CENTRO ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ –CEAP

Tami Martins

DESIGN, INDÚSTRIA E GRÁFICO

A influência dos movimentos artísticos pós-Revolução Industrial no Design Gráfico

Macapá/Ap

2009

CENTRO ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ –CEAP

Tami Martins

DESIGN, INDÚSTRIA E GRÁFICO

A influência dos movimentos artísticos pós-Revolução Industrial no Design Gráfico

Trabalho da disciplina de Design Gráfico, do Curso de Design, Oferecido pela Faculdade CEAP.

Macapá / Ap

2009

RESUMO

O Design Gráfico, assim como muitas das profissões que existem, surgiu a partir da necessidade de haver em determinados contextos um individuo solucionador que suprisse as exigências e as demandas enfrentadas pelo homem. E assim como muitos dos conceitos e ciências, não foi descoberto ou fundado e sim evoluiu de concepções primitivas até o elaborado complexo que é hoje.

Este artigo trata de alguns dos principais movimentos de caráter estético, político, artístico e funcional que a partir do fenômeno da industrialização vieram a conceder ao Design Gráfico importante participação na formação e definição da profissão, além de seu papel como agente transformador no meio ao qual se inseriu nos séculos IX e XX.

I- INTRODUÇÃO

"Desde a pré-história, as pessoas têm procurado maneiras de representar visualmente idéias e conceitos, guardar conhecimento graficamente, e dar ordem e clareza à informação… O indivíduo que traz ordem estrutural e forma à comunicação impressa foi denominado Designer Gráfico apenas em 1922. No entanto, o designer gráfico contemporâneo é herdeiro de uma ancestralidade célebre."

Cita Philip Meggs em seu livro A History of Graphic Design, onde explora essa vertente do Design, suas origens, importância e os movimentos artísticos, políticos e sociais que influenciaram o Design gráfico e sua concepção até os dias atuais. Meggs faz parte de uma tradição recente de historiadores que concluíram que a forma como se compreende a história do design gráfico não depende da estrutura tradicional da História da Arte. (WIKIPÉDIA, 2009)

Porém assim como a história da arte começa a ser montada nas cavernas, o design gráfico compartilha datas e eventos que viriam a influenciar sua concepção e definição. Suas origens como vimos antecedem até mesmo o nome "design" e suas características viriam a ser formadas a partir de diversas vertentes. Começando a partir dessas manifestações pré-históricas, perpassando pela criação dos sistemas de símbolos da escrita, pelas artes visuais em si com seus movimentos e manifestações, os estudo sociológicos e psicológicos, a evolução da publicidade, e pelos avanços tecnológicos, como a internet, o Design Gráfico toma forma a partir da história que o remonta até os dias atuais.

Com o objetivo de demonstrar por meio dessa ancestralidade uma conexão com o design gráfico da atualidade, dando enfoque em três dos movimentos mais importantes que ajudaram a formar o conceito de design gráfico e contribuíram para sua concepção como profissão, é que esse artigo é escrito.

No intuito de transpassar não somente as características artísticas e conceituais desses movimentos em si, como também a radicalidade e o revolucionismo incorporados aos mesmos, dado o contexto político e socioeconômico no qual se inseriam, onde viriam a surgir homens que por meio da expressão de seus ideais montaram conceitos de caráter visual e ideológico que influenciariam e direcionariam o Design Gráfico.

Reinventando-o não mais como uma vertente do trabalho artístico, mas sim como uma forma de expressão própria, dotada de características independentes da arte e transformando-o em um pilar autônomo que, sim, se utiliza de recursos artísticos, mas não só deles para sua manifestação, enquanto associado a um novo mundo que surgia, tomado dos pinceis e das mãos dos artesãos pelas máquinas industriais e pelo racionalismo funcional de uma nova era de conceitos e necessidades criados pela indústria.

II- Adapta-te, homo sapiens.

Segundo Darwin, na luta pela sobrevivência não é o mais forte que prevalece, e sim aquele que melhor se adapta. E eis que nossa espécie em matéria de adaptação demonstrou-se, na história evolucionista, apta à diversas mudanças, de hábitos, costumes, culturas, climáticas, políticas, etc. Sobrevivendo a adversidades que se propuseram a sua frente, e mais tarde criando nós mesmos os elementos e o âmbito das mudanças as quais nos adaptaríamos.

