Edenir Alves Nemoto

Maria Eunice de Castro Ferreira

Anita Solange Arone

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza–Escola Técnica Getúlio Vargas

Curso Técnico em Nutrição e Dietética–Ipiranga–São Paulo

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar os trinta anos de desenvolvimento, aperfeiçoamento e inovação do curso Técnico em Nutrição e Dietética da Escola Técnica "Getúlio Vargas" (Etec"GV"), inserindo-o no contexto político e histórico da educação profissional em São Paulo e no Brasil. Foram levantados dados em documentos arquivados na escola e na biblioteca, assim como depoimentos. O curso iniciou suas atividades no espaço destinado ao restaurante escolar desativado e desde então, o mesmo contabilizou três mil e cem técnicos formados, trezentas e cinquenta matriculas semestrais, corpo docente de vinte professores, duas reformas para a adequação do espaço e do curso, além de participação em vários eventos internos e externos à entidade, culminando com a premiação de quatro ex-alunas no Prêmio Profissional do Ano "Neide Gaudenci de Sá" e um grupo de alunas no Prêmio "Zarif Nacle", ambos pelo Conselho Regional de Nutricionistas – 3ª região (CRN-3). Hoje, é um curso que lembra muito pouco o de 1978, ano de sua criação. Atravessou estes trinta anos na busca incessante de um ensino de qualidade; com as mudanças, deixou uma demonstração clara de que sabe escolher os caminhos e adaptar-se aos novos tempos e, principalmente, formar profissionais que sabem ser multiplicadores dos conhecimentos da Ciência da Nutrição recebidos e vivenciados, não apenas dentro e fora do ambiente escolar, mas também no mercado de trabalho.

Palavras-chave:Etec "Getúlio Vargas".Curso Técnico em Nutrição e Dietética.

Ensino profissionalizante.

Summary

The objective of this job is to introduce the thirty years of Escola Técnica "Getúlio Vargas" (Etec "GV") Nutrition and Dietetics Technical Course development, improvement and innovation, let it into the political context and professional education in Sao Paulo and Brazil. It's been raised filed data in the school and library, as well some testimonials. The course has started its activities up in a place for a disabled scholar restaurant and, since than, has counted three thousand and one hundred graduated technicians, three hundred and fifty half-yearly enrolments, twenty teacher in faculty, two suitable renovations for the place and the course, beyond several in-house participation and external events in diverse institutions., it has leaded the "Neide Gaudenci de Sa" Year Professional Award with four ex-students and "Zarif Nacle" Award with a group of students, both through Regional Counsel of Nutritionists - 3rd region (CRN-3). Nowadays, it is a course that doesn't seem like the one from 1978, its beginning's year. It has been gone through all these years incessant finding a quality instruction, changing, left apart a clear demonstration the ones that do it can find the teaching way to adapt to present time and, above all, educate multiplier professionals of the Nutrition Science knowledge, not only inside and outside the scholar environment, but also at the workplace.

Key words:Etec "Getúlio Vargas".Nutrition and Dietetics Technical Course.

Professional instruction

Introdução

O ensino técnico no Brasil iniciou-se na época do período colonial, onde havia a necessidade do ensino para que os escravos aprendessem carpintaria, tecelagem e outras atividades nos engenhos de açúcar ( LAURINDO, 1962).

Com o desenvolvimento industrial, principalmente no Estado de São Paulo, cada vez mais a mão-de-obra qualificada masculina e feminina foi se tornando necessária, impulsionando assim, a criação das escolas profissionais oficiais em 1911, instaladas no bairro do Brás. Nas escolas, separadas por sexo, havia a qualificação masculina, Escola Profissional Masculina, para Artes Industriais: ferreiro, fundidor, ajustador, pintor, pedreiro, tecelão, latoeiro e chofer. Na feminina, Escola Profissional Feminina, para Prendas Manuais: Rendas e Bordados, Roupas Brancas, Confecções, Flores e Chapéus, Pintura e Desenho Profissional. Na Escola Profissional Feminina, um dos assuntos tratados era o da saúde familiar e da comunidade, de acordo com a Lei Federal nº 1214 de 24 /10/ 1910 e Decreto Estadual nº 2118-b de 28 /09/ 1911.

