UNIVAG- Centro Universitário

Centro de Pós graduação em Saúde Pública e Ambiental

TATIANE FERNANDES DE MELO

Dados Epidemiológicos Sobre Hipertensão no Bairro Santa Isabel no Município de Cuiabá -MT

Várzea Grande-MT

Junho/2007

UNIVAG- Centro Universitário

Curso de Pós Graduação em Saúde Pública e Ambiental

TATIANE FERNANDES DE MELO

Dados Epidemiológicos Sobre Hipertensão no Bairro Santa Isabel no Município de Cuiabá -MT

Projeto apresentado ao curso de Pós Graduaçãoem saúde Pública e Ambiental, do UNIVAG - centro universitário como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Saúde Pública e Ambiental sobre orientação do Profº Fábio Roberto Amato.

 


Várzea Grande-MT

Junho/2007

SUMÁRIO

RESUMO

1-INTRODUÇÃO........................................................................................05

2- PROBLEMA.............................................................................................07

3- OBJETIVOS ..............................................................................................08

3.1- Objetivo Geral

3.2- Objetivo Específico

4- JUSTIFICATIVA........................................................................................09

5- ÁREA DE ESTUDO...................................................................................11

6- METOLOGIA.............................................................................................13

7- CRONOGRAMA........................................................................................16

8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................... ................17

RESUMO

A hipertensão Arterial é uma doença muito comum em todo o mundo e atinge jovens, adultos e idosos, pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de qualquer padrão social. Algumas vezes ela é provocada por uma outra doença específica, mas na maioria dos casos a Hipertensão parece estar ligada a herança familiar e a hábitos alimentares. A hipertensão é uma doença que não tem cura mas, pode-se, através de tratamento, manter controlados os níveis da pressão arterial. A hipertensão arterial ou "pressão alta" é a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais (140/90mHg). Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e olhos. Outro tipo de hipertensão menos comum é chamada de hipertensão arterial secundária e poderá ser controlada através de tratamento médico especifico. A pressão arterial varia durante o dia dependendo da sua atividade. Ela aumenta quando você se exercita ou quando está excitado e diminui quando você está relaxado ou quando dorme. Até mesmo a postura - sentado ou em pé - influencia a pressão arterial. Este é o motivo pelo qual os médicos devem aferir várias vezes a pressão arterial para firmarem corretamente o diagnóstico de hipertensão arterial.Quando sua pressão arterial é medida, dois números são anotados, tais como 140/90. O maior número, chamado pressão arterial sistólica, é a pressão do sangue nos vasos, quando o coração se contrai, ou bombeia, para impulsionar o sangue para o resto do corpo. O menor número, chamado pressão diastólica, é a pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento (diástole).A maioria das pessoas não têm sintomas. Por isso é chamada de "doença silenciosa". Apesar da ausência de sintomas, pressão arterial elevada pode causar danos a seu corpo.Pessoas que têm familiares com pressão arterial elevada têm maior chance de serem hipertensas. A ingestão excessiva de sal predispõe ao aumento da pressão arterial.Pessoas com excesso de peso têm maior probabilidade de desenvolver a hipertensão. Estudos demonstraram que o abuso de álcool pode estar associado á pressão alta. O significado de "abuso" pode diferenciar de pessoa para pessoa, dependendo do peso, hábitos alimentares e hereditariedade. De qualquer maneira recomenda-se moderação. O único meio de você saber é a checagem de sua pressão arterial por um profissional da área de saúde. A pessoa mais bem preparada fisicamente, que faz exercícios regulares, tem menor chance de apresentar problemas de coração e pressão alta. A hipertensão não é motivo para se ficar parado,o exercício auxilia a controlar a pressão e a perda de peso. Mas antes de começar, é preciso consultar um médico para indicação do tipo de exercício que cada um poderá praticar. O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado. Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.