Assim, no século XIX, impulsionado pelas descobertas de novas matérias-primas geradas pelas colonizações européias, é que forma-se um novo habitat para o ser humano, criado pelo mesmo, a Revolução Industrial. Não considerada, segundo Rudinei Kopp no seu livro Design Gráfico Cambiante, como marco inicial do Design Gráfico em si, mas sim dada a importância da Revolução para um novo entendimento de recepção de materiais gráficos, não mais um privilégio de poucos, mas sim, impulsionados pela produção em escala industrial, chegando as massas e delas interdependendo. (pág.44 KOPP, 2002)

A produção industrial que cresce sem antecedentes no período, torna-se então parte do cotidiano, tanto europeu quanto norte-americano. E esses produtos além da quase formatada concepção de design em sua estrutura física e funcional em si, necessitavam de uma manifestação de caráter expositivo que lhes fizesse jus a sua disponibilidade, funções e torna-se então tudo isso visível ao consumidor que entraria em contado com o mesmo não só no momento da compra, mas sim através do contato visual antecessor, às vezes, até mesmo a sua necessidade, criada por essas novas mídias que se fizeram necessárias, tais como cartazes, jornais, revistas, embalagens, entre outros meios possíveis de impressão através dos processos xilográficos, tipográficos e litográficos. Tendo esses como objetivo a divulgação de novos produtos, serviços, informação e entretenimento. (pág.44 KOPP, 2002)

Podemos dizer então, a partir dessa concepção, que assim como a maioria dos grandes legados da humanidade, como a roda, o fogo, o telefone e etc., o Design Gráfico também, desenvolveu-se, aos poucos, e não foi exatamente descoberto, fundado ou criado, mas sim partiu da necessidade de sua existência, em parte já conceituada à muito historicamente, mas tomando forma a partir do momento em que se destacava como solucionador prático da era Industrial, acoplado a características de caráter artístico que herdara, mas gradativamente mostrando sua própria intensidade e peculiaridade, classificando-se como uma "arte-funcional", munida de objetivo e público.

Essa nova forma de expressão passaria a possuir seus próprios porta-vozes, assim como os movimentos artísticos que a precederam, tendo na constituição de sua forma, como antecessores dos conceitos principais, quatro movimentos: Construtivismo Russo, De Stjl (ou Neoplasticismo), Bauhaus e Estilo Internacional.

Movimentos esses que aconteceram na Europa em países distintos mas que enfrentavam quase sempre um quadro político-social similar, tendo como ponto intercessor de ambos o fervor da concepção industrial que o mundo tomava apartir daquele ponto, e a importância do design, da arquitetura, e da arte, ao acompanhá-lo, que surgia enfatizando a presença do Design (Gráfico e produto), tornando-o então indispensável na produção industrial até os dias atuais

III- Depois dos floreios surgem as vigas.

"Uma arte construtiva que não decora, mas organiza a vida" – El Lissitzky, 1922 (WIKIPÉDIA, 2009)

A partir da revolução Industrial surgiram diversos estilos, muitos deles ainda fortemente influenciados pelos movimentos artísticos antecessores, como o estilo Vitoriano, intitulado em homenagem a rainha Vitória coroada em 1837, caracterizado principalmente por ornamentos e adornos e pelo grande aproveitamento de espaço. (pág. 44, KOPP, 2002)

Seguido pelo estilo de Artes e Ofícios, que assim como o Vitoriano apreciava o antigo e o ornamental, mas desvinculava-se do maneirismo Barroco e do Romantismo exacerbado do período Vitoriano. Aos poucos simplificando onde o Vitoriano era exagerado, mas ainda valendo-se de adornos e formas orgânicas principalmente, em detrimento ao realismo das imagens. (pág. 46, KOPP, 2002)

Esse por sua vez entrando em declínio a partir de 1890, porém obviamente, assim como os demais estilos, remanescendo em diversos aspectos. Quando então surge o Art Nouveau, que segundo Meggs, citado por Rudinei Kopp, constituía o inicio do design moderno. (pág. 47, KOPP, 2002)Muitos porém o citam como um alarme falso do movimento moderno. (BRASILRENDER, 2009) Uma das suas principais características viria a ser a utilização dos adornos não mais a caráter decorativo, mas sim correlacionado com a função comunicativa, tomando parte na estrutura. Começaria aí, na opinião de muitos, a miscigenação do decorativo ao funcional, tornando a peça nos movimentos predecessores, "útil".

Com o tempo, e o aumento da produção industrial, assim como fatos históricos como a decadência da Inglaterra como potência industrial européia, no início do século XX, os movimentos que viriam a surgir gradualmente adaptavam-se as novas exigências do mercado, e a evolução do Design gráfico interdependente da evolução industrial, que por sua vez dependia do público consumidor, cada vez mais exigente e numeroso, e do fornecimento de matérias-primas, cada vez mais escassas. Esse paralelo entre o diferencial que os produtos e suas mídias deviam tomar e o público refinado intelectualmente e as matérias-primas que surtiam agora a necessidade de novas formas de combinação e fontes, pode muito bem equiparar-se a situação do Design Gráfico na época.

Para atender a um numero maior de produção e impressão, a custos menores, atraindo mais atenção, com recursos em principio de legibilidade e fácil compreensão, foi que a concepção de que para tornar-se moderno, o Design Gráfico deveria priorizar as vertentes iniciadas pelo Art Nouveau, de característica funcional a peça gráfica, e reinventasse-se abolindo o adorno e os ornamentos, dando atenção não mais ao decorativo, e sim ao funcional e útil.

