Antes de criar qualquer cão, os proprietários devem primeiro consultar um bom veterinário. De acordo com Burke a cadela deve ser submetida a uma vaginoscopia para se checar as estruturas internas e examinar se há alguma obstrução. Doenças como:

HIPOTIREOIDISMO (um funcionamento abaixo do normal da glândula tireóides), a BRUCELOSE (uma infecção bacteriana não fatal), DOENÇAS DO ENDOMÉTRIO ou VAGINITE também podem impedir a concepção e devem ser sanadas.

Considere um caso apresentado num seminário; uma fêmea de 6 anos e ½ de Malamute do Alaska deu cria normalmente a sua primeira ninhada na idade de 3 anos e ½ , mas depois ela não teve mais nenhum cio ao longo de 3 anos. Sua pelagem estava um tanto fina, e ela foi subseqüentemente diagnosticada com HIPOTIREOIDISMO. Como a Tireóide regula o metabolismo, essa condição torna lento o organismo. “O sistema reprodutivo é o primeiro a ser atingido”, Burke explica.

Aos cães com hipotireoidismo é prescrito um hormônio tireóidico, dado duas vezes ao dia. E um tratamento longo. Essa cadela cruzou e deu a luz à outra ninhada, porém Burke alerta contra cruzar estes animais. “Minha opinião pessoal é que nós podemos trata-los, mas nunca deveríamos cruzar animais hipotireóidicos”, diz ele. “Em algumas raças, especialmente Dogues Alemães e Dobermans, o hipotireoidismo parace ser um traço genético”.

Em outro caso, a brucelose canina foi a causa de uma queda na fertilidade de um Pointer alemão de pelo curto. Quatro acasalamentos resultaram em duas ninhadas de dois filhotes e uma outra com um único filhote. Não houve abortos e o macho não tinha problemas aparentes, mas testes confirmaram um número de espermatozóides abaixo do normal.

A brucelose pode ser transmitida pelo ato sexual ou por secreções nasais ou oculares, diz Burke. Embora não seja fatal para o portador, a infecção pode causar aborto e infertilidade. É recomendado que os cães infectados sejam capados e não tenham contato com animais em acasalamento, Goodman acrescenta. Testes contínuos são necessários. Um cão infectado pode permanecer livre de sintomas por 3 anos, e a bactéria não pode ser detectada no sangue por mais de um ano. Pode levar vários meses para um teste sanguíneo positivo revelar a doença. “Ela pode ser prevenida, mas não tratável. Os antibióticos vão acabar com a bactéria por um certo tempo, mas se você parar o tratamento, a bactéria retorna para o corpo”, Burke alerta.

Muitos criadores também requerem que um exame vaginal seja feito para determinar se a cadela tem infecção que possa ser transmitida para o macho. Mas esses exames, entretanto, geralmente só revelam bactérias que estão normalmente presentes em baixas quantidades na vagina ou no pênis. Essas bactérias, chamadas patogênicas oportunistas, não oferecem perigo para um cão saudável, mas outros fatores, incluindo um sistema imunológico enfraquecido ou uma exposição a altos níveis de uma certa bactéria podem acabar com este equilíbrio. “Os cães são expostos a estes organismos todos os dias”, Goodman diz, “a exposição não é o problema; o problema se detém às características, do cotidiano do animal, o quanto ele é exercitado ou não é um exemplo de condição que afeta o sistema imunológico”.
Fonte:
http://www.euqueroumfilhote.com.br/horadapicadinha.htm