PALAVRAS CHAVES: hipertensão arterial, epidemiologia, fator de risco

INTRODUÇÃO

No mundo são 600 milhões de hipertensos segundo a OMS, Relatório anual acusa a hipertensão de ser o terceiro principal fator de risco associado a mortalidade mundial, perdeapenas para sexo inseguro e desnutrição. A taxa de incidência da hipertensão é de 30% na população brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade. A hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescente no Brasil. São 3,5 milhões de crianças e adolescentes que precisam de tratamento. Diversos estudos levantaram a prevalência da hipertensão juvenil. Em 2003 as doenças cardiovasculares foram responsáveis pela morte de 274 mil brasileiros (6 mil morte a mais do que no ano anterior), o dobro de mortes por todos os tipos de câncer. Isso representa 31,5% dos óbitos na população brasileira. Corresponde a 153 mortes por 100 mil habitantes.

Entre os fatores de risco para mortalidade, a hipertensão explica 40% das mortes por AVC e 25% daquelas por doença coraniana. Em 2005, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 1,18 milhões de internações/ano, com um custo aproximado de 1,32 bilhões de reais. A insuficiência cardíaca é a principal causa de hospitalização entre as doenças cardiovasculares, sendo duas vezes mais freqüentes do que as informaçõespor AVC.


A Sociedade Brasileira de Hipertensão recomenda que a pressão arterial deve ser aferidaregularmente, no mínimo uma vez por ano para aqueles que não têm ou desconhecem ter a doença, inclusive para as crianças a partir dos 3 anos de idade. Em hipertensos, a verificação da pressão deve ser constante para o controle adequado da doença.

A causa básica da doença é desconhecida , existindo no entanto alguns dados que indicam existir fatores predisponentes no estabelecimento da moléstia que não tem cura definitiva. Existem estudos que indicam uma predisposição hereditária e um maior número de casos pessoas da raça negra. Existem dados que demonstram que a doença acomete cerca de 20% da população mundial mas acomete cerca de 30% da população negra. Mesmo com estes dados de maior comprometimento racial estes dados são colocados em dúvida , visto que parece existir diferenças no percentual de hipertensos entre negros submetidos a dietas diversas.

Assim em populações africanas em que existem dietas com baixo teor de sal , a prevalência da hipertensão é duas vezes menor da observada em populações negras americanas. Outros fatores predisponentes e também descritos , estão o hábito de vida sedentário, álcool, cigarro ,estresse e dietas alimentares inadequadas. A hipertensão ocorre em ambos os sexos e podem ocorrer casos em qualquer idade sendo no entanto mais freqüente em adultos.

A hipertensão pode ser primária ou secundária. A hipertensão primária ou essencial , que ocorre em pessoas mais jovens após os 20 anos de idade, na maioria das vezes não tem uma causa geralmente estabelecida. Podem ser causa de hipertensão secundária o uso de estrógenos - pílulas anticoncepcionais - as doenças renais, vasculares e endocrinológicas. A pressão alta faz com as artérias fiquem mais espessadas e estreitadas , e podem começar a ter placas de gordura aderidas as suas superfícies , fazendo com que cada vez mais o sangue tenha dificuldade em passar pelas artérias do corpo.

Com isto o coração que é um órgão constituído por músculos vai se hipertrofiando por excesso de esforço e passa a aumentar de tamanho . Na seqüência do processo as artérias perdem sua elasticidade , ficam endurecidas , e passam a ter possibilidade de entupimento ou rompimento , que quando ocorre em locais como o cérebro, rins e coração pode levar a sérias complicações ou a morte dos pacientes. Quando ocorre entupimento é infarto , e o rompimento o derrame , ambas as situações graves e que podem ser devidas a hipertensão.

PROBLEMA

Em que medida se pode afirmar que o índice de hipertensos no bairro em estudo tem como causa o sedentarismo?

Pode se afirmar que o aparecimento da hipertensos na população alvo tem origem na natureza da atividade econômica?

OBJETIVOS

Objetivo Geral:

- Realizar uma pesquisa quantitativa dos casos diagnosticados de Hipertensão, no bairro Jardim Santa Isabel, localizado no município de Cuiabá-MT.

