Desafio! Quais as medidas para implantar a coleta seletiva numa empresa?
Publicado em 02 de agosto de 2013 por MARCOS PAIXÃO LEMOS
Neste DDS especial, você vai entender o que é coleta seletiva e os desafios que as empresas e gestores públicos encontram na atual conjuntura para implantá-la. Diga-se de passagem, exauridos já três anos da aprovação da PNRS (Política Nacional dos Resíduos Sólidos), cujas diretrizes determinam: Digamos, simbolicamente, o falecimento de todos os lixões e a implantação definitiva da coleta seletiva em todo o país até agosto 2014. Por ora, só promessas!
É difícil entender>Nosso país dispõe de capital humano, tecnológico e capital literalmente falando (verbas). Mas, o que falta para adesão à coleta seletiva. Bom entendedor, um pingo é letra: Falta de boa vontade política e comprometimento! Falta de atitude/ousadia com os interesses sociais e ambientais! Descaso e omissão! Concorda?
Fazendo um diagnóstico>: Caro leitor desse DSS antes de abordar quais medidas são necessárias para operacionalizar a coleta seletiva numa empresa, vamos raciocinar juntos? Veja que no Brasil, atualmente, temos 5.565 municípios segundo dados duma associação de reciclagem. E vou revelar a você um dado tão lamentável! Segundo dados desse órgão, do total desses municípios, em média, só 20% está praticando a coleta seletiva, e assim, “meia boca”. Se prefeitos não tomam iniciativa, as empresas tem a obrigação socioambiental de implantar a coleta seletiva, concorda?
Saiba que> Por dia é produzido no Brasil cerca de 150 mil Toneladas/lixo, e mais crítico é que em torno de 70% desse volume são recicláveis e cruelmente desperdiçados e diminuindo a vida útil dos aterros? Por que persiste essa situação lamentável e caótica?
Saiba o que é Coleta Seletiva? Antes de tudo, precisamos entender que coleta seletiva é uma estratégia ecologicamente viável e que em vez de descartados nos aterros ou lixões, estes, por sua vez são segregados e direcionados às usinas recicladoras.
Medidas práticas para implantar a coleta seletiva numa empresa:
1ª- Planejamento: Nessa fase inicial é relevante o empresário ter espírito de liderança e ser sustentável. Nesta fase é essencial: a) Conhecer os resíduos gerados no local e características; b) conhecer o mercado reciclável/orçamentos e distribuir coletores em pontos estratégicos; c) Educação ambiental: Esse é o coração de todo o processo. Para que a coleta seletiva vingue, é determinante o engajamento de todos os funcionários. Preponderante, são as palestras e treinamentos para haver uma sinergia de todos;
2ª – Implantação: É oportuno o empresário fazer um diagnóstico do processo, a fim de viabilizar a gestão. Nesta fase é viável delegar m técnico de meio ambiente para gestão da coleta seletiva. Como especialista, coordenará ações como: treinar os funcionários; comprar coletores; negociar com a recicladora a compra ou doação; enfim, toda a logística do processo será a sua missão;
Lembrete> : Como no Brasil poucas empresas participam da coleta seletiva, recomendo como estratégia de marketing ou atitude socioambiental: Informar nos meios comunicativos, a inauguração da coleta seletiva empresarial, com uma festinha interna, para assim ter um caráter sustentável e ser de estímulo aos comerciantes locais;
3ª- Monitoramento: Este é digamos o verdadeiro pulo do gato, porque se não haver gestão contínua do processo, como armazenar, venda/doação; balanço dos resíduos gerados e destinados, a coleta poderá empacar. Para isso o responsável pela coleta deverá ser proativo e dinâmico e se possível um técnico de segurança ou meio ambiente.
Finalizando: Viu que implantar na empresa a coleta seletiva não é tarefa fácil, porém não um bicho papão? DICA: interaja com quem têm coleta seletiva implantada, veja casos de sucesso! Empresário, não durma no ponto, tenha atitude socioambiental, colhendo assim muitos benefícios! Abraço e sucesso a todos.
Autor/Colunista: Marcos Paixão Lemos – Pós-graduando Gestão/Auditoria/Licenciamento Ambiental/UNOPAR – PR.