(DES) ENCONTROS NAS POÉTICAS DE

MANUEL BANDEIRA E EURICO ALVES

 

Osvaldo Alves de Jesus Júnior[1]

 

RESUMO: O presente artigo objetiva revelar convergências e divergências presentes nas composições de Eurico Alves e Manuel Bandeira que, embora egressos de culturas e locais distintos, apresentam um versejar similar e, por vezes, díspar. Todas as exposições partem da análise e confronto dos poemas “Elegia para Manuel Bandeira” e “Escusa”, além de outros dos referidos autores. Como fundamentação, têm-se afirmações de teóricos da poesia bandeiriana que nos auxiliam a adentrar no extenso universo de sua vida e obra, dentre os quais destacam-se José Carlos Garbuglio, Murilo Marcondes de Moura, Júlio Castañon Guimarães e Alfredo Bosi, além dos críticos Rubens Alves Pereira e Rita Olivieri-Godet, que discutem os possíveis diálogos estabelecidos nas poesias dos poetas baiano/pernambucano.

PALAVRAS-CHAVE: poesia, Eurico Alves, Manuel Bandeira, convergência e divergência.

ABSTRACT: The present article aims to reveal some convergences and divergences in Eurico Alves’s and Manuel Bandeira’s compositions that, despite coming from different places and cultures, have a similar and sometimes disparate versing style. All the expositions are based on the analysis and confrontation of the poems “Elegy for Manuel Bandeira” and “Excuse”, as well as some others written by the above-mentioned authors.  To support the discussion, points made by theorists on Bandeira’s poetry are presented, which helps us penetrate into the vast universe of his life and work.  Among these important theorists are José Carlos Garbuglio, Murilo Marcondes de Moura, Júlio Castañon Guimarães and Alfredo Bosi, and also the critics Rubens Alves Pereira and Rita Olivieri-Godet, who discuss the possible dialogues established in these poets’ poems from the state of Bahia/Pernambuco.

KEY WORDS: poetry, Eurico Alves, Manuel Bandeira, convergence, divergence.  

 

 

Criou-me desde eu menino,

Para arquiteto meu pai.

Foi-se-me um dia a saúde...

Fiz-me arquiteto? Não pude!

Sou poeta menor, perdoai!

 

Manuel Bandeira

 

Que poeta nada! Sou vaqueiro.

 

Eurico Alves

Eurico Alves Boaventura nasceu em 1909 na cidade baiana de Feira de Santana. Em 1923, muda-se para Salvador, onde faz o curso ginasial e se forma em Direito, no ano de 1933. Ainda estudante, inicia a produção poética[2], tendo participado do movimento modernista baiano em torno da Revista Arco & Flecha, que na Bahia apregoava os ideais de vanguarda literária[3] (DÓREA, 1999 apud SOARES, 2001). Como magistrado, e depois juiz concursado, percorre vários municípios do interior da Bahia, entrando em contato com as paisagens sertanejas. Em paralelo, continua a produção literária e de cunho socioantropológico. Retorna a sua cidade natal em 1965, já aposentado. Faleceu em 1974, na cidade de Salvador.

Juraci Dórea[4], poeta, artista plástico pesquisador da obra do escritor e amigo pessoal, disse certa vez que ele foi “um feirense incansável na defesa das coisas da terra” (PEREIRA, 1999 apud OLIVIERI-GODET, 1987, p. 85). Eurico Alves, comovido pelos carros de boi, plantações, arados e longos silêncios varando a tarde, chegou a dizer através de uma metáfora que “a subida da serra é um plágio da vida”.

Manuel de Sousa Bandeira Filho nasceu no Recife em 1886, no período do Segundo Império e antes da abolição da escravatura. Era filho de Manuel Carneiro de Sousa Bandeira, engenheiro e funcionário público, e de Francelina Ribeiro de Sousa Bandeira. Seu pai era um homem culto, interessado em literatura, com quem desde a infância o poeta conversava sobre o assunto e com o qual muito aprendeu. Sua mãe era uma mulher inteiramente dedicada à vida dos filhos.

Em sua terra natal passou os primeiros anos de sua vida, iniciando também a atividade escolar. Para acompanhar seu pai, voltou ao Rio e retomou os estudos no Colégio D. Pedro II. Ingressou no curso preparatório da Escola Politécnica de São Paulo em 1903 com a intenção de seguir a carreira de arquiteto. Adoeceu posteriormente e foi obrigado a deixar os estudos. Viaja para o exterior em 1913 para tentar conter a tuberculose e, ao retornar, fixa-se no Rio de Janeiro. Novamente fora obrigado a deixar os estudos regulares e dedica-se à poesia[5] e em 1917 publica seu primeiro livro, A Cinza das Horas. Quando morreu, em 1968, teve o reconhecimento unânime do público por ser um grande poeta dentre os modernistas.