Objetivos Específicos:

- Comparar o número de casos de pacientes hipertensos por unidade de saúde do bairro Jardim Santa Isabel, localizado no município de Cuiabá-MT.

-Verificar qual é a maior freqüência dos casos de hipertensão entre o sexo masculino e feminino do bairro JardimSanta Isabel, localizado no município de Cuiabá-MT.

-Demonstrar as medicações distribuídas pela rede Pública de Saúde, utilizadas também por moradores do bairro Jardim Santa Isabel, localizado no município de Cuiabá-MT.

JUSTIFICATIVA

A hipertensão refere-se ao aumento da pressão arterial, a sua carga elevada causa prejuízos ao coração, enquanto a outros órgãos ocorre por causa do estresse adicional nos casos sanguíneos. Geralmente é diagnosticada quando a pressão sistólica excede 140mm Hg e a diatólica excede 90mm Hg; no entanto, a pressão diastólica maior que 85mm Hg pode provar ser um limiar válido para o diagnóticode hipertensão, evidências indicam que índices de morbilidade e mortalidade aumentam em muitos pacientes. O tratamento da hipertensão depende da causa básica. E, genericamente, existem dois tipos de hipertensão: a essencial ou idiopática, que corresponde a 95 a 97% de todos os casos, e a secundária, cujas causas vasculares, neurológicas, endócrinas podem ser identificadas e tratadas com especificidade.

Contudo nas hipertensões essenciais, que constituem o dia a dia do clínico, as causas são multifatoriais, sendo a história familiar e pessoal com sua herança e hábitos deletéricos (ingesta de sódio e baixa ingesta de potássio, obesidade, inatividade física, álcool e estresses) os responsáveis pelo deslocamentomanutenção da doença, desempenhando papéis maiores ou menores. Tabelapara demonstração do níveis de pressão arterial:

 

SISTÓLICA

DIASTÓLICA

Nível

< 130

< 85

Normal

130-139

85- 89

Normal limítrofe

140 -159

90 - 99

Hipertensão leve

160-179

100-109

Hipertensão moderada

> 179

> 109

Hipertensão grave

> 140

< 90

Hipertensão sistólica ou máxima

È fácil concluir que sem tratar as causas pertinentes a cada caso, qualquer adição de medicação poderá ser ineficaz para o controle pressório em si, como frequentemente ocorre, além de provocar efeitos colaterais indesejáveis. Os sintomas da hipertensão geralmente são inexistentes até que a doença esteja bastante adiantada e tenha resultado em prejuízos cardíacos, renais, neurais e oculares. Normalmente, diagnostica-se a doença durante um exame médico de rotina.

A hipertensão maligna ocorre quando a pressão arterial se eleva acentuadamente e os prejuízos ocorrem em semanas ou meses ao invés de anos. O tratamento medicamentoso dos hipertensos deve basear-se por um lado, em estudos farmalógicos das drogas e, por outro no perfil individual e único do paciente, tendo como mediador destes, o clínico, que deve estar preparado para adequar os doiselementos. As complicações da hipertensão atingem mais freqüentemente o coração, cérebro, rins ,olhos e artérias periféricas. Assim todos os cuidados deverão ser baseados em relação a complicações nestes órgãos.

Os medicamentos para o tratamento da hipertensão tem várias funções e visam melhorar as condições gerais dos pacientes. Os diuréticos comumente utilizados nos pacientes tem a função de facilitar a eliminar o sal do organismo. Outros medicamentos utilizados nos pacientes hipertensos são os antagonistas do cálcio, os betabloqueadores e os inibidores da ECA. Todos estes medicamentos apresentam benefícios, mas como já foi enfatizado , a melhora do paciente dependerá de um conjunto de medidas, que vão desde um diagnóstico correto, mudança no estilo de vida a um seguimento médico correto , tudo com a finalidade de evitar complicações que poderão comprometer abruptamente a vida do paciente hipertenso.    A melhor forma de prevenir a doença é mediante um controle periódico (tirar a pressão), não abusar das comidas com sal, caminhar e evitar o fumo e o café, que aumentam a pressão arterial. Em resumo, tentar modificar o estilo de vida.

