Estou em desencontro hoje, divida por momentos que não sei definir, indecisa com minhas inseguranças, ou simplesmente uma TPM, mas como ela é sempre atenuante me resta outras justificativas. Estou cansada de tanta coisa, me sinto dispersa nesse mundo que está pequeno para minha existência, não existe espaço para uma mente que não encontra o resto de tudo, pois tudo esta indefinido... Momento complicado, logo depois vem o fim e tudo volta ao normal, ou não! O que pode ser normal nesse mundo de incerteza onde a única certeza que tem é das incertezas das futuras? Sinto-me assim um pouco perdida inadequada para a sociedade tão hipócrita, sou verdadeira, abusada, chata, arrogante. Se meu olhar é frio, o meu toque é seco, minha presença incomoda, é que resolvi esvaziar a mente com a poluição que vejo... Fico calada, distante, me perco nos meus pensamentos, em um êxtase incontrolável, espero o momento certo para as revelações. Mas gosto de ficar assim, estou dando um tempo para mim, só incomodo um pouco as pessoas que estão ao meu lado que preocupam com toda essa minha melancolia, não é tristeza é certeza que o amadurecimento é conseqüência das minhas atitudes, estou em plena transformação, lugares diferentes, pensamentos diferentes, momentos diferentes em uma sintonia perfeita em minha mente, se encontrando como em uma música é um elo perfeito entre a razão e a emoção... Não, não é tristeza é desejo de crescer, me inspiram os sorrisos curtos, as vozes sussurradas, as palavras sem eixo, às paredes abertas e o vento gelado entrando pela porta que insiste em esfriar meus pés e minhas mãos ou a nona sinfonia de Beethoven que não paro de repetir. Não isso não é tristeza é um espaço entre o certo e o errado, o cheio e vazio é a maneira de me identificar com o mundo, enxergar os meus poderes e correr para dentro de mim. Meu medo é que o horror não mude, minha certeza é que eu continuo fazendo o que posso para continuar me dando bem com o mundo. O resto que eu não conseguir será para mim somente resto.