Desde a implantação das escolas profissionalizantes, os cursos sofreram várias mudanças para adaptarem-se às necessidades educacionais da sociedade, onde diversas instituições com fins educacionais disciplinadoras implementadas pelas classes dirigentes foram criadas, objetivando a formação dos trabalhadores, filhos de trabalhadores e crianças desvalidas, em todo o Brasil.O preconceito a partir do ensino para o trabalho com ensino pelo trabalho merece destaque especial em São Paulo onde, segundo MORAIS (2001), esta modalidade de ensino, que se pode qualificar como profissionalizante, não teve papel em assistência ou de correção.

Na década de vinte, pós 1ª Guerra Mundial, surgem discussões para uma nova concepção do papel a ser desempenhado pela mulher trabalhadora, o de esposa e mãe, pois não bastava só formar operárias aptas para ganhar a vida independente, mas serem donas de um lar organizado, por isso precisavam ter em seus currículos os conceitos de administração.

Na época, o curso profissionalizante ofereceu para as mulheres opção à atividade social, importante e diferenciada, uma vez que as opções oferecidas à elas eram apenas o professorado e a enfermagem.

A Escola Profissional Masculina, inicialmente instalada no bairro do Brás, em 1964, foi dividida em três unidades: Escola Técnica Estadual de Segundo Grau "Martin Luther King", no bairro do Tatuapé; Escola Técnica Estadual de Segundo Grau "José Rocha Mendes", na Vila Prudente e Colégio Técnico "Getúlio Vargas", no Ipiranga. Em novo endereço agora a "GV" dispunha de instalações mais modernas para atender um maior número de interessados, com vários ambientes de ensino, inclusive, amplo restaurante para usufruto de alunos e funcionários. O restaurante escolar situava-se no térreo do bloco D, com uma área de 558m2 com equipamentos e utensílios de uma cozinha de restaurante institucional, apta para desenvolver as atividades a que se propunha. O amplo restaurante, além de atender cerca de mil refeições/dia, também era local obrigatório de estágio da disciplina de Administração do Curso Técnico de Dietética do Colégio de Economia Doméstica e Artes Aplicadas Estadual "Carlos de Campos", segundo informou a professora Neide Gaudenci de Sá, mostrando desta forma, o aspecto de colaboração e reciprocidade de atividades.

A obrigatoriedade do fornecimento de refeições completas aos alunos veio através da Portaria nº 15-E de 22 / 09/ 1965 do Departamento de Ensino Profissional onde resolvia:

-"Artigo 1º - é obrigatório o fornecimento de refeições completas, segundo padrão e orientação do Setor de Alimentação Escolar deste departamento, em todas as unidades de ensino subordinadas.

§ 2.0 – o fornecimento de refeição completa compreende almoço e jantar, só almoço ou

só jantar, conforme o caso.

-Artigo 2º - o fornecimento de lanches é obrigatório".

O ciclo de crescimento vivenciado entre 1968 e 1974 foi caracterizado por uma grande expansão dos setores industriais, especialmente bens de consumo como o automobilístico e construção civil; em menor ritmo, as indústrias estatais produtoras de insumos básicos e de mecânica de maquinaria. Baseada na produção de bens de setores já existentes, sem diversificar a produção, a economia brasileira, no início de 1974 deparou-se com dois agravantes econômicos como a pressão inflacionária e o desequilíbrio do balanço de pagamentos. O governo adotou medidas estabilizadoras de impacto, como a redução da oferta de moeda e restrição aos gastos públicos (BRESSER PEREIRA, 1975)

Em 1975 o restaurante do Centro Interescolar de Ensino Técnico "Getúlio Vargas" encerrou suas atividades como reflexo da implantação da Lei Federal 5692/71, que exigiu mudanças na grade curricular dos cursos e também por medidas restritivas governamentais quanto à alimentação de alunos e funcionários das escolas profissionalizantes, que deixaram de ter aula em período integral, devido à implantação do sistema da intercomplementaridade na escola, onde os alunos recebiam as aulas do núcleo comum em outra unidade escolar de 2º grau.