            Os tratamentos são destinados a manter a pressão arterial dentro dos limites normais, por um lado insistindo nas formas acima descritas de prevenção, e por outro, mediante medicamentos que, por diferentes ações, mantêm a pressão dentro dos limites normais. Os fármacos mais receitados são os diuréticos, os betabloqueadores e os vasodilatadores. Portanto o tratamento de hipertensão é criticamente importante para previnir ou minimizar o agravamento da doença.

ÁREA DE ESTUDO

Esta pesquisa será desenvolvida na área de Saúde Pública e Ambiental, mais precisamente nas unidades de Saúde Pública com Agentes de Saúde da Família, localizadas no bairro Jardim Santa Isabel, situado na região Oeste do município de Cuiabá.

O bairro Jardim Santa Isabel está classificado como sendo periférico e possui uma população estimada de aproximadamente 11.000 mil habitantes, que são distribuídos por quadras em três unidades que prestam atendimento nesta comunidade. Dentre esses três unidades, duas estão localizadas no mesmo endereço, atendendo na Av. Agrícola Paes de Barros Nº, já a outra localiza-se a três quadras desse endereço, sendo a unidade da Rua Wilson Alves Diniz Nº250.

Cada uma dessas unidades de saúde possui uma equipe formada por cinco agentes de saúde, que estão diariamente recebendo treinamentos pela Secretaria Municipal de Saúde,para orientar adequadamente os pacientes que estão cadastrados nessas unidades e que precisam de acompanhamento no desenvolvimento de suas doenças. Portanto tornou-se necessário um programa que atendesse exclusivamente pacientes Hipertensos, que retornam mensalmente para dar continuidade no acompanhamento e assistirem palestras de controle e prevenção da hipertensão.

Essas reuniões são feitas semanalmente para atender a demanda do bairro, por isso são formados grupos por equipe,que retornam por agenda mento nas 5ª-feiras, para a distribuição da medicação que éprescrita pelo médico ,de acordo com a necessidade de cada paciente no período de um mês. A estratégia de Saúde da Família representa uma concepção de atenção á saúde focada na família e na comunidade, com práticas que apontam o estabelecimento de novas relações entre os profissionais de saúde envolvidos, suas famílias e suas comunidades. Com isso, criam-se condições que conduzem à construção de um novo modelo de atenção à saúde mais justo, participativo e solidário.

O profissional da equipe de Saúde da família precisa ser capaz de atuar com criatividade e senso crítico, mediante uma prática humanizada, competente e resolutiva, que envolve ações de promoção, prevenção, recuperação e de reabilitação. Um profissional capacitado para planejar, organizar, desenvolver às necessidades da comunidade, articulando os diversos setores envolvidos, na promoção da Saúde. E para que isto aconteça, e preciso uma permanente interação com a comunidade, no sentido de mobilizar sua participação. Todas essas atribuições deverão ser desenvolvidas de forma dinâmica, com avaliação permanente, através do acompanhamento de indicadores de saúde, da área de abrangência. A produção de conhecimentos em saúde caracteriza-se,como um processo gerado no trabalho, fundamentalmente participativo, já que resulta da confrontação de diferentes e complementares experiências entre a equipe de saúde e a comunidade. Assim sendo, as necessidades de aprendizagem dessas equipes deverão coincidir com seus conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, elementos essenciais para a resolução dos problemas identificados no Bairro. A equipe de saúde da Família, ao memso tempo que forma um campo de conhecimento e ação através da troca de idéias e experiências pessoais e profissionais, deve respeitar as formações individuais de cada um de seus membros. Tal aspecto visa evitar indefinição de competências, na medida em que cada um tem suas responsabilidades profissionais. Atendendo devidamente os pacientes cadastrados nesses programas, incluindo os Hipertensos.

