Criança e Desigualde Social
Publicado em 31 de maio de 2010 por LIA CARELLI
No século XIX, segunda Revolução Industrial, milhares de crianças estavam dentro das fábricas, trabalhando mais de doze horas por dia, recebendo salários inferiores para sua própria sobrevivência. O cenário, e parece que somente ele, mudou. No fabuloso século XXI, com grandes descobertas, grandes tecnologias, promessas de tamanhos desenvolvimentos, as crianças trabalham mais de doze horas por dia, colhendo cana-de-açúcar, limpando os vidros dos carros, recebendo o insuficiente para sua sobrevivência.
"O Brasil cresce!", diariamente essa frase está estampada em colunas de jornais e revistas. A economia brasileira está nos deixando conhecidos lá fora, a pouca influência da crise mundial nos deixou orgulhosos com nossas finanças, hodiernamente participamos até mesmo do G-20. Eu me pergunto se, olhando pra dentro da nossa nação, as pessoas estão cegas ao se orgulharem desses grandes desenvolvimentos. Eu me interrogo na questão de o que estamos fazendo com nossas crianças que é tão sinônimo de futuro. Elas mostram os calos na mão e os pés rachados, e isso não é fruto das brincadeiras, mas das posturas adultas que assumem; elas falam das suas necessidade e medos e a gente fecha a janela do carro para que esses "meninos- de -rua" não perturbem a nossa utópica paz.
Ora, se clamando por nossos restos, mendigando nas ruas a gente não enxerga, quando com uma arma ameaça nossas vidas a gente percebe a presença delas. Se não por piedade é pelo medo, que essa mancha da nossa invisibilidade social, é notada.
O Estatuto da Criança e do Adolescente garante inúmeros direitos, resta saber, quais são essas crianças. Pois se está intitulado questões básicas de uma infância saudável e grande parcela destas está excluída dessas garantias, ou a gente dá outro significado ao que consideramos criança, ou a gente usa os textos da nossa constituição como belos e/ou meros poemas.
Essa infância tolhida faz do nosso Brasil um país apartado do desenvolvimento humano, e quão desumano é deixarmos à margem as nossas próprias crianças, o nosso próprio futuro.
"O Brasil cresce!", diariamente essa frase está estampada em colunas de jornais e revistas. A economia brasileira está nos deixando conhecidos lá fora, a pouca influência da crise mundial nos deixou orgulhosos com nossas finanças, hodiernamente participamos até mesmo do G-20. Eu me pergunto se, olhando pra dentro da nossa nação, as pessoas estão cegas ao se orgulharem desses grandes desenvolvimentos. Eu me interrogo na questão de o que estamos fazendo com nossas crianças que é tão sinônimo de futuro. Elas mostram os calos na mão e os pés rachados, e isso não é fruto das brincadeiras, mas das posturas adultas que assumem; elas falam das suas necessidade e medos e a gente fecha a janela do carro para que esses "meninos- de -rua" não perturbem a nossa utópica paz.
Ora, se clamando por nossos restos, mendigando nas ruas a gente não enxerga, quando com uma arma ameaça nossas vidas a gente percebe a presença delas. Se não por piedade é pelo medo, que essa mancha da nossa invisibilidade social, é notada.
O Estatuto da Criança e do Adolescente garante inúmeros direitos, resta saber, quais são essas crianças. Pois se está intitulado questões básicas de uma infância saudável e grande parcela destas está excluída dessas garantias, ou a gente dá outro significado ao que consideramos criança, ou a gente usa os textos da nossa constituição como belos e/ou meros poemas.
Essa infância tolhida faz do nosso Brasil um país apartado do desenvolvimento humano, e quão desumano é deixarmos à margem as nossas próprias crianças, o nosso próprio futuro.