CRISTO BENDITO
Publicado em 17 de março de 2011 por Abner Bueno Ribeiro
Cristo bendito
Cristo bendito!
Um dia salvaste uma prostituta
Das mãos de seus algozes,
Levada por homens ferozes
Todos de pedras na mão
A espera de um gesto!
Mas ao invés da pedra
Veio o perdão.
Hoje sentamos
Encima de montes
De pedras e pedregulhos
Prontos para julgar,
Daquele gesto
Já não nos lembramos,
Afinal aquilo foi a tanto tempo!
já não sabemos mais perdoar.
Cristo bendito,
Disseste um dia:
"Deixai vir à min os pequeninos."
Com elas conversavas
Brincando, sorrindo, abençoando,
Mas hoje! Dois mil anos depois;
Onde estão nossas crianças?!
Ah! Cristo bendito,
Nossas crianças,
Tais comoaquelas!
Também são pequeninas,
Porém infelizmente já não tem,
Como elas!
O olhar inocente.
Elas crescem
Espalhadas pelas ruas
E moram em qualquer canto
Escondendo-se em construções
Abandonadas a beira dos barrancos
Nos fundos das favelas.
E são; ò meu deus!
Abatidas a tiros.
Como esta que eu agora eu vejo
Nas telas da tv.
Ah cristo bendito!
Quem sabe se você
Nascer de novo
Aqui em nossa favela!
Tendo por mirra o
O ar fétido dos esgotos,
Se você crescesse
Cercado pelas quadrilhas,
Se você frequentasse nossas escolas,
Se adoecesse e fosse levado
Aos nossos hospitais.
Quem sabe assim
Aprenderíamos a perdoar
Aos que do alto dos palacetes
Fazem balancetes
Do nosso sangue e suor.
Cristo bendito!
Um dia salvaste uma prostituta
Das mãos de seus algozes,
Levada por homens ferozes
Todos de pedras na mão
A espera de um gesto!
Mas ao invés da pedra
Veio o perdão.
Hoje sentamos
Encima de montes
De pedras e pedregulhos
Prontos para julgar,
Daquele gesto
Já não nos lembramos,
Afinal aquilo foi a tanto tempo!
já não sabemos mais perdoar.
Cristo bendito,
Disseste um dia:
"Deixai vir à min os pequeninos."
Com elas conversavas
Brincando, sorrindo, abençoando,
Mas hoje! Dois mil anos depois;
Onde estão nossas crianças?!
Ah! Cristo bendito,
Nossas crianças,
Tais comoaquelas!
Também são pequeninas,
Porém infelizmente já não tem,
Como elas!
O olhar inocente.
Elas crescem
Espalhadas pelas ruas
E moram em qualquer canto
Escondendo-se em construções
Abandonadas a beira dos barrancos
Nos fundos das favelas.
E são; ò meu deus!
Abatidas a tiros.
Como esta que eu agora eu vejo
Nas telas da tv.
Ah cristo bendito!
Quem sabe se você
Nascer de novo
Aqui em nossa favela!
Tendo por mirra o
O ar fétido dos esgotos,
Se você crescesse
Cercado pelas quadrilhas,
Se você frequentasse nossas escolas,
Se adoecesse e fosse levado
Aos nossos hospitais.
Quem sabe assim
Aprenderíamos a perdoar
Aos que do alto dos palacetes
Fazem balancetes
Do nosso sangue e suor.