METODOLOGIA

Esta pesquisa será desenvolvida em campo na área da Saúde Pública, com caráter quantitativo, indutiva por materiais bibliográficos , auxílio da internet e pesquisas já desenvolvidas sobre o assunto relacionado, para amostra de dados de hipertensos da população do bairro Jardim Santa Isabel, localizado no município de Cuiabá.Tendo como objetivo, um levantamento estimadodessacomunidade, que sofram de Hipertensão e que tratam na rede Pública de Saúde, verificando a maior freqüência de sexo e realizar um levantamento dos medicamentos distribuídos para essas unidades de saúde.

Os dados coletados serão fornecidos diretamente pelas Unidades de Saúde que prestam atendimento nesse bairro, somente dos casos registrados, como casos notificados noprograma do governo, porque a medicação fornecida só é enviada de acordo com a prescrição do médico e para o paciente faz parte da equipe de agentes de saúde, para que ele possa ser acompanhado e medicado todos os meses na quantidade exata.

 

O grande impacto da mortalidade cardiovascular na população brasileira, a hipertensão arterial (HA) como importantes fatores de risco, trazem um desafio para o sistema público de saúde: a garantia de acompanhamento sistemático dos indivíduos identificados como portadores desse agravo, assim como o desenvolvimento de ações referentes à promoção da saúde e à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.

O Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e, implementado pelo Ministério da Saúde (MS), tem por objetivo estabelecer as diretrizes e metas para essa reorganização no Sistema Único de Saúde (SUS), investindo na atualização dos profissionais da rede básica, oferecendo a garantia do diagnóstico e proporcionando a vinculação do paciente às unidades de saúde para tratamento e acompanhamento, promovendo a reestruturação e a ampliação do atendimento resolutivo e de qualidade para os portadores. O atendimento eficiente e eficaz no sentido de contribuir para a redução da morbimortalidade no país depende, sobretudo, do estabelecimento de bases construídas a partir da pactuação solidária entre a União, estados e municípios, contando com o apoio e a participação das sociedades científicas e das entidades de portadores dessas patologias.

As primeiras etapas da reorganização são descritas estabelecendo os compromissos institucionais para sua operacionalização em todos os municípios brasileiros. As etapas mobilizadoras são fundamentais para criar o vínculo entre os portadores desses agravos e as equipes de atenção básica. Esse nível do SUS tem a capacidade de tratar e acompanhar mais de 65% dos casos detectados. A Secretaria de Políticas de Saúde, do Ministério da Saúde, é responsável pela coordenação e gerência de todas as ações de implantação do Plano desenvolvidas em nível nacional, além da assessoria contínua aos estados e municípios.

Apesar da predominância das doenças cardiovasculares como principal causa de mortalidade no Brasil, correspondendo a 27% ¾ o equivalente a 255.585 mortes ¾ do total de óbitos registrados no ano de 2000 (Sistema de Informação sobre Mortalidade ¾ SIM/MS), alguns fatores impediam que esse grupo de doenças tivesse, até então, obtido destaque na agenda dos gestores públicos de saúde. Sendo a hipertensão arterial importantes fator de risco para a morbimortalidade cardiovascular, o Ministério da Saúde implantou, no ano 2000, o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial no Brasil, contando com a parceria das Sociedades Brasileiras de Cardiologia, de Nefrologia, de Hipertensão, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e de Secretários Municipais de Saúde, Federação Nacional de Portadores de Hipertensão.Essa grande estratégia, que visa a redução da mortalidade cardiovascular e a melhoria da qualidade de vida da população.

