Maria José Vital Justiniano1

                                             Gerlúcio Medeiros de Araújo 2

                                             Josefa Caetano do Nascimento 3

A pesquisa Diagnose do Ensino de Leitura buscou verificar a realidade do ensino da leitura em sala de aula nas Escolas Estaduais da cidade de Patos, bem como coletou dados relativos a esse ensino e as metodologias empregadas na hora da leitura. Analisou as dificuldades em relação ao ensino da leitura sobre as quais, os próprios professores apontaram deficiências em alguns aspectos no momento da leitura. Os resultados foram descritos através de quadros demonstrativos em que a realidade do estudo com a leitura, ainda, necessita de muitas mudanças no âmbito do ensino. Palavras-chave: diagnose, ensino, leitura.

1 INTRODUÇÃO            

Os profissionais professores-educadores que ministram aulas de  língua portuguesa são  lançados ao mercado, isto é, nas salas de aula. Mas será que estes profissionais têm noção da situação como se encontram  os sujeitos -  alunos - leitores,  nas escolas em que vão atuar?  Uma pesquisa de natureza diagnóstica é muito importante para responder questionamentos deste tipo. Se o ensino da língua materna está correspondendo adequadamente aos alunos, se suas notas têm sido consideradas boas, por que tanta preocupação com o ensino da língua portuguesa.

1.ProfªMs do Curso de Letras  das Faculdades Integradas de Patos([email protected]). 2. Licenciado em Letras pela FIP.(faculdades Integradas de Patos) 3. Aluna do 5º período do Curso de Letras.

São perguntas inquietantes, mas de grande projeção no meio acadêmico, visto que as respostas parecem não ganharem espaço de credibilidade, pois, os pesquisadores continuam insistindo em pesquisas dessa natureza. A pesquisa visa verificar a realidade do ensino da leitura em sala de aula no Ensino Fundamental de 5º ao 9º ano nas Escolas estaduais da cidade de Patos-PB, buscando registrar dados cedidos pelos próprios professores, além de identificar as metodologias empregadas na hora de discussão de textos. Pretende, também, analisar as dificuldades apontadas pelos professores de Língua Portuguesa em relação ao ensino da leitura.

            A importância da leitura é revelada tanto na busca de compreensão do mundo como no aprimoramento das faculdades sócio-cognitivas do ser humano. De acordo com Maria Helena Martins (2002, p.47) "desperta curiosidade, estimula a fantasia, provoca descobertas, lembranças"

             É importante ressaltar sempre que leitura não é a simples decodificação do que está descrito, é antes de tudo compreensão, funcionalidade, um processo pelo qual o leitor constrói um sentido para o texto; logo, poder-se-ia dizer que leitura é também uma forma de interação entre leitor e texto, uma descoberta mediada pela compreensão do que é lido. Safady ( citado por  SILVA, 2005, p. 44 ), referindo-se a essas aditividades afirma:

(...) o leitor curioso e interessado é aquele que está em constante conflito com o texto, conflito representado por uma ânsia incontida de compreender, de concordar, de discordar – conflito,  enfim, onde quem lê não somente capta o objeto da leitura, como transmite ao texto lido as cargas de sua experiência humana e intelectual.

             Diante disso, vale reforçar que esse movimento dinâmico de estar em "constante conflito" com o texto é um dos aspectos fundamentais da compreensão, e, que possibilita ao leitor ser capaz de ler e reescrever o texto, e transformá-lo através de uma prática consciente, uma vez que – ressalta Fulgêncio (1998, p. 13). "a leitura não é uma atividade meramente visual".

            De fato, a leitura é uma operação mental, que requer não somente codificar e decodificar letras, mas, sobretudo, atribuir significados ao que foi lido.

            A opção pelo trabalho se justifica pela necessidade de ampliar o campo de estudos na área de leitura, além de buscar subsídios na pesquisa para um mapeamento diagnóstico em leitura, obviamente, elegendo as escolas estaduais da cidade de Patos.

