Desejo incerto, vago de lógica.

Não sei se me acomodo

Ou me apresso em desdobrá-lo.

Vazio de sentido

E tão repleto de sentimentos...

que me envolvem

E me aprisionam numa vasta atmosfera

De desejos ínfimos de outra irrealidade.

Penso em sair, voltar para o real,

Para este mundo cheio de loucuras

E sonhos arruinados pelo homem.

Percebo que melhor é viver onde vivo.

Existe verdade neste fundamento?

Não quero o que o mundo busca:

Remédios para os dilemas da vida

Que envenenam a alma

De doutrinas pérfidas.

Prefiro indagar no improvável,

Nos íntimos desejos imaculados

Que afloram dentro de mim

Uma maneira mais pacífica de sobreviver.