Após longas discussões entre a diretoria e os docentes da escola, a então diretora da época, decidiu solicitar à Secretaria da Educação a implantação do Curso Técnico em Nutrição e Dietética com o objetivo de otimizar o espaço, os equipamentos e os utensílios ociosos, além do que, o mesmocolaboraria para aumentar o número de profissionais aptos a serem multiplicadores de conhecimentos da Ciência da Nutrição, ajudando assim a elevar o nível das condições nutricionais da sociedade que era um dos sérios problemas da época. Também havia o interesse da diversificação de cursos na escola, uma vez que só existiam cursos na área de mecânica, elétrica e edificações.

Segundo BATISTA FILHO & RISSIN (2003), a partir de 1975 os estudiosos disponibilizaram, no Brasil, dados de inquéritos representativos da situação nutricional encontrada nas diversas regiões do país, utilizando somente dados antropométricos, tendo como paradigma o estado de nutrição calórico-protéico de situação nutricional na época. Os inquéritos executados desde então possibilitaram analisar, de forma mais concreta, o cenário nutricional para o qual se encaminhava a sociedade brasileira.

O estudo conclui ainda que a transição nutricional, até então, descrevera quatro etapas: a primeira, o desaparecimento do "kwashiorkor"; a seguir, o desaparecimento do marasmo nutricional; após, o aparecimento do binômio sobrepeso e obesidade, em escala populacional e por último, a correção do déficit estatural (BATISTA FILHO & RISSIN 2003).

O Decreto nº 16309/80 assinado pelo governador Paulo Maluf, obrigava o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) a incorporar escolas técnicas para que houvesse a legitimidade do Decreto Lei de Criação do mesmo, em 1969, que tinha como finalidade implantar a Educação Tecnológica nos graus do Ensino Médio e do Ensino Superior.

Em 1982 a Escola Técnica "Getúlio Vargas" foi escolhida entre um grupo de, aproximadamente, cem escolas da rede pública estadual, para fazer parte das doze primeiras escolas incorporadas ao CEETEPS. Com esta incorporação a GV e as demais escolas, passaram por um processo de recuperação e ter mais liberdade e autonomia para a discussão pedagógica, enquanto que as outras escolas técnicas que continuavam na rede estadual sofreram um processo de degradação.

Objetivo Geral

Traçar o contexto histórico e pedagógico dos trinta anos do Curso Técnico em Nutrição e Dietética da Etec"GV"na educação profissional do Estado de São Paulo, através de levantamento documental.

Metodologia

Foi feito um levantamento documental de coleta de dados na biblioteca da escola e de arquivos existentes em outros setores, fazendo um cruzamento com a cronologia de todas as leis, decretos e portarias que tiveram importância para a trajetória do curso, assim como depoimento de pessoas envolvidas com os fatos narrados. Na própria área foi realizada uma busca por fotos e documentos que descrevessem o cenário da história dos trinta anos do curso na GV.

Resultados e Discussão

Segundo SOUZA (1999) a história vivida no tempo escolar é reveladora das múltiplas dimensões, situando-se entre a história cultural e a história das instituições educativas, mostrando como o tempo constitui uma ordem do que se experimenta e se aprende na escola.

Em 1911, as primeiras escolas profissionalizantes, uma feminina e outra masculina, foram fundadas, voltadas ao ensino das artes tidas como femininas e habilidades masculinas aplicadas à indústria, com o intuito de preparar mão de obra qualificada e apta a atender a crescente demanda ocasionada pela industrialização que se processava em São Paulo (BARRETO, 2006).

As instituições profissionalizantes dentro do cenário educacional, segundo MORAES (2002), visavam contribuir principalmente com o setor fabril, possibilitando a formação do operariado competitivo, sendo as escolas destinadas a priorizar o ensino das profissões mais adequadas ao meio industrial, como artes industriais para os rapazes e prendas manuais para as moças. O governo estadual direcionava as escolas profissionais aos filhos dos trabalhadores, os quais pretendiam seguir a profissão dos pais.