Quando então as formas antes orgânicas e ornamentais passam a ser compostas por figuras de caráter geométrico, a singularidade das linhas e da clareza visual começam a ser exploradas, e as cores tomam novo significado na expressão da peça gráfica, surgindo a partir daí os princípios dos estilos mordenistas que exploraremos a seguir.

IV- A INDÚSTRIA TOCA O HOMEM, O HOMEM TOCA A INDÚSTRIA

A Europa do século XX, graças aos avanços tecnológicos proporcionados pela ciência, a indústria, e as revoluções de caráter sociopolítico, como a mudança dos sistemas democráticos, socialistas e comunistas, presenciava as mudanças que a revolução industrial trouxera ao cotidiano dos indivíduos. Agora o "produto", a "maquina" e a "indústria" eram tangentes nas mãos dos mesmos. Haviam carros circulando pelas ruas, o rádio como meio de comunicação, e inúmeros produtos manufaturados nas casas.

O progresso tecnológico, agora visível, tornasse-ia então inspiração pra as revoluções criativas e movimentos que viriam a surgir. Adotando os conceitos dos movimentos antecessores, adaptando-os para o contexto em que a Europa se encontrava agora, mas também atribuindo novas características, totalmente relacionadas ao ambiente sócio-tecnológico que os incitara.

Desses movimentos podemos citar o Construtivismo Russo, principalmente pela sua radicalidade,

já que até então nenhum movimento na evolução da arte moderna tinha sido uma expressão tão inserida numa realidade revolucionária concreta, ou tinha colocado tão explicitamente a função social da arte como uma questão política. O Construtivismo foi uma expressão artística com forte influência do marxismo e estava intimamente ligado ao processo revolucionário iniciado na URSS e na Alemanha. (WIKIPÉDIA, 2009)

Houveram outros movimentos de importância, como o Dadaísmo, no período, também incitados pelo contexto tecnológico da época. Mas o Construtivismo viria a ser um dos movimentos de maior significação na conceituação de design gráfico, já que diferente do Dadaísmo e do Surrealismo, influenciados principalmente pelas publicações e descobertas de Freud (brasilrender, 2009), o Construtivismo traçava uma linha definitiva como ponte entre a indústria e a mídia gráfica da qual ela se servia. Linha essa que literalmente era empregada no movimento construtivista. Valendo-se também de características dos movimentos Futuristas e Cubistas, para a montagem de sua estrutura sóbria.

O termo "arte construtivista" introduzido pela primeira vez em 1917, por Malevitch, descrevia perfeitamente o caráter do movimento estético-político iniciado na Rússia a partir de 1919. (WIKIPÉDIA)

Ele negava uma "arte pura" e procurava abolir a idéia de que a arte é um elemento especial da criação humana, separada do mundo cotidiano. A arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado Operário, deveria se inspirar nas novas perspectivas abertas pela máquina e pela industrialização servindo a objetivos sociais e a construção de um mundo socialista. (WIKIPÉDIA, 2009)

Sendo a favor das formas geométricas, da simplicidade e da clareza, o Construtivismo surge para dar um novo sentido de ordem no design, utilizando-se de um emprego racional de material a fim de encontrar soluções para problemas de comunicação. Dissipando o "caos" manifestado pelo estilo Dadaísta e Surrealista, alinhando os pontos que implicavam na clareza de idéias e na recepção rápida da mensagem visual. (MAKKAM, 2009)

Não deixando porém de valer-se de certos conceitos introduzidos por esses entre outros movimentos, tais como a utilização tipográfica como parte da mensagem visual da peça, explorada pelo Dadaísmo, por exemplo. O que vemos nesse ponto é que, apesar de movimentos divergentes, em sua grande maioria, a contribuição de todos, evoluía a concepção de Design Gráfico, influenciando e co-relacionando seus principais movimentos em diversos pontos que viriam a conceituar a peça gráfica como é concebida hoje.

A funcionalidade na peça gráfica, iniciada, como vimos, no Art Nouveau, era primordial, essa "utilidade" buscada pelos construtivistas abolia a arte como criação peculiar e particular, tendo como base certas características do movimento, como:

a busca da técnica da engenharia, a utilização dos novos materiais, a tendência para a arquitetura e o design, a opção pela atividade coletiva em oposição ao individualismo, a idéia de construir objetos entendidos como sínteses, a superação dos limites da arquitetura, da escultura e da pintura, entre outros. (WIKIPEDIA, 2009)

Logo, a obra de arte deixa de ser representação, como o era para os expressionistas, ou ainda configuração abstrata, para passar a ser um objeto potencialmente capaz de se transformar num artefato útil. (WIKIPEDIA, 2009) Onde, com a visão de um novo mundo, os construtivistas pregavam que seu lugar nesse contexto era ao lado dos cientistas e engenheiros. Geram-se nesse ponto parâmetros importantíssimos ao Design Gráfico, atribuindo a ele o funcional, caracterizando-o como comunicacional e pregando a aversão ao individualismo, com a montagens de equipes e divisão de trabalhos, que evitava retrabalhos, sobrecarga e produtividade maior.

