Existe uma longa discursão no que tange o futuro de jovens infratores, se fossemos olhar para as estatísticas muitos de nossos jovens tem se perdido, envolvendo cada dia mais cedo na vida do crime. Sempre em debates promovidos envolvendo o Ministério Público, Conselho Tutelar e Comissão de Direitos Humanos, percebemos uma forte preocupação das partes em tentar solucionar o problema, contudo a base está obsoleta.

Como professor trabalhando diretamente com jovens e adolescentes percebo a ausência de várias responsabilidades. A família tem o papel fundamental neste processo de socialização pois cabe a tal instituição o ensino de valores e princípios, na verdade cada dia as famílias estão longe dos jovens. Pais cada dia mais envolvidos com o trabalho e não sobra tempo para uma conversa agradável e acompanhamento da vida escolar de seus filhos.

A escola vem em seguida participando da escolarização, contudo este processo não é respeitado pois está havendo uma inversão de valores e uma ausência de responsabilidades.

O Estado deveria entrar neste processo como mediador e proporcionar aos nossos jovens cultura e educação cuja referência não é seguida, o poder público no que tange ao menor infrator obriga o a estudar como se a escola fosse a recuperação e solução do problema não dando o devido acompanhamento, colocando sobre a escola a maior carga e o papel da REDENÇÃO.

Ao conversar com estes jovens vemos pessoas carentes de atenção e de incentivo pois a base familiar está abalada e os laços foram rompidos. A educação brasileira seria bem-sucedida se a família participasse mais da vida de seus filhos.

Thales Rogério M. dos Santos: Filósofo, professor, Master em Gestão de Pessoas