Adequar uma cultura escolar ao mundo ao seu redor é fator primordial para propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento científico, tecnológico e humano. É preciso expandir o conhecimento à comunidade, de modo a torná-la facilitadora das interações entre os atores humanos. A moderna educação, por isto, deve ser dirigida para o progresso e a expansão do conhecimento, a fim de permitir emancipação individual e coletiva, adequadamente articulada com a ciência e sociedade.

O contorno da sociedade tecnológica teria como marca principal a subordinação à técnica, sob novas bases, de questões como, ideologia e utopia.

A modernidade tecnológica teria trazido um novo esquema de vinculação homem - máquina. No fim das contas, as máquinas acabariam por incorporar um ideal de progresso e de evolução que buscava encontrar no ponto terminal das melhorias sociais e do desenvolvimento técnico um homem culto. A introdução de máquinas inteligentes revolucionou o pensamento da civilização tornando a matéria (tecnologia) o mais perfeito dos objetos?

Os vastos conteúdos informativos distribuído nos meios de comunicação condicionam as pessoas a uma alienação de ficção. Devotando um desamparo intelectual ao educador e o do educando. A questão é, se o educador não tem preparo adequado, não transmite conhecimento ao educando. Então onde ir buscar preparo, como se preparar, melhor?

Na atual sociedade o desenvolvimento tecnológico vem atuando com freqüência na modificação dos valores, vem rompendo com a barreira do isolamento interno e coletivo de forma rápida e imperceptível à alguns. Esses fatos novos afetam diretamente o sistema educacional, pois alguns educadores não estão preparados para aturem em determinados tipos de situações, como o contato direto com o desenvolvimento. O super-desenvolvimento presente no mundo moderno vem afetando e modificando as formas de buscar conhecimento e preparo intelectual.

Com o advento da tecnologia tem uma realidade fictícia jorrando informações a todo momento. Porém a pedagogia moderna está tentando construir um saber racional e aproveitável, se interagindo com os meios de comunicações, uma forma racional de se distribuir conhecimento em comum acordo com a tecnologia. Agregando valores novos em cima de mentalidades antigas. Combatendo o cenário fictício, que não auxilia em nada o desenvolvimento social e educacional.

Determinando no educador uma necessidade de se interagir com os meios de comunicações e extrair destes algo de positivo. Ora, conhecendo a linguagem tecnológica, fica mais fácil o contato e o estabelecimento de uma relação sólida e proveitosa.

Para melhor compreender a pedagogia moderna faz-se necessário fazer uma análise de toda sociedade. Visto que ao mesmo tempo que produz conhecimento, também produz ídolos, tecnologias, desenvolvimento e algumas brechas de desigualdade entre os homens.

A modernidade é presente para alguns e é ao mesmo tempo o isolamento para a grande maioria, com suas formas peculiares de dês – produzir, descaracterizar o homem. Instituindo o mundo contraditório e complexo.

A modernidade produz grandes metrópoles com suas experiências de isolamento coletivo. Com o crescimento das cidades cresce também a violência, o percurso a ser percorrido de casa para o trabalho e vice-versa, levando a desenvolver no homem o sentido de solidão, isolamento. A vida das grandes cidades é um verdadeiro devir, o homem não consegue ficar estático, sente a necessidade de se movimentar.

Não podemos deixar a construção de todo o desenvolvimento intelectual e educacional nas mãos dos meios de comunicações, apesar da modernidade com seus atributos comunicativos vivencia a formação histórica da realidade atual. Contudo a televisão (ou os meios de comunicações em geral) fabrica ídolos, com suas histórias imaginarias. Por essa imensa rede circulam informações gerais para o grande público, fantástica infantilização da audiência de TV, que não levam a nada, não produz nada e não significa nada para a formação educacional da sociedade.

Mas, não podemos falar de modernidade nem de desenvolvimento tecnológico, sem falar do computador, que traz uma enorme velocidade a vida, e as vezes deixa a vida passar despercebida.

Conclusão

Portanto não se deve banir do sistema social e educacional os meios de tecnologias, temos que buscar meios de conciliar-mos a educação com o sistema tecnológico, e tornarmos algo que está contra nós em nosso favor. Acreditamos que a educação tornou-se um fator tão importante no mundo contemporâneo que ela será um dos fatores determinantes na definição da futura infra-estrutura de informação e no surgimento de novas soluções tecnológicas. Este desenvolvimento tecnológico, alavancado pelas próprias necessidades educacionais, irá, por sua vez, disponibilizar melhores ferramentas e oportunidades educacionais à sociedade.

 A educação tem um papel crucial na chamada "sociedade tecnológica". De fato, é por meio da educação que teremos condições, enquanto indivíduos, de compreender e de se situar na sociedade contemporânea, enquanto cidadãos partícipes e responsáveis. E as novas tecnologias devem ser compreendidas como elementos mediadores para a construção de uma nova representação da sociedade. Geralmente, as discussões em torno das novas tecnologias e de sua influência na sociedade, em todos os setores e dimensões, se apóiam sobre uma exaltação deste tema, atribuindo-lhe praticamente o estatuto de novo paradigma fundamental, futuro regulador das interações sociais, culturais, éticas e profissionais numa nova sociedade que urge em tomar forma. Mas, qualquer que seja a ótica das discussões sobre o assunto, é inegável, e isto vem sendo repetido continuamente, que precisamos aprofundá-lo, pois suas repercussões sobre nossa sociedade ainda não foram suficientemente exploradas.

Do ponto de vista sociológico, abordar o pós-modernismo e a pós-modernidade e tentar defini-los, delimitá-los, compreendê-los, parece ser uma tarefa ao mesmo tempo simples e complexa, pertinente e desprovida de sentido. Simples e pertinente porque muito se escreveu e se falou sobre estes conceitos que para inúmeros autores e estudiosos assumem formas absolutamente concretas e explícitas, cuja manifestação é inequivocadamente visível em muitas instâncias da sociedade; complexa e desprovida de sentido porque se trata de conceitos extremamente abstratos à medida que os situamos na continuidade e não na ruptura com manifestações sócio-culturais precedentes, à medida que questionamos sua originalidade estrutural e sua função enquanto paradigma novo suscetível de explicar, empregando ótica inédita, a dinâmica de funcionamento da sociedade atual.

Ser moderno é viver uma vida de paradoxos e contradição. É sentir-se fortalecido pelas imensas organizações burocráticas que detêm o poder de controlar e freqüentemente destruir comunidades, valores, vidas; e sentir-se compelido a enfrentar essas forças, a lutar para mudar o seu mundo transformando-o em nosso mundo. É ser ao mesmo tempo revolucionário e conservador: aberto a novas possibilidades de experiência e aventura, aterrorizado pelo abismo niilista ao qual tantas das aventuras modernas conduzem, na expectativa de criar e conservar algo real, ainda quando tudo em volta se desfaz.

A verdadeira democratização do Brasil somente se dará quando efetivamente investirmos na democratização da educação. Uma educação de qualidade e para todos é condição necessária para o desenvolvimento e para a conquista da justiça social. Mais do que um direito, a educação é um dever com o qual o Estado deve se comprometer, em preparar o seu povo.

Referências bibliográficas

ADORNO, T, W. & HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento. RJ: Zahar Editor,1994.

CHESNEAUX, Jean. Modernidade-Mundo. Petrópolis: Vozes, 1995.