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O descuido com a própria saúde mata 400 mil brasileiros todos os anos. Doenças como infarto, derrame cerebral, cânceres, diabetes e hipertensão causam 40% das mortes. Estudos comprovam que a prática de hábitos mais saudáveis, como alimentação balanceada e atividades físicas, pode evitar esses males. O país ainda economizaria cerca de R$ 11 bilhões, gastos anualmente em consultas, internações e cirurgias (incluindo transplantes). O Ministério da Saúde uma campanha orientando a população sobre como afastar o risco de doenças.
A campanha, a primeira realizada pelo Ministério com este enfoque, tem como objetivos a prevenção e o controle desses problemas de saúde, conhecidos como doenças crônicas não transmissíveis. A série de peças publicitárias (que será veiculada em rádios, TVs, cartazes e anúncios de revistas) traz como personagem um coração falante. Ele dará dicas e informações de como controlar e prevenir essas doenças.


A prevalência estimada de hipertensão no Brasil atualmente é de 35% da população acima de 40 anos. Isso representa em números absolutos um total de 17 milhões de portadores da doença, segundo estimativa de 2004 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Cerca de 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na Atenção Básica. Para atender os portadores de hipertensão, o Ministério da Saúde possui o Programa Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial. O programa compreende um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos da hipertensão. O objetivo é reduzir o número de internações, a procura por pronto-atendimento, os gastos com tratamentos de complicações, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida dos portadores.


Para receber a medicação, o paciente deve ser cadastrado nas unidades básicas de Saúde. Em 2004, foram gastos R$ 56 milhões com a compra dos três medicamentos de hipertensão previstos no programa. A estimativa para este ano é de um gasto de 93,2 milhões. A hipertensão e a maioria das doenças crônicas não transmissíveis têm como principais fatores de risco o sobrepeso e a obesidade e o sedentarismo. Estima-se hoje que cerca de 38 milhões de brasileiros com mais de 20 anos estão acima do peso. Dados mostram que o excesso de peso afetava 41,1% dos homens e 40% das mulheres, sendo que, deste grupo, a obesidade atingia 8,9% dos homens e 13,1% das mulheres adultas

O sedentarismo é outro fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças crônicas. Estudos mostram que a inatividade física é prevalente em mulheres, idosos e pessoas de baixo nível social. Levantamento deste ano da Sociedade Brasileira de Cardiologia afirma que 83% da população é sedentária.  A Estratégia Global para Dieta, Atividade Física e Saúde da OMS recomenda pelo menos 30 minutos de atividade moderada, na maioria dos dias de semana, para reduzir os riscos de doenças crônicas.

RESULTADO

O Resultado da coleta dos dados mostram que a maiorfreqüência de pacientes hipertensos do Bairro Santa Isabel, predomina no sexo feminino. Podendo afirmar que o aparecimento da hipertensãonessa população tem origem de atividade sócio- econômica, associada ao sedentarismo. Tornando-as mais estressadas, fumantes, consumidoras exageradas de sal ,de bebidas alcoólicas, sem prática atividades físicas e com excesso de peso. Podemos confirmar essas freqüência nas tabelas à baixo, de acordo com as Agentes de Saúde da Família de cada unidade do bairro.

UNIDADE

I

Sexo masculino

Sexo feminino

25

40

30

27

19

25

19

33

23

34

Total: 116

159

UNIDADE

II

Sexo masculino

Sexo feminino

15

48

27

39

21

38

30

30

23

34

Total:116

189

UNIDADE

III

Sexo masculino

Sexo feminino

32

43

17

37

27

44

24

42

29

58

Total:129

224

O Ministério da Saúde estima que cerca de 15 milhões de hipertensos desconhecem a condição, em relação ao tratamento, a estimativa é de que apenas 7 milhões estejam sendo tratados. Anualmente, quase trezentas mil pessoas morrem no Brasil de doenças cardiovasculares, mais da metade decorre da adesão, um ano após o diagnóstico de hipertensão, mais da metade dos pacientes abandona o tratamento. Daqueles que continuam a terapia, apenas 50% toma pelo menos 80% dos medicamento prescritos.

