DEUS EXISTE?

Hoje gostaria de compartilhar com vocês algo que nos intriga, principalmente pelas colocações de nossa clientela estudantil, seja no ensino fundamental, médio ou superior.

            Sabemos perfeitamente que a partir do momento que o ser humano começou a envolver-se com a busca das soluções de seus problemas, aconteceu o aperfeiçoamento do mundo científico e as descobertas tornam-se cada vez mais mirabolantes. Se tivermos dúvida disso, basta estudar um pouco a vida de grandes nomes da ciência e verificar o esforço e dedicação de seus trabalhos. Mas, a questão crucial é que muitas vezes essas brilhantes criaturas, acabam separando esse mundo da ciência com o mundo da religião. E, dessa separação nascem os ditos ateus.

            Nada contra a opção religiosa de alguém. Muito menos não somos contra os ateus. Contudo, pensemos, caros leitores, o quanto é difícil passar isso aos nossos diletos alunos. Confessamos publicamente que não é fácil exercer a atividade de professor de História, Filosofia, Sociologia e outras áreas de cunho social, especialmente quando entramos nesse polêmico e complexo campo que diz respeito à relação entre Deus x Ciências. Aliás, desde o início da História e da Filosofia, entre os Gregos antigos, essa polêmica foi posta e, no decorrer da trajetória histórica da humanidade ganha espaço.

            Se por inocência, reflexo da forte carga educacional do berço e de toda uma tradição familiar ou por intensa vivência junto aos padres, não saberíamos dizer, ressaltamos é que até o presente momento, e,  já são 20 anos lecionando com essas áreas de conhecimento, devemos dizer que estamos conseguindo conciliar essas duas dimensões: a ciência, voltada as suas teorias, idéias, fórmulas complexas de indução do conhecimento e, aquela voltada ao divino. Talvez, nossos jovens estejam voltados extremamente ao fascinante campo do saber científico. Mas, caros amigos: para onde iremos quando deixarmos esse mundo? O que será de nossa sociedade se não acreditarmos na família e nos valores e  dignidade do ser humano? Será que muitos não estão confundindo liberdade com libertinagem? Não tenhamos dúvidas: será justamente pela religião, pelo repensar, refletir, silenciar, parar um pouco com a loucura de ir não, sabe-se para onde. Cremos que deve ser preciso ter um pouco de Deus no coração e  também temor ao divino, dessa forma poderíamos viver um pouco mais em paz e com felicidade.

            Não se trata aqui de moralismo, de partir para a defesa de Deus e de se seguir uma religião, o que podemos dizer a geração dos mais novos é que devemos voltar um pouco nosso olhar à geração do passado, sobretudo refletir nos extraordinários exemplos de nossos pais, avós, bisavós, tataravós e toda uma geração que acreditou e continua acreditando que Deus existe e,  por isso, não deixaram de ser felizes.

            Por favor, caros jovens, não vamos deixar toda uma tradição de infinitas gerações sucumbir em nome de meros prazeres passageiros do mundo científico e de seus deleitos. Estudar, conhecer as teorias com profundidade é importantíssimo, caso contrário passaríamos pelo vexame de sermos ignorantes ou desinformados, mas é preciso mensurar o que é colocado em nossa mente. Com certeza já fizemos muitas besteiras na vida, mas nada como um dia atrás do outro para nos mostrar onde acertamos e onde erramos. Essas sim, acabam sendo as grandes lições em nossas vidas.

            A ciência é importantíssima, caso contrário, apesar dos inúmeros problemas que afligem a humanidade, não haveria a evolução e, bem sabemos quanto os cientistas e suas fantásticas descobertas proporcionam ao bem estar do mundo. Mas, não é por causa da sabedoria humana  que deveríamos deixar de acreditar em Deus.

            Contudo, se Deus existe ou não, esse é um problema que só você, caro leitor, poderá resolver.