DEFICIÊNCIA VISUAL: OS DESAFIOS EM ALFABETIZAR CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM SALA DE AULA

RESUMO

Este artigo analisa o universo da criança com deficiência visual e visa aprofundar estudos relacionados ao processo de alfabetização dos mesmos, suas especificidades e as metodologias utilizadas para a obtenção de melhores resultados. Aborda questões e caminhos que podem beneficiar o processo de ensino-aprendizagem. Na questão da prática pedagógica busca-se olhar o trabalho com alunos com deficiência visual e a reflexão de procedimentos e recursos específicos que ajudam a direcionar o professor em sala de aula. Neste trabalho utilizou-se a pesquisa bibliográfica como metodologia de pesquisa e da relação teoria-prática, evidenciando a necessidade de se ficar atento às práticas pedagógicas que melhor se adapte às peculiaridades da criança cega.  O processo de educação para crianças cegas ocorre do mesmo modo como para a criança vidente. A criança vidente tem contato com o mundo letrado através da visão, enquanto que o aluno cego percebe as letras através do tato. Para o ensino, os objetivos são os mesmo, no entanto, os caminhos utilizados são diferentes. 

PALAVRAS-CHAVES: educação inclusiva, deficiência visual, alfabetização, professor.

INTRODUÇÃO

A inclusão de deficientes visuais nas instituições de ensino e na sociedade é um grande desafio que a educação enfrenta hoje. Sociedade, professores, gestores educacionais e o poder público devem ser e estar preparados para a inclusão dos deficientes visuais, pois este, assim como toda a sociedade, tem direito à educação de qualidade. No entanto, percebe-se a necessidade de se obter maiores conhecimentos para auxiliar a formação de professores que atuam no sistema regular de ensino, proporcionando uma educação eficiente e, que favoreça os alunos. Muitas vezes, o professor recebe um aluno cego e fica sem saber quais as ações corretas e como se deve proceder no processo de alfabetização do mesmo.

Fazendo-se valer de pesquisa bibliográfica, procurou-se buscar mais informações e identificar fatores que podem ajudar no planejamento adequado de ações interativas e que servirão como orientação e apoio para os profissionais desta área.

Para tanto, buscou-se o conhecimento a respeito da deficiência visual com seus principais aspectos, características e peculiaridades, a alfabetização e aprendizagem de pessoas cegas, a abordagem dos principais recursos didáticos para sua educação e o trabalho do Atendimento Educacional Especializado. Este trabalho constitui-se numa oportunidade para um melhor entendimento do processo de alfabetização e das necessidades de uma educação com qualidade para a criança cega. 

  1. DESENVOLVIMENTO 

A aprendizagem é um processo individual, porque cada um tem um jeito de apropriar-se do conhecimento, o que acontece desde o nascimento e se estende por toda a vida. A aprendizagem envolve pensamento, afeto, linguagem e ação. Esses processos precisam estar em harmonia para que o sucesso seja obtido, assim como a família e a escola tem papel essencial e indispensável nesse processo. 

2.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O conceito de educação inclusiva busca a inserção social de todas as crianças com necessidades educativas especiais na rede regular de ensino. Nesta integração busca-se a interação com outras crianças e um desenvolvimento conjunto. No entanto, por vezes, surgem dificuldades por parte da escola e professores em integrar essas crianças devido às necessidades de obter condições adequadas.

No Brasil, a constituição de 1988, assim como a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) mostra a importância de promover a inclusão educacional como elemento formador da nacionalidade. Para que a escola seja na íntegra um espaço de formação para todos, com um ambiente verdadeiramente inclusivo, é preciso que as políticas públicas de educação sejam direcionadas à inclusão e que esteja munida com materiais, equipamentos e professores especializados.

A democracia da educação só se confirma nos sistemas educacionais que promovem a qualidade de ensino e se tornem aptas a responder às necessidades de cada educando de acordo com suas peculiaridades, pois todos precisam de escola para aprender e não para marcar presença ou serem atendidos à parte.

Uma escola inclusiva, embora seja contestada por alguns e tenha assustado a comunidade escolar por exigir mudanças e atitudes, nos leva a refletir que se trata de um posicionamento social que garante a igualdade e o respeito às diferenças. E para que haja sucesso na inclusão de alunos com deficiência é preciso atingir progressos significativos na aprendizagem das mesmas, por meio da adequação das práticas pedagógicas habilitadas para a diversidade e especificidades de cada criança.

A inclusão de um aluno com deficiência na escola regular vai além de permitir a participação e frequência nas aulas, requer participação ativa no processo de aprendizagem, na socialização e vivência.

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