A partir dos 40 anos de idade, 25% das internações do SUS são em decorrência de doenças do aparelho circulatório.De acordo com estimativas da OMS, até 2010 as doenças cardiovasculares serão a principal causa de morte nos países em desenvolvimento, mas 45% dos profissionais da saúde em todo o mundo não estão treinados a lidar com a hipertensão.
Relatório da OMS sobre doenças crônicas (2005) apontou que 55% dos homens e 62% das mulheres no Brasil estão acima do peso recomendado. A projeção para 2015 aumenta para 67% de homens e 74% das mulheres acima do peso e prevê 10 milhões de mortes por doenças crônicas no país

A principal causa de morte em todas as regiões do país é o acidente vascular cerebral(AVC) o popular derrame, acometendo as mulheres em maior proporção. Segundo o Ministério da Saúde, dos que sobrevivem à ocorrência de derrames, 50% ficam com algum grau de comprometimento.

O Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial visa o estabelecimento de diretrizes voltadas para o aumento da prevenção, detecção, tratamento e controle desses agravos, no âmbito da atenção básica do Sistema Único de Saúde - SUS. Para o tratamento da hipertensão arterial, foram estabelecidos os medicamentos Captopril comp. 25 mg, Hidroclorotiazida comp. 25 mg e Propranolol comp. 40 mg da. À luz das evidências científicas mais atuais, o Ministério da Saúde adotou como padrão de tratamento da Hipertensão Arterial, medicamentos essenciais, preconizados pela Organização Mundial de Saúde - OMS, referendados pelo Comitê Técnico Assessor do Plano de Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial que é disponibilizados em toda a rede pública de saúde do SUS, e todas as unidades básicas de saúde, dispensarão os medicamentos. Os medicamentos escolhidos, de eficácia terapêutica comprovada e seguros.

As ações do programa são desenvolvidas principalmente por meio da atuação das equipes de Saúde da Família realiza a capacitação dos profissionais de saúde. Os agentes de saúde são treinados para fazer o diagnóstico precoce, identificar os fatores de risco, prescrever medicamentos adequados e orientar a população para adoção de hábitos saudáveis. Os casos mais graves são encaminhados aos especialistas da rede pública (localizados nos hospitais ou centros especializados) para um tratamento mais adequado. A distribuição de medicamentos é outra ação do Ministério da Saúde na atenção aos hipertensos. O ministério é responsável pela aquisição e fornecimento aos municípios dos medicamentos hidroclorotiazida 25mg, Captoptil 25mg e Propanolol 40mg).

Para operacionalizar essa atualização,em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde e as sociedades científicas, iniciou a capacitação de multiplicadores dos estados e dos municípios. O segundo momento dessa etapa consiste em desenvolver uma estratégia de ação dirigida aos serviços de saúde da rede básica dos grandes centros urbanos, por meio da realização de uma proposta de educação permanente para os profissionais das unidades básicas de saúde dessas localidades.

O processo de educação permanente para estratégia de Saúde da Família, objetiva melhorar a qualidade dos serviços, mediante um processo educativo permanente e comprometido com a prática do trabalho preventivo, aumentando a resolutividade das ações frente ao problema prevalente fortalecendo o processo de trabalho das equipes de Saúde da Família e compromisso com a saúde da população por parte dos membros da equipe.

O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares do paciente hipertenso, aumentadas em decorrência dos altos níveis tensionais, sendo utilizadas tanto medidas não-medicamentosas isoladas como associadas a medicamentos anti-hipertensivos. 

DISCUSSÃO

A hipertensão arterial ou "pressão alta" é elevação arterial para números acima dos valores considerados normais (140/90mHg). Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e olhos. Outro tipo de hipertensão menos comum é a chamada de hipertensão arterial secundária e poderá ser controlada através de tratamento médico específico. A pressão arterial varia durante o dia dependendo da sua atividade. Ela aumenta quando você se exercita ou quando está excitado e diminui quando você está relaxado ou quando dorme. Até mesmo a postura- sentado ou em pé- influencia a pressão arterial. Este é o movimento pelo qual os médicos devem aferir várias vezes a pressão arterial para afirmarem corretamente o diagnóstico de hipertensão arterial.