As reformas no ensino paulista foram concretizadas em 1933, com a elaboração e implantação do Código de Educação do Estado de São Paulo, após o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que teve como personagem principal Fernando de Azevedo que o redigiu e o lançou, em conjunto com outros educadores e intelectuais da época (CREFAL).

Através do Decreto nº 5884 de 21 /04/ 1933, foi iniciado o Curso de Economia Doméstica, no Instituto Profissional Feminino a antiga Escola Profissional Feminina, situado no bairro do Brás, que abrangia também assuntos de puericultura e arte culinária.

Em 1939, o Dr. Adhemar Pereira de Barros, Interventor Federal no Estado de São Paulo, inovou os cursos de Educação Doméstica, uma vez que as alunas das escolas profissionais deveriam aprender assuntos dietéticos para colaborar na campanha de racionalização da nutrição popular, um dos problemas sérios da época. Neste final de década, segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO (1991), ocorriam dois movimentos importantes para o Brasil: um, a criação de bases para a industrialização nacional e outro, que desafiava os brasileiros a enfrentarem os imprevistos da 2ª Guerra Mundial. Portanto, aumentar e melhorar a produção, o abastecimento e o consumo de alimentos tornou-se prioritário com vistas à saúde e produtividade do trabalhador e do povo em geral.

Nesta inovação, o Curso de Economia Doméstica se transformou em Curso de Educação Doméstica e Dietética para Donas de Casa e o Curso de Aperfeiçoamento para Formação de Mestras de Economia Doméstica foi transformado em Curso de Formação de Mestras de Educação Doméstica e Auxiliares de Alimentação. Estes cursos foram regulamentados através do Decreto nº 10033 de 03 /03/ 1939.

Em 17 de maio de 1939, foi ministrada a primeira aula do Curso de Auxiliares de Alimentação, na atual Escola Técnica "Carlos de Campos". Este curso foi criado por iniciativa do Dr. Francisco Pompêo do Amaral que era na época médico-chefe da Superintendência do Ensino Profissionalizante de São Paulo. Ele se baseou na Escola Nacional de Dietistas de Buenos Aires para criar a versão brasileira. O curso tinha a duração de um ano e as formandas poderiam trabalhar como:Auxiliares Técnicas nos serviços de alimentação, na Direção de lactários e Cozinhas de distribuição de alimentos a adultos sadios e também, como Professoras das Escolas Profissionais do Estado de São Paulo, conforme o artigo 8º. do Decreto 10.033 de 03/03/1939.

Em 1953, através da Lei 2318 de 09/10/1953, o curso sofreu um desdobramento e criou-se o Curso de Formação de Dietistas, passando por nova alteração pelo Decreto 38643 de 27/06/1961 que passa a ser denominado de Curso Técnico em Dietética.

Todos os formados até o ano de 1967, na Escola Técnica "Carlos de Campos", através da Lei Federal 5276 de 24/04/1967, obtinham o direito de exercer a profissão de nutricionista, desde que solicitassem o registro, no prazo previsto, ao MEC.

A política educacional em pleno período de milagre econômico do governo militar, com o general Médici, em 1971, reformula a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 4024/61, criando a Lei Federal nº 5692/71 que apresentou dois pontos fundamentais: a extensão da escolaridade obrigatória, denominado ensino fundamental e a generalização compulsória do ensino profissionalizante no nível médio. Estas medidas visavam contribuir para a regulação do mercado de trabalho e conter a demanda para a educação de nível superior, gerando, pela profissionalização obrigatória, redução da educação geral oferecida aos brasileiros (CUNHA, 2000).

Em 1971, através da Deliberação CEE nº 10/71 foi instituído no Sistema de Ensino do Estado de São Paulo o Curso Técnico de Nutrição e Dietética, onde se definiram as disciplinas específicas e as obrigatórias.