Manuel Bandeira produziu poemas que são bastante diferentes uns dos outros por conta das ligações com tendências distintas. Dessa forma, é possível encontrar nos primeiros livros composições ligadas ao simbolismo e outras ao parnasianismo, enquanto mais adiante surgem os poemas modernistas, tendo como exemplo o livro Libertinagem, considerado pelo crítico português Adolfo Casais Monteiro “o mais rico de todos os livros modernistas” (GUIMARÃES, 2008, p. 53).

Nesse preâmbulo, é preciso observar que, ao delinear um cruzamento de textos e contextos diversos tendo como base os dois poetas supracitados, percebe-se certa afinidade entre ambos ao utilizar recursos de falsa modéstia, expostos na epígrafe do presente trabalho. Extraídos do poema “Testamento”, os versos de Bandeira refletem os interesses que seu pai alimentava desde cedo em fazer do filho um arquiteto. Não obstante, observa-se que impedimentos de várias naturezas sepultaram o referido sonho e fizeram com que, como destaca Alfredo Bosi (2006, p. 360), “Bandeira se autodesignasse “poeta menor”, cometendo uma injustiça a si próprio”.

José Carlos Garbuglio (1998, p. 19), professor titular de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo, menciona que a arquitetura de nosso país pode ter perdido um grande profissional, porém é impossível saber: “o certo e sabido é que foi por causa deste incidente de percurso que se deu o desvio de rota e a consolidação do poeta. Graças, pois às armadilhas do destino é que podemos hoje viajar ‘pra Pasárgada’”.

Certamente e para nossa glória, Manuel Bandeira não trabalhou na construção e na decoração de edifícios, mas foi um “arquiteto de novas paisagens verbais” (PEREIRA, p. 81) criadas nos momentos de excitação, consolidando-se, assim, como um dos maiores poetas não apenas do movimento modernista, mas da literatura brasileira.

À guisa de Bandeira, Eurico Alves, apesar de não ter se autodeclarado poeta menor, eximiu-se desta função, como pode-se depreender do epíteto extraído de um de seus poemas: “vaqueiro”, utilizando-se, portanto, de um recurso humilde[6] e parcialmente verdadeiro, visto que, mesmo trabalhando com animais que o comoviam, soube escolher com maestria as imagens e ideias que posteriormente seriam matéria-prima de seus textos poéticos ligados à vida cotidiana e citadina e de grande qualidade literária.

“Elegia para Manuel Bandeira” é um poema-convite elaborado por Eurico Alves que faz descontraidamente um pedido ao autor de “Pasárgada” para visitar sua cidade natal, Feira de Santana, antiga São José das Itapororocas. Sua escrita é datada entre os anos de 1930-1931. Foi extraído do livro Poesia, organizado pela professora de Literatura da UNICAMP e também sua filha, Maria Eugênia Boaventura, e enviado à Bandeira por obra e graça do amigo poeta Carvalho Filho, seu companheiro de geração (PEREIRA, p. 83). Segundo o próprio autor, o mesmo foi desenvolvido após a leitura do livro Libertinagem. É um canto amoroso-apologético do sertão e de suas gentes, de exaltação da cidade baiana antes do processo de industrialização e urbanização.

Possui doze estrofes e quarenta e dois versos com distribuição irregular. Outras características importantes são o emprego da linguagem prosaica bastante adjetivada e a utilização de versos brancos e livres. Notabiliza-se pela capacidade do autor em captar e dar expressão a elementos do real.

No dístico inicial “Estão tão longe da terra e tão perto do céu,/ quando venho de subir esta serra tão alta” revela-se um estado de espírito em que se age sem interferência da razão, que na visão do professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e doutor em Literatura Brasileirapela PUC-Rio, Rubens Alves Pereira, é uma característica de alumbramento, termo-chave na poética de Bandeira que é capaz de reunir êxtase poético, levando o eu-lírico a um distanciamento da vida terrena e alcance dos céus, elemento este presente em suas poesias eróticas, no qual o impulso de adolescente ao contemplar a nudez feminina faziam-no dizer: “Vi carros triunfais... troféus.../Pérolas grandes como a lua.../ Eu vi os céus! [...] Eu vi-a nua... toda nua!” (BANDEIRA apud GARBUGLIO, p. 81/Grifo meu). O termo céu, logo, perde sua acepção tradicional e ganha uma nova conotação: ao chegar a ele, o poeta revela momentos de bem-aventurança e felicidade eterna.

