*Rita de Cássia de Oliveira Alves

RESUMO

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva que ocorre pela perda de neurônios do sistema nervoso central em uma região conhecida como substância negra. Sem causa definida é considerada uma doença primária e idiopática que não tem cura e é difícil de tratar e ainda podem ocorrer outros sintomas como depressão, alterações no sono, diminuição de memória, etc. A depressão pode afetar consideravelmente a vida do portador de Parkinson e tornar-se o motivo de maior incapacidade. Os benefícios da prática de atividade física regular e com orientação adequada são amplamente reconhecidos e contribuem para uma melhor qualidade de vida, portanto este trabalho de cunho bibliográfico e exploratório pretende apresentar os variáveis psicológicos do tema abordado, através de uma análise qualitativa.

Palavaras-chave - Doença de Parkinson, depressão e qualidade de vida.


INTRODUÇÃO

É nítida na sociedade atual a presença da depressão em pacientes com mal de Parkinson, isso porque a doença cujas causas ainda são desconhecidas, além de incurável é difícil de tratar.
A Doença de Parkinson (DP), também conhecida por parkinsonismo primário ou paralisia agitante, é uma afecção crônica, progressiva e idiopática do sistema nervoso central, envolvendo os gânglios da base e resultando em perturbações no tônus, posturas anormais e movimentos involuntários (O´SULLIVAN, 1998). De acordo com Thomson, Skinner e Piercy (2000, p. 333), esta patologia "é uma doença de progressão lenta, que produz enfraquecimento gradual do movimento voluntário, rigidez muscular e possivelmente tremor."
Segundo Hauser & Zesiewicz (2001), a doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo causado pela degeneração de neurônios da substância negra
responsável pela produção de dopamina, neurotransmissor relacionado principalmente com a função A doença de Parkinson ocorre com grande prevalência em indivíduos idosos. Inicia-se geralmente por volta dos 60 anos de idade e acometem ambos os sexos. Quando a doença se manifesta antes dos 40 anos é denominada parkinsonismo precoce. Em indivíduos jovens, com idade inferior a 21 anos é denominada parkinsionismo juvenil. Quanto mais jovem for o paciente com os sintomas da doença, maior será a possibilidade de haver um componente genético envolvido de coordenação de movimentos. (TEIVE, 2000; ANDRADE et. al, 1998).
A depressão ocorre em aproximadamente 40% a 50% dos pacientes com Doença de Parkinson. Sendo esse um fator que contribui para uma maior ocorrência de déficits cognitivos para esses pacientes. Normalmente há certa dificuldade em diagnosticar a depressão em um parkinsoniano, visto que sinais como bradicinesia, alteração de sono e diminuição da libido já estão presentes. Entretanto, faz- necessário um diagnóstico mais precoce possível para assim iniciar o tratamento. (FILGUEIRAS et.al, 2008).
Assim sendo, esse artigo visa verificar como se sentem os pacientes, que além de conviver com a doença ainda tem que lidar com a depressão e quais as dificuldades maiores que ela acarreta; identificar os fatores que desenvolvem esse tipo de problema; analisar quais os fatores de maior risco; verificar se todos os pacientes com doença de Parkinson podem sofrer depressão.
Diante do exposto questiona-se: O que a pessoa que sofre com o Mal de Parkinson pode fazer para evitar a depressão e se for afetado o que fazer para vencê-la?
Partindo do pressuposto que algum tipo de atividade física e mental possa amenizar os efeitos da depressão além de melhorar a qualidade de vida do paciente, seria importante que a partir do diagnóstico da doença este paciente desse início a alguma atividade, bem como a prática de exercícios físicos que pudessem conter quadros de depressão, perda de memória e capacidade de raciocínio.
A depressão em pacientes com Doença de Parkinson ainda não é bem compreendida e aceita, embora nem todos os pacientes apresentem os mesmos sintomas. No entanto segundo pesquisas 40 a 50% dos portadores da doença tem depressão.
Levando em consideração que a doença de Parkinson causa um impacto muito grande nos pacientes, em virtude da perda de neurônios dopaminérgicos que afeta a capacidade de executar movimentos, seria interessante uma investigação mais precisa nas alterações emocionais que a depressão pode causar.