2 MATERIAL E MÉTODOS

           A metodologia exigiu a aprovação da 6ª Região de Ensino, bem como a dos administradores das escolas. Iniciou com as visitas à Escolas Estaduais da cidade de Patos-PB. Os procedimentos da pesquisa foram realizados através de roteiros de entrevistas e questionários onde os profissionais puderam expor as suas visões no que diz respeito ao ensino da leitura no cotidiano escolar.

               A pesquisa foi realizada com professores de Língua Portuguesa de Escolas da rede estadual da cidade de Patos-PB, por meio de questionários. Solicitou-se aos professores que respondessem, por escrito, perguntas referentes ao ensino da leitura. Investigou-se quais as dificuldades enfrentadas, que papel tem o professor /orientador na formação de alunos leitores, quais metodologias aplicadas no processo de ensino da leitura, entre outras.

              Os dados foram colhidos no período de março a setembro de 2007. Foram visitadas dez (10) escolas da rede estadual, situadas na cidade de Patos, estado da Paraíba. O contato com os professores foi feito no horário de suas atividades escolares, sendo necessário, algumas vezes, marcar outro momento para entrega dos questionários para a realização da entrevista. Foram entregues 31 questionários, um a cada professor, mas desse montante foram devolvidos 14 questionários. Apenas 45,16% do total aplicado. Acredita-se que muitos professores não gostam de  pesquisas por que elas refletem uma realidade da qual eles mesmos se assustam.

              Os dados coletados permitem avaliar as diferentes visões que os entrevistados têm no tocante ao ensino da leitura em nossas escolas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO                         

Como pode ser observado no quadro 1.[1] 

Quadro 1

Visão dos professores em relação ao ensino de leitura

Nº. Professores

%

Muito distante do ideal/ensino deficitário

06

42,86

Leitura perde na preferência para outras atividades

02

14,29

Há predomínio do ensino gramatical sobre a leitura

01

7,14

Ensino da leitura proporciona prazer ao aluno

01

7,14

O professor não incentiva o aluno a ler

01

7,14

Alunos não têm domínio sobre práticas de leitura

02

14,29

Amplia a compreensão do aluno

01

7,14

A escola está desenvolvendo no aluno o gosto pela leitura

01

7,14

            Conforme se observou nos quadros parece haver uma grande preocupação em relação ao ensino da leitura. Quarenta e dois, vírgula, oitenta e seis por cento, (42, 86%) dos professores entrevistados reconhecem que este ensino está longe do ideal. Alguns professores não expõem seus pontos de vista, apenas explicitam os objetivos da leitura, enquanto que outros vão além quando apontam as causas para esse ensino deficitário, todavia há por parte de docentes algum reconhecimento de que há algo está sendo feito para mudar esse contexto.

             Sete, vírgula, quatorze por cento, (7,14 %) dos professores ressaltaram que a precariedade no ensino da leitura tem como um dos fatores principais o fato de o aluno não ter gosto pelo que lê. Nessa mesma linha de raciocínio, quatorze vírgula vinte e nove por cento, (14,29 % )vêem como possibilidade para reverter esse quadro levar o aluno a ter domínio dos procedimentos das práticas de leitura, principalmente, no que se refere às práticas de atividades orais e escritas. De fato, a atividade de leitura é algo complexo, é o resultante de uma série de fatores que envolvem, sobretudo, compreensão, assimilação e reconstrução.

               Para sete, vírgula, quatorze por cento ,(7,14 %) dos professores entrevistados houve a afirmação que o ensino quase que exclusivista da gramática tem sufocado a importância da leitura. Esse é um ponto nevrálgico, porque o que se defende não é que não se ensine gramática, mas o fato desse ensino gramatical não estar associado à leitura. Não se admite que um esteja dissociado do outro, já que ambos são suportes fundamentais para o domínio lingüístico.

            Investigou-se também, junto aos professores2, quais as dificuldades encontradas por eles em relação ao ensino de leitura.

Quadro 2

Principais dificuldades em relação ao ensino da leitura

Nº. Professores

%

O aluno não tem hábito de ler

10

71,43

Não há ambiente adequado e/ou material técnico pedagógico

03

21,42

Trabalho desarticulado

1

7,14

Dificuldades de compreensão/o aluno prefere  jogos à leitura

1

7,14

A família não assume parceria com a escola.