Em 1974 o Parecer CFE nº 4089/74 aprovou a formação do técnico em nível de 2º grau no setor de Nutrição, descrevendo a sua ocupação, os campos de aplicação, as matérias profissionalizantes e a nomenclatura oficial da habilitação de Técnico em Nutrição e Dietética, que perdura até os dias de hoje. Todas estas modificações foram importantes, proporcionando maturidade ao curso que, além de responsável pelo bem-estar humano, tem forte participação nas questões sócio-culturais da humanidade.

Em 27 de fevereiro de 1978, através da Resolução nº 11/78 da Secretaria da Educação, o Curso Técnico em Nutrição e Dietética foi implantado no Centro Interescolar de Ensino Técnico "Getúlio Vargas".O curso iniciou suas atividades com disponibilidade para 120 vagas e grade curricular elaborada pela CENP (Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas) da Secretaria de Estado da Educação, de acordo com o Parecer CFE nº 4089/74 que fixou os mínimos de conteúdos e duração.

A grade que norteou o curso compunha-se de: 1) Disciplinas Instrumentais: Matemática aplicada, Anatomia e Fisiologia Humanas, Química Orgânica, Noções de Puericultura e Bioquímica.2) Disciplinas do Mínimo Profissionalizantes: Higiene dos Alimentos, Inquéritos e Técnicas de Educação Alimentar, Administração de Serviços Alimentares, Psicologia das Relações Humanas e Ética Profissional, Nutrição Normal, Fisiologia da Nutrição, Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia, Técnica Dietética e Arte Culinária (TDAC), Bromatologia, Tecnologia de Alimentos e Noções de Legislação Aplicada. Perfazia um total de duas mil e novecentas horas-aula e setecentos e vinte horas de estágio. Nesta época, como a "GV" fazia parte da metodologia pedagógica da intercomplementaridade, os nossos alunos assistiam às aulas do núcleo comum na Escola Estadual de Segundo Grau Professor "Gualter da Silva".

A CENP preconizava aulas práticas em laboratório, portanto, a antiga cozinha industrial do restaurante escolar foi adaptada para laboratório de TDAC (Técnica Dietética e Arte Culinária) e o outro laboratório que era de Bioquímica e Bromatologia por falta de espaço adequado, foi adaptado na área da Mecânica. Esta situação desconfortável e não didática perdurou até 1993 quando o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) reformou toda a área destinada ao curso, adequando-o para o funcionamento de laboratório, além de reuni-los no mesmo espaço. Com esta reforma, a área de Nutrição passou a contar com três laboratórios, sendo um de TDPL (houve mudança no nome da disciplina que passou para Técnica Dietética e Prática em Laboratório), outro de Bioquímica e Bromatologia e um terceiro de Informática, que foi criado para atender necessidades da grade curricular e do mercado de trabalho, com inclusão da disciplina de Informática, além de destinar salas para coordenação, supervisão de estágio, professores, apoio e cinco salas de aula.

A Constituição Federal de 1988 contempla conquistas da sociedade, cabendo ao governo o cumprimento dos preceitos constitucionais que garantem o direito à educação de todos. Define que:

"A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – melhoria da qualidade de ensino;

IV – formação para o trabalho;

V – promoção humanística, científica e tecnológica do País."(artigo 214).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei n° 9394/96) impõe aos Estados a obrigatoriedade de:

"... elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as de seus municípios" (Artigo10, III).

SOARES (2008) comenta que a LDB 9394/96 se constitui num marco importantíssimo para a educação profissional. As leis de diretrizes e bases anteriores, e algumas leis orgânicas para os níveis e modalidades de ensino, sempre trataram da educação profissional apenas parcialmente, como era na época da Lei 5692/71, com o 2º grau profissionalizante.Na atual lei, o Capítulo III do Título V —«Dos níveis e das modalidades de educação e ensino»— é totalmente dedicado à educação profissional, tratando-a na sua importância, como parte do sistema educacional. Neste novo enfoque a educação profissional tem como objetivos não só a formação de técnicos de nível médio, mas a qualificação e a requalificação, para trabalhadores com qualquer escolaridade. A educação profissional deve levar ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Enfim, regulamenta a educação profissional como um todo, contemplando as formas de ensino que habilitam e estão referidas a níveis da educação escolar no conjunto da qualificação permanente para as atividades produtivas. Embora a lei não o explicite, a educação profissional é tratada como um subsistema de ensino.

