de aprendizagem.

   Segundo Waldow; Borges; Sagrilo (2006), a aprendizagem é o processo de internalização dos conteúdos historicamente construídos e socialmente disponíveis. Esse processo se torna possível pela mediação. Fica evidente que da qualidade das intenções vai depender a qualidade da aprendizagem. Tendo em vista a abordagem Vygtskyana, é por intermédio da interação entre professores e aluno que ocorre a aprendizagem (Rego, 1995). Assim, mesmo diante das dificuldades que possam interferir no processo de aquisição do conhecimento por parte dos alunos, uma prática docente interativa e dialógica pode facilitar a aprendizagem do educando.

   Nesta perspectiva, “a metodologia utilizada pelo professor irá influenciar grandemente em todo esse processo (de aprendizagem)”. O uso de metodologias pode contribuir para a superação de certas dificuldades de aprendizagem. (Waldow, Borges; Sagrilo, 2006, p.469).

   O ritmo acelerado de vida e a longa jornada de trabalho á qual o professor frequentemente está exposto podem, por vezes, tirar-lhe a motivação necessária ao desempenho de sua função enquanto educador, porém, a profissão exige uma extrema doação capaz de ir além das adversidades cotidianas de suas vidas para a promoção da prática educativa. Logo, o professor necessita atuar de modo que os alunos possam sentir-se á vontade para aprender e para relatar as dificuldades de aprendizagem que possam encontrar no contexto escolar.

   Neste sentido, faz-se necessário que o docente desenvolva um trabalho diferenciado, em sala de aula, na intenção de minimizar as dificuldades de aprendizagem para que a ação educativa se desenvolva e os alunos com DA possam construir seus conhecimentos significativamente. Assim, as dificuldades de aprendizagem é garantir a esses sujeitos que apresentam a possibilidade de enfrentar a realidade de modo digno e consciente. As metodologias alternativas se colocam como possibilidades de trabalho orientado para essa superação, para o desenvolvimento de atividades relevantes na construção do conhecimento (Waldow; Borges; Sagrilo, 2006, p. 472).

   Um trabalho diferenciado feito pelo professor em sala de aula pode propiciar aos alunos com DA à construção do conhecimento de uma forma menos traumática e, certamente, muito mais prazerosa. Segundo Correia (2008,p.16):

Para alunos com DA, há que se considerar um conjunto de fatores que podem facilitar a sua aprendizagem, como por exemplo, a reestruturação do ambiente educativo; a alteração de textos e do trabalho de casa; o uso de tecnologias de informação e comunicação; a alteração das propostas de avaliação.

 

  Pequenas mudanças no ritmo trabalho docentes podem significar grandes avanços para os alunos com DA no que tange à construção dos conhecimentos escolares e, mais do que isso, podem evitar que eles desistam de estudar e sintam-se fracassados e atrasados em relação aos colegas e promover nesses educandos a sensação de que são capazes de aprender mesmo diante de todas as adversidades.

  Resultado e Discussão:

   O fracasso escolar perturba profundamente a criança, pois sofre a pressão da família, dos professores, dos colegas, prenunciando seu insucesso na vida escolar. A criança deixa o professor sem saber como trabalhar com ela. Ela não aprende, mas não apresenta qualquer incapacidade particular. A recusa em aprender é um ato agressivo diante de seu fracasso e frustração. Ao entrar na escola, a criança perturba-se devido à dificuldade que encontra na transição da família e do aprendizado informal, pra o convívio com estranhos e o aprendizado formal.

   A escola tem muito ainda o quem fazer para ajudar seus alunos. Alguns exemplos são métodos inadequados de ensino, falta de percepção por parte da escola, do nível de maturidade da criança, professores que não dominam determinados assuntos, superlotação das classes, dificultando a atenção do professor para todos os alunos.

   Quando o professor afirma que a criança que apresenta dificuldade de aprendizagem é aquela cuja família não lhe oferece material de leitura e de escrita e que não se interessa pelos seus estudos, sua fala corresponde às observações de Marturano (1998) e Marturano, Alves e Santa Maria (1998). Segundo Maturano (1998), crianças expostas a ambientes familiares com recursos facilitadores de aprendizagem vão desenvolver estratégias meta-cognitivas que facilitarão seu sucesso escolar. Para Maturano, Alves e Santa Maria (1998), dentre outros aspectos, a orientação e o suporte para o trabalho escolar e as aspirações e expectativas acadêmicas dos pais, em relação aos filhos, são fatores relevantes para o desempenho positivo da criança.

   A separação dos pais também é apontada pelos professores, de forma acusatória e indignada, como a grande vilã e causadora de sérios problemas acadêmicos das crianças. Como podemos explicar, então, o caso de alunos, filhos de pais separados, que demonstram interesse em aprender, participam das aulas, executam atividades com atenção e capricho, mantêm ótimo relacionamento com o professor e com os colegas na sala de aula, enfim, apresentam sucesso no processo de ensino aprendizagem.

 O fato de a mãe sair para trabalhar fora de casa, deixando as crianças pode levá-las, a não querer entrar na escola, a chorar na sala de aula e a não querer realizar suas atividades. Se a criança não se envolve com o grupo ou este não a envolve, começa haver um baixo nível de participação e envolvimento nas atividades e, consequentemente, o isolamento que interferirá no desempenho escolar. O comportamento retraído de uma criança no ambiente escolar pode ser interferência do ambiente familiar.