Ainda hoje possuímos inúmeros designers que trabalham por conta própria, mas sabemos, que prosperas e funcionais são as empresas e escritórios de design, que possibilitam não só o aumento na velocidade do fluxo de trabalho, mas também implicam na pluralidade de idéias e contestações, que não são permitidas a um designer sozinho, geralmente guiado por seus próprios estilos e conceitos do produto visual a ser gerado.

Tendo esse movimento como principais características a utilização constante de elementos geométricos, cores primárias, fotomontagem e a tipografia sem serifa. (WIKIPÉDIA, 2009) Ele, mesmo após seu término, em 1934, deixou um legado que incorporaram-se ao próprio Design gráfico. Influenciando o estudo da cor quanto o contexto social no qual se insere, a força e clareza das formas, e o realismo concebido pela fotografia como forma de interpretação e identificação da peça visual pelo individuo.

O Construtivismo teve influência profunda na arte moderna e no design moderno e está inserido no contexto das vanguardas estéticas européias do início do Século XX.(WIKIPÉDIA, 2009) E ainda que após 1921 com o Surgimento da Nova Política Econômica (NEP) de Lênin, quando a utilidade do movimento tenha sido fortemente questionada e que, após a morte de Lênin, a burocracia de Stalin reduziria a arte a um mero instrumento de propaganda política e divulgação cultural, batizado de Realismo Socialista, o Construtivismo é considerado um dos movimentos que influenciaram fortemente outros estilos como De Stijl (ou Neoplasticismo) e Bauhaus. A concepção da comunicação visual revolucionada pelo Construtivismo Russo teria seu fechamento nesses movimentos. Que além de enriquecerem a história do Design Gráfico, carregavam também em si a herança dos movimentos que o inspiraram.

Identifica-se correntemente o construtivismo com sucedâneos ocidentais de mesma denominação: certos produtos da Bauhaus alemã e o neoplasticismo holandês (De Stijl), por exemplo. É certo que todos estes grupos desdobraram-se, segundo graus variados, a partir de ecos do construtivismo russo, mas, a rigor, eles pouco tem a ver com os princípios e objetivos originais do construtivismo russo. (WIKIPÉDIA, 2009)

V- O NOME DA REVISTA

Tendo sua publicação iniciada em 1917, por Theo Van Doesburg entre outros, a revista "De Stijl", seria o marco do movimento artístico denominado Neoplasticismo. Devido à influência de seus textos, assumindo até mesmo por vezes o aspecto de manifesto, o próprio movimento Neoplasticista, movimento estético que teve profunda influência sobre o design e as artes plásticas, passou a ser conhecido pelo nome da publicação. E até mesmo o grupo criador seria associado ao termo "De Stijl", que significa literalmente"O Estilo" em neerlandês. (WIKIPÉDIA, 2009)

Entre seus colaboradores estavam, além de Doesburg, o pintor Piet Mondrian, o designer de produto Gerrit Rietvield, entre outros. (WIKIPÉDIA, 2009) Tendo as obras de Piet Mondrian, também criador do termo "Neoplasticismo", como exemplo mais conhecido de De Stijl. O movimento tornou-se sinônimo de retangularidade e uso de cores primárias. Com a características principal de que o espaço visual respeita uma distribuição cuja proposta está sempre ancorada ao uso de retângulos. (pág. 58, KOPP, 2002)

Também criou um conceito de padrão visual facilmente identificado, com suas experiências com elementos tipográficos, presentes nas gráficas da época, exposto por Piet Zwart e Theo Van Doesburg. Assim como a geometria, que com o movimento, tornasse-ia parte da composição gráfica, não só incrementando-a, mas também a regulamentando, no conceito dos Neoplasticista. Segundo H.P. Berlage, designer da bolsa de valores de Amsterdan citado por Richard Hollis e referenciado por KOPP,(pág. 58, KOPP, 2002), a geometria era absolutamente necessária na criação da forma artística, e não somente útil a mesma.

A tipografia, que é uma das vertentes do Design Gráfico, adquiriu conceitos de caráter formatório com o De Stijl, destacando principalmente a busca pela fácil legibilidade, a simplificação das formas e o apreço a delimitação de espaços na peça gráfica.