O Decreto nº 2208/97 normatizou e regulamentou a educação profissional no Estado de São Paulo, em conjunto com a Deliberação CEE nº 14/97. O documento define três níveis para a Educação Profissional: Básico, informal; Técnico, formação de nível médio; e Tecnológico, correspondente à educação superior.

Desde 2002, cumprindo uma determinação da LDB 9394/96, do Parecer CEE 105/98, da Resolução CNE/CEB nº 04/99, do Parecer CNE/CEB nº 16/99, da Indicação CEE nº 08/2000 e da aprovação pela Portaria de 04/11/2001 do CETEC (Centro de Ensino Técnico) do CEETEPS, o curso implantou o sistema de ensino Modular com 1500 horas-aula e 120 horas de estágio divididos em três semestres, nos períodos diurno e noturno.

No Estado de São Paulo, o Plano Estadual de Educação (PEE, 2003) é um dos instrumentos da luta por uma educação que se mostre democrática e inclusiva, dependente da completa compreensão e implementação em todos os níveis do sistema de educação paulista.

A legislação em vigor desestruturou a educação profissional em nível técnico, desconsiderando um sistema bem sucedido de escolas técnicas no Estado de São Paulo e das escolas federais, condicionando-a como complementar ou concomitante ao ensino médio e posterior à educação básica (PEE, 2003).

No final da década de 90 uma nova reforma integrou os laboratórios de informática no Centro de Informática da escola, propiciando assim, a abertura de um espaço, na área de Nutrição, que permitiu a construção e instalação de sanitários femininos, otimizando ainda mais o espaço físico, totalizando seis salas de aula, dois laboratórios que servem todas as disciplinas que necessitam de aulas práticas, sendo que os laboratórios receberam a denominação de Laboratório 1 e Laboratório 2.

As mudanças geradas no íntimo das escolas são mais perenes e o educador atua como mediador apontando novos sentidos para o que deve ser feito, já que o aluno, ao construir conhecimento a partir do que faz precisa ser curioso e buscar sentido para o que faz (GADOTTI, 2000).

A escola, por sua vez, ambiente incontestável de aprendizagem, constitui-se em um instrumento para a busca da cidadania, pelo viés das vivências que proporciona. Para atingir este objetivo deve ter a organização curricular, a pedagógica e a didática concebida no contexto no qual está inserida, somando os conceitos, as concepções, as experiências, as culturas, os interesses e premiando a convivência de seus pares com suas diferenças e semelhanças, exercendo, desta forma, seu papel interdisciplinar (FRANCO, 2008).

De acordo com FRANCO (2008), a interdisciplinaridade é um movimento de articulação entre o ensinar e o aprender, que se elabora a partir da teoria executada em ações com a amplitude de mostrar aos educadores e as escolas uma verdadeira ressignificação de suas funções na sociedade, seja no que se refere ao currículo, não só com métodos, conteúdos, propostas de avaliações, mas também nas formas de organização dos ambientes destinados ao desenvolvimento deste processo.

No primeiro semestre de 2009, o curso sofreu nova alteração de componentes curriculares, mas continua totalizando 1500 horas-aula com dispensa do estágio e inclusão do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Com toda a infra-estrutura estabelecida dentro da ETE "GV", hoje Etec "GV", tendo sua denominação alterada sem instrumento normativo, segundo LIMA (2008), conseguiu-se no decorrer destes trinta anos os seguintes resultados: três mil e cem técnicos em Nutrição e Dietética formados; cerca de trezentos e cinqüenta alunos matriculados por semestre e vinte professores formando o Corpo docente.