   A escola tem uma tarefa relevante no resgate da autoimagem distorcida da criança, por ter uma concepção socialmente transmissora de educação e de cultura, que transcende as habilidades educacionais familiares, além da responsabilidade e competência em desvendar para a criança o significado e o sentido do aprender.  Souza (1996) afirma que o ambiente de origem da criança é altamente responsável pelas suas atividades de segurança no desempenho de suas atividades e na aquisição de experiências bem sucedidas, o que faz a criança obter conceito positivo sobre si mesmo, fator importante para a aprendizagem.

   Roman e Seyer (2001) ressaltam que é importante o estabelecimento de uma rotina na escola. A rotina deve ser desenvolvida para possibilitar, a partir da organização externa, a segurança emocional e a organização interna de cada criança. Desse modo, a rotina favorece e complementa o processo de socialização por meio da aprendizagem das regras de convívio em grupo, da formação de vínculos e da aquisição de conhecimentos em todos os âmbitos de desenvolvimento. São através da rotina da escola que são identificadas algumas das queixas comuns na primeira infância, as quais em geral são erroneamente confundidas, por desconhecimento, com diagnósticos como agressividade, hiperatividade e desatenção. Esses diagnósticos, quando analisados com o devido cuidado por meio de entrevista com os pais ou responsáveis pela criança, podem relevar dados importantíssimos e que demandam orientações da própria escola.

   De acordo com (Fernandez, 2001) A aprendizagem é um processo de vínculo. Para aprender, o ser humano coloca em jogo seu organismo herdado, seu corpo e sua inteligência construídos em interação e a dimensão inconsciente. A aprendizagem tem um caráter subjetivo, pois o aprender implica em desejo que deve ser reconhecido pelo aprendeste. “O desejar é terreno onde se nutre a aprendizagem.” Em todo esse contexto não a nenhuma fórmula mágica de como resolver problemas direcionados a dificuldade de aprendizagem, mas sim um esclarecimento de duvidas cotidiano e permanente de muitas pessoas da área da educação.

 

 CONCLUSÃO

Concluí que o melhor método é aquele em que o aluno seja parte importante e integrante do processo, onde o mesmo possa expressar as suas opiniões e não venha a sentir medo do professor, mas respeito e apoio para poder contar com suas motivações. O professor precisa mediar à aprendizagem e as interações com outros colegas. Não basta apenas estar à frente, na sala de aula, falando e fazendo com que os alunos engulam as informações e não possam debater e expor as suas opiniões, ansiedades e dúvidas. O verdadeiro professor é aquele em que motiva o aluno a procurar informações e ser pesquisador em constante aprendizagem.

A criança com Dificuldade de Aprendizagem precisa de mais apoio, mais atenção e observação. A família é essencial no sentido de identificar o que está ocasionando a dificuldade, principalmente os pais, pois os mesmos podem e devem ajudar o professor a auxiliar o aluno, juntamente com um profissional, o psicopedagogo, que irão procurar estratégias que possam direcionar o aluno para uma aprendizagem eficaz e de qualidade.

Enfim, o aluno não é uma folha em branco, mas um ser que já vem com experiências e conhecimentos que podem ser acrescidos com as informações de outros alunos. Não cabe somente ao professor ficar em sala de aula, à frente, em um patamar maior, como se fosse o detentor de todo o saber, mas como um mediador e facilitador de uma aprendizagem que favoreça a todos, e ser, principalmente, um observador para saber identificar aqueles que precisam de mais atenção. Um verdadeiro docente é o que se entrega a profissão, com amor e dedicação para que a nossa educação possa se transformar e ser vista como algo positivo e saudável para as nossas crianças. O tema que escolhi para o estudo é amplo e com certeza muita coisa poderia ser abordada. No entanto, em função do tempo se fez necessário parar por aqui, tendo a consciência de ter aprendido muito e ter contribuído de alguma forma, mas que buscarei aprofundar-me muito mais para minha aprendizagem.

 

REFERÊNCIAS

 

ALMEIDA,S.F.C. O lugar afetividade e o desejo na relação ensinar-aprender; In: Revista Temas em Psicologia. Ribeira Preto - SP: Sociedade Brasileira de Psicologia, 1993 , n.1.

BOSSA,N.A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre : Artmed, 2000

FERNANDEZ,A. O Saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre: Artmed, 2001Htp://www,profala.com/arteducesp72.htm

Mhtml:file://C:/DocumentsandSettings\Administrador\Meus ocumentos\dificuldades.

FONSECA, Vitor da. Uma introdução às dificuldades de aprendizagem.Lisboa: editorial noticias, 1984.

CORREIA, Luis de Miranda; MARTINS, Ana Paula. Que determinara o sucesso escolar de um aluno com da Biblioteca digital-coleção Educação. Porto Editora. 2008.

PACHECO, Lilian Miranda Bastos. Diagnostico de dificuldade de aprendizagem?! Trabalho apresentado na XXXV Reunião Anual de Psicologia da sociedade Brasileira de Psicologia, Curitiba-SC, outubro de 2005. Temas em Psicologia da SBP—2005.Vol.13,no 1,45—51.

HTTP://WWW.slideshare.net/janainasilveira/artigo-jana-2

DANTAS, V. A. de Oliveira.  ALVES, J. de A. Aguiar. Dificuldades de leitura e escrita: uma intervenção. Disponível em: < http://www.educonufs.com.br> (acesso em 18 de out. 2013).