Van Doesburg, editor da revista, como importante ícone do movimento, foi quem intensificou a incorporação e a importância do De Stijl, levando-o ao seu auge entre os anos de 1921 e 1925, quando internacionalizou e imortalizou o Neoplasticismo. Convidando artistas de toda a Europa a participarem da revista e também viajando para divulgar o movimento. Ponto importante a consideramos, devido sua intercessão com a Bauhaus, considerada a primeira escola de Design Gráfico, onde seus discursos e palestras viriam a intensificar a tendência idealista dos mestres da famosa escola alemã, onde Van Doesburg chega até mesmo a lecionar. (WIKIPÉDIA, 2009)

Na arquitetura e design, a influência do Stijl, com o intercâmbio entre o movimento e a Bauhaus, o ideal neoplástico tornou-se imensamente popular, com produção e consumo em escala industrial de infindáveis peças diretamente inspiradas pelas propostas do grupo holandês, que adquiriram um caráter 'moderno', voltado para o futuro. (WIKIPÉDIA, 2009) Tendo também com a internacionalização dos padrões geométricos difundidos pelo De Stijl, uma forma de especificação, que tornava possível, para os meios de criações artísticas, quebrar a "supremacia do individuo"e criar "soluções colectivistas", como vimos também é uma das características do movimento construtivista, em aversão ao individualismo fortemente inspirado pelas correntes socialista da época. (TIPOGRÁFOS, 2009)

Os designers do De Stijl fizeram-se notar pela rigorosa precisão com que dividiam o espaço, às vezes contrastando as divisões com linhas negras; pela tensão e pelo equilíbrio, alcançados com a assimetria; pelo uso das formas básicas, das cores primárias e pela máxima simplicidade nas soluções. As curvas foram eliminadas e preferiam os tipos sem serifa, os tipos eram compostos em blocos retangulares. A cor vermelha era a cor preferida em contraste com o preto, pois representava revolução. (MAKKAM, 2009)

Os esforços de Van Doesburg no objetivo de difundir o movimento, não foram em vão, porém o inicio de seu declínio deveu-se a falta de renovação do estilo e a busca de novos caminhos por parte dos artistas. Deficiências claramente expostas e intensificadas em 1925, quando Piet Mondrian, um dos principais nomes do movimento neoplasticista, renunciou publicamente ao De Stijl, devido a divergência de caráter ideológico com Theo Van Doesburg, acerca do rumo teórico a ser seguido pelo De Stijl. O que, seria considerado por muitos estudiosos, um dos principais fatores determinantes para o seu final, em 1928, quando a revista que deu nome ao movimento neoplasticista parava de circular. (WIKIPÉDIA, 2009)

De Stijl daria no entanto muito de seus conceitos aos movimentos sucessores e sua contribuição na concepção da forma e simplicidade, além da contribuição sem precedentes ao Design Gráfico, na área da tipografia, e no estudo bidimensional da imagem com características geométricas, levaram ao mundo um novo aspecto e conceito a página impressa.

VI- INDÚSTRIA, DESIGN, ESCOLA

Sendo considerada uma das maiores e mais importantes formas de expressão do modernismo, a Bauhaus, escola alemã de design, artes plásticas e arquitetura, foi uma das primeiras escolas de design no mundo. Inspirada pela produção industrial e um novo conceito que se tornava tangente após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Bauhaus, propunha uma nova concepção que refletisse essa nova época,influenciando o estilo arquitetônico e a criação de bens de consumo.

Fundada em 25 de abril por Walter Gropius, que primava a funcionalidade e a custo reduzido e orientação para a produção em massa, sem jamais limitar-se apenas a esses objetivos. Gropius viria a afirmar que

antes de um exercício puro do racionalismo funcional, a Bauhaus deveria procurar definir os limites deste enfoque, e através da separação daquilo que é meramente arbitrário do que é essencial e típico, permitir ao espírito criativo construir o novo em cima da base tecnológica já adquirida pela humanidade. (WIKIPÉDIA, 2009)

Com o intuito de priorizar a funcionalidade, obviamente, sem detrimento aos aspectos físicos e estéticos do produto, para Gropius, característica dissociáveis da produção em si, e expositor prático que se tornaria facilitador de compreensão e manuseio do que era produzido. E apesar de possuir diversas alterações em seu perfil de ensino à medida que a escola evoluía e as diversas influências exteriores trazidas pelos demais movimentos artísticos que percorriam a Europa, a Bauhaus propunha, de uma forma geral, que seus métodos de ensino fossem relacionados a suas propostas de mudança nas artes, arquitetura e design. Tendo como objetivos principais unir artes, produzir artesanato e tecnologia e reestruturar os conceitos arquitetônicos da época.