A pesquisa foi realizada no município de Feira de Santana, tendo como objeto de estudo a depressão em pacientes com Doença de Parkinson. O trabalho verificou como os pacientes lidam com a depressão e as dificuldades que ela acarreta.
Na pesquisa utilizou-se vários livros envolvendo diversos autores e o material utilizado para a elaboração foi coletado em revistas, artigos científicos e endereços eletrônicos.
Trata-se de um estudo bibliográfico, exploratório, descritivo, numa abordagem qualitativa, que teve como objetivo descrever e citar as contribuições dos autores quanto a temática, foi realizado inicialmente uma leitura exploratória, selecionando as opiniões e por conseguinte pesquisando vários autores. Para Minayo (1993, p,102):

Em pesquisa qualitativa a representatividade amostral não é numérica, ou seja, uma amostra ideal é aquela capaz de refletir a totalidade nas suas múltiplas dimensões privilegiando, os sujeitos sociais que detêm os atributos que o investigador pretende conhecer.

A primeira etapa teve cunho exploratório. Foi um levantamento sobre a depressão em pacientes com Mal de Parkinson, discorrendo sobre o tema proposto.
Na segunda etapa, para concluir foi feito um estudo bibliográfico, através de livros da área de saúde e artigos sobre o assunto, visando trabalhar uma visão científica da situação com dados qualitativos inerentes.

2. FATORES DESENCADEANTES DA DEPRESSÃO NA DOENÇA DE PARKINSON (DP)

A depressão surge anteriormente aos sintomas físicos em decorrência as alterações bioquímicas ocasionadas por elas. (OXTOBY & WILLIAMS 2000). Nos últimos anos, a ciência tem entendido como nunca que a Doença de Parkinson vai muito além dos conhecidos sintomas motores classicamente associados à doença, como o tremor, rigidez e lentidão dos movimentos e instabilidade postural. Quando um indivíduo chega a apresentar esses sintomas motores, o cérebro na verdade já apresenta um estado avançado de alterações neuropatológicas.

Segundo Caldas, (2008, p.12) a primeira forma de depressão que se deve considerar na doença de Parkinson é a reativa à sua doença. O sentimento dominante é o de revolta. O doente tem a sensação de injustiça por parte da natureza por ter sido escolhido para ter essa doença. A ansiedade domina o quadro, com irritabilidade que interfere nas relações com a família, e a insônia domina, sobretudo o princípio da noite. Com o passar do tempo e com o equilíbrio dos sintomas físicos da doença através da medicação, o doente tem tendência a adaptar-se. Naturalmente, que este aspecto deve ser tomado sempre em linha de conta no momento em que o médico comunica ao doente o seu diagnóstico. Esta reação depressiva pode estender-se ao agregado familiar, pois que uma doença crônica numa família é também uma doença da estrutura social que é a família.

Tem se estado a falar de uma forma geral dos quadros depressivos mas não é mencionado detalhadamente os sintomas que permitem fazer o diagnóstico. O doente deprimido fecha-se sobre si próprio fazendo dele uma imagem negativa, disto resulta uma incapacidade de encarar as pessoas e os problemas, o que limita significativamente a interacção social. O doente evita os encontros, fecha-se no quarto e, muitas vezes, não consegue sair da cama. Nada lhe dá alegria, nada o anima para fazer qualquer coisa e mesmo o que antes lhe daria prazer passa a ser indiferente. Em geral perde o apetite e reduz as pulsões sexuais. O comportamento alimentar pode no entanto ser o inverso, encontrando o doente na alimentação algum alívio da sua ansiedade. O mesmo não acontece no que respeita à actividade sexual. A angústia é uma forma de expressão da ansiedade que bloqueia o doente e o faz sofrer.
Em muitos casos o síndroma depressivo tem uma expressão importante no ritmo do sono. Quando o doente está ansioso a insónia é ao princípio da noite impedindo o início do sono, como dissemos acima, quando o quadro depressivo está em pleno desenvolvimento o doente acorda a meio da noite, ou sobre a madrugada, e já não consegue adormecer sendo assaltado por ideias negativas que lhe causam angústia. Por vezes estes sintomas são mais marcados de manhã melhorando ao longo do dia.