Elementos da natureza e da paisagem do sertão também são patentes na “Elegia...”, fato que revela o poder do poeta baiano em aproximar o trivial do sublime, dando a sua poesia tons humildes e simples, moldada a partir de elementos do cotidiano. Essas questões são observáveis na poesia bandeiriana, na qual a simplicidade atinge um grau de elevação literária excepcional (MOURA, p. 19). Para Bandeira, “a poesia existe tanto nos amores como nos chinelos” (Idem, p. 14) e poderia surgir de meios heterogêneos, desde a tradução de grandes poetas a notícias de jornal, bulas de remédios e até mesmo em conversas avulsas entre amigos.

Cada parte descrita do cotidiano e das imagens do campo criadas pelo poeta de “Elegia a Manuel Bandeira” são dotadas de riqueza que muitas vezes apenas um verso-estrofe ou um simples dístico é suficiente para revelar o que o eu-lírico (poeta) sente: “Os bois escavam o chão para sentir o aroma da terra,/ e é como se arranhassem um seio verde, moreno./ [...]/ Feira de Santana! Alegria!/ [...]” (PEREIRA apud OLIVIERI-GODET, 1999, p. 82-83). A sinestesia presente no verso 35 comprova a relação de profundidade que existe entre o poeta e o que é visível em sua terra: “Que lindo poema cor de mel essa alvorada”.

Por fim, termina, depois de expor os prazeres e as belezas da Serra de São José das Itapororocas e identificar seu mundo com Deus (panteísmo), fazendo um convite ao poeta pernambucano para conhecer o ar de eternidade do local onde mora: “Manuel Bandeira, dê um pulo a Feira de Santana/ [...] e venha sentir o perfume de eternidade que há nestas casas de fazenda” (Idem, p. 83).

Bandeira, ao ler a elegia do poeta baiano, não demora na resposta. Em forma de bilhete-poema os versos de “Escusa”[7] chegam às mãos de Eurico Alves. No entanto, o convite não fora aceito por conta da doença do autor e seus versos nada mais são do que um pedido de desculpas. Nele, o “São João Batista do Modernismo”[8], como bem o definiu Mário de Andrade, reitera ter uma vida moldada pela ausência de elementos presentes na cidade interiorana expostos pelo poeta feirense, ao passo que sente angústia por não poder aceitar à solicitação devido às suas condições de saúde, porquanto seus “pulmões viraram máquinas inumanas e aprenderam a respirar o gás carbônico das salas de cinema”.

O poema-resposta apresenta uma aura de tristeza, pois o eu-lírico não pode apreciar o pôr-do-sol e as madrugadas e revela a convivência deste com pessoas inescrupulosas (ladrões e assassinos): “Como o pão que o diabo amassou./ Bebo leite de lata./ Falo com A... que é ladrão./ Aperto a mão de R., que é assassino./ Há anos que não vejo romper o sol, que não lavo os olhos nas cores das madrugadas”. E depois de revelar os motivos da escusa, conclui com um dístico: “Eurico Alves, poeta baiano./ Não sou mais digno de respirar o ar puro dos currais da roça”.

“Escusa” apresenta doze versos curtos e sem rimas divididos em três estrofes, comuns na poesia de Bandeira, poeta lírico especialista nas formas breves e luminosas, típicas do gênero. Apresenta ambiguidade entre as funções poética e epistolar (PEREIRA, 1999, p. 84), e elementos que se inter-relacionam com a vida do escritor, que se configura como um poeta da cidade, contrapondo-se ao mundo bucólico de Eurico. A disposição gráfica dos versos é feita de forma simples, sem inovações.

Rubens Alves Pereira (1999, p. 84) faz, em seu texto “Minha terra tem Pasárgadas”, um comentário a respeito do diálogo estabelecido entre Eurico e Bandeira e nota que este impressiona pela qualidade intrínseca de cada poema, pela grandeza humana desse inesperado encontro a distância e, finalmente, pela riqueza de dados literários e socioculturais (confluências textuais, jogos expressivos, evocação de sistemas referenciais paraliterários).