1

7,14

             Como se pode observar no quadro 2, os entrevistados apontaram como a maior delas a falta de hábito de leitura, além da  escassez de material técnico- pedagógico como livros, revistas, jornais e recursos audiovisuais adequados.

             Há que se investigar os motivos pelos quais o aluno não consegue, muitas vezes, tornar-se um leitor competente. Setenta e um por cento, vírgula quarenta e três por cento (71,43% ) dos entrevistados são enfáticos em dizer que o aluno não faz uso freqüente da leitura. Esse é um aspecto que não pode ser ignorado. O motivo de o aluno não ler, assiduamente, tem raízes, por exemplo,  no fato de a escola não está suficientemente estruturada para o desenvolvimento das atividades de leitura.

            Nesse sentido, Bortoli (2002, p.20) revela que " A leitura é, certamente, uma atividade humana e um processo de desenvolvimentos presente na vida de todo homem, e a escola, dentre seus programas de leitura, deve propiciar condições para desenvolver esse repertório."

            Além dessas carências, convivem lado a lado, um ensino de leitura desarticulado - conforme afirmam 7,14% dos professores-, que não conseguem encantar o aluno que acaba se encantando muito mais com jogos lúdicos do que com a leitura. Como se vê na opinião de 7,14 % que opinaram e, aliado a isso, há o não comprometimento da família como causa preponderante para que o aluno não desperte o interesse necessário pela leitura. Logo, faz-se necessário dar sentido às nossas aulas de leitura.

             É importante que o aluno não veja o estudo de leitura como algo alheio ao que ele vive,por isso  é necessário instigar a curiosidade e o desejo de leitura do aluno. Para Silva (apud BORTOLI, 2002, p.20), "essa prática deve ser efetivada [...] dentro e/ou fora da escola [...]."

            A ação do professor é fundamental para que a escola possa formar leitores competentes, é necessário que ele faça a mediação entre texto-aluno-mundo, porém é importante também que ele faça uso dessa prática, ou seja , é indispensável que ele seja também um bom leitor, uma vez que ele, muitas vezes, torna-se paradigma para o discente, especialmente os alunos principiantes na questão de leitura. Como pode ser observado no quadro seguinte, a maioria dos profissionais entrevistados, 78,57%, compartilha a opinião de que o professor deve ser o grande mediador entre o aluno e o texto.

Quadro 3

Papel do professor na formação de alunos leitores

Nº. Professores

%

Mediar/incentivar o gosto pela leitura

11

78,57

Ser também um bom leitor

03

21,42

Instigar a curiosidade do aluno

1

7,14

Desenvolver estratégias de leituras.

1

7,14

             Embora os professores tenham respondido anonimamente às perguntas contidas no questionário aplicado, observou-se uma busca pelo posicionamento politicamente correto ao responder algumas perguntas, especialmente, no que se trata da metodologia usada para o ensino da leitura. Isso ficou evidenciado no fato de nenhum professor ter confessado usar os textos do livro didático como principal ou única fonte de leitura, quando na verdade, sabe-se que muitos professores fazem uso unicamente dos textos contidos no livro didático, sem que recorra a fontes alternativas. Por outro lado é plausível a atitude dos professores, em reconhecer que o ensino de leitura na escola é deficitário e que há muito a ser feito, para que se chegue a um parâmetro ideal de ensino.

            Há demonstrações explícitas e implícitas de preocupação por parte dos entrevistados em considerar que a escola não tem encantado o aluno no tocante ao ensino de leitura, uma vez que não tem conseguido despertar no aluno o gosto pela leitura.

            Diante disso, a ausência de uma prática motivadora da leitura e escrita torna-se então um problema em que ler é desmotivador e incomoda, sendo encarado apenas como obrigação. Quando, na verdade, a leitura deveria não só nas escolas, mas em todo lugar, constituir-se como algo sadio e agradável.

             Apenas reconhecer que o professor de língua portuguesa tem a função principal de ser o mediador, o incentivador no processo de leitura, parece não trazer muita contribuição para melhorar nosso ensino de leitura. É  necessário que ele, o docente, seja verdadeiramente um sujeito ativo nesse processo, que ponha essa responsabilidade em prática, através de práticas de ensino significativas, que encantem o aluno e o insira definitivamente no mundo maravilhoso da leitura.