Tendo como conceitos a valorização da máquina e o racionalismo funcional, a Bauhaus, seria de forte e absoluta influência ao conceito associado a Design Gráfico vigente. Seu embasamento não só em suas próprias especialidades e teorias, como também a miscigenação de ideologias de diversos movimentos como o De Stijl e o Construtivismo, trouxeram a escola o conceito de flexibilidade e inovação. E seu pioneirismo em estabelecer um novo conceito pedagógico, que defendia a modernização radical da vida em bases racionalistas, foi revolucionário na época. (DESIGN BRASIL, 2009)

Em seus quatorze anos de existência, a Escola de Bauhaus passou por três etapas diferentes: a fase expressionista (1919 - 1927) em Weimar, sob a direção de Walter Gropius, a fase do formalismo construtivista (1927 - 1929) com Hannes Meyer em Dessau e, finalmente, a fase do racionalismo radical com ênfase na produção arquitetônica (1929 - 1933), sob a direção de Mies van der Rohe, parte em Dessau e parte em Berlim. (DESIGN BRASIL, 2009)

Tendo seus projetos direcionados para o príncipio da racionalidade, da simplificação e da unidade entre forma e função, a fim de facilitar à produção industrial, atendendo as necessidades da sociedade alemã.
(MAKKAN, 2009) O design gráfico em si, por sua vez, teve como maior influência o construtivista Lásló Moholy-Nagy, que definia a tipografia como uma ferramenta de comunicação, que jamais deve ter sua legibilidade comprometida em função da estética, comunicando em sua forma mais intensa e ampla.

A paixão de Moholy-Nagy por tipografia e por fotografia inspiraram um interesse da Bauhaus na comunicação visual que levou a importantes experimentos na unificação dessas duas artes. Ele viu o design gráfico, principalmente o pôster, se desenvolvendo em direção ao typophoto. Ele chamou essa objetiva integração da palavra e imagem a fim de comunicar uma mensagem a nova literatura visual. (MAKKAN, 2009)

Ao explorarmos os conceitos pedagógicos da escola Alemã, deparamo-nos com uma abordagem prática, feito pelo uso de oficinas e a interação visual dada pela clareza de idéias a serem transmitidas, tanto por uma peça gráfica quanto a sua mensagem, quanto por um produto que expressa sua funcionalidade.

Vemos na Bauhaus muitas das características que guiam o projeto gráfico, estético e funcional até os dias de hoje, onde há uma diversidade incontável de produtos e uma imensidão de imagens publicitárias sendo apresentadas ao individuo sem intervalos de tempo. Ao andar pelas ruas, deparando-se com outdoors, pôsteres, folhetos, ao ligar a TV, ao ler revistas e livros.

O que muita das vezes vem a incidir em um "caos" gerado por essa inundação de informações visuais. Tornando objeto de desejo consumível aqueles que se destacam não só pela sua clareza ao expor suas funcionalidades e objetivos, sejam esses produtos ou serviços em si, mas também aquele que se correlaciona através do meios de divulgação visual ao público ao qual deseja atingir. Hoje em dia estamos tão bombardeados pela imensa quantidade de cores, imagens e informação que só olhamos para o que nos interessa e para o que nos identificamos.

Assim como a sociedade capitalista, na qual vivemos e na qual ambientamos nossos desejos consumistas, vem a delimitar um limiar entre a apreciação, o aprendizado e o tempo. Não há tempo para aprender a usar algo, por isso a simplificação tem se tornado uma das armas para expressão da funcionalidade. Traçando o desafio para os designers nos dias atuais, que conciliam estética, e funcionalidade, relevando os estudos do público-alvo, acrescido de limites de compreensão, estudos sociológicos de estilo de vida, e as influências externas dadas pelas mídias e o âmbito socioeconômico o qual ocupa.

Em uma era em que os manuais são jogados fora e que produtos considerados inutilizáveis ou de difícil compreensão são dificilmente consumidos, o trabalho do design, está implicado a áreas de atuação muito maiores do que as que rodeavam seus antecessores nos movimentos artísticos que sucederam-se. Porém é valendo-se do conhecimento adquirido e das teorias regulamentadas aos estudos feitos nesses movimentos, que dá-se a possibilidade de racionalmente estruturar o que e necessário para a produção satisfatória.

Assim como os conceitos, muito das técnicas pedagógicas em si vieram a ser incorporadas ao estudo do Design, como a experimentação prática, propagadas pela Bauhaus. Que o espírito revolucionário não deixaria morrer suas convicções, nem mesmo após seu fechamento pelos nazistas em 1933, quando muito de seus ideais foram considerado comunistas pelo governo hitleriano, devido também a grande quantidade de professores e alunos russos.

Os conceitos da Bahaus foram absorvidos, assim como também alguns de seus mestres como Gropius, pelos Estados Unidos, Israel e teve impacto incontestável no cenário europeu. (WIKIPÉDIA, 2009) A escola presidiu não só um movimento, como também uma nova era, a do design moderno do século XX.

VII- A FORMA SEGUE A FUNÇÃO

Iniciados no século XIX com a adaptação às novas necessidades criada pela indústria e as necessidades e prioridades da própria indústria, os movimentos artísticos que se manifestaram em todo o território europeu, viriam a delinear os parâmetros para o design no século XX e além.