2.1 Fatores sociais

A falta de compreensão da família pode ser responsável pela depressão comum a 50% dos pacientes. Como eles mantêm intacta a sua inteligência, vão se sentindo muito diminuídos, com tendência ao isolamento. A família deve evitar que isso ocorra, mas como discriminam o doente e querem escondê-lo da sociedade, acabam fazendo o contrário: isolam-se junto com ele (NAKAGAWA,1998).
É um problema. Eles querem fazer a barba sozinhos e cortam-se com a gilete. Não conseguem tomar banho ou escovar os dentes direito e isso gera outros problemas de saúde. Eles não pedem ajuda a ninguém e rejeitam o sentimento de pena (BRANDÃO,1998).
Para Nakagawa (1998), o portador de Parkinson precisa contar com o apoio da família que pode ser tão importante para o tratamento quanto os próprios medicamentos. No entanto lidar com a família pode ser mais difícil que com a própria doença, porque os efeitos podem confundir a família que chega a questionar se o paciente está mesmo doente ou está fazendo "manha".
Como a lucidez está presente em 75% dos casos, a família acaba acreditando que as limitações do paciente sejam "propositais". Sentindo-se diminuído, o parkinsoniano costuma não pedir ajuda a ninguém, querendo afirmar sua auto-suficiência. Se não estiver muito atenta, a família acaba colocando-o em risco. O parkinsoniano quer fazer tudo sozinho e esconde muitas coisas. Pode levar um tombo e, por orgulho não contar a ninguém (BRANDÃO, 1998).
A solidariedade e o carinho da família, aliados ao convívio com as associações de apoio, são fundamentais para resgatar a independência do paciente, normalmente deprimido e isolado da sociedade.
Família, médicos e amigos devem mostrar ao paciente que é possível conviver com a doença. Fazer com que o paciente se sinta útil e ativo o deixará mais estimulado a reagir à doença.

2.2 Fatores psicológicos

Alem dos sinais motores mais visíveis identificados no parkinsoniano, o aspecto psicológico destes indivíduos também é afetado. De acordo Silberman et al. (2004), a demência e a depressão podem agravar e trazer conseqüências negativas durante o tratamento da doença. Muitos desses apresentam-se estressados e angustiados.
A taxa de prevalência de depressão entre indivíduos com DP varia de 20% a 70%. Mohr et al. (1996), observaram que a ansiedade e a depressão podem exacerbar as dificuldades motoras apresentadas. A função cognitiva dos indivíduos com DP segundo Mäder apud Teive, (2000) é prejudicada. A autora relata que esses indivíduos freqüentemente se queixam de dificuldades para concentrar a atenção a fatos recentes. A capacidade de memorização, também é afetada, principalmente quando há aspectos depressivos associados.
Para além das situações que se refere, em que não se encontra uma verdadeira relação biológica entre as duas doenças, pode falar-se de sintomas depressivos associados à própria doença de Parkinson. Na verdade, a alteração química resultante do processo degenerativo que está na base da doença de Parkinson pode também afetar regiões do cérebro implicadas na gênese dos sintomas depressivos. Assim, sintomas motores e sintomas psicológicos desenvolvem-se em simultâneo e progridem a par. É necessário nessa altura tratar ambas as situações, embora a correção da componente motora com os fármacos apropriados possa também melhorar a componente depressiva (CALDAS, 2008).
O comportamento humano é objeto de estudo por parte da psicologia, mas é o cérebro humano que mais interessa para os estudos psicológicos. As limitações físicas e a repercussão psicológica decorrente desse fato é o objetivo do tratamento psicológico das pessoas portadoras da Doença de Parkinson (DP) visto que o organismo físico, emoções e sentimentos são instâncias de constituição humana com muito mais relações em comum do que inicialmente se pode imaginar (GRISOLIA, 2006).