              Em relação ao desenvolvimento de estratégias de leitura, há ainda em nossas escolas aversão a essas estratégias inovadoras de trabalhar leitura, porque os professores estão, de certo modo, presos a uma tradição educacional conteudista, cuja preocupação principal é o cumprimento dos conteúdos programáticos, especialmente os gramaticais.

              É necessário que o ensino de leitura esteja pautado em fundamentos sólidos, ou seja, é preciso a aplicação de procedimentos eficientes, para que não se fracasse no processo de ler-entender, uma vez que, a leitura é uma atividade que envolve risco. É evidente que o que se quer formar não são leitores passivos, mas sujeitos críticos com uma capacidade inventiva aguçada, para isso, é fundamental escolher leituras coerentes com a prática cotidiana do aluno, e que haja diversidade nessa escolha.

Quadro 4

Metodologia usada na escolha dos textos

Nº. Professores

%

Somente textos sugeridos pelo livro didático

0,0

0

Coletânea de textos de diversos autores

12

86

Textos pertinentes ao universo sociocultural do aluno

10

71,43

A curiosidade do aluno diante de fatos contemporâneos

07

50

As dificuldades de leitura do aluno

08

57,1

            Em relação a qual metodologia usada na escolha dos textos a serem trabalhados com o aluno, oitenta e seis por cento (86%) dos entrevistados afirmaram levar em consideração coletânea de textos de diversos autores. Setenta e um, vírgula quarenta e três por cento, (71,43%) escolhem textos ligados diretamente ao universo sociocultural do aluno, cinqüenta por cento (50%) consideram, na hora da escolha,  a curiosidade do aluno frente a acontecimentos contemporâneos e cinqüenta e sete, vírgula um, (57,1%) analisam previamente dificuldades de leitura comuns aos alunos, convenientemente nenhum professor diz usar somente textos sugeridos pelo livro didático, conforme  reprodução no quadro 04.

Quadro 5

Metodologia eficiente parra o ensino da leitura

Nº. Professores

%

Projeto de leitura que envolva família e escola.

03

21,42

Priorizar leitura na escola

03

21,42

Livro e local adequado para essa prática

02

14,29

Trabalhar leitura, interpretação, compreensão

02

14,29

Promover a leitura literária

02

14,29

Não apontaram nenhuma metodologia eficiente

02

14,29

            Quando perguntados se os entrevistados apontariam alguma metodologia eficiente para o ensino de leitura, vinte e um, vírgula quarenta e dois por cento, (21,42%) dos professores mencionaram que seriam necessários projetos de leitura que envolvessem família e escola, o mesmo percentual reivindica que a leitura seja tratada com prioridade na escola. Esses dados preocupam, à medida  que se percebe que a leitura não tem sido elemento norteador para o ensino da língua, já que há essa clara manifestação de priorizá-la. Já quatorze vírgula, vinte e nove por cento(14,29%) ressaltam que é necessário trabalhar a leitura de forma mais abrangente, explorando mais a compreensão e interpretação. O fato alguns professores  não terem apontado nenhuma metodologia eficiente para o ensino da leitura é preocupante, pois a falta de posicionamento pode levantar a hipótese de que ensinam leitura apenas como um conteúdo presente do livro didático ou no planejamento anual.

               Em relação à escolha de  uma metodologia eficiente, parece óbvio quer o mais importante não é qual método deve ser usado, mas o que fazer com essa leitura, o texto e sua leitura deve fazer sentido para o aluno, não pode ser algo desarticulado; geralmente o que ocorre nas aulas de língua portuguesa é observar simplesmente a decodificação da leitura feita pelo aluno, quando na verdade essa prática pode e deve ser mais significativa, explorando o texto em todas as suas possibilidades.