Dentro do CEETEPS, o CETEC, órgão de coordenadoria de ensino técnico, ao qual a Etec "GV" está diretamente subordinada, houve a participação em atividades diversas como: Pré-Projeto Alimentos em 1993; Projeto Metodologia para o Ensino Técnico (ex-projeto Alimentos) de 1994 a 1996; continuação independente do Projeto Alimentos de 1996 a 2006; Curso para Dogueiros Motorizados, em parceria com a Semab, 2002; Projeto Educação Nutricional 2007/2008; Projeto Cantina Saudável 2008/2009; Projeto Freqüência de Sobrepeso e Hábitos Sedentários em estudantes adolescentes da Etec "GV" 2008/2009.

Segundo BEAUCLAIR (2006), o ser humano aprende melhor pela experimentação do mundo, agindo, fazendo, de forma prazerosa, constituindo uma estratégia de aprendizagem fundamental, que possibilita o olhar do indivíduo que aprende através da experimentação de sua contemporaneidade.

Desta forma, a educação por projetos deve proporcionar possibilidades de reconstrução da imaginação em busca de maior liberdade humana. As noções de justiça, diálogo, solidariedade, direitos humanos, pluralidade cultural, ética, democracia, dignidade humana, tolerância, podem constituir os determinantes para a construção de um projeto, estimulando os alunos para além dos limites do cotidiano, onde as possibilidades de criação e de comunicação enriquecem a prática pedagógica pela presença ativa dos alunos, indo além da captação das idéias, tornando-os autores de sua experiência, agregando maior significância ao tempo vivido no espaço escolar (BEAUCLAIR, 2006).

BEAUCLAIR (2006) afirma que o aprendizado pelo viés dos projetos é um acreditar na educação baseada na liberdade humana; o ato de ensinar e o aprender, fazem associação com a compreensão a ser buscada sobre os objetos de estudo, capacitando, pela vivência proporcionada, reconhecer as limitações impostas nas possibilidades não concretizadas e a busca por novos caminhos para que estas sejam efetivadas.

O professor, antes de ser um profissional, é um cidadão e deve considerar sua situação cultural, emocional e psicossocial, porque, todas elas reunidas consolidam as própriasvivências e o direcionam em suas ações como educador.

GADOTTI (2000) declara que tudo pode ser feito para aprendizagem, indo além da reciclagem e da atualização, através de múltiplas possibilidades como parcerias entre o público e o privado, avaliações permanentes e debates. A utilização de opções diferentes, traz benefícios como ensinar a pensar, aprender a comunicar-se e pesquisar, exercitar o raciocínio lógico, saber organizar o seu próprio trabalho e disciplinar, articular o conhecimento com a prática.

Ainda, segundo GADOTTI (2000), neste processo, é função da escola primar pelo conhecimento no espaço de realização humana, mantendo a alegria pela aquisição cultural, ser criativa e inovar, ser provocadora no sentido de produzir, analisar com criticidade e reconstruir conhecimento.

Neste sentido, o curso Técnico em Nutrição e Dietética da Etec "GV" conduziu sua estruturação pedagógica por novos caminhos, fato pelo qual seus alunos e professores puderam experimentar a execução de atividades em eventos externos como: Carrefour Anchieta – Aproveitamento de partes não convencionais dos alimentos – 1995; Educação Nutricional para idosos no SESI – 1992/1993; Projeto Escola da Família - rede estadual de ensino – E.E. Maria Jose / E.E. Prof. Mario Teixeira Mariano; Projeto Dia da Família – rede municipal de ensino – EMEI Montese; Educação Nutricional em escolas particulares: Veruska e Educandário Sagrada Família; Educação Alimentar para crianças de entidades próximas à escola – desde 2005.

Além do desenvolvimento de atividades externas, tivemos algumas participações em eventos internos: Curso para Merendeiras e Professoras do Lar Escola Jesuê Frantz; Exposição da área em todos os eventos da Semana da Escola Aberta; Campanhas Sociais: Arrecadação de alimentos e lã e Coleta de brinquedos usados e novos para a Campanha Amigos Encantados do Lar Escola Jesuê Frantz, desde 2006; Educação Alimentar para classes de outros cursos na disciplina de Educação Alimentar para Coletividades.

