DICAS DE ECONOMIA – 1ª Parte

 

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

 

       

      Quando falamos de economia muitas vezes não imaginamos como ela faz parte em nosso dia-a-dia.  Aprender a ter um planejamento financeiro para organizar vida é importante para o bem estar da vida pessoal e familiar. Hoje se comenta sobre crédito consciente, planejamento familiar, reestruturação financeira, dentre tantos nomes usados, mas tudo começa pela anotação das receitas e despesas, compre um caderno ou faça uma planilha no seu computador e comece a controlar todas as despesas diárias, bem como as entradas de dinheiro. Não esqueçam nenhum item, geralmente os rombos do orçamento estão nas pequenas e extraordinárias despesas, muitas vezes, não previstas no mês.

      O controle das anotações depende de disciplina constante e depois com tempo torna-se um hábito.

       As despesas extras são comuns em várias datas do ano, portanto, procure pagar as contas sempre em dia, evitando multa e juros; pesquise os preços dos produtos que deseja adquirir, a diferença entre lojas de um mesmo produto chegam até 70%, por isso, pesquisar é uma forma de valorizar o seu dinheiro.

       Como dito anteriormente, as pequenas contas são o vilão do seu pagamento, controlar estas despesas, podem dar um fôlego no seu orçamento.

        Evite fazer novas dívidas até colocar em dia as contas atuais, ou no momento que conseguir fazer um planejamento financeiro que perceba que cabe mais uma despesa nos seus gastos mensais.

        Ao pensar nas despesas, procure estabelecer prioridades, evite comprar produtos que não são necessários, ao impulso de uma compra, respire fundo e conte até dez, antes de consumir. Fazendo isto, você pode fazer uma poupança e garantir algo que queria a longo tempo, mas nunca se organizou para tal, como por exemplo: uma viagem.

        Por menor que seja sua poupança, procure guardar um pouquinho todo mês para ter dinheiro em momentos de gastos extras não previstos e necessários. Exemplo: manutenção do veículo, etc.

        Ao fazer uma dívida, limite-se a 30% da sua renda líquida os empréstimos e financiamentos, pois, com o restante você terá que pagar as despesas correntes do mês, água, luz, escola, condução, alimentação e outros.

        Procure gastar menos do que ganha, ou irá estourar cartões de crédito e ficará inadimplente em determinado momento.

        Verificar a real situação financeira todos os meses é muito importante para não perder o controle financeiro, mas se isto ocorrer, procure o crédito mais barato, exemplo: o crédito automático em consignação em folha de pagamento oferece taxas de juros baixas se comparada com o cheque especial; o empréstimo pessoal é mais barato que as taxas do cheque especial.

         O cheque especial deve ser utilizado somente se forem por poucos dias, em caso de mais de 10 dias, é aconselhável pegar um empréstimo pessoal. Entre o cartão de crédito e o cheque especial, o cheque especial tem taxa de juros de 40% a 50% menores, portanto cuidado ao rolar dívidas no cartão de crédito, geralmente eles atrapalham em muito o orçamento doméstico.

           Cartões de crédito, cartões de loja e carnes de lojas são uma grande armadilha para estourar o orçamento, muitas vezes o consumidor cai na ilusão de pagamento parcelado em que a prestação é baixa e sem o devido planejamento acaba comprometendo uma parcela maior de sua renda, provocando desequilíbrio e busca de crédito alternativo

             Se você tem dívidas, economia é a palavra chave, faça uma reunião familiar e defina algumas estratégias, desde a otimização de utilização de água, energia elétrica, telefone, em que geralmente a excesso de gastos de 30% segundo pesquisas nacionais, até a definição de forma de pagamento dos compromissos assumidos. Para pagamento de dívidas, a pesquisa de taxas e fórmulas alternativas para colocar as finanças em ordem é essencial, a reunião familiar auxilia na busca de soluções.