3. EFEITOS DA DEPRESSÃO

A depressão pode estar relacionada à redução de um neurotransmissor chamado serotonina. Qualquer situação nova pode fazer com que o paciente se sinta inseguro e temeroso. Pode evitar viajar, sair e muitos acabam se retraindo e evitando contatos sociais. Pode perder a motivação e tornar-se excessivamente dependente da família.
A depressão é uma síndrome que pode agravar e trazer conseqüências problemáticas na evolução do processo da Doença de Parkinson. .
Nos casos em que a depressão faz parte da doença chamada "maníaco-depressiva", onde os episódios depressivos alternam no tempo com episódios de grande excitação, pode ser necessário constantemente adaptar a medicação da doença neurológica ao estado de humor do doente, visto que no período depressivo necessita de mais levedopa do que na fase em que se encontra em "mania." (CALDAS, 2008).
Caldas, (2008), diz ainda que o quadro depressivo acompanha-se, em geral de outros sintomas, sobretudo de tipo alucinatório. O doente vê coisas que não existem, vultos de pessoas ou pequenos insetos e podem também desenvolver quadros complexos de erros de interpretação da realidade que são muito difíceis de tratá-la.
De acordo Caldas, (2008), é visto com alguma freqüência o desenvolvimento de quadros delirantes nomeadamente de delírio de ciúme que não revertem com a redução da medicação, ao contrário do que acontece com as alucinações. As alucinações estão claramente relacionadas com as doses de medicação anti-parkinsônica e muitas vezes não são referidas espontaneamente pelos doentes, sendo necessário interrogá-los especificamente.