Certamente, a comunicação entre os dois poetas deu-se apenas num plano literário. Nem Eurico Alves, situado no bucólico contexto interiorano de Feira de Santana e região, mas de olho no universo da obra e da vida de Manuel Bandeira, nem este, vivendo em um lugar urbano de instável modernidade (PEREIRA, p. 85) tiverem o prazer de se conhecer fisicamente e deixarem de ser ‘amigos de longe’. E salienta o referido pesquisador que “Eurico Alves e Manuel Bandeira jamais se encontraram pessoalmente e não há registro de que tenham trocado qualquer tipo de correspondência além dos citados poemas “Elegia...” e “Escusa”. A ambos, porém, foram transmitidos recados ou comentários recíprocos através do professor Dival Pitombo, conterrâneo de Eurico Alves que conheceu Bandeira e frequentou seu apartamento no Rio de Janeiro (Idem, p. 88).

Apesar de serem elaborados em momentos distintos da literatura brasileira, os dois poemas apresentam pontos de convergência, evidenciados por um movimento verbal direcionado para a vida cotidiana em uma linguagem simples e para o comércio diário das relações e afeições de cada um (PEREIRA, p. 85).

Todavia, ao contrário de Bandeira, que escrevia temendo a chegada das “indesejadas das gentes”, pois aos 18 anos descobrira que estava tuberculoso, praticamente condenado à morte, atribuindo, por vezes, um sentido amargo aos seus poemas (GUIMARÃES, p. 13), Eurico Alves afirmava em seus versos que não tinha tristezas nos olhos, desenvolvendo impressões positivas sobre a paisagem sertaneja.

Na “Elegia...”, Eurico move-se em direção a várias facetas poéticas de Bandeira, sobretudo as presentes em Libertinagem (PEREIRA, 1999, p. 97), livro que o serviu de estímulo, conforme revelou. Um primeiro exemplo pode ser auferido de “Vou-me embora pra Pasárgada, antítese do mundo real criada por Bandeira para exprimir o seu desejo de fuga para um mundo imaginário destituído de proibições no qual o eu-lírico é “amigo do rei”, tem as mulheres que deseja e poderá realizar tarefas como ginástica, andar de bicicleta, as quais, embora sejam impossibilitadas pela doença, figuram nesse universo onírico.

Uma diferença entre “Vou-me embora pra Pasárgada” e “Elegia...” deve ser esclarecida, visto que em Bandeira, tem-se “uma realidade que se desdobra em dois níveis: um aqui hostil a empurrar para um acolhedor” (GARBUGLIO, 1998, p. 62/Grifo do autor), no qual as aspirações do presente podem ser concretizáveis, enquanto que nos versos de Eurico não se observa vontade de afastamento da realidade, uma vez que esta é pura, aprazível, cheia de belezas que enaltecem o jovem poeta, e este pode usufruir toda vida purificada e harmoniosa presente na sua ambiência. Logo, existe apenas a menção de um aqui, presente no penúltimo verso e que marca a distância entre Pasárgada e Feira de Santana: “Venha ver como o céu aqui é céu de verdade” (PEREIRA, 1999, p. 83/Grifo meu). O lugar imaginário do poeta pernambucano, apesar de libertá-lo das imposições do dia-a-dia, não é, pois, o mesmo mundo idílico de Eurico.

Outra comparação pertinente pode ser estabelecida com o poema “Evocação do Recife, no qual com profunda nostalgia Bandeira reconstrói, através da memória poética, a cidade na qual viveu e passou os momentos iniciais da sua infância e reatualiza “a ama-de-leite, a casa de São Paulo, a praia de Santos, a chácara da Gávea, o primeiro cachorro, casa do avô, a descoberta da rua” (GARBUGLIO, 1998, p. 101). A geografia sentimental e humana é evocada sob a mesma luz aurática da “Elegia...” de Eurico Alves, porquanto os dois poetas exploram suas cidades de maneiras distintas. Bandeira “traça a cartografia de uma infância decantada na memória, na qual a felicidade, como referência, pode ser inscrita com traços leves e puros” e Eurico “elabora, alegremente convicto, seu lento e bucólico tempo presente, um tempo visivelmente deslocado em relação ao da metrópole em que vivia Bandeira quando escreveu ‘Evocação do Recife’” (PEREIRA, 1999, p. 93).