Assim, podemos perceber inspiração tangente desses movimentos em um dos estilos surgidos no século XX, o Estilo Internacional, surgido na Suíça e tendo sua maior produção entre os anos de 1950 e 1970. Sendo considerado uma das vertentes do Funcionalismo que, por sua vez, propunha como forma de expressão o princípio de que "a forma segue a função" e que qualquer ornamento era, portanto, considerado inútil. (SOBRE DESIGN, 2009)

As características desse movimento incluíram uma mudança na arquitetura, que começou a projetar edifícios visando a funcionalidade e eliminando toda a ornamentação característica das antigas construções. No design aplicou-se a máxima clareza, layouts estruturados, nitidez, minimalismo, fotografias objetivas, funcionalidade, levando-se em consideração as necessidades do homem e a compreensão da mensagem. (SOBRE DESIGN, 2009)

Tendo como contribuição principal ao Design Gráfico, o Estilo internacional, inspirado pelos princípios funcionalistas da Bauhaus entre outros conceitos dos movimentos descritos aqui até então, traz uma nova concepção de layout e tipografia, com características próprias que podemos denominar como tentativa de solidificação de conceitos. (pág. 66, KOPP, 2002)

A base de sua estruturação principal dá-se ao uso de uma grade, criada em 1918, por Ernst Keller, da Zurich School of Arts and Crafts, esse modelo denominado, grid system, tornasse, então, o centro dos experimentos da escola.

Esse sistema consistia no uso de uma grade matemática assimétrica para determinar um completo ordenamento e estrutura integrada na produção de tipos. Os pioneiros deste movimento acreditavam que a tipografia sem serifa expressava o espírito da era do progresso e que a grade matemática era o mais legível e harmonioso meio de estruturar informações. (SOBRE DESIGN, 2002)

As possibilidades tipográficas criadas pela Bauhaus mudaram a história das fontes e consagrou o estilo que conhecemos como tipografia moderna. E inspirados nos princípios da escola alemã e nos experimentos tipográficos de Jan Tschichold, um dos primeiro designers a incorporar à tipografia o conceito funcionalista de legibilidade. (SOBRE DESIGN, 2002)

O grid system é expressão dos ideais desse movimento, motivado pela clareza e pela ordem. Segundo Meggs, referenciado por Kopp, princípios cientifico e universais eram utilizados para arquitetar a disposição das informações sobre o material gráfico.

O grid system traria como benefícios e legado ao Design Gráfico não só a exatidão e clareza, que empregara a tipografia, mas também incorporaria uma lógica sem precedentes a página impressa e seu layout em si. Tendo também como diretrizes desse movimento a diagramação assimétrica, proporções matemáticas, divisão geométrica do espaço, fotografias objetivas, alinhamento de textos a margem esquerda, destaque de parágrafos por linhas em branco e não mais por recuos e o uso do tipo Akizidens Grotesk, depois substituída pelas famílias tipográficas helvética, Univers e derivadas. (pág. 66, KOPP, 2002)

Apos a segunda guerra mundial, surge uma nova concepção ideológica, e partisse a pensar em mercado consumidor não só como nação, as empresas querem alcançar outros pontos de comercialização. Surgia então a necessidade de associar a empresa a uma imagem que seria reconhecida por qualquer um de seus consumidores, em qualquer lugar, dando a todas as suas propriedades e indústrias um conceito coorporatico e unificado, que fortaleceria sua visão de grandeza diante do público.

Surgia a necessidade de uma marca que representasse os interesses dessas empresas, assim como também possa acompanhar seus produtos de forma que seja coesa e simples de absorção rápida e compreensão imediata, igualando-se aos produtos da época, que estimulados pelo Estilo Internacional, adotavam cada vez mais o aspecto funcional, excluindo o que fosse arbitrário e desnecessário a sua estrutura, cortando custos de produção e eliminando quaisquer obstáculos à legibilidade funcional dos mesmos.

Grandes corporações adotaram o novo design funcional em seus produtos e na identidade visual de suas empresas. Tudo o que fosse desnecessário ao funcionamento do produto era eliminado. Linhas simples, durabilidade, equilíbrio e unificação eram as exigências fundamentais. Os produtos da Braun, por exemplo,eram semelhantes, em geral com acabamento em branco ou preto lustroso, com o logotipo da companhia bem visível. Em plena era industrial a racionalidade e funcionalidade desses produtos propagou o design do Estilo Internacional mundialmente.

Surge então o conceito de Identidade Visual, adotado em vista a grande demanda de materiais gráficos acompanhados das marcas e suas inúmeras possibilidades de combinação, dependentes tanto dos materiais de produtos quanto das mídias visuais nas quais eram expostas. E nesse momento o Design Gráfico participa sem precedentes em relação a suas potencialidades quanto a suprir essa necessidade de adaptação das empresas à um espaço mais amplo de mercado e uma fortificação de seus ideais expressas em suas marcas.