4. A BUSCA PELA QUALIDADE DE VIDA

Praticar atividades alternativas, como artesanato e pintura, ajuda a amenizar os sintomas e alivia o estresse emocional. A área do cérebro responsável pela concentração na hora de executar estas atividades é a mesma que provoca os tremores. Se essa área é usada para executar as atividades, diminui a produção dos tremores.
A psicologia ajuda a melhorar sentimentos de depressão e ansiedade que virtualmente estão presentes em qualquer doença crônica. Existe também a terapia ocupacional que pode dar muito auxílio nesta patologia, fazendo adaptações, melhorando a auto-estima e trabalhando-a.
Smith (2003); Sasco et. al (1992), sugerem que a atividade física possui um efeito neuroprotetor sobre o cérebro, auxiliando na proteção de várias doenças neurodegenerativas. Segundo seus estudos realizados com ratos, os exercícios poderiam diminuir a vulnerabilidade da dopamina à agentes agressores. A plasticidade do cérebro e seu poder regenerador podem ser melhorados com a atividade física.
Goetz et. al. (1993); Szekely et. al (1982), relatam redução da ansiedade e do sentimento de isolamento quando doentes com DP são incluídos em grupos que realizam atividades físicas e esportivas.
Em relação aos objetivos fisioterapêuticos, de maneira geral, é importante manter ou melhorar a amplitude de movimento em todas as articulações; retardar o surgimento de contraturas e deformidades; retardar a atrofia por desuso e a fraqueza muscular; promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade; incrementar o padrão da marcha; melhorar as condições respiratórias, a expansibilidade pulmonar e a mobilidade torácica; manter ou aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária; melhorar a auto-estima (THOMSON; SKINNER; PIERCY, 2000).
O tratamento da Doença de Parkinson deve ser multidisciplinar, envolvendo o uso de medicamentos antidepressivos e, principalmente, atividades alternativas (terapia, exercícios e socialização) para estimular o paciente a se livrar do sofrimento emocional. Família, médicos e amigos devem mostrar ao paciente que é possível conviver com a doença. Fazer com que o paciente se sinta útil e ativo o deixará mais estimulado a reagir à doença. (COIMBRA, 2009).
Uma equipe de apoio pode garantir a saúde e ajudar na independência, já que manejar uma escova pode ser uma tarefa árdua. O trabalho pode começar na família, mas pode se estender para fora dela. Psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos são fundamentais. Esse acompanhamento multidisciplinar tem como objetivo alcançar a manutenção da funcionalidade geral e da qualidade de vida, sendo responsável também por um conjunto de orientações que serão passadas não somente para o parkinsoniano como também a sua família que com ele acompanha tal enfermidade. (FILGUEIRAS et.al, 2008).
O tratamento psicológico é de longa duração, envolve não só o paciente, mas todos os que com ele convivem. Todos, em conjunto devem oferecer recursos físicos e principalmente afetivos através dos anos, para que o tratamento seja conduzido com tolerância, cautela e compreensão e muita auto-estima. O paciente costuma ter medo, depressão, estresses, ansiedade, às vezes decorrentes da medicação utilizada para suprir a escassez da dopamina no cérebro, como também, decorrente da falta de sossego dos tremores e da disfagia neurogênica. Por isso é de suma importância o apoio da família, dos parentes e dos amigos. Sabe-se que a doença é degenerativa, é crônica, não tem cura, mas a maior parte dos pacientes de Parkinson mantém a capacidade de gozar a vida por longos anos.
Vale salientar que o doente Parkinsônico tem que ser considerado como um todo. Isto significa que não se podem dividir os problemas físicos para um lado e psicológicos para o outro. A família necessita muitas vezes de apoio que o médico deve saber identificar. A partilha das queixas, nas Associações ou outras formas de convívio, pode funcionar como apoio terapêutico para os doentes e familiares para quem a doença veio alterar o meio de vida, de maneira dramática, um equilíbrio afetivo construído ao longo de alguns anos (CALDAS, (2008).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tratar da doença de Parkinson é tratar de um assunto para o qual não faltam recursos de investigação em países desenvolvidos como os Estados Unidos, onde os cientistas se valem de procedimentos cirúrgicos de estimulação cerebral profunda e testam drogas desenvolvidas para outras doenças. Pesquisadores brasileiros participam das investigações com novos métodos de diagnóstico por neuroimagen que poderão antecipar o advento da doença em alguns anos.
Ainda não existe cura para a Doença de Parkinson, no entanto o tratamento adequado pode melhorar os sintomas e diminuir a velocidade de progressão da patologia. Além de não existir a cura e de causas desconhecidas e difícil de tratar, a doença de Parkinson ainda pode se agravar em conseqüência da depressão que acomete aproximadamente 50% dos portadores e que pode ocorrer antes mesmo dos sintomas, dificultando ainda mais a vida desse paciente sendo que em casos de depressão mais acentuada esta pode tornar a pessoa totalmente incapacitada.
Outra situação observada no desenvolver desse artigo é que a família pode ser considerada a responsável pela depressão, ao invés de dar o suporte, o apoio e o carinho que o doente tanto necessita e que pode ter os mesmos efeitos dos medicamentos.
É importante lembrar e compreender que, como ainda não existe cura para a doença, esta patologia pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. Assim sendo, a grande "arma" da medicina hoje para combater o Parkinson consiste nos remédios e cirurgias, além da fisioterapia, a terapia ocupacional e a fonoaudiologia, entre outros profissionais, pois através da atuação de uma equipe multidisciplinar é possível proporcionar ao paciente uma boa qualidade de vida, funcionabilidade e auto-estima.
Em virtude de todas as dificuldades vivenciadas pelo portador de Parkinson e enquanto a ciência busca descobrir a cura para uma doença que ainda pode ter a depressão como fator de incapacidade, que vem alterar tanto a vida de um ser humano bem como de seus familiares, uma alternativa para minimizar esse sofrimento seria investir na qualidade de vida. É importante também seguir as indicações médicas, fazer exercícios físicos, desenvolver atividades ao ar livre, ter a preocupação de se manter mentalmente ativo, entre tantas outras atividades que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida seja dos doentes de Parkinson seja das suas famílias. A terapia ocupacional, a prática de algumas atividades que sejam utilizadas áreas do cérebro são recomendadas e podem muito contribuir e melhorar a qualidade de vida.
A doença de Parkinson não pode ser encarada como o fim, deve antes, ser encarada como o inicio de uma longa caminhada, de onde se esperam sair vencedores.
Ao finalizar este artigo vale à pena ressaltar a importância de um trabalho multidisciplinar frente a estes pacientes junto aos medicamentos antidepressivos e o apoio da família, de amigos e das associações. Espera-se que estudos continuem sendo realizados no intuito de encontrar uma solução para amenizar o sofrimento de tantas pessoas portadoras desse terrível mal.

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ABSTRACT

Parkinson's disease is a degenerative disease, occurring chronic and progressive loss of central nervous system neurons in a region known as the substantia nigra. No definite cause is considered a primary disease and idiopathic which has no cure and it is difficult to treat and may even experience other symptoms such as depression, sleep, decreased memory, etc. Depression can significantly affect the life of patients with Parkinson?s and become the largest cause of disability. The benefits of regular physical activity and with proper guidance are widely recognized and contribute to a better quality of life, so this work of bibliographical and exploratory intended to present the psychological variables of the subjects addressed through a qualitative analysis.

Key words ? Parkinson?s disease, depression and quality of.