Destarte, os universos literários desenvolvidos por ambos os poetas em análise no presente texto contribuíram de forma significativa para o progresso de nossa literatura. Movidos por referências existenciais, a arte poética atingiu um efeito excepcional ao falar da vida e de mundos imaginários de forma humilde e simples. Assim, evidenciam-se os múltiplos pontos comuns e as divergências presentes nos sistemas de representação artísticas de Eurico Alves e Manuel Bandeira, ora pela presença de elementos do cotidiano, do prosaico, ora através de detalhes aparentemente insignificantes apreendido pelos sentidos que adquirem novos contornos e inspiram a criação literária, ora no tratamento dado ao ambiente que em se vive.

 

REFERÊNCIAS

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.

MIRANDA, Antonio Lisboa Carvalho de. Eurico Alves. Disponível em: http://www.antonio miranda.com.br/poesia_brasis/bahia/eurico_alves.html. Acesso em 10 de janeiro/2010.

 

GARBUGLIO, José Carlos. Roteiro de leitura: poesia de Manuel Bandeira. São Paulo: Ática, 1998.

GUIMARÃES, Júlio Castanõn. Por que ler Manuel Bandeira. São Paulo: Globo, 2008.

MOURA, Murilo Marcondes de. Manuel Bandeira. São Paulo: Publifolha, 2001.

OLIVIERI-GODET, Rita. Para ler Eurico Alves Boaventura. Disponível em: www.uefs.br /.../pdf/.../outros_sertoes_a_bahia_de_eurico_alves.pdf. Acesso em 10 de janeiro/2010.

PEREIRA, Rogério Silva; ZAMPIERI, Aline Câmara. Ideias e instituições: imagens do intelectual na poesia de Manuel Bandeira. Disponível em: http://snh2007.anpuh.org /resources /content/anais/Aline%20C%20Zampieri.pdf. Acesso em 10 de janeiro/2010.

PEREIRA, Rubens Alves. Minha terra tem Pasárgadas (Diálogo: Eurico Alves/Manuel Bandeira). In: OLIVIERI-GODET, Rita. A poesia de Eurico Alves: imagens da cidade e do sertão. Salvador: Sec. da Cultura e Turismo, Fund. Cultural, EGB, 1999, p.81-121.

RITA Olivieri-Godet. Disponível em: http://corruptosbrasileiros.spaces.live.com/Blog/cns! C2 D7198622BECBFC!3106.entry. Acesso em 10 de janeiro/2010.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007.

SOARES, Valter Guimarães. Outros sertões: a Bahia de Eurico Alves. Disponível em: http://www.uefs.br/sitientibus/pdf/24/outros_sertoes_a_bahia_de_eurico_alves.pdf. Acesso em 10 de janeiro/2010.

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[1] Acadêmico do 6º semestre do Curso de Licenciaturaem Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia/UNEB, Campus XII/Euclides da Cunha.

[2] É válido ressaltar que embora o presente estudo esteja propenso ao ideário poético de Eurico Alves, expoente modernista baiano, ele foi também “contista, ensaísta e estudioso dos aspectos sociológicos e arqueológicos do sertão” (OLIVIERI-GODET, 1987, p. 35).

[3] A revista Arco & Flecha reuniu os jovens poetas baianos preocupados com o movimento de renovação literária que se expandia no Brasil e cujo marco inicial foi a Semana de 22. Quando a revista surgiu, a literatura que predominava na Bahia era parnasiana. Dentro de um contexto bastante conservador, cujos valores literários vigentes ainda eram os do final do século XIX, a mesma foi recebida com frieza ou sob protestos dos mais exaltados. Apesar da repercussão negativa, estava longe de assumir um caráter revolucionário. (Idem, p. 36).

[4] É também autor de Eurico Alves, poeta baiano, ensaio que reúne dados sobre a vida e a obra do escritor.

[5] Por ser um dos maiores poetas da língua portuguesa, Manuel Bandeira é conhecido, sobretudo, por sua poesia, embora sua obra seja bem mais extensa, pois ele foi ainda cronista, crítico e tradutor (GUIMARÃES, p. 82).

[6] Um aspecto essencial na poesia de Manuel Bandeira é a humildade. Eurico utiliza-se deste elemento e mostra com simplicidade as imagens telúricas do mundo interiorano, onde morou a maior parte de sua vida de escritor e juiz de direito.

[7] A palavra Escusa só vai aparecer sobre o texto em 1948, quando ela for enxertada, a posteriori, em Belo belo, livro integrante da terceira edição das Poesias Completas de Bandeira (PEREIRA, 1999, p. 83).

[8] Cf. MOURA, 2001, p. 9.