                 O entrevistado 1B, faz um comentário interessante nesse sentido, para ele o ensino de leitura na escola deve ser algo prazeroso, que faça o aluno leitor usar sua imaginação e se encantar com os textos que lê, todavia, deve ser algo questionador, que o leve às inquietações e o torne um sujeito crítico, capaz de pensar, indagar, interpretar. Para que isso se torne real, segundo o entrevistado, é necessário que a escola elabore propostas de trabalho que envolvam  toda a comunidade escolar, logo a participação dos pais nessa tarefa é imprescindível.

                  Por fim, um dos entrevistados, o professor 1B,  levantou um questionamento importante, na sua visão o ensino de leitura não deveria ser tarefa única e exclusiva do professor de língua portuguesa, já que as demais disciplinas a utiliza com suporte principal em suas aulas. É evidente que não se está afirmando aqui que o professor de língua portuguesa possa se eximir dessa tarefa que é principalmente sua, mas não somente sua. Essa opinião foi também defendida pelo professor 2D que vê com otimismo melhorar o ensino de leitura através da interdisciplinaridade. Os entrevistados 1E e 1F ressaltam que há pouca ação do sistema educacional, isso acaba por não dar o suporte necessário para capacitar o professor de língua portuguesa para que esse realize as atividades de leitura de maneira eficiente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

                 Embora os professores tenham respondido anonimamente às perguntas contidas no questionário aplicado, observou-se  uma busca pelo posicionamento politicamente correto ao responder algumas perguntas, especialmente, no que se trata da metodologia usada para o ensino da leitura. Isso fica  evidenciado no fato de nenhum professor ter confessado usar os textos do livro didático como principal ou única fonte de leitura, quando, na verdade, acredita-se que muitos professores fazem uso unicamente dos textos contidos no livro didático, sem que recorra a fontes alternativas

                 Por outro lado é plausível a atitude dos professores, em reconhecer que o ensino de leitura na escola é deficitário e que há muito a ser feito, para que se chegue a um parâmetro ideal de ensino.

                 Há demonstrações explícitas e implícitas de preocupação por parte dos entrevistados em considerar que a escola não tem encantado o aluno no tocante ao ensino de leitura, uma vez que não tem conseguido despertar no aluno o gosto pela leitura.

                 Diante disso, a ausência de uma prática motivadora da leitura e escrita torna-se então um problema em que ler é desmotivador e incomoda, sendo encarado apenas como obrigação. Quando, na verdade, a leitura deveria não só nas escolas, mas em todo lugar, constituir-se como algo sadio e agradável.

                Apenas reconhecer que o professor de língua portuguesa tem a função principal de ser o mediador, o incentivador no processo de leitura, parece não trazer muita contribuição para melhorar nosso ensino de leitura. É necessário que ele, o docente, seja verdadeiramente,  um sujeito ativo nesse processo e  que ponha essa responsabilidade em prática, através de práticas de ensino significativas, que encantem o aluno e o insira definitivamente no mundo maravilhoso da leitura.

               Para atingir seus objetivos e construir os efeitos de sentido pretendidos no ensino de leitura, os professores de língua portuguesa têm diante de si inúmeras opções de ensino, e é a escolha das opções mais adequadas que irá determinar o sucesso do ato de ler.

Os problemas levantados nesta pesquisa são muitos, no entanto, há caminhos possíveis que podem auxiliar na busca de soluções para esses problemas. Não existe receita pronta para se formar um bom leitor, mas, certamente, há práticas condizentes com os parâmetros de leitura, e com o mundo interior e exterior do aluno que poderão auxiliar a atingir um índice de leitura satisfatório.

REFERÊNCIAS

BORTOLI, Lúcia Helena de. LEITURA: os nós da compreensão. Passo Fundo: UPF, 2002.

FULGÊNCIO, Lúcia. Como facilitar a leitura. 6. ed. São Paulo: Contexto, 1998.

SILVA, Ezequiel Theodoro. O ATO DE LER: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2005.   

SMITH, Frank. Leitura significativa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

SIQUEIRA, Ethevaldo. "Na televisão, todas as noites, uma receita para não pensar", O Estado de S. Paulo, 15/05/1977, p.26.



[1]  A porcentagem foi feita no universo de 15 entrevistados. Quando necessário os dados da dízima foram arredondados, conforme exige os parâmetros de porcentagem.