A cultura corporativa, segundo Rafael Denis citado por Rudinei Kopp, reconhece no design funcionalista atrativos irresistíveis como austeridade, precisão, neutralidade, ordem, disciplina, estabilidade e, incontestavelmente, um senso de modernidade. (pág. 68, KOPP, 2002) Assim como seu nome prediz, o Estilo Internacional, internacionalizou-se veemente, sendo impossível ignorá-lo, e classificando-se como momento de alta modernidade na história do Design.

IIX- CONCLUSÃO

Conclui-se com os estudos e pesquisas feitas para a composição desse artigo, que a história do Design Gráfico não é uniforme, porém segue uma linha cronológica de ideologia que pode ser sentida pelas diversas semelhanças e influências que os movimentos discutidos possuem entre si.

A evolução do Design em si é de caráter adaptativo ao que se mostra necessitado de um solucionador prático em vista dos fenômenos promovidos pelo homem em sua história. Além de nos proporcionar a clara impressão de que os mesmos valores pregados por esses artistas, pensadores e revolucionários, que impulsionaram o desenvolvimento do Design Gráfico, ainda são sentidos até a atualidade a distância apenas de um abrir dos olhos.

Está em nossas roupas, em nossas diversas formas de expressão, caligráficas, estéticas, artísticas, profissionais e sociais, está em nossos objetos pessoais, em nossas construções e em nossa forma de perceber e ler o mundo. Revelando a contribuição e influencia não só no Design e suas vertentes como o Design Gráfico, mas também no nosso estilo de vida e sociedade.

Com o fenômeno da globalização vemos uma variedade tão grande de produtos e mídias visuais que são necessários recursos para incrementar o design gráfico, como o resgate das ideologias desses movimentos na estruturação do projeto gráfico, ambientando-o a uma realidade que nos serve de inspiração e nos incube de espírito competitivo.

A importância do estudo desses movimentos para a aprimoração do conhecimento do Design Gráfico é imprescindívelmente necessária para o profissional da área que na atualidade busca não só o aperfeiçoamento de suas técnicas e admiração de seus trabalhos, mas também o reconhecimento de sua profissão e valorização de sua importância junto a sociedade, com o intuito de não só ser considerado um designer, mas sim um individuo que utilizasse de seu potencial criativo para o bem maior da sociedade.

O que nos torna homens senão nossa história evolucionista, que veio a nos distinguir como seres racionais, a nos proporcionar uma sociedade, a manifestar leis, a instituir o respeito, livrando-nos da barbárie e montando aquilo que somos, o que pensamos e o que usamos? Quem é o homem, senão sua história? E a história do Design não só monta o design em si, como também transforma os homens que o produzem, os que o absorvem e os que dele dependem.

IX- REFERÊNCIAS

BAUHAUS. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus> Acesso em: 25 fev 2010.

ESCOLA de Bauhaus. Portal Design Brasil. Disponível em: <http://www.designbrasil.org.br/portal/almanaque/enciclopedia_exibir.jhtml?idLayout=10&id=144> Acesso em: 24 fev 2010.

KOPP, Rudinei. Design gráfico cambiante. Santa Cruz do Sul: EDUNISC. 1 ed., 2002.

CONSTRUTIVISMO Russo. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Construtivismo_Russo> Acesso em: 25 fev 2010.

ARTE e Construtivismo Russo. Construtivismo Russo. Disponível em: <http://construtivismorussobr.blogspot.com/> Acesso em: 26 fev 2010.

DE Stijl. Wikipédia. Disponível em: Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/De_Stijl> Acesso em: 24 fev 2010.

MOVIMENTO De Stijl. Tipógrafos. Disponível em:<Fonte:http://tipografos.net/bauhaus/stijl.html> Acesso em: 22 fev 2010.

DE Stijl na Bauhaus. Tipógrafos. Disponível em:<Fonte:http://tipografos.net/bauhaus/stijl-na-bauhaus.html> Acesso em: 22 fev 2010.

ESTILO Internacional. Sobre Design. Disponível em: <http://sobredesign.wordpress.com/estilo-internacional/> Acesso em: 24 fev 2010.

HISTÓRIA do Design. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_design_gr%C3%A1fico> Acesso em: 21 fev 2010.

DESIGN Gráfico. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_Gr%C3%A1fico> Acesso em: 21 fev 2010.

DESIGN. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Design> Acesso em: 21 fev 2010.

DESENHO Industrial. Brasil Render. Disponível em: <http://www.brasilrender.com/index.php?option=com_content&task=view&id=19&Itemid=34> Acesso em: 22 fev 2010.

HISTÓRIA do Design Moderno. Makkan. Disponível em: <http://www.makkam.com.br/main.html?src=%2F13.html> Acesso em: 24 fev 2010.