Quando a pressão arterial e medida, dois números são anotados, tais como 140/90. O maior número, chamado pressão arterial sistólica, é a pressão do sangue nos vasos, quando o coração se contrai ou bombeia, para impulsionar o sangue para ao resto do corpo. O mesmo número, chamado pressão diastólica, é a pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se em fase de relaxamento (diástole). O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é "empurrado" contra a parede das artérias é denominado pressão arterial. O único meio de saberé a checagem de sua pressão arterial por um profissional da área de saúde. . O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado. Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.

Na hipertensão arterial primária ou essencial, o tratamento é inespecífico e requer atenções especiais por parte do médico. A hipertensão secundária tem tratamento específico, por exemplo, cirurgia nos tumores da glândula supra-renal ou medicamentos no tratamento do hipertireoidismo. O medicamento deve ser eficaz por via oral e bem tolerado, devendo permitir o menor número de tomadas diárias, deve ser iniciado com as doses menores possíveis e se necessário aumentado gradativamente ou associado a outros, com o mínimo de complicações. O mais sério problema no tratamento medicamentoso da hipertensão arterial é que ele pode ser necessário por toda a vida. Aí então o convencimento da necessidade do tratamento é muito importante para que o paciente tenha uma aderência permanente. Os controles médicos devem ser periódicos para o acerto das dosagens medicamentosas e acompanhamento da evolução da doença cardiovascular.

Os objetivos do tratamento da hipertensão arterial consiste em prevenir as seqüelas de longa evolução da doença.A menos que haja uma necessidade evidente para uso de terapêutica farmacológica imediata, a maioria dos pacientes deve ter a oportunidade de reduzir sua pressão arterial através de tratamento não farmacológico, por meio de medidas gerais de reeducação. A redução do peso deve ser fortemente encorajada em pacientes obesos. Uma queda da pressão arterial pode ocorrer mesmo antes do peso ideal ser atingido.

Assim, os agentes anti-hipertensivos a serem utilizados no tratamento do paciente hipertenso devem permitir não somente a redução dos níveis tensionais, mas também a redução da taxa de eventos mórbidos cardiovasculares fatais e não-fatais. Portanto o medicamento deve ser eficaz por via oral, bem tolerado,  deve permitir a administração do menor número possível de tomadas diárias, com preferência para aqueles com posologia de dose única diária  e respeitar um período mínimo de 4 semanas para se proceder o aumento da dose e ou a associação de drogas, salvo em situações especiais  Instruir o paciente sobre a doença, sobre os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados e sobre a planificação e os objetivos terapêuticos.

Os medicamentos anti-hipertensivos de uso corrente em nosso meio podem ser divididos em 6 grupos. Qualquer grupo de medicamentos, com exceção dos vasodilatadores de ação direta, pode ser apropriado para o controle da pressão arterial em monoterapia inicial, especialmente para pacientes portadores de hipertensão arterial leve a moderada, que não responderam às medidas não-medicamentosas. Cada remédio tem uma indicação específica como Diuréticos, Inibidores adrenérgicos, Vasodilatadores diretos, Inibidores da enzima conversora da angiotensina, Antagonistas dos canais de cálcio, Antagonistas do receptor da angiotensina II, medicamentos distribuídos pela rede Pública de Saúde.

CONCLUSÃO

CRONOGRAMA

CRONOGRAMA FÍSICO DA PESQUISA REALIZADA NO ANO 2007

Mês/ 07

Definição da Área temática

Pesquisas Bibliográficas

Entrega do Projeto

Pesquisa de Campo

Analise de Resultado

Reuniões Orientadas

Entrega da Monografia

Defesa da Monografia

Abril

X

X

Maio

X

X

X

Junho

X

X

X

X

Julho

X

X

Agosto

X

X

Setembro

X

Outubro

X

Novembro

X

Dezembro

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASB

BRASIL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretária de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas: Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus: Brasília – DF 2001. 13p.

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