Alimentação, roupas e brincadeiras merecem atenção nos dias de folia

Lugares lotados, calor, fantasias, pinturas na pele e som em alto volume fazem parte da folia que é o Carnaval. Por isso, é preciso estar de olho na saúde, especialmente das crianças, que estão mais expostas.

Um fator que os pais devem estar atentos é a alimentação e a hidratação dos pequenos. As frutas, além de saciar a fome, hidratam durante os dias da folia, e a água não deve ser substituída por refrigerantes ou chá gelado, por exemplo, em nenhuma hipótese. “O principal risco para as crianças é a desidratação. Elas desidratam sem percebermos. O volume de diurese, ou seja, o xixi, é uma ótima forma de acompanhamento”, ressalta a pediatra Maria Regina Andrade, do Centro Pediátrico da Lagoa. Comidas industrializadas, como cachorro-quente, iogurtes, por exemplo, podem causar alergia ou intoxicação.

Roupas e fantasias devem ser leves e ventiladas e os calçados confortáveis, que protejam os pés, dando estabilidade e mobilidade aos pequenos. Não deixe também a criança ficar descalça pelas ruas, porque além de possíveis quedas, eles podem se machucar com algum objeto cortante, como vidro e latas.

Maquiagens e tintas de rosto também devem ser utilizadas com bastante cautela. “Com o suor, as pinturas no rosto podem escorrer para os olhos e causar problemas. Caso seja muito importante para a fantasia, devem ser escolhidos produtos leves”, alerta a pediatra Cristina Ortiz, do Prontobaby – Hospital da Criança.

 Outro cuidado importante é com as brincadeiras. O popular spray de neve ou de espuma é perigoso, pois pode causar problemas dermatológicos, como irritação na pele e nas conjuntivas (olhos e boca), além de problemas respiratórios em geral. Serpentinas e bolinhas de sabão merecem atenção. “As serpentinas metálicas não devem ser usadas em hipótese nenhuma. No ano passado, este produto vitimou algumas pessoas, causando queimadura elétrica, que pode ser fatal. A serpentina de papel e a bolinhas de sabão podem divertir seu filho desde que sob supervisão constante de um adulto, para evitar que o líquido seja ingerido”, conclui Cristina.

E não se esqueça da pulseirinha de identificação na criança com o nome dela e do responsável, além de telefones para contato. Ela é muito importante, caso a criança se perca devido às grandes aglomerações.