BERGER E LUCKMANN (1983) afirmam que a integração interna de uma instituição social depende do conhecimento das práticas rotineiras, saberes, crenças e valores que os seus membros têm a respeito da própria instituição, impregnando as relações sociais e definindo papéis e expectativas no quadro institucional, somando esforços em seu propósito educativo.

Segundo VILELA (2007), na nova escola o processo escolar deve ser dedicado a eliminar entraves que limitam as experiências, que dificultam ou impossibilitam às pessoas experimentarem a vida social, para que possam compartilhar, plenamente, recursos e bens culturais e materiais. Tendo isso como objetivo, a escola deve possibilitar formas para desenvolver atitudes de respeito à diversidade de opiniões e visões de mundo, fortalecendo as particularidades e despertando a esperança no reconhecimento e legitimidade em seu direito à vida e à participação na sociedade, além de desenvolver o espírito de solidariedade e de tolerância como princípio básico. Desta forma, constrói-se a condição que possibilita, a cada sujeito, o direito a um lugar na sociedade e que faz com que ele se sinta parte dela.

Diante da exposição proporcionada e a intensa atividade educacional participativa junto à sociedade, a Etec"GV", especificamente o Curso Técnico em Nutrição e Dietética, pode desfrutar de prêmios como: ex-alunas premiadas pelo CRN-3 (Conselho Regional de Nutricionista- 3ª região) com Prêmio Destaque Profissional do Ano "Neide Gaudenci de Sá" (iniciado em 2003) sendo Elizabete G. Alves Presa – 2003, Andréa Ardivino – 2004; Márcia Valêncio de Araújo – 2005; Rosemeire Jorge – 2007 e Prêmio "Zarife Nacle" (iniciado em 2007) tendo obtido o 2º lugarem 2007.

Também a vocação para a educação foi despertada e ex-alunas retornam, agora, como profissionais da GV, sendo uma como Coordenadora Pedagógica, dez como Professoras e uma como Auxiliar de Instrução.

Através de todas estas incursões públicas, fora da sala de aula, com eventos internos e externos, o aluno cria condições para o desenvolvimento da criticidade, da cidadania e da experiência para se transformar em um multiplicador de conhecimentos da ciência da Nutrição.Todo este esforço se remete ao longo do tempo nas premiações de órgãos não vinculados à escola, mas sim ao mundo do trabalho, indo até ao desejo de retornar à escola para retribuir o ensinamento recebido.

Conclusão

O Curso Técnico em Nutrição e Dietética, hoje, é um curso que lembra muito pouco o de 1978, ano de sua criação. Atravessou estes trinta anos na busca incessante por um ensino de qualidade e com as mudanças, cresceu, inovou, deixando uma demonstração clara de que sabe escolher os caminhos e adaptar-se aos novos tempos e, principalmente, formar profissionais que sabem ser multiplicadores dos conhecimentos da Ciência da Nutrição recebidos e vivenciados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Histórico do Nutricionista no Brasil, 1939-1989: coletânea de depoimentos e documentos /. São Paulo: Atheneu, 1991.

BARRETO, C.M. Ensino de Arte e Educação Profissional Feminina: A Criação da Escola Profissional Feminina de São Paulo.Revista Digital Art&, ISSN 1806-2962, Ano IV, n. 5 - Abril 2006. Disponível em: http://www.revista.art.br/site-numero-05/trabalhos/08.htm

BATISTA FILHO, M., RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, suppl. 1,  2003.

BERGER, P. L. e LUCKMANN, T. (1983). A Construção Social da Realidade: Tratado de Sociologia do Conhecimento. (5ª ed.) Petropólis: Vozes. (Trabalho original publicado em 1966). 

BERGER FILHO, R. L. Educação profissional no Brasil: novos rumos. Revista Iberoamericana de Educación, Madrid, v. 20, 1999.  

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