A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus configuram um grande problema de saúde pública, visto a magnitude e a cronicidade de ambas patologias e por afetar grande parcela da população mundial. Apresenta ainda altos índices de internação, com elevada taxa de morbidade e mortalidade, bem como fatores de risco para situações mais graves e presença de várias complicações relacionadas. Em 2001, o Ministério da Saúde (MS) implantou o Plano de Reorganização da Atenção aos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM), com ênfase na rede de Atenção Primária à Saúde (APS) no país. É fato que a atenção primária não está sendo suficientemente capaz em debelar o acentuado número de complicações e internações decorrentes das patologias de hipertensão e diabetes. Em virtude disso, a população procura de forma equivocada o atendimento nas Emergências dos hospitais, superlotando um serviço essencial para atendimento voltado ao paciente crítico. Avaliar a implantação do HIPERDIA na Atenção Básica através do acompanhamento dos pacientes cadastrados, permitirá a identificação de falhas e a reflexão sobre a reorganização dos serviços de atendimento ao hipertenso e diabético.