*SILVA, Maria Aparecida da.

Resumo:

Nas escolas existem varias classes culturais que geram desigualdade entre pessoas que convivem no mesmo ambiente. Desta forma, o presente artigo mostra uma importância relevante de uma educação permanente nas escolas sobre esses tipos de culturas nas escolas e como saber conviver com culturas diferentes em um mesmo ambiente.

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* Funcionária Pública do Apoio Administrativo Educacional de Infraestrutura Escolar.

1. Introdução:

             A educação é um processo prolongado durante nossa vida e a escola faz parte do processo de nossa educação, assim, sabendo lidar com valores, crenças e costumes. O ambiente escolar nos permita envolver com várias culturas diferentes que nos possibilita aprender um pouco mais de cada uma delas, abdicando – se de preconceitos e descriminação.

            Para proporcionar um ambiente onde todos possam saber e conviver com culturas diferentes, a escola, é um ambiente que pode proporcionar uma educação permanente sobre esses valores, construindo um comportamento diferente entre os alunos pertencentes nela.

2. Desenvolvimento:

                  Todas as identidades e diferenças são produzidas culturalmente, no ambiente escolar estas diferenças são utilizadas para discriminar, humilhar, inferiorizar. A educação intercultural surge no intuito de discutir e propor uma nova forma de educação. Num espaço escolar, diversas pessoas trazem suas contribuições históricas e culturais negociando suas identidades e diferenças. Utilizar esse espaço como um ambiente de reflexão e compreensão das relações entre os diferentes é muito complexo. A educação intercultural pode nos fornecer diretrizes para a construção de um sujeito negociador, contribuindo para a construção de uma sociedade não racista e discriminadora, que de certa forma, pode garantir um convívio harmonioso. (MONTEIRO, 2008)

                  Quando se fala em diferenças sociais, estamos nos referindo àquelas diferenças que têm uma base natural ou, então, são produto de uma construção cultural. Tem uma base natural a diferença entre os sexos; isso provoca, inelutavelmente, uma diferença de comportamento social, de posição social. Por outro lado, existem diferenças fundadas, digamos assim, num condensado cultural: costumes, mentalidades. Todos aqueles que seguem uma mesma religião, têm uma mesma visão do mundo e uma mesma tradição tribal ou grupal, distinguem-se dos demais; são diferenças nítidas. Com isso a participação da escola em um processo de ensino comportamental perante essas crenças é primordial para o alcance do objetivo que é um consenso harmonioso entre alunos. (SOARES, 2008)

                  De acordo com GOMES, 2012:

“não se educa" para alguma coisa", educa-se porque a educação é um direito e, como tal, deve ser garantido de forma igualitária, equânime e justa. O objetivo da educação e das suas políticas não é formar gerações para o mercado, para o vestibular ou, tampouco, atingir os índices internacionais de alfabetização e matematização. O foco central são os sujeitos sociais, entendidos como cidadãos e sujeitos de direitos.(GOMES,2012)

Conforme o autor diz, a educação é direito de todo cidadão e de forma igualitária e justa, assim, com essa visão de direitos é possível criar um parâmetro de educação igualitária para todos, não somente educar apenas para uma classe cultural e sim, como classes culturais diferentes, garantindo uma alfabetização surpreendente.

                  A Educação pode dirigir-se a dois caminhos: para contribuir para o processo de emancipação humana, ou para domesticar e ensinar a ser passivo diante da realidade que está posta. Assim, a educação deve também ter agentes que se posicionem diante da realidade, que optem pela construção de um saber comprometido com a maioria popular, ou que fiquem alheios a essas questões e contribuam para a manutenção das desigualdades, sempre aprendendo a exercer de forma adequada e saber lhe dar com as desigualdades, garantindo a educação dos alunos perante a essas desigualdades para que possam conviver e saber mais sobre diferenças. (FREIRE, 1973 apud GUZZO;FILHO,2005)

4-Considerações Finais

            As desigualdades estão presente em todos ambientes, assim, a escola como parte da educação, deve garantir um conhecimento sobre as desigualdades e mostrar que isso não impede um comportamento diferente daqueles que possuem uma crença, raça, religião, entre outras coisas.  E sim, aprender a buscar saber e respeitar o que é de escolha de todos. Desta forma, a escola faz parte dessa educação em que oferece o saber e o conhecimento de expor sobre os comportamentos éticos e legais das pessoas, repassando para os alunos que estão inseridos nas redes de ensino.

Bibliografia:

GOMES, Nilma Lino. Desigualdades e diversidade na educação. Educ. Soc. vol.33 no.120 Campinas July/Sept. 2012.  Acessado no dia 26/04/15 às 17h35min

Disponível em: www.scielo.com

GUZZO, Raquel Souza Lobo; FILHO, Antonio Euzébios. Desigualdade social e sistema educacional brasileiro: a urgência da educação emancipadora. Escritos educ. v.4 n.2 Ibirité dez. 2005. Acessado no dia 20/04/15 às 15h30min.

Disponível em: www.scielo.com

MONTEIRO, Edwania Barbosa. Desigualdade nas escolas: uma questão para a educação intercultural. Publicado no Webartigos. 2008. Disponível em:  http://www.webartigos.com/artigos/diferencas-e-desigualdades-nas-escolas/9489/ Acessado no dia 25/04/15 às 12h40min.

SOARES, Maria Victória Benevides. Desigualdade e Educação: Direitos Humanos nas escolas programa de formação docente. Universidade de São Paulo. Projeto. 2008. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/educar/academia/textos/usp_edh_desigualdade_educacao.pdf  Acessado no dia 26/04/15 às 18h30min.