Uma família pobre que gera cinco ou seis filhos, obrigatoriamente necessita, escola, hospital, moradia, alimentação, e depois emprego. Então, o governo usa os impostos pagos pela sociedade para atender as necessidades básicas deles. Portanto, o governo tem que pagar o parto, o leite, o gás, a escola, as bolsas família e estudantes, mas tudo com o dinheiro dos contribuintes. Isso é, o governo gasta uma grande quantidade de recursos para atender o mínimo do mínimo das necessidades destas famílias. Naturalmente a pobreza não vai diminuir e sim vai aumentar.

Outra questão mais séria é as conseqüências graves desta super população entre as famílias carentes. Crescimento populacional traz problemas gravíssimos para o país. As grandes quantidades de filhos e pobreza e falta de zelo dos pais, e consumo de álcool pelos pais colaboram para o surgimento de graves problemas sociais como violência na família, abuso sexual dos menores, tráfico de drogas. Por sua vez estes problemas saem das favelas e se estendem para a sociedade. Então, de fato, destes focos surgem todos os tipos de violência urbana como: assaltos, prostituição, vandalismo, arrastões e outras coisas.

Então, as pessoas responsáveis e sérias, especialmente da classe média têm que sacrificar parte do seu rendimento para que governo possa suprir de forma precária as necessidades básicas da população pobre e crescente sem limite. E o pior de tudo é que estes mesmos que pagam as despesas dos pobres se tornam as vitimas dos males causados por estes focos de selvageria. Realmente a sociedade paga uma conta muito cara devido aos danos que a superpopulação causa. Enquanto isso, todos estes problemas podem ser resolvidos com um programa de controle de Natalidade do governo para famílias carentes.

O crescimento demográfico acentuado num país impossibilita que os governos possam corresponder com um desenvolvimento sócio-econômico sustentável, no mesmo ritmo. E isso causa várias crises além do problema de desemprego.

Para planejar e realizar os projetos de melhoria de qualidade de vida e esquematizar novas oportunidades de emprego, os governos necessitam de tempo e recursos. O crescimento demasiado da população não favorece estas condições.

Um indicador para avaliar melhor esta relação é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que mede o nível de desenvolvimento humano dos países utilizando como critérios fatores como a educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo, os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento e países com IDH superior a 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto. Com uma breve análise é possível detectar que o IDH de cada país tende a piorar com o aumento da taxa de crescimento populacional. Por exemplo, a Alemanha tem um IDH de 0.906, um CD (crescimento demográfico) de 0,1, e com a renda per capita de US$ 34.800. Enquanto Angola que apresenta um CD de 3,2 tem naturalmente o IDH de 0,398 e a renda per capita de US$ 430.00.

Como se pode observar, quanto maior a taxa de natalidade, menor a renda per capita e menor o índice de desenvolvimento humano. Os países que apresentam melhores IDH’s seguramente demonstram um crescimento demográfico baixo, seja pela própria consciência social, seja por meio de programas de controle de natalidade.

Quando uma família está aguardando a chegada de um bebê, durante meses se prepara para recebê-lo da melhor forma possível. Do mesmo modo, o aumento anual da população de um país necessita de muitos preparativos. Precisa-se de hospital, escola, assistência social, transporte, habitação, alimento e emprego. Quando a necessidade está além do que os recursos do governo suportam, o desequilíbrio social será o resultado.

O Brasil está entre os países mais populosos do mundo. De acordo com dados de 2007 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população do país chegou a 185 milhões de habitantes, com taxa de crescimento anual de 1,30%. Isto indica um crescimento de 2,4 milhões de habitantes a cada ano.

Então, constantemente, um grande número de jovens tenta ingressar no mercado de trabalho, a maioria não consegue. Somando-se aos desempregados dos anos anteriores, forma-se um regimento de desempregados à margem do sistema de emprego. Eles, embora não-produtivos, necessitarão igualmente de saneamento básico, habitação, educação, transporte, sistema de saúde e de outros recursos. Assim, a situação piora a cada ano.

Num intervalo de dez a quinze anos estes números se tornam exorbitantes e não haverá regime que possa providenciar condições favoráveis para todos. Por isso os países mais desenvolvidos chegaram à conclusão de que o aumento demasiado de população é incompatível com um plano de desenvolvimento adequado.

O crescimento excessivo da população, além de ser um fator agravante para o desemprego, também é um fator agravante para os males do emprego. Isso é, quanto mais concorrência para uma vaga de trabalho, mais desvalorizada a mão-de-obra, mais sofrimento e pressão para os empregados, e menos qualidade de vida no trabalho.

A explosão demográfica impossibilita o acompanhamento adequado do ritmo de desenvolvimento numa região. Fato este que, sem dúvida, diminui a qualidade de vida, aumenta o desemprego e gera pobreza. Destacadamente, nas regiões mais pobres e faveladas é que a explosão demográfica cria focos de desigualdade social, sendo responsável pela maior parcela da violência urbana, tráfico de drogas e prostituição.

O ideal é controlar efetivamente a natalidade para que possamos dar conta de diminuir as mazelas que atingem a população carente, a fome, falta de instrução, a ignorância, desemprego, mendicância, estupro, prostituição infantil, as drogas, abandono social, prisão e mortes prematuras.

Autora: Felora Daliri Sherafat
Instituto de Desenvolvimento da Nobreza Humana
Investir naquilo que não perece!
